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Blue forever

"Se desprende de tudo que está sentindo, tirar esse sofrimento pra fora vai te fazer bem, eu não me importo de te ver chorar"

#BluestShade

"Um castelo feito de cartas e, estupidamente, nós
Mesmo se você disser que é um sonho inútil, fique um pouco mais assim"

House Of Cards

"Pare o tempo
Fique só por mais um pouco
Por favor, amor, se acalme
Só por mais um pouco"

JungKook o encara por alguns segundos, ele não pretendia fazer nada de errado essa noite e acabar estragando o encontro, em seu peito cresce um sentimento interior de frustração e ansiedade, Taehyung não havia gostado de seu presente? Porque demorava tanto para dizer algo a ele?

– Amor?

– E-eu não sei o que dizer, nunca recebi flores – Ele sorriu pegando o buquê – Eu amei JungKook – ele sorriu fazendo JungKook sorrir abertamente.

– Então, não vai me convidar para entrar? – disse irônico – Sei que o inverno já passou e eu posso tranquilamente ficar aqui fora – riu.

– Seu bobo, é claro que não vou te convidar.

– Taehyung! – disse constrangido ao ser refutado.

– Você sabe que já é de casa, pode entrar – deu passagem.

– Que cavaleiro – riu – eu te trouxe flores e é assim que me agradece? – tirou seu casaco grande.

– Você está muito emocionado só isso – ele cheirou as rosas e a colocou em um jarro com água para enfeitar a sala.

– Eu não sou emocionado, só gosto de romances dos anos 80, sabe disso. – se sentou à espera de Taehyung

– Jantares românticos, buquê de flores, roupas clássicas preto a branco o que falta mais? – perguntou duviso a espera que ele dissesse um anel de compromisso.

JungKook ficou pensativo, não tinha uma resposta boa o suficiente mas após muito pensar ele gritou certeiro.

– Uma vitrola com música! – saltou da cadeira.

– Sim! Pera, que? – ele o fez sentar novamente na cadeira, colocar um guardanapo em seu colo e começar a servir o jantar.

– A Tae não menospreze minha ideia desse jeito, eu demorei muito pra pensar algo – ele se ajeita na cadeira enquanto namorado serve a comida – Mas vou ser bondoso com você e aceitar que talvez não se lembre muito da nossa vida passada.

Taehyung sentou-se à mesa enquanto ria, ele amava as paranóias de JungKook com essas teorias de vidas futuras e passadas, e de acordo com ele não importava a situação eles sempre se encontrariam para ficarem juntos em outras vidas. O garoto dos cabelos azuis era fanático.

– Você se lembra da nossa vida passada, amor? – ele bebe um gole de vinho.

– Claro que sim amor! Não se lembra? você morreu na guerra – Ele faz Taehyung engasgar, JungKook ria todas as vezes que inventava uma asneira pior que a outra.

– Nossa que sensível, uma bela conversa para um jantar comemorativo – JungKook o ajuda a se limpar, ele move seus dedos até o canto da boca limpando o excesso de vinho que ficou.

Depois desse pequeno contratempo eles jantam felizes, conversam sobre suas outras vidas que JungKook sempre cismava que existiam.

– Na nossa vida passada você me deixou muito triste com a sua partida – ele faz bico.

– A JungKook não foi por querer – Ele debochou de forma irônica o fazendo rir.

– A comida estava ótima – ele limpava a boca com o guardanapo. – Podemos?

– Claro, eu só vou colocar a louça na lavadora e podemos ir. – JungKook se dirige a sala para apanhar os casacos enquanto Taehyung sentia as mãos suarem de nervosismo.

Eles trancaram a porta da frente e de mãos dadas andaram pela rua até chegar no parque. Taehyung sorria todas as noites que chegavam no lugar e então ele soltava a mão do amado para ele correr feito criança, JungKook amava passear em pleno luar, ele corre até a grama e se deita para observar a lua.

– Ei, me espera – ele corre e se senta ao lado dele.

– Hoje eu tive uma convulsão – Ele se ajeita para deitar em seu colo.

– Você convulsionou muitas vezes esse mês – Taehyung passeia os dedos sobre seus cabelos azulados.

– Eu vou ao médico no começo do próximo mês, acho que seja problema relacionado a minha medicação. Não tem feito muito efeito ultimamente – ele ri falso mas continua a brincar, ergue seu dedo como se quisesse tocar o céu.

– Não precisa se preocupar com isso, você vai ficar bem – ele estala um beijo demorado em sua testa.

– Eu sou forte e esperançoso – sorri.

Eles observam a lua e como ela está bonita esta noite, parece que foi de propósito estar tão brilhante e bela, rodeada de estrelas. Taehyung passa sua mão pelos cabelos azuis do garoto em movimentos lentos e demorados, aprecia cada detalhe do seu rosto enquanto acaricia sua pele macia e quente, fazendo com que ele aos poucos fechasse os olhos sentindo o seu carinho. JungKook pôde adormecer enquanto o garoto cuida dele, naquele parque silencioso o vento frio começa a ficar mais intenso é quando ele desperta de seu cochilo.

– Eu dormi muito? – sua voz cansada ecoa, Taehyung ainda acaricia seus cabelos.

– Cerca de uma hora – ele abaixa a cabeça para observar o garoto coçar os olhos, boceja lento e intenso, certeza ainda estava com sono.

– Porque não me acordou? Deve se sentir sozinho e sem nada pra fazer.

– Eu não estou sozinho, você mesmo em silêncio consegue ser a minha melhor companhia. Aliás, não tive tanto tédio assim, fiquei te olhando dormir... você dorme de forma tão bonita que seria pecado te acordar.

JungKook se senta ao seu lado e ergue o braço para envolver Taehyung. Ele depositou vários beijos demorados em seu rosto enquanto o garoto fecha os olhos para aproveitar ainda mais o momento, naquele mesmo dia a três meses atrás era um inverno rigoroso quando resolveram se sentar na praça para observar a lua e foi nesse mesmo dia que ele percebeu que não poderia viver uma vida sem o seu garoto azul.

– Vamos pra casa? Temos aula amanhã cedo, te deixo em casa está bem? – Taehyung assente, JungKook se levanta para o puxar.

– Não precisa ir me deixar para voltar de novo, sua casa fica na metade do caminho. Vou chegar bem – ele sorri cansado – Te mando mensagem assim que chegar.

– Está bem – ele diz receoso, segura em sua mão e o puxa mas Taehyung não se move. – Algum problema? – diz preocupado.

Taehyung o puxa para mais perto de si, a distância entre ambos era quase nula. JungKook o olha sem entender, apenas sente o garoto beijar sua mão direita e retirar do bolso uma caixinha.

– Era isso que faltava – ele sorri – Agora tudo faz sentido, as suas expressões confusas e o jeito como tentou esquecer o assunto.

Taehyung se ajoelhou na grama enquanto o garoto sorria cada vez mais intenso.

– JungKook.

– Sim – ele observa Taehyung começar a ter leve tremores, certamente está nervoso, ele nunca tinha feito isso antes. Na verdade nenhum dos dois.

– Você curou onde doía em mim, graças a você hoje cada pedaço descontraído dentro de mim voltou a ser inteiro outra vez, hoje nada dói mais. Sinto que... sinto que se nunca tivesse aparecido em minha vida eu te esperaria o tempo que precisasse, porque você me completa em todos os sentidos, e a parte vazia que existia hoje só se completa com você... a outra metade de mim, a mais importante de todas. Por isso eu – ele abre a caixinha – Eu queria te dar isso, nossas primeiras alianças. Você aceita namorar comigo? Bom... de novo – ele ri

– Eu aceitei nas outras vidas e aceitarei em todas as outras – ele sorri – Claro que sim.

– Deu um trabalho enorme achar essas alianças azuis – Taehyung se levanta e tira os anéis da caixa – Mas você é o azul da minha vida, e eu te amo por cada pedaço azul de céu... – Taehyung põem a aliança na mão direita dele.

– E eu te amo por cada pedaço azul de mar – JungKook faz o mesmo e beija sua mão – Eu te amo em cada tom de azul que existir, mesmo que o nosso tom seja único.

Eles se abraçam por tempo suficiente para sentir o calor do corpo um do outro passar para o seu, JungKook beija seu pescoço, nunca esteve tão feliz em sua vida. Sentia que ele precisava contar toda a verdade a Taehyung essa noite, era a hora dele saber o verdadeiro sentido do azul em sua vida, o significado que deixou marcado essa cor pra sempre em seu corpo.

– Vamos pra casa – ele sorriu.

– Vamos mas... Tae – disse baixinho.

– Sim? – ele o olhou preocupado.

– Não precisa pressa, tá bom? Eu vou te deixar em casa, não se preocupe com isso. Vamos conversar pelo caminho.

– É muito importante pra você, não é? – o garoto assentiu – Então vamos, caminhamos devagar pra alongar nosso tempo. – ele sorri e segura em sua mão.

Eles caminham calmos pela calçada e sem preocupação alguma, Taehyung ia pelo asfalto enquanto segurava a mão de JungKook que se equilibrava no encostamento.

– Eu era pequeno quando meus pais descobriram que sofro de epilepsia, eles me acharam quase sem vida em uma crise que tive no quarto. A ambulância me levou as preses pro hospital porque meus pais não sabiam reagir a isso, o médico me examinou e a partir disso ele me internou no hospital pra realizar alguns exames.

Taehyung o encara enquanto ele se equilibra.

– Nesses dias que passei lá, tive algumas crises, então o médico preferiu me colocar na observação junto com outros pacientes em uma ala especial do prédio. – Ele salta para caminhar junto a Taehyung – Ele concluiu que eu sofro de um estágio avançado de epilepsia, não tinha muito tempo pra começar o tratamento. Minha medicação serve pra vida toda então não posso esquecer de tomá-la.

– Você não teve infância, Jungkook? – pergunta curioso e ele nega com a cabeça.

– Na época eu precisava viver dentro do hospital, a medicação era rejeitava pelo meu corpo então se eu tivesse uma crise forte ganharia tempo.

– Eu sinto muito.

– Eles acharam uma medicação que serviria pra ganhar tempo, a partir de uns anos meu corpo já estaria rejeitando a medicação então teria que achar uma nova.

– Por isso as suas convulsões estão voltando mais fortes e com mais frequência. – Ele diz preocupado e Jungkook assente.

– A uns meses atrás o médico pediu que o hospital me transferir-se pra cá porque eles tem um novo tratamento que pode servir pra mim.

– Foi assim que veio parar aqui... por isso seu corpo estava com manchas naquele dia que voltou. Você foi fazer exames pra trazer pro hospital daqui – ele arregala os olhos surpreso. – Eu já tinha entendido um pouco mas achava fora de contexto isso, porque demorou tanto pra me contar? – Ele faz silêncio então Taehyubg entende que estava sendo invasivo.

– Se a medicação conseguir reagir no meu corpo eu terei muita sorte. – ele sorriu.

– Vai conseguir, eu acredito por você – ele apertou a mão que segurava a do garoto.

– No antigo hospital eu tinha um amigo muito querido, ele era o único da minha idade. Sofria de uma doença grave, leucemia.

Ele deu uma pausa para respirar um pouco de ar puro.

– Gostávamos de brincar na ala pediátrica do hospital porque assim conseguíamos voltar a ser crianças, normais, como todos os outros. Todos os dias íamos até a sala pedriatrica para brincarmos com os carrinhos, era um quarto azul enorme cheio de brinquedos.

– O azul tá começando a aparecer na sua vida – ele deixa escapar de seus lábios um pequeno riso de felicidade.

– Todos os dias nos encontrávamos na sala para brincar, ele era o único amigo que eu tinha. Alguns dias antes do seu aniversário minha mãe perguntou o que ele gostaria de ganhar de presente, então ele disse que queria um carrinho azul porque azul era a sua cor favorita.

– Assim como a sua – eles sorriram.

– Ele estava a mais tempo que eu no hospital, seus exames de rotina eram bem mais complexos que o meu, ele já tinha perdido todo o cabelo quando o conheci. Ele me contou que a médica responsável por ele amava a cor azul, ela sempre dizia ao seus pacientes que era uma cor linda porque trazia fé e esperança.

– A médica fez com que ele gostasse dessa cor não só pelo tom, mas pelo significado que ela carrega – Jungkook assentiu – O que aconteceu depois?

– Faltava alguns dias pro seu aniversário, ele estava ficando mais fraco. Resolvemos fazer piquenique na sala azul, a médica, meus pais e a mãe dele. Ele também já tinha perdido seu pai pro câncer.

– Câncer de próstata? – perguntou confuso

– Como sabe? – retrucou eufórico

– Porque é o mês azul do calendário.

– Faz todo o sentido Tae – eles deram um tempo na conversa para refletir – vou continuar. – Nesse piquenique nós brincamos muito naquele dia, então minha mãe resolveu dar o presente antecipado para ele.

– Imagino que ele tenha ficado muito feliz.

– E ficou, até chegar um dia antes do seu aniversário, eu fui até a sala azul para brincar com ele como sempre fazíamos, mas ele não foi. Eu sabia que ele andava meio mal mas não que isso o impedisse de brincar comigo.

– Não para Jungkook, continua.

– Então a médica entrou na sala porque sabia que eu estaria lá brincando com ele, mas ela estava diferente naquele dia. Ela chorava com o carrinho que dei de presente a ele em mãos, me abraçou e pediu que eu tivesse forças para suportar aquele momento.

– Ele faleceu, não é? – Disse triste.

– Sim Tae – suspirou – eu fiquei com o carrinho de lembrança, ele está no meu quarto servindo de decoração. No seu enterro os médicos que cuidavam dele desde sua chegada no hospital fizeram uma homenagem a ele, usaram perucas de cor azul pra simbolizar a perda.

– Foi um dos motivos que te fez pintar o cabelo.

– Eu sempre vi nele alguém forte e destemido, você conseguia enxergar no fundo dos olhos dele o prazer que ele tinha em viver, cada dia era como se fosse o último e por isso ele aproveitava cada minuto. Quando soube do meu quadro clínico a pouco tempo me recordei das perucas azuis dos médicos, resolvi pintar o cabelo pra sempre que me olhasse no espelho eu nunca esquecesse de perder a fé.

– Eu não sei o que te dizer... de verdade. Você é uma pessoa com um coração nobre jungkook, seu sangue é azul.

– Você queria saber a verdade e merecia saber – ele sorriu com seus olhos encharcados de água.

Taehyung parou de caminhar e o abraçou, ele sabia que não tinha sido algo fácil de dizer. Aquelas palavras machucavam Jungkook em todos os sentidos, ele o abraçou o mais forte que pode, passou a mão por seus cabelos ao perceber o garoto desabar.

– Se desprende de tudo que está sentindo, tirar esse sofrimento pra fora vai te fazer bem, eu não me importo de te ver chorar, merece por ser tão forte – ele segurava sua cabeça rente ao corpo enquanto Jungkook chorava sem cessar.

Ele secava as lágrimas na medida em que elas continuavam a cair, Taehyung suspirava pesado e sentia seu coração doer por ver tamanha tristeza. Ele beijou sua testa e secou cada lágrima que escorria de seu rosto.

– Eu tô aqui, pra você e por você – Ele sorriu e continuou a secar seu rosto que agora carregava um pequeno sorriso.

Eles entrelaçaram as mãos e continuaram a andar.

– Minha mãe tem perguntado muito de você, porque não almoça com a gente amanhã depois da aula? – ele sorriu – Eu vou retocar a tinta do meu cabelo também, vai ser divertido.

– A senhora Jeon está com saudade de mim? – JungKook assentiu.

– Ela tem motivo já que é o genro preferido dela – ele riu.

– Peraí então existem outros? – JungKook riu e correu – Volta aqui JungKook – Taehyung correu para o acompanhar e quando conseguiu o agarrou pela cintura, rodopiavam e riram felizes. Eles nunca tinham ficado tão felizes como naquela noite.

Era uma noite tranquila quando JungKook voltou para casa após deixar o namorado, ele coloca o casaco no cabide e sobe até o quarto para trocar de roupa e descansar para o dia seguinte, ao contrário de Taehyung que sequer tinha a mínima vontade de dormir, ele subiu até o ateliê e ficou por horas lá. Esboçava em mais uma de suas telas virgens o rascunho de um rosto angelical e familiar. Ele passou horas acordado em mais uma noite de insônia, se deixou levar pelo cansaço quando o relógio ultrapassou as cinco da manhã.

A avó de Taehyung ficara preocupada a noite inteira por esperar o neto que nunca chegava, já era tarde quando ele chegou e ela por sua vez já havia adormecido. Ela subiu as escadas na manhã seguinte e abriu de leve a porta do quarto do garoto para não o acordar, se surpreende ao ver que mais uma vez ele tinha passado a noite em claro. Já fazia meses que ele tinha tido problemas com o sono, ela caminha até o ateliê e por uma brecha da porta pôde observar o garoto dormir encostado na mesa e um quadro sobre o objeto de madeira que ele usava para apoiar as telas.

Ela admirou o quadro por tempo suficiente para dizer a si mesma.

– Você é igualzinho ao seu avô.

Era uma tarde quente quando os garotos voltaram da faculdade, eles pararam no café preferido de Taehyung para pegar um bolo de morango que a senhora Jeon havia encomendado para o lanche. Não tiveram muitas paradas no caminho então eles conseguiram chegar a tempo para o almoço.

– Que bom que chegaram, já está quase tudo na mesa – ela sorri enquanto os garotos jogam a bolsa na poltrona do canto.

– Mãe, aqui está o bolo que a senhora pediu – JungKook entregou a caixa e foi até a pia lavar as mãos.

– Pedi de morango porque sei que alguém aqui gosta muito – ela encarou taehyung que sorria enquanto caminhava até a cozinha.

– Precisa de ajuda, senhora? – ele perguntou tímido.

– Até quando vão ficar com essa vergonha um do outro? – JungKook revirou os olhos – Mamãe esse é o meu namorado – ele pegou na mão dela e a ergueu – Tae esta é a sua sogra - pegou a mão dele as juntou.

– Eu não tenho vergonha, só estou sendo respeitoso – ele riu.

Eles se sentaram à mesa para o almoço e após lavarem toda a louça eles subiram até o quarto de JungKook para terminar um trabalho que estavam fazendo juntos.

– Me empresta o seu notebook – Taehyung se jogava na cama.

– Aqui, só não bisbilhota demais porque pode acabar encontrando algo que não deveria.

– Você não fez isso não é JungKook? – o garoto virou a cara e deixou o riso escapar

– Você viu o último episódio sem mim seu traíra – Taehyung jogou uma das almofadas nele – A gente viu dez temporadas juntas pra você me trair no último episódio desse jeito? O que tem dentro do seu coração? Gelo?

– Você amor – ele se abaixou para apertar as bochechas do mais velho que estava deitado em sua cama

– Eu ainda não acredito que terminou a minha série favorita sem mim. – fez bico

– Mas você já viu ela três vezes – Ele riu

– Você não podia ver friends sem mim, estou desapontado mocinho – ele deixou os olhos semicerrados.

JungKook revirou os olhos e foi de encontro ao armário, ele pegou uma roupa mais confortável para ir tomar uma ducha.

– Enquanto termina a sua parte eu vou tomar um banho pra depois retocar meu cabelo – Taehyung assentiu e ele saiu do quarto fechando a porta.

Taehyung ficou no quarto enquanto o namorado tomava seu banho, ele não demorou muito para terminar sua parte. Sentou-se na cama e abaixou a tela do notebook após salvar o documento, ele se viu curioso quando avisou em cima do móvel o carrinho azul de JungKook.

Ele toca no carrinho azul e quando percebe sua mente é invadida por milhões de lembranças da noite passada. Era um brinquedo desgastado mas tão sentimental para JungKook, ele não se livraria das lembranças presas aquele objeto. Taehyung encara o brinquedo sem perceber que o garoto já estava no quarto

– Pelo visto você achou o carrinho – ele entra com a toalha secando os cabelos úmidos.

– Que sustou JungKook! – ele sai do transe – A quanto tempo tá aí.

– Não muito – ele ri – Vem, vamos lá pra baixo.

Eles descem as escadas até a cozinha onde a senhora Jeon já preparava a vasilha para colocar a tinta.

– Amor, onde está a tinta? Não a encontrei no seu quarto hoje pela manhã – ela questiona deixando JungKook confuso.

– Deve estar no quarto da bagunça – ele coça o queixo – Já eu volto, tenho que dar uma olhada – ele sobe novamente – Não demoro muito – Ele grita do andar de cima.

Ela encarou o garoto que parecia estar distraído em seu mundo.

– Tae? Há algum problema? Hoje no almoço você parecia estar tão quieto – ela perguntou preocupada.

– Eu estou pensativo depois da conversa que tivemos ontem a noite – ele se senta à mesa junto a ela.

– Quer me contar? – segura em sua mão e Taehyung assente.

Taehyung conta cada detalhe da noite, desde o jantar até a noite em claro.

– Ele nunca soube superar a morte do melhor amigo, Tae. Se sentiu sozinho e desmotivado, a pessoa mais forte que conhecia tinha sido levado para longe dele. Foi um sofrimento que durou anos até ele realmente seguir a vida – ela sorriu de canto com expressões vazias enquanto começa a acariciar sua mão.

– Foi uma época difícil, eu presumo – diz baixo e sem muito impacto – Ontem a noite eu percebi que ele tremia, tentava não desabar quando falava dele e..

– Pessoas especiais nunca morrem de verdade Taehyung, elas partem pra longe de nós e nos deixam uma saudade eterna deles. A saudade é mais difícil de suportar do que a própria partida.

Taehyung sorriu de canto ainda segurando em sua mão.

– Você deu novos motivos para ele seguir em frente Tae, ele precisa de você mais do que possa imaginar. Eu sou grata a você por cuidar tão bem do meu filho. – ela passa a mão sobre a bochecha dele.

– Eu que sou grato... – ele sorri tímido – por me deixar cuidar dele.

– Tae

– Sim senhora – ele escuta com atenção.

– Você é um ótimo menino então posso confiar para guardar um segredo?

– Pode confiar tudo que quiser a mim, dou a minha palavra – ele aproximou a cadeira.

– Eu fiquei surpresa no seu último aniversário, quando ele me pediu de presente tinta azul para pintar os cabelos. Eu entendi o porque...

– Sinto que também sei – Ele a interrompeu

– Ele se sentiu muito bem com esse cabelo, mas as pessoas ao seu redor o olhavam retorcido, como se fosse alguém diferente e de fato ele é, é o meu anjo Tae. JungKook não liga pra opinião das pessoas, ele está preocupado apenas em viver porque sabe que a vida não funciona do jeito que queremos. Nem tudo está ao nosso alcance, pra ele nada é impossível.

– O limite do JungKook é o céu, senhora Jeon, ele é um garoto muito especial para o mundo e como a senhora mesmo disse ele é um anjo. Alguns nascem passageiros mas causam um impacto tão grande em nossa vida que sem elas...

– A vida não seria completa – ela sorri completando o seu pensamento.

– Para ele não existem limites, existem sonhos que precisam ser realizados e um desses sonhos é ver o mar.

– Ele nunca viu o mar? – aquilo soa como uma pergunta, ele não negava seu espanto.

– Ele nunca pôde se desprender do tratamento por um minuto. Temos medo de levá-lo para esse lugar e acontecer como da última vez que tentamos.

– O que aconteceu?

– Ele quase infartou de alegria antes de tocar os pés na areia. – seus olhos se encheram de água. Taehyung beijou sua mão de forma acolhedora.

JungKook desceu as escadas correndo após sumir por um longo tempo. Ele se depara com a cena de ambos se dando muito bem.

– Eu fico contente de ver vocês interagindo, mamãe?

– Sim Jeon – ela se recompõe

– Aqui está a tinta – ele se senta na cadeira e ela começa a repartir seus cabelos em pequenas mechas.

– Você não quer aproveitar o momento e pintar o cabelo? – JungKook ri.

– Dessa vez eu dispenso a proposta – ele ri.

Jeon retoca seu cabelo e após isso ele sobe para retirar o excesso da tinta, Taehyung por outro lado ajuda a servir a mesa com o bolo e o chá da tarde. Era um dia belíssimo com aquele pôr do sol, eles se serviram e já estava quase anoitecendo quando ele resolveu ir embora.

– Te encontro no lugar de sempre? – ele sorriu enquanto pegava sua bolsa do sofá.

– Te vejo daqui a algumas horas – JungKook abriu a porta dando passagem para ele. – Tenha cuidado. Eu te amo

– Ama mesmo? – pergunta irônico.

– Taehyung para de ser inseguro eu namoro você a três meses – ele ri

– Eu sei – O garoto riu se afastando da casa – Só queria ter certeza.

– Mas eu digo isso todos os dias – ele grita vendo Taehyung sumir aos poucos – E não canso de dizer que você foi o acaso mais bonito que aconteceu na minha vida – diz baixo para si e fecha a porta.

JungKook sorri ao fechar a porta.

– Meu bem, porque não mostra aquilo para ele? A surpresa que vem preparando a alguns meses, tenho certeza que ele vai amar.

– Você acha mesmo mamãe? – ele sorri e a abraça.

– Eu nunca tive tanta certeza - ela retribui o abraço.

Era noite quando JungKook chegou ao parque e avistou Taehyung deitado no gramado à sua espera.

– Demorei? – Taehyung nega com a cabeça – Eu tenho um presente pra você – diz se sentando.

– O que é?

– Descubra – ele sorri.

Taehyung abre cuidadosamente aquele caderno.

– É o seu caderno de pintura – ele sorri surpreso enquanto folheava – Somos nós! – seus olhos se arregalaram.

– Eu completei cada folha do caderno com desenhos seus e nossos, de todos os melhores momentos que vivemos nesses últimos meses juntos. – ele sorriu.

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