Chapter One - Alone
✶⊶⊷⊶⊷❍⊶⊷⊶⊷✶
Seriam só mais umas poucas lágrimas restantes em mim, se minha dor sumisse de acordo com cada lágrima que percorria meu rosto, eu agora não estaria assim.
Só.
Talvez eu tenha andado melodramática por esses dias, ou talvez por minha mãe ter saído desde ontem à noite e ainda assim não ter voltado, ela não me avisava, apenas saía calada enquanto eu "dormia".
Olhando melhor agora por minha janela lá fora parecia ter um clima tão agradável, queria estar totalmente fria mas prefiro o aconchegante e quentinho agasalho que ganhei do meu pai após ele ter viajado.
Levantei de uma vez só da cama mas meu corpo retrocedeu, eu tinha levantado rapidamente e fiquei um pouco tonta mas consegui me equilibrar e chegar até onde estavam minhas coisas, enxuguei meu rosto molhado e suspirei pondo um riso apaixonada pela câmera fotográfica que estava ali.
Peguei já ligando a mesma e fui tirar uma foto do céu que sem dúvidas depois estaria lindo com uma constelação admirável, eu ficava horas contando.
Tirar foto era meu hobby, minha distração, queria evitar chorar, queria uma câmera nova, queria ter amigos ou amigas, queria tanta coisa. Ajustei a câmera no meu pescoço e fiquei limpando a lente na minha blusa.
Eu tinha que tirar fotos, eu tinha que procurar qualquer outra coisa. Saí pra sala de casa indo na geladeira e não pude resistir não olhar pra adega que minha mãe tinha, não era lá muita coisa mas tinha bebida alcoólica o suficiente pra no dia seguinte esquecer o que aconteceu no dia anterior e de brinde uma ressaca maluca.
Abrindo a geladeira me deparei com um soju, meu predileto, era pra ele estar na adega! Droga!
Queria tanto beber aquele Yipsejoo! parecia tão maravilhoso só de ver a garrafa, me contive mordendo meus lábios com toda força dos músculos da minha boca, resolvo pra meu próprio bem beber nem que fosse um gole de café na mesa.
Eu tinha que me livrar desse vício, dessa mania de não deixar minha mãe me influenciar dessa maneira, ela era viciada em bebida desde que meu pai começou a viajar, ela uma vez viu uma marca de batom e a foto de uma mulher com ele numa foto encontrada no bolso das calças do mesmo, e ver eles dois brigando e ele tentando explicar pra ela que tudo aquilo era uma emboscada pra ele não foi o tipo de coisa entre casal que eu desejava presenciar, meu pai pediu tanto perdã mas tanto que a mesma não lhe perdôou de jeito e maneira alguma.
Ela não caía mais no papo furado dele, jogou as roupas dele pra fora de casa e desde lá pra cá eles nunca mais se falaram e somente eu que apesar do caráter do meu pai continuei falando com ele, não achando justo tudo que este fez pra minha mãe sofrer tanto.
Meu pai me ajudava muito mais que minha mãe, eu não queria mais depender dela, eu amava ela, ela dizia que me amava.
Tinhamos uma relação boa de mãe e filha, mas meu pai tinha uma preocupação maior comigo, ele disse que me ligaria assim que chegasse o resultado.
O big resultado como ele costuma dizer; agora ele morava na casa da minha avó. Folgado.
Eu estava esperando há 7 meses esse resultado, de uma aprovação de intercâmbio fotográfico passando por algumas regiões sul-coreanas. No começo eu tinha uma grande expectativa de conseguir, mas passando 1,2,3,4,5,6 e agora 7 meses de espera e nada da empresa ligar pra avisar se passei ou não.
Quase entro em desespero, eu preciso trabalhar, preciso me mover, ajudar minha família com as despesas e não me tornar uma tremenda vagabunda.
Não posso o dia todo ficar trancafiada no quarto ou ficar que nem a Cinderela se matando de tanto arrumar a casa.
Eu tinha que sair desse lugar e descobrir meu real lugar.
Terminando de beber o café olhei para meu celular e vejo que depois da manhã já é meu aniversário.
Ah não...
Isso significa que de novo aquele garoto do dentão vai vim me pertubar, eu tinha medo de dormir porque todo santo aniversário que faço eu costumo dormir o dia todo pra ver se o tempo passa mais rápido e esse ser saltitante aparece me cansava e me deixava contente. Não entendia, não me entendia.
Ta, eu gostava e não gostava.
Tinha consciência de que aquilo era um sonho e que logo logo eu estaria acordada e ver que era só mais um dos sonhos que ele sempre aparece.
Mas se na vida real eu não tinha controle sobre meus sentimentos o que dirá em sonhos!
"Se você fizer isso de novo eu juro que te mordo"!
Ri quando lembrei que ele tinha dito isso uma vez pra mim, mas meu sorriso se desfez quando lembrei do por quê ele falou aquilo pra mim, não era um bom momento pra ele aparecer, nunca era momento na verdade, era só por uns instantes que ele aparecia, me falava sobre cultivar esperanças sempre e para mim rir como se não houvesse amanhã.
Gostaria que ele fosse meu amigo, ou muito além disso...
Queria definir como me sinto quando ele aparece sempre em meus sonhos, mas... Não dá; ele desaparece sem mais nem menos.
Olhando meu celular no instagram tinha um evento em uma boate ou casa de festas sei lá o quê. Será que eu consigo fazer amizades lá?
Ah mas irei falhar.
Mas não custa nada tentar né?!
Custa, custa sair de casa, andar, se locomover, sair do seu larzinho pra ir a um lugar barulhento, cheio de algazarra, gente beijoqueira e que não se importa de pegar uma DST porque quer morrer mesmo então fazem pouco caso das suas juventudes.
Tenho que tentar, devo tentar.
A esperança de fazer amizades também é a última que morre não é?
Vou descobrir.
Faltam 15 minutos pra começar e fui deixando a xícara do café logo na pia, corri rapidamente e em questão de segundos eu já estava com minha roupa separada, meus calçados e a maquiagem eu faria assim que chegasse lá.
Entrei no banheiro ligando depressa o chuveiro e pra cooperar com a água no mundo, economizei super cada gota de água e fui me vestir.
Assim fiz e já pegando uma mini-mochila bem mocinha mesmo mas não tão surtada feito blogueira, coloquei tudo que precisava, maquiagem, câmera, perfume, trident, celular e dentro de 3 minutos fiz um suco rapidola do primeiro sabor que vi e coloquei numa garrafinha.
Peguei minhas chaves, desligando as luzes dos cômodos e saindo de casa com a mini-mochila nas costas logo trancando a porta e já do lado de fora eu respirei todo aquele ar de clima frio que fazia e do quanto o tempo estava bonito na estação mais linda: o inverno.
Me sentindo longe daquele agasalho e finalmente usufruindo da sensação de sentir o frio gélido bater contra minha pele.
Estava serenando mas eu já estava arrumada mesmo agora não tem mais volta.
Só pra constar: eu odiava amar o carinha sorridente dos meus sonhos, eu experimentava a solidão e quando em meus aniversários ele aparecia nos sonhos eu sempre senti que estivesse bem acompanhada.
Talvez eu bebesse pra poder tirar as palavras dele da minha mente, nem que fosse por 10 segundos.
"Você foi embora
E eu tenho que ficar doidona
O tempo todo
Pra te esquecer
(...)
Pra esquecer que sinto sua falta"
♬
Trecho da música Habits Stay High da Tove Lo
♪
Mesmo sem nunca termos tido nada... Eu tô tentando de todas as formas e maneiras possíveis te tirar do meu coração, você não teve o direito! Eu era fraca demais.
Tomara que minha noite seja tão agradável quanto espero que seja e que por nem que seja 5 minutos eu não me sinta alone(...)
✶⊶⊷⊶⊷❍⊶⊷⊶⊷✶
ツ
N/A: inhai bbs?
Gente, essa songfic é muito importante pra mim porque foi a primeira fic que fiz do Hoseok que me senti insegura. Era pra mim ter postado ela em junho do ano passado, mas tudo deu errado... Tô voltando com ela agora, aaah!
Terão apenas 10 capítulos, mas é um ensaio de escrita que quero ver como me saio.
Dependendo disso, irei desenvolver uma longfic do Mozão, humkk quem sabe?!!!
Tem umas views minhas por aqui só de tanto eu revisar 😂
Continua???
🧁
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