013
𓏲 . THE BOY WHO LOVED . .៹♡
CAPÍTULO TREZE
─── PROFANIDADE E INSANIDADE
AO ENTRAREM NO escritório do Professor Snape, Harry, Ron e Charlie se entreolharam nervosamente. O professor de cabelos compridos estava sentado na frente deles parecendo ainda mais infeliz do que o normal. Todos os três garotos estavam esperando Snape explodir.
Depois de um momento de olhar furioso, Snape finalmente ergueu um jornal que dizia: Carro voador na terra dos Trouxas.
Charlie engoliu em seco, literalmente não havia como escapar dessa.
O Professor Snape jogou o jornal sobre sua mesa, agressivamente, e então finalmente falou: — Vocês foram vistos por nada menos que sete trouxas! Vocês tem ALGUMA idéia do quão sério isso é? O dano que vocês infligiram a um Salgueiro Lutador que está aqui desde antes de você nascer!
Ron falou ansioso, — Honestamente Professor Snape, eu acho que isso nos fez mais mal-
— SILÊNCIO! — Snape gritou. Ele então se levantou e caminhou em direção aos três garotos, agora elevando-se sobre eles, — Eu garanto a vocês, se vocês estivessem na Sonserina e seu destino estivesse comigo, vocês três estariam no trem de volta para casa. Está noite!
— Eles não vão.
Charlie se virou para a porta do escritório e viu seu avô ali com McGonagall. O menino sorriu instantaneamente.
— Professor Dumbledore. Professora McGonagall. — Harry falou em um tom aliviado.
— Diretor, — disse Snape, calmamente, antes de apontar um dedo na direção dos garotos da Grifinória, — esses garotos desrespeitaram o decreto para a restrição de bruxaria menor de idade! Como tal-
Dumbledore o interrompeu mais uma vez, — Eu estou bem ciente de nossos estatutos, Severus. Eu mesmo escrevi alguns deles. No entanto, como Diretora da Grifinória, cabe à Professora McGonagall determinar a punição apropriada.
Ron grunhiu de tristeza, — Nós vamos pegar nossas coisas então.
— O que você está falando, Sr. Weasley? — McGonagall perguntou.
— Você vai nos expulsar, não é? — Ron disse, suavemente.
— Hoje não, Sr. Weasley. — McGonagall disse, fazendo com que Ron voltasse a olhar para Charlie e Harry excitado, — Mas, eu devo impressionar vocês três; a seriedade do que vocês fizeram. Eu vou escrever para seus pais esta noite, e vocês três receberão detenção.
O rosto de Charlie caiu quando McGonagall mencionou seus pais. O menino estava apavorado com o que seu pai faria, especialmente depois de seu encontro com Lucius Malfoy algumas semanas atrás, — Por favor, professora, devo perguntar se há alguma maneira de eu cumprir minha punição sem envolver meu pai.
McGonagall olhou nos olhos do menino e viu o medo neles, — Sinto muito Charles, mas-
— Eu cuido disso, Minerva, — disse Dumbledore, calmamente, — Charlie cumprirá sua detenção com o Sr. Potter e o Sr. Weasley, mas eu assumirei em relação à carta dele.
Charlie olhou para seu avô e sorriu suavemente. Ele sabia. Dumbledore sempre soube.
— Isso é absurdo! — Snape retrucou, — O garoto deveria receber o mesmo tratamento que seus colegas de classe! É injusto dar ao garoto um tratamento especial devido à sua relação com você, Diretor!
— Charles não estará recebendo nenhum tipo de tratamento especial. Ele será devidamente repreendido, assim como eu presumo que o Sr. Weasley e o Sr. Potter também. Enquanto ele estiver aqui em Hogwarts, Charles é minha responsabilidade, e assim, eu serei o único a repreendê-lo. Isso é definitivo. — Dumbledore disse em um tom prático.
Snape apenas zombou e saiu da sala.
Charlie virou-se para seus amigos que simplesmente acenaram para ele em compreensão.
— Tudo bem então meninos, — McGonagall disse quebrando a tensão óbvia, — vão para seus dormitórios.
Harry e Ron saíram da sala apressadamente, mas Charlie ficou um momento para trás para falar com seu avô, — Desculpe-
— Agora não, Charles. Discutiremos isso mais tarde. Apenas vá e descanse um pouco. — Alvo disse em um tom que Charlie identificou como desapontamento.
O menino deu um último olhar para a ProfessorabMcGonagall, que lhe deu um sorriso suave, antes de seguir seus amigos e ir para seus dormitórios.
★
Na manhã seguinte, Charlie caminhou pelo castelo a caminho do Salão Principal. Seus amigos já tinham saído para o café da manhã, mas Charlie ficou mais um pouco na cama. Ele teve problemas para dormir na noite passada. Tudo o que aconteceu nas últimas semanas o assombrava. A coisa que ele mais temia, no entanto, era que, apesar de tudo, ele ainda não sabia o seu resultado. Ele não sabia como seu pai reagiria ao seu encontro com Lucius Malfoy, ou como Dumbledore lidaria com sua punição. Tudo isso o assustou.
Ele deu um pequeno 'olá' para Sir Nicholas e Pirraça no caminho para o Salão Principal. Ao entrar, viu os rostos de todos os seus amigos que não tinha visto durante o verão. Ele examinou a sala, antes que seus olhos encontrassem os de Hermione. Ela, é claro, estava esperando por ele, para que pudesse bombardeá-lo com perguntas sobre o que havia acontecido. Quando ele se juntou a Hermione, Harry e Ron na mesa, ele rapidamente explicou para a garota de cabelo espesso por que os três não estavam no trem e nem estavam jantando na noite anterior.
Hermione simplesmente absorveu todas as informações e balançou a cabeça para a estupidez de seus amigos com toda a situação. Harry e Ron estavam muito focados em prender a varinha de Ron para se importarem.
De repente, um flash ofuscante disparou nos olhos de Charlie. Quando a visão do garoto voltou ao normal, ele ergueu uma sobrancelha confusa para o garoto de cabelos loiros que agora estava na frente dele com uma câmera.
— Oi Charlie! — O menino disse, muito animado: — Sou Collin Creevey! Estou na Grifinória também!
— Oi Collin, prazer em conhecê-lo. — O menino de olhos castanhos disse com um pequeno sorriso. Ele queria ser educado.
— Diga, — o menino loiro começou de novo, — você acha que seu amigo aqui, poderia tirar uma foto de você e eu juntos? Você sabe, para provar que eu te conheci. É para o meu pai. Ele é um leiteiro, você sabe? Um trouxa. Mas ele lê o Profeta Diário o tempo todo e ele é um grande fã seu! Eu ficava dizendo a ele que já tinha visto você pela escola antes, mas minha família acha que estou ficando maluco!
Charlie ficou surpreso com a ansiedade do menino. Collin Creevey teve boas intenções, mas foi um pouco intenso.
— Imagine isso. — Ron disse com um sorriso sarcástico.
O garoto de olhos castanhos apenas sorriu rapidamente para uma foto antes que o garoto loiro estivesse a caminho mais uma vez.
— Oi Ron! — Gritou Dean Thomas de um pouco mais abaixo na mesa. O menino apontou para o teto, — Não é a sua coruja?
De repente, houve um som alto e Charlie viu a coruja dos Weasley correndo em direção a sua mesa em um ritmo incrivelmente rápido. A pobre coruja definitivamente não ia conseguir aterrissar.
— Errol! — disse Ron, ajudando a coruja suja a se levantar depois de colocar o rosto na mesa.
Errol caiu, claramente ainda atordoado por sua forte queda. Suas perninhas estavam levemente dobradas e ele tinha um envelope vermelho úmido no bico.
— Oh, não- — Ron ofegou.
Seamus Finnigan riu da mesa em frente a Dean, — Olhem todo mundo! Weasley tem um berrador!
— É melhor você abrir, Ron. — Disse Neville Longbottom em um sussurro tímido. — Vai ser pior se você não fizer isso. Minha avó m me mandou um uma vez, e eu ignorei e... — Ele engoliu em seco — Foi horrível.
Harry olhou dos rostos petrificados de Ron e Neville para o envelope vermelho.
— O que é um Berrador? — Harry perguntou.
Charlie riu levemente, — Você vai ver.
A atenção de Ron estava fixa na carta, que começou a fumegar nos cantos.
— Abra. — Hermione pediu. — Vai acabar em alguns minutos.
Ron estendeu a mão trêmula, tirou o envelope do bico de Errol e o abriu. Harry achou estranho Neville ter enfiado os dedos nos ouvidos. Então, uma fração de segundo depois, ele entendeu o porquê. Um rugido de som encheu o enorme salão, sacudindo a poeira do teto.
— ROUBANDO O CARRO, EU NÃO FICAREI SURPREENDIDO SE TE EXPULSAR, ESPERA ATÉ QUE EU TE PEGUE, ACHO QUE VOCÊ NÃO PAROU PARA PENSAR O QUE TEU PAI E EU PASSAMOS QUANDO VIMOS QUE VOCÊ SE FOI.
Os gritos da Sra. Weasley, que eram cem vezes mais altos do que o normal, faziam os pratos e colheres chacoalharem na mesa e ecoavam ensurdecedoramente nas paredes de pedra. As pessoas por todo o salão estavam se virando para ver quem havia recebido o berrador. Ron afundou tão baixo em sua cadeira que apenas sua testa vermelha podia ser vista.
— CARTA DE MCGONAGALL NA NOITE PASSADA, SEU PAI MORRENDO DE VERGONHA, NÓS NÃO TE CRIAMOS PARA SE COMPORTAR ASSIM! VOCÊ, CHARLIE E HARRY PODERIAM TER MORRIDO.
Charlie estava se perguntando quando seu nome seria mencionado. Ainda assim, ele tentou o seu melhor para abafar os gritos incrivelmente altos da Sra. Weasley.
— ABSOLUTAMENTE NOJENTO - SEU PAI ESTÁ ENFRENTANDO UM INQUÉRITO NO TRABALHO E A CULPA É TOTALMENTE SUA!
Um silêncio retumbante caiu. O envelope vermelho, que caiu da mão de Ron, explodiu em chamas e se transformou em cinzas. Os meninos ficaram atordoados, como se um maremoto tivesse acabado de passar sobre eles. Algumas pessoas riram e, aos poucos, um murmúrio de conversa começou novamente.
Hermione fechou o livro que estava lendo e notou o estado de vergonha e medo de Ron, — Bem, eu não sei o que você esperava, Ron, mas você-
— Não me diga que eu mereci. — Retrucou Ron.
— O que temos esta manhã? — disse Harry, tentando mudar rapidamente de assunto.
— Defesa Contra as Artes das Trevas. — Hermione disse enquanto pegava sua agenda de cursos.
O garoto de olhos castanhos vislumbrou o papel na frente dela. Ele estendeu a mão e agarrou-o rapidamente antes de lhe dar um olhar perplexo, — Por que diabos você esboçou todas as lições de Lockhart em pequenos corações?
Hermione pegou a agenda de volta, corando furiosamente.
Charlie zombou, — Você não pode estar falando sério.
A garota de cabelos espessos revirou os olhos antes de olhar para Charlie com um sorriso malicioso, — Você deveria saber Charles, ciúme não é uma boa aparência para você.
Com isso, ela se levantou da mesa com suas coisas, — Vejo vocês na aula!
O garoto de olhos castanhos observou Hermione deixar o Salão Principal. Ele ficou absolutamente surpreso com a franqueza dela. Charlie Hawthorne não estava com ciúmes de Gilderoy Lockhart! Isso seria loucura.
O garoto de cabelos castanhos virou-se para encarar seus amigos. Harry olhou para ele, claramente divertido com a situação. Ron, por outro lado, parecia tão intrigado quanto ele. No entanto, a confusão do menino ruivo foi direcionada ao menino de olhos castanhos. O que ela quis dizer com ciúmes? Havia algo acontecendo entre aqueles dois?
★
Quando terminaram o café da manhã, Harry, Ron e Charlie foram até a sala de Lockhart com seus livros na mão.
Hermione sentou na frente da sala sozinha, ela estava claramente esperando que um dos garotos se juntasse a ela. Ela sorriu quando viu seus três amigos entrarem, mas ela estava secretamente gritando porndentro. As coisas deveriam ficar estranhas agora por causa do que ela disse no Salão Principal? Ela nem estava pensando quando disse isso! Acabou saindo!
Harry sentou-se bem atrás da garota de cabelos espessos, fazendo com que Ron e Charlie se olhassem com curiosidade. Eles estavam secretamente se perguntando qual deles se moveria para se sentar ao lado da garota.
Antes que sua competição de olhares chamasse muita atenção, Charlie avançou para se sentar ao lado de Hermione, deixando Ron relutantemente se sentar ao lado de Harry.
A garota sorriu ao ver Charlie ao lado dela. Ela assumiu naquele momento, que seus comentários anteriores não tiveram efeito sobre o menino. Isso foi uma coisa boa? Ou uma coisa ruim?
O garoto de olhos castanhos simplesmente retribuiu seu sorriso e então se virou para a frente quando a aula estava prestes a começar.
Como se fosse uma deixa, Gilderoy Lockhart fez sua grande entrada do topo da escada da sala de aula, — Permita-me apresentá-lo ao seu novo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas: eu. — Ele disse com um sorriso arrogante, — Gilderoy Lockhart. Ordem de Merlin, Terceira Classe. Membro honorário da Liga de Defesa da Força das Trevas. Assim como o cinco vezes vencedor do Prêmio Sorriso Mais Encantador da Semana das Bruxas. Mas eu não falo sobre isso. Eu não me livrei do Banden Banshee sorrindo para ele.
O professor loiro riu de sua própria piada. Todos os meninos da aula reviraram os olhos, mas as meninas estavam basicamente babando pelo idiota.
Gilderoy examinou as carteiras de seus alunos, — Vejo que todos vocês compraram um conjunto completo de meus livros. Muito bem. Agora, pensei em começar hoje com um pequeno teste...
Todos na classe gemeram, exceto Hermione, é claro.
— ... Nada para se preocupar, só para ver o quão bem você os leu. — O professor Lockhart continuou enquanto distribuía os questionários.
Quando ele entregou dois para Hermione, ela corou levemente antes de dizer, — Obrigada.
Quando Lockhart seguiu em frente, Hermione virou-se para dar a Charlie seu teste. Tudo o que ele podia fazer era olhar para ela com uma expressão clara de desagrado antes de fazer o teste.
Ele olhou para o questionário e leu as primeiras perguntas. Não demorou muito para perceber que todo o questionário era sobre Gilderoy Lockhart.
Charlie se inclinou um pouco para trás, para poder falar com Harry e Ron, — Ele não pode estar falando sério, pode?
Harry riu baixinho, — Aparentemente ele é.
Ron gemeu mais uma vez, — Que monte de lixo.
Foi então que Hermione cutucou Charlie levemente e sussurrou: — Vocês três podem parar? Estamos no meio de uma aula!
Os três garotos trocaram um olhar sem graça antes de Charlie avançar mais uma vez. Ele escreveu seu questionário, mas nenhuma de suas respostas estava correta. Na verdade, mais da metade da turma não respondeu corretamente a nenhuma das perguntas. Hermione era, claro, parte da metade que as respondeu corretamente. Pior do que isso, ela tirou a melhor nota de toda a classe. Então, só se podia imaginar ela corar quando Gilderoy piscou para ela em parabéns.
Charlie estava ficando cansado de revirar os olhos neste momento, e então, ele apenas ficou sentado com as mãos cruzadas sobre a mesa. Ele até se inclinou para descansar o queixo nas mãos também. O menino de olhos castanhos já estava farto do Professor Lockhart e era apenas o primeiro dia. No entanto, o preocupava por não saber exatamente de onde vinha todo o seu ódio pelo autor. Certamente não era por sua falta de habilidades de ensino, havia algo mais que ele não conseguia identificar.
Gilderoy levantou-se de sua mesa e dirigiu-se a sua classe mais uma vez: — Agora, esteja avisado! É meu trabalho armar você contra as criaturas mais imundas conhecidas pelos bruxos. Você pode enfrentar seus piores medos enquanto estuda na minha classe. Saiba apenas que nada irá prejudicá-lo enquanto eu estiver aqui. Agora, por favor, não grite. Isso pode provocá-los!
Após seu grande discurso, Lockhart revelou uma gaiola em sua mesa cheia de pequenos duendes roxos. A turma caiu na gargalhada.
Seamus até falou do fundo da classe com m uma leve risada, — Duendes roxos?
Charlie riu do comentário de seu amigo antes de fazer um comentário sarcástico: — Que risco de vida! — Com este comentário ganhou um empurrãozinho de Hermione.
— Ria como quiser! Mas os duendes podem ser diabolicamente, pequenas coisas complicadas. Vamos ver o que você faz com eles. — Professor Lockhart disse com um sorriso, enquanto abria a gaiola e soltava o pacote deles na sala de aula.
Os duendes ficaram absolutamente m descontrolados. Eles estavam destruindo toda a sala de aula, o que fez com que a maioria dos alunos gritasse e se escondesse debaixo de suas carteiras. Em algum momento, os duendes conseguiram até mesmo pegar Neville pelas orelhas e pendurá-lo no candelabro.
Harry, Ron, Charlie e Hermione foram para a frente da sala de aula pelo Professor Lockhart. Os quatro tentaram combatê-los, mas os duendes estavam causando um caos absoluto.
Charlie olhou para o professor Lockhartnpara incentivá-lo anfazer alguma mncoisa, mas, para surpresa de ninguém, Gilderoy se retirou para seu escritório, fazendo com que seus alunos limpassem sua bagunça.
O menino de olhos castanhos zombou quando seu suposto professor tinha m acabado de deixá-los, mas ainda se virou para seus amigos, — Nós temos que fazer alguma coisa! Alguém tem alguma idéia?
— Apenas um! — Hermione gritou do outro lado da sala. Ela então pegou sua varinha e apontou para o ar, — IMMOBULUS!
Em um instante, todas os Duendes roxos congelaram no ar. O silêncio tomou conta da sala e os outros alunos começaram a espiar atrás de suas mesas. Todos estavam se perguntando como o professor Lockhart permitiu que as coisas fossem para o sul tão rapidamente, mas a resposta era simples: Gilderoy Lockhart não tinha a menor ideia do que estava fazendo.
★
Os quatro grifinórios andaram pelos corredores em direção à próxima aula depois que o DADA chegou ao fim, e ainda assim, os três garotos ainda estavam chateados.
— Eu não posso acreditar nele! — Ron rugiu.
— Sério Ronald, não foi grande coisa. — Hermione defendeu, — Ele queria nos dar mais experiência prática e as coisas não saíram como planejado é tudo.
— Experiência pessoal? — Harry questionou, — Hermione, por favor, não me diga que você realmente acha que ele é capaz de nos ensinar coisas que são realmente úteis!
A garota de cabelo espesso ficou ofendida, — Claro que ele é! Você já leu os livros dele?! Você sabe sobre todas as coisas incríveis que ele fez?!
— Ou afirma ter feito, — Charlie entrou na conversa, o que fez Hermione franzir a testa, — vamos lá Mione, você é literalmente a pessoa mais inteligente que eu já conheci, e ainda assim você está cega por essa fachada! Pense nisso logicamente. O que m realmente aprendemos na aula? Absoluta besteira! Todo o questionário dele era sobre ele mesmo! Agora, o que você acha que isso sugere? O único tópico sobre o qual ele sabe alguma coisa é ele mesmo!
Harry e Ron concordaram com a cabeça enquanto Hermione simplesmente se afastava, claramente terminando a conversa. No entanto, Charlie sabia que, mais cedo ou mais tarde, ela perceberia que ele estava certo.
Nem ele ou Hermione tinham sequer reconhecido o uso de seu apelido. Era simplesmente algo que parecia certo. Melhor não questionar.
★
Na manhã de sábado, Charlie foi acordado por Harry. O garoto de olhos castanhos acordou assustado antes de seus olhos focarem em seu melhor amigo. Ele levantou uma sobrancelha para ele.
— Levante! — Harry disse, — Wood chamou para um treino de Quadribol! Nós temos que estar em campo em 5 minutos!
Charlie gemeu. Pela primeira vez, ele gostaria de dormir e simplesmente esquecer o mundo inteiro por um momento. No entanto, isso não é possível quando você é Charlie Hawthorne.
O belo rapaz rapidamente se aprontou e deixou os dormitórios com Harry. Os dois se encontraram com Oliver Wood e o resto do time da Grifinória em uma sala de aula vazia.
Oliver dirigiu-se a toda a equipe: — Ouçam! Deveríamos ter vencido a Copa de Quadribol no ano passado. Fomos facilmente o melhor time. Mas infelizmente - devido a circunstâncias além do nosso controle - isso não aconteceu.
Charlie olhou para baixo desconfortavelmente. Ele estava no hospital durante o último jogo da temporada. Então, a Grifinória teve que jogar com um jogador a menos. Aparentemente, foi a maior derrota em mais de cinco anos.
— Então, este ano, — continuou Wood, — nós vamos treinar mais do que nunca! Ok, vamos praticar!
Wood liderou seu time para fora da sala de aula, pelo pátio e depois em direção ao campo de Quadribol. A equipe estava animada por voltar a jogar o jogo que tanto adorava.
No entanto, a empolgação deles durou pouco quando Oliver viu Marcus Flint e o time da Sonserina todos vestidos com suas roupas de Quadribol, indo na mesma direção que eles, — Eu não acredito nisso.
O capitão da Grifinória parou na frente de Marcus, — Onde você pensa que está indo?
— Treino de Quadribol. — Flint respondeu com um sorriso.
— Eu reservei o campo para a Grifinória hoje. — Wood retaliou rapidamente.
Flint riu antes de entregar um pedaço de pergaminho para Oliver, — Calma aí. Eu tenho um bilhete.
Oliver abriu o pergaminho e leu em voz alta: — Eu, Professor Severus Snape, dou permissão ao time da Sonserina para praticar hoje no campo de Quadribol devido à necessidade de treinar seu novo apanhador - você tem um novo apanhador, quem?
Foi então que Hermione e Ron se juntaram ao grupo. Eles claramente sabiam que o problema estava se formando.
Os sonserinos se separaram e saíram seu novo apanhador da parte de trás do grupo.
Charlie gemeu, — Você deve estar brincando!
Harry estava incrédulo, — Malfoy?
— Isso mesmo. — Malfoy disse com um sorriso malicioso, — E isso não é tudo que há de novo este ano. — O garoto loiro terminou, gesticulando para as vassouras de seu time.
Todos eles tinham Nimbus 2001s.
Charlie riu levemente, — Deixe-me adivinhar, pequeno presente de seu pai? E aqui eu pensei que você poderia ter conseguido algo por conta própria!
Todo o time da Grifinória caiu na gargalhada. Mesmo Ron e Hermione não puderam deixar de rir.
— Ria o quanto quiser, Hawthorne, — disse Draco, silenciando a todos, — mas meu pai acha que o time da Sonserina merece o melhor. Você não entenderia, eu sei, já que seu pai mal sabe que você existe.
Charlie não disse nada, apenas deu um passo em direção a Draco e se elevou sobre ele. As narinas do menino de olhos castanhos se dilataram de raiva. O olhar em seus olhos era tão mortal que se Draco dissesse mais uma palavra, Charlie não tinha certeza do que faria.
— Bem, pelo menos ninguém no time da Grifinória teve que comprar sua entrada, — Hermione defendeu bruscamente, — eles entraram com puro talento.
Draco virou a cabeça na direção da garota, quebrando sua disputa de olhar com Charlie, — Ninguém pediu sua opinião! Sua sangue-ruim imunda!
Era isso. Isso acabou com Charlie.
Não foi nem um segundo antes que o garoto de olhos castanhos derrubasse Draco no chão. Os dois times de Quadribol começaram a lutar entre si no pátio para defender seus companheiros. Charlie e Draco lutaram no chão implacavelmente, antes que o garoto da Grifinória desse um soco diretamente no nariz do sonserino, fazendo-o começar a sangrar instantaneamente.
Não demorou muito para que Flint tentasse arrancar o garoto de olhos castanhos de Draco, mas Charlie não se importou e o empurrou facilmente. Ele viu vermelho. Ele deu soco atrás de soco na cabeça de Malfoy, antes que fosse seu próprio time que o puxasse para fora. Eles não queriam que ele tivesse problemas e arriscasse sua ausência no primeiro jogo de volta.
Foram necessários Oliver, Fred, George e Harry para puxar Charlie do chão com sucesso, mas mesmo assim o garoto de olhos castanhos ainda lutou por sua libertação, — Deixe-me ir! Ele merece tudo o que tem! Como você se atreve a chamá-la de tal palavrão! Seu idiota! Pessoal, por favor, deixem-me ir! Deixe-me ir até ele!
Foi então que Hermione se moveu entre os dois times e agarrou o rosto de Charlie, fazendo com que ele a olhasse diretamente nos olhos. Nenhuma palavra foi dita entre os dois, mas ele podia dizer que ela estava implorando para que ele parasse. Charlie parou, o que fez com que seus companheiros o soltassem instantaneamente. O menino de olhos castanhos olhou para os dedos machucados antes de examinar as instalações.
Draco ainda estava no chão, segurando o nariz, enquanto todo o time da Sonserina olhava para ele com adagas, e ainda assim, ele não se importava.
O garoto de olhos castanhos foi se virar e se afastar antes de ouvir Draco falar mais uma vez, — Meu pai vai saber disso! Você vai se arrepender disso, Hawthorne! Acabou!
Levou tudo nele para Charlie não se virar e bater em Draco novamente, mas seus pensamentos foram interrompidos quando ele ouviu a voz de Ron atrás dele.
— Você sabe o que Malfoy?! — Charlie se virou para ver Ron pegar sua varinha quebrada e colada, — Coma lesmas!
Um estrondo ecoou pelo pátio e um jato de luz verde saiu do lado errado da varinha de Ron, acertando-o no estômago e fazendo-o cambalear para trás na grama.
— Ron! Ron! Você está bem? — Gritou Hermione.
Ron abriu a boca para falar, mas nenhuma palavra saiu. Em vez disso, ele deu um arroto poderoso e várias lesmas pingaram de sua boca em seu colo.
A equipe da Sonserina estava paralisada de tanto rir. Flint estava dobrado, pendurado em sua nova vassoura como apoio. Malfoy estava batendo no chão com o punho que não segurava seu nariz.
Os grifinórios estavam reunidos em torno de Ron, que não parava de arrotar lesmas grandes e brilhantes. Ninguém parecia querer tocá-lo.
— É melhor levá-lo à Hagrid, é o mais próximo. — Disse Harry para seus amigos, e então, ele e Charlie puxaram Ron pelos braços.
— O que aconteceu, Charlie? O que aconteceu? Ele está doente? Oh! Que foto perversa! — Collin Creevey apareceu do nada e agora estava tirando fotos do estado de saúde de Ron.
Ron deu um grande puxão e mais lesmas pingaram em sua frente.
— Oooh. — Disse Collin, fascinado e levantando sua câmera mais uma vez, — Você pode segurá-lo, Charlie?
— Agora não Collin! — disse Charlie com raiva.
Ele e Harry apoiaram Ron para fora do pátio e pelos terrenos em direção à orla da floresta, enquanto Hermione os seguia rapidamente.
As palavras de Draco se repetiram na cabeça de Charlie, 'Meu pai vai saber disso.'
O garoto de olhos castanhos balançou a cabeça levemente enquanto caminhavam. Ele estava prestes a ter tantos problemas, mas ele não podia se importar. Valeu a pena.
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