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𓏲 . THE BOY WHO LOVED . .៹♡
CAPÍTULO QUATORZE
─── UM PAI CONSCIENTE E INIMIGOS DO HERDEIRO
HERMIONE BATEU FURIOSAMENTE na porta da frente de Hagrid enquanto Harry e Charlie ajudavam a manter Ron de pé.
— Ron, — Charlie se dirigiu ao garoto antes de Hagrid abrir a porta, — você é meu companheiro e tudo, mas se você vomitar uma lesma enquanto eu estou segurando você, eu posso ser forçado a deixar sua cabeça dura cair no chão.
Harry riu levemente quando Hagrid apareceu, — Bem imaginando quando vocês viriam me ver. Como posso ajudá-los?
Assim que o meio-gigante teve um vislumbre do estado doente de Ron, ele conduziu os quatro para dentro da casa rapidamente. Hagrid não parecia perturbado com o problema de lesma de Ron, o que Harry explicou apressadamente enquanto colocava Ron em uma cadeira.
— Melhor fora do que dentro. — O meio gigante disse alegremente, jogando uma grande bacia de cobre na frente dele. — Levante-os todos, Ron.
— Acho que não há nada a fazer a não ser esperar que pare. — Disse Hermione ansiosamente, observando Ron se curvar sobre a bacia. — Essa é uma maldição difícil de trabalhar na melhor das hipóteses, ainda mais com uma varinha quebrada.
— Então me diga, — Hagrid começou, balançando a cabeça para Ron, — quem ele estava tentando amaldiçoar?
— Malfoy. Ele chamou Hermione de alguma coisa - deve ter sido muito ruim, porque todo mundo enlouqueceu, especialmente Charlie. — Harry explicou calmamente.
Foi quando Hagrid viu os punhos machucados de Charlie, — Oh menino, o que você fez?!
O meio-gigante foi rápido em se retirar para sua geladeira e tirar um saco de ervilhas para que o menino de olhos castanhos pudesse colocar a mão em um pouco de gelo.
— Ele mereceu. — Charlie disse com raiva, pegando a bolsa e colocando-a em seus dedos, — Malfoy a chamou de 'sangue-ruim', Hagrid.
Ron mergulhou fora de vista novamente quando uma nova onde de lesmas apareceu. Hagrid parecia indignado.
— Ele não! — ele rosnou para Hermione.
— Ele fez. — A garota de cabelo espesso disse baixinho. Ela estava claramente chateada e tentando ao máximo lutar contra as lágrimas.
— Alguém pode me ajudar aqui? — Harry perguntou, um pouco confuso, — Eu não sei o que isso significa. Eu poderia dizer que foi muito rude, é claro-
— É a coisa mais insultante que ele poderia pensar. — Ofegou Ron, voltando da bacia.
— Sangue-ruim é um nome muito sujo para alguém que nasceu trouxa, você sabe, pais não mágicos. Existem alguns bruxos - como a família de Malfoy e meu pai - que pensam que são melhores do que todos os outros porque são o que as pessoas chamam de puro-sangue. — Charlie explicou, ainda completamente indignado com toda a situação.
Ron interrompeu quando deu um pequeno arroto, e uma única lesma caiu em sua mão estendida.
Ele jogou na bacia enquanto Charlie continuou: — Quero dizer, muitos de nós sabemos que isso não faz a menor diferença. Olhe para Neville Longbottom - ele é puro-sangue e mal consegue colocar um caldeirão no caminho certo.
— É bobagem! Um monte de lixo! O tipo de bruxo não significa nada! Não ouça aquele sonserino, Hermione! Eles não inventaram um feitiço que você não pode fazer. — Disse Hagrid com orgulho , fazendo Hermione ficar com um tom brilhante.
— Ainda é uma coisa nojenta chamar alguém. — Disse Charlie, enquanto observava Hermione atentamente, — Sangue sujo, veja. Sangue comum. É ridículo. A maioria dos bruxos hoje em dia são mestiços.
— Bem, eu não o culpo por tentar machucá-lo, Char, — disse Hagrid em voz alta sobre os baques de mais balas batendo na bacia, — mas talvez tivesse sido mais efetivo se você deixasse um adulto lidar com a situação. Espero que Lucius Malfoy não venha marchando até a escola porque você quebrou o nariz do filho dele. Ia ser um problema.
Foi quando Hermione se virou para o garoto de olhos castanhos com a boca aberta, — Ele está certo! Charlie, você tem alguma ideia da quantidade de problemas que você vai ter por causa do que você fez por mim?! Você deveria ter apenas-
— Apenas o quê? — O menino retrucou: — Deixá-lo insultar você na minha frente? E então apenas sentar e não fazer absolutamente nada? Eu não poderia me importar menos com as consequências! Fiz o que achei certo. E faria de novo. Num piscar de olhos.
Hermione foi protestar, mas Charlie a cortou mais uma vez enquanto caminhava até ela e olhava em seus olhos, profundamente, — Não, eu não vou mais discutir com você sobre isso. Hermione, você é minha melhor amiga! Então, não se atreva a pensar por um segundo que o que eu fiz não valeu a pena. Você vale a pena para mim.
A garota de cabelos espessos corou furiosamente antes de dar um grande abraço no garoto de olhos castanhos. Charlie se derreteu em seu abraço e a abraçou com força enquanto ela chorava em seu peito. Depois de tudo o que aconteceu, era a única coisa que ambos precisavam naquele momento.
Hagrid e Harry sorriram um para o outro enquanto ambos subconscientemente concordavam com o que estava acontecendo entre o menino e a menina diante deles. Em vez de assistir, no entanto, eles simplesmente voltaram sua atenção para Ron.
Foi então que uma batida forte na porta de Hagrid separou Charlie e Hermione. A garota de cabelos espessos enxugou os olhos enquanto Hagrid se levantava para atender a porta.
A porta da frente se abriu e lá estava o Sr. Filch, que rapidamente olhou para dentro e viu o garoto de olhos castanhos atrás de Hagrid. Ele sorriu diabolicamente enquanto apontava o dedo para Charlie, — Apenas o garoto que eu estava procurando. Você vem comigo. Você tem um visitante que deseja falar com você imediatamente.
O menino de olhos castanhos olhou para seus amigos. Hermione agarrou a mão de Charlie imediatamente com medo por ele, enquanto Harry e Rony estavam confusos. Um visitante? O menino de olhos castanhos engoliu em seco, ele sabia exatamente quem deveria ser.
Hagrid deu ao menino um pequeno aceno de cabeça para confirmar suas suspeitas.
Fenwick Hawthorne tinha acabado de chegar a Hogwarts e desejava ver seu filho.
Imediatamente.
★
Charlie atravessou o castelo com o Sr. Filch antes que eles parassem no escritório de Dumbledore. O menino de olhos castanhos podia ouvir os gritos de seu avô e pai do outro lado da porta.
Ele só podia imaginar o que ia acontecer com ele quando entrasse naquela sala e estava temendo cada segundo disso.
O Sr. Filch notou a hesitação de Charlie e zombou, — É melhor você entrar lá! Eu não vou ser repreendido por causa de sua maldita covardia!
O garoto de olhos castanhos simplesmente revirou os olhos antes de abrir a porta e entrar na sala, deixando o Sr. Filch no corredor.
Quando a porta se fechou atrás de Charlie, fez sua presença no escritório ser conhecida. De repente, fez-se silêncio. O menino olhou para frente e viu seu avô parado em sua mesa, parecendo um pouco zangado.
Então ele desviou o olhar para seu pai. Charlie não conseguia se lembrar da última vez que vira o Ministro da Magia. Fenwick deixara a barba crescer um pouco, mas ainda parecia bem arrumada. O pai do menino o encarou com adagas. O ministro estava definitivamente zangado.
— Olá pai. — Charlie disse calmamente, tentando evitar o contato visual direto de Fenwick tanto quanto possível.
— Olá? — Fenwick já estava ofendido, — É tudo o que você tem a me dizer?!
— Fenwick. — Dumbledore avisou.
O Ministro virou a cabeça para o Diretor, — Você fica fora disso, Alvo! Eu vou falar com meu filho da maneira que eu quiser! — Fenwick então se virou para Charlie e começou a andar em direção a ele furiosamente, — Você tem alguma ideia de como estou envergonhado de você?! Quando Lucius me contou sobre seu encontro com ele e Draco no Beco Diagonal, eu presumi que ele estava brincando quando ele disse que você está se associando com nascidos trouxas e traidores do sangue. Imagine minha surpresa, quando eu descobrir que não só ele estava dizendo a verdade, mas que de alguma forma você conseguiu desconsiderar completamente o decreto de bruxaria menor de idade com os ditos traidores de sangue!
— Como você-
Charlie foi rapidamente interrompido quando seu pai levantou a mão para ele, — SILÊNCIO! Como eu descobri não é uma questão da discussão! Eu pensei que seria o máximo que eu iria repreender você. minha chegada aqui está noite, fui abordado pelo Sr. Draco Malfoy, que estava segurando seu nariz QUEBRADO, que você infligiu! POR QUÊ?! Porque ele ofendeu um de seus amigos nascidos trouxas!
Dumbledore deu um passo à frente, — Isso é verdade, Charles? Você entrou em uma briga está noite?
Charlie ergueu a cabeça pela primeira vez e assentiu, — Draco chamou Hermione de sangue-ruim e eu perdi a paciência, só isso.
Fenwick quase perdeu a cabeça com a admissão de seu filho: — Então, você quer me dizer que achou que era do seu interesse defender um sangue-ruim imundo em vez de ignorar a situação completamente? Toda a nossa reputação está em jogo!
Charlie retrucou, encontrando o olhar de seu pai pela primeira vez, — Com todo o respeito pai, como você se atreve a dizer essas coisas. Você não tem ideia de quem está falando.
— Como eu ouso? — O ministro falou tão calmo de repente, que foi aterrorizante. Então o tom dele muda em questão de segundos, — COMO VOCÊ OUSA! Você simplesmente colocou o nome da família INTEIRA no chinelo com suas recentes ações. E para quê? Uma amiga nascida trouxa, boba, que não deveria significar nada!? A família Hawthorne é uma das poucas famílias de sangue puro famosas e nobres vivas hoje. Nós lutamos com o fato de que somos os superiores e nos ligamos com aqueles que acreditam no mesmo! Mas você! Você não sabe nada sobre o que isso significa!
Charlie balançou a cabeça enquanto cerrava os dentes, — Cuidado pai. Sua supremacia está aparecendo.
Com isso, Fenwick avançou, agarrou o menino pelo colarinho da camisa e o ergueu no ar agressivamente: — Agora, você me escute, seu garotinho estúpido e patético. Você vai se organizar, ou então me ajude Deus-
— Já chega, Fenwick! — Alvo gritou, apontando sua varinha para o Ministro, — Você solte o garoto neste instante. Eu não vou tolerar esse tipo de comportamento na frente dos meus olhos!
Fenwick soltou Charlie com relutância. O jovem se assustou. Essa foi a primeira vez que seu pai foi tão agressivo com ele. De todas as maneiras que isso poderia ter acontecido, isso não era o que Charlie estava esperando.
O Hawthorne mais velho virou-se para olhar para Alvo e riu, — Todos nós sabemos que você tem uma incapacidade de tolerar repercussões, Alvo. Por que você suspeita que o garoto age dessa maneira? Isso não é nada mais do que uma piada amorosa nascida trouxa.
O coração do menino de olhos castanhos afundou com a frieza de seu pai. Ele esperava que ele ficasse louco, mas vê-lo desse jeito? Isso era algo que ele nunca poderia entender. Ele foi um fracasso? Ele era uma piada?
Alvo notou o estado assustado do garoto e então retrucou: — Olhe para ele, Fenwick! Olhe para ele! Esse é seu filho! Um menino de doze anos! Já passou pela sua cabeça dura o porque do menino agir dessa maneira, é porque ele não quer acabar exatamente como você? Um monstro para todos. Até sua própria família. Charles viu primeiro, e acredito que minha filha viu também, e é por isso que ela deixou você para trás.
— Você não tem nenhuma idéia do que está falando, Alvo. — Fenwick cuspiu com raiva, — Charles seria um tolo se não seguisse meus passos. Quer você queira acreditar ou não, eu tenho os melhores interesses dele no coração. Por isso, quero que ele seja ótimo. Por isso, vou repreendê-lo se ele estiver longe de sua jurisdição! Se Julia estivesse viva hoje, ela teria concordado totalmente comigo.
— Não assim, Fenwick. — Dumbledore falou mais uma vez, apontando para o estado frágil de Charlie, — Você vai destruir tudo de bom sobre aquele garoto. Seu medo de você vai tirar o melhor dele. Você vê isso, não é?
Fenwick olhou para Charlie e notou o garoto se encolher sob seu olhar. Alvo estava certo. O menino de olhos castanhos estava com medo de seu próprio pai.
— Você não pode simplesmente aparecer quando for conveniente para você, Fenwick. — Alvo disse calmamente, — Aquele garoto teme os momentos que ele passa com você, e por quê? Porque tudo que ele sabe de você é consequência. Nos últimos cinco anos, você não apareceu aqui com algo bom a dizer sobre ele. Ele é sempre uma decepção e você está sempre envergonhado. Isso não é maneira de um menino viver.
Fenwick ignorou os comentários de Dumbledore e se ajoelhou para seu filho, que agora estava se aninhando no chão de medo.
Quando Fenwick se aproximou dele, Charlie se encolheu. O Ministro ergueu as mãos para sinalizar paz: — Sinto muito, Charles. Por favor, entenda, eu só... Quero que você seja ótimo um dia. Quero que você me deixe orgulhoso.
Sem outra palavra, Fenwick pegou sua pasta da mesa de Dumbledore e saiu da sala.
Essa foi talvez a coisa mais assustadora sobre Fenwick Hawthorne. Ele podia estar agressivamente irritado em um minuto e então incrivelmente calmo no próximo, como se nada tivesse acontecido. O que deixou isso triste é o fato de que Fenwick vai sair como se esse encontro nunca tivesse acontecido. O único que foi assombrado por esses encontros foi seu filho.
Alvo olhou para o garoto no chão e seu coração se partiu quando uma única lágrima caiu no rosto de Charlie, — Char-
— Não, — o menino resmungou, — por favor.
Pela primeira vez, Dumbledore não sabia o que fazer. Então, ele simplesmente se ajoelhou e confortou seu neto com um simples abraço.
★
Após a aparição de Fenwick em Hogwarts, os próximos dias foram difíceis para Charlie enquanto tentava esquecer o que havia acontecido. Sua mente continuava repetindo os comentários de seu pai em sua cabeça, e quando ele fechou os olhos, ele jurou que podia sentir o aperto firme das mãos do Ministro em seu pescoço.
Charlie ficou nos aposentos do diretor enquanto ele se recuperava. Ele também não foi a nenhuma de suas aulas. Isso acabou deixando Hermione, Harry e Ron extremamente preocupados. Suas mentes continuavam pensando nas piores coisas que poderiam ter resultado no desaparecimento de seu amigo.
Alvo não sabia como falar com Charlie sobre o que havia acontecido. Seu neto odiava falar sobre seu pai. O menino de olhos castanhos tinha essa mentalidade de ignorá-lo até que eventualmente desapareça, mas isso nunca aconteceu.
Por isso, Charlie decidiu que era hora de voltar para sua vida e não deixar que o que aconteceu o consumisse. Hoje, ele deveria cumprir detenção pelo incidente do carro voador e foi persistente em vê-lo até o fim.
O menino caminhou pelo castelo e tentou ao máximo evitar os olhares e sussurros dos outros alunos. Ele manteve a cabeça baixa enquanto caminhava para a sala comunal da Grifinória.
Enquanto ele passava pela porta do retrato, ele nem teve tempo de levantar a cabeça antes que Hermione o envolvesse em um abraço. A garota estava preocupada demais com ele nos últimos dias. Também não ajudava que ela se sentisse culpada por toda a situação.
— Charlie. — Ela sussurrou suavemente. Ela estava sem acreditar que o estava segurando naquele momento, quase parecia um sonho.
Harry e Ron se levantaram do sofá com a chegada do amigo. Eles se juntaram ao abraço como forma de dar as boas-vindas ao amigo em casa.
Enquanto todos se afastavam, Harry falou, preocupado, — Estávamos preocupados demais com você, cara.
— Sim, — Ron afirmou, — onde você esteve?
Hermione simplesmente olhou nos olhos de Charlie e notou que eles estavam diferentes do normal. Havia tristeza em seus olhos, e apenas Hermione pareceu notar.
— Eu fiquei com meu avô por alguns dias, — O menino de olhos castanhos mentiu, — ele achou que seria melhor fazer uma pausa, dado o fato de que eu me meti em muitos problemas recentemente.
Ron e Harry assentiram em compreensão. No entanto, Hermione não estava acreditando, — E o visitante?
Charlie virou a cabeça e encontrou o olhar da garota. Ele sabia que ela sabia que algo estava errado, mas ele simplesmente deu de ombros. Ele não queria contar a seus amigos o que realmente aconteceu. Ele não queria que ninguém soubesse.
Então ele pensou em algo rapidamente, — Hagrid estava certo. Acho que não demorou muito para Draco sair correndo para seu pai. O Sr. Malfoy não estava exatamente feliz com o nariz quebrado de seu filho.
— Claro, — Ron disse com raiva, — Malfoy, Malfoy.
Charlie riu enquanto se afastava de Hermione, — Está tudo bem. De qualquer forma, eu deveria vir e pegar vocês dois, — ele disse, agora apontando para Harry e Rony, — nós temos detenção.
Os dois garotos assentiram antes de recolherem suas coisas que estavam na mesa de centro no meio da sala. Charlie os observou enquanto faziam isso, simplesmente para evitar os olhos preocupados de Hermione que ele podia sentir perfurando o lado de seu rosto.
Quando Harry e Ron estavam prontos para ir, eles se despediram da garota de cabelos espessos antes de sair pela porta do retrato. O garoto de olhos castanhos ficou para trás por um momento para poder olhar na direção de Hermione mais uma vez.
Ele lançou-lhe um pequeno sorriso para deixar sua mente à vontade em relação a ele. A garota retribuiu seu sorriso e observou enquanto ele seguia atrás de Harry e Ron para fora da porta, deixando-a na sala comunal.
Ela sabia que aquele sorriso era falso. Hermione conhecia Charlie melhor do que ninguém, mas não queria pressioná-lo. Ele diria a ela o que realmente aconteceu quando estivesse pronto.
★
Os três garotos mal tinham posto os pés no corredor frio quando uma voz soou, — Aí está você, Potter, Weasley - Hawthorne. — A Professora McGonagall ficou surpresa ao ver o garoto de olhos castanhos na frente dela. Dumbledore havia contado a ela sobre suas circunstâncias, é claro, e então ela pensou que ele teria sido dispensado da detenção.
Charlie evitou o contato visual o máximo possível. Ele não queria que ninguém visse através de sua fachada de fingir estar bem.
— O que estamos fazendo, professora? — Disse Ron, nervoso.
— Você vai polir a prata na sala de troféus com o Sr. Filch, — disse a Professora McGonagall, virando-se para Ron, — e sem mágica, Weasley - graxa de cotovelo.
O menino ruivo engoliu em seco. Argus Filch, o zelador, era odiado por todos os alunos da escola.
— E vocês dois, Potter e Hawthorne, vão ajudar o Professor Lockhart a responder suas cartas de fãs. — Disse a Professora McGonagall.
— Oh Deus - Professor, eu não posso ir e ajudar na sala de troféus também? — Disse Charlie desesperadamente. Depois de tudo o que aconteceu, a última coisa que o garoto de olhos castanhos queria fazer era lidar com Gilderoy Lockhart.
— Certamente não. — Disse a Professora McGonagall, levantando as sobrancelhas. — Professor Lockhart solicitou a vocês dois particularmente.
Harry gemeu enquanto Charlie abaixou a cabeça. McGonagall escoltou Ron até a sala de troféus, deixando os dois garotos encontrarem Lockhart.
Harry e Charlie chegaram do lado de fora da sala de Gilderoy e entraram relutantemente após suspirarem um para o outro. Quando eles entraram, o autor os conduziu rapidamente. Ele deu a eles uma pilha de cartas enquanto cada um se sentava no lado oposto de sua mesa com ele sentado no meio.
A mentalidade de Charlie era terminar de escrever o mais rápido possível, para que ele pudesse entrar e depois dar o fora.
Gilderoy certamente tinha outros planos enquanto tentava conversar, — Rapazes, meninos, meninos. Vocês podem imaginar uma maneira melhor de cumprir detenção do que me ajudar a responder minhas cartas de fãs?
— Na verdade não. — Harry disse com um sorriso complacente.
— Eu prefiro ouvir Snape falar dolorosamente devagar sobre os aspectos de um bezoar. — Charlie murmurou.
Lockhart não pareceu ouvi-lo enquanto continuava: — A fama é um amigo inconstante, rapazes. Celebridade é como celebridade. Você faria melhor se lembrar disso.
O garoto de olhos castanhos simplesmente revirou os olhos antes de se concentrar na pilha de cartas à sua frente.
Depois de um tempo, Harry ouviu algo - algo bem diferente do cuspir das velas apagadas e a tagarelice de Lockhart sobre seus fãs.
Era uma voz, uma voz para gelar a medula óssea, uma voz de tirar o fôlego, veneno gelado.
— Vem... Vem até mim... Deixa eu te matar... Deixa eu te matar... Deixa eu te matar...
Harry deu um salto enorme, o que assustou o garoto de olhos castanhos sentado à sua frente.
— O que? — O menino de óculos disse alto.
— Eu sei! — Disse Lockhart. — Seis meses inteiros no topo da lista dos mais vendidos! Quebrei todos os recordes!
— Não, isso não, — disse Harry freneticamente, — aquela voz!
— Desculpe? — disse Charlie, parecendo intrigado. — Que voz?
— Aquela - aquela voz que disse - você não ouviu?
Ambos, Lockhart e Charlie estavam olhando para Harry com grande espanto.
— Do que você está falando, Harry? — O menino de olhos castanhos perguntou.
— Talvez você esteja ficando um pouco sonolento? Grande Scott - veja a hora! Estamos aqui há quase quatro horas! Eu nunca teria acreditado - o tempo voou, não é? — Lockhart divagou.
Harry não respondeu. Ele estava forçando os ouvidos para ouvir a voz novamente, mas não havia som agora, exceto Lockhart dizendo que ele não deveria esperar um tratamento como esse toda vez que fosse detido. Sentindo-se atordoado, Harry saiu da sala. Charlie assistiu seu amigo sair antes de se desculpar com Lockhart e perseguir seu amigo.
Enquanto o garoto de olhos castanhos vasculhava furiosamente os corredores em busca de seu amigo claramente perturbado, ele quase deu de cara com Ron e Hermione.
— Charlie! — Exclamou Hermione.
— Woah, calma aí, companheiro! — Ron disse, cautelosamente.
— Você viu Harry? — O menino perguntou, freneticamente.
— Não. — Seus dois amigos rapidamente responderam em uníssono.
— Temos que encontrá-lo. — Disse Charlie, enquanto começava a correr pelo corredor. Hermione e Ron seguiram sem ter que pedir.
Quando eles perguntaram o que estava acontecendo, Charlie explicou rapidamente como O Escolhido disse que tinha ouvido uma voz, que nem ele, nem Lockhart podiam ouvir e então ele saiu da sala em pânico frenético.
Eles finalmente encontraram o garoto de óculos enquanto ele batia nas paredes de um corredor aleatório. Ron, Hermione e Charlie se entreolharam confusos.
— Oi! — Charlie disse, tentando chamar a atenção do garoto, — Você está bem?
Harry olhou para seus amigos, — Está se movendo. Acho que vai matar.
O menino então saiu pelo corredor.
— Matar?! O que vai matar?! — Ron gritou.
Hermione e Charlie deram de ombros antes de correr atrás de Harry. Ron os seguiu de perto.
— Harry, espere! Não tão rápido!
Eles pararam no final de um corredor quando Harry e seus amigos notaram uma trilha de aranhas saindo da janela do castelo.
— Estranho. — Disse Harry.
Charlie falou: — Eu nunca vi aranhas agirem assim.
— Eu não gosto de aranhas. — Ron disse nervosamente, ao que Hermione simplesmente revirou os olhos.
Foi então que os quatro vislumbraram a escrita na parede à sua frente.
— O que é isso? — perguntou Ron.
Hermione leu as palavras cuidadosamente, — 'A Câmara Secreta foi aberta. Inimigos do herdeiro... Euidado'. Está escrito com sangue.
Charlie se assustou com o sangue na parede, mas conseguiu desviar um pouco o olhar para a esquerda. Seus olhos pousam em algo que ele não queria ver, — Ah, não. Olha, é o gato de Filch.
Lá estava ela. Sra. Norris. Pendurado de cabeça para baixo no poste próximo. O pobre gato não estava respirando.
Foi quando os corredores começaram a se encher de alunos que voltavam do jantar no Salão Principal. Suspiros irromperam entre a multidão quando todos vieram reconhecer a cena que caiu diante deles.
— Inimigos do herdeiro... Cuidado? — Draco Malfoy questionou enquanto caminhava para a frente da multidão. Ele virou a cabeça na direção de Hermione, — Vocês serão os próximos sangues-ruins.
Charlie deu um passo à frente. Ele estava prestes a atacar o idiota de cabelo loiro mais uma vez antes de Hermione agarrar sua mão e puxá-lo de volta, — Não.
O menino relutantemente atendeu aos desejos da menina quando o Sr. Filch veio correndo pela multidão, — O que está acontecendo aqui? Abram caminho! Abram caminho!
Argus parou na frente de Harry, — Potter! O que você-
O homem parou quando notou seu gato em seu estado incomum. Ele instantaneamente ficou com raiva, — Você! V-Você assassinou meu gato!
— Não! — Disse Harry, suplicando.
— Eu vou te matar! — O Sr. Filch disse enquanto agarrava as vestes de Harry, — EU VOU TE MATAR!
Foi então que a mente de Charlie voltou ao seu encontro com seu pai. Ele havia esquecido toda a provação desde que sua detenção havia começado, mas de repente tudo voltou correndo.
O menino imediatamente olhou para baixo e balançou a cabeça para tentar remover a memória de sua mente. Hermione percebeu isso e apertou a mão dele para confortar-lo.
Eles não tinham destravado as mãos desde que a garota o impediu de atacar Malfoy. Com Hermione ao seu lado, o garoto recebeu a força para se concentrar novamente no assunto à sua frente.
Dumbledore, McGonagall, Snape, Sprout e Lockhart agora se juntaram à multidão e testemunharam a visão diante deles.
— Todo mundo, — Alvo se dirigiu à multidão, — prossigam para seus dormitórios, imediatamente. —
A multidão rapidamente começou a se mover. Harry, Hermione, Charlie e Ron até tentaram se dispersar antes de ouvirem Dumbledore falar mais uma vez, apontando diretamente para eles, — Todos, menos vocês quatro.
Os quatro se entreolharam enquanto se viravam para encarar seus professores.
O Diretor falou mais uma vez, desta vez para o Sr. Filch: — Ela não está morta, Argus. Ela está petrificada.
— Sim! Achei que sim! — Lockhart entrou na conversa, — Foi azar que eu não estava lá! Eu sei exatamente a contra-maldição que poderia tê-la poupado!
Os três garotos da Grifinória reviraram os olhos, enquanto Hermione olhava para ele com admiração. Típica.
— Ele fez isso! — Argus disse com raiva enquanto apontava para Harry, — Você viu o que está escrito na parede.
— Não é verdade, senhor! — Implorou Harry, — Eu juro! Eu nunca toquei na Sra. Norris!
— Bobagem! — Gritou Argus.
Snape decidiu entrar na conversa, — Se me permite, Diretor, talvez o Sr. Potter e seus amigos estivessem simplesmente no lugar errado na hora errada.
Os quatro grifinórios se entreolharam incrédulos. Por que Snape estava defendendo eles.
— No entanto, — Snape continuou, — as circunstâncias são suspeitas. Eu, por exemplo, não me lembro de ter visto o Sr. Potter ou o Sr. Hawthorne no jantar.
Falou cedo demais.
— Isso foi obra minha, Severus, — explicou Lockhart, — você vê, Harry e Charlie estavam me ajudando a responder minhas cartas de fãs.
Hermione acrescentou: — É por isso que Ron e eu fomos procurá-los, professor. Nós queríamos ter certeza de que eles comeriam alguma coisa antes do toque de recolher. Nós nos encontramos com Charlie primeiro, Harry estava um pouco atrás. Nós tínhamos acabado de encontrá-lo quando ele disse-
A voz da garota sumiu.
Snape notou isso, então ele pressionou, — Sim, Srta. Granger?
Charlie notou o estado de gagueira de Hermione. Ela não sabia mais o que dizer.
Então, Harry falou: — Quando eu disse a eles que não estava com fome.
Os três amigos de Harry concordaram com a cabeça.
Charlie chegou a comentar: — Nós estávamos voltando para a sala comunal quando encontramos a Sra. Norris.
Snape suspirou enquanto se virava para Dumbledore em busca de uma resposta, — Inocente até provar em contrário, Severus.
— Meu gato ficou petrificado! Eu gostaria de ver algum castigo! — Gritou Argus mais uma vez.
— Ela não ficará petrificada por muito tempo, Argus. — Dumbledore falou calmamente, — Pelo que entendi, Madame Sprout tem um crescimento saudável de mandrágoras com as quais os alunos do segundo ano estão trabalhando em sua aula de Herbologia. Feito que irá reviver a Sra. Norris. Enquanto isso, eu recomendo cautela a todos.
Com essa mensagem enigmática, Dumbledore deu meia-volta e voltou para seu escritório. Os demais membros do grupo se dispersaram. Os quatro jovens grifinórios voltaram para seus dormitórios.
Era a primeira vez em alguns dias que Charlie dormia em sua própria cama, mas com tudo o que aconteceu ele não sabia se deveria ser feliz ou não.
Ele sabia que algo ruim estava por vir.
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