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Capítulo 11: A ascensão de uma heroína

Ao adentrar naquele saloon, tudo que pude ver era o caos. Mesas, cadeiras, copos e garrafas estavam jogados e revirados ao chão. Dois bandidos jaziam mortos. O palco – onde presumi que ocorrem aquelas apresentações típicas de faroeste – parecia estar intacto, sem nenhum vestígio de destruição aparente. Um lustre, que se prendia ao teto por meio de uma corrente, balançava freneticamente da esquerda para a direita e vice-versa. Por fim, uma bela moça de vestido vermelho estava amarrada e amordaçada atrás de uma das mesas reviradas, o que tratei de resolver prontamente, libertando-a daquela tortura.

Dois homens super idênticos e de cabelos loiros e bigode – ambos vestindo uma calça preta e portando uma cartola na cabeça, sendo que um tinha a camisa verde e o outro azul – estavam no alto, um em cada ponta, jogando bombas e dinamites. Rapidamente, identifiquei esses dois sujeitos como os tais dos irmãos Smith.

E onde estavam Steve, Billy e Bob? Encolhidos num cantinho, muito provavelmente bolando alguma estratégia para derrotar aqueles gêmeos do crime. Quando me viram, ouvi seus burburinhos:

— Cormano!?

— O que faz aqui?

— Você não estava ferido?

Não respondi. Não quis revelar a minha verdadeira identidade, pois tinha receio de atrapalhá-los com alguma coisa, dada a minha presença inesperada, e de até ser expulsa dali. Além disso, os irmãos Smith também já tinham me notado (me desculpei mentalmente com Cormano por isso) e logo começaram a jogar seus explosivos para cima de mim.

— Veja irmão, mais um babaca que veio tentar nos derrotar — disse o de verde, irônico. O vilão de azul respondeu dando uma risada alta apenas.

Continuou o arremesso de bombas e dinamites e eu desviando de tudo aquilo. Estava difícil pensar em alguma coisa naquela situação. Percebi, então, uma coisa: em cada canto ocupado por cada um daqueles malfeitores, havia uma placa, cuja inscrição era "saloon". Mesmo se eu ou os rapazes déssemos um tiro para tentar derrotar os irmãos Smith, do andar de baixo não teríamos muito êxito, já que aquelas placas estavam agindo como escudo protetor para os dois bandidos. 

Por isso que, com o revólver que Cormano havia me emprestado, comecei a tentar atirar em ambos os "escudos". Nos primeiros disparos, senti aquela arma bem pesada nas minhas mãos e confesso ter errado algumas vezes os meus alvos, fora o coice daquilo que quase fez com que aquele objeto me desse um nocaute, se me acertasse na cabeça. Contudo, depois de mais ou menos seis ou sete tiros, peguei um pouco o jeito.

Os rapazes, vendo o que eu estava fazendo, começaram a me imitar.

— Brilhante, Cormano! — exclamou Steve.

"— Mal sabe ele..." — pensei com um pouquinho de divertimento.

Ainda tínhamos o cuidado de desviarmos dos explosivos lançados pelos gêmeos, mas, ao menos, estávamos com uma estratégia já em prática. Depois de alguns disparos, eis que as placas que protegiam os irmãos malvados foram derrubadas, o que nos permitiu disparar contra eles. No entanto, os tiros acertaram e mataram apenas um deles – o de azul. O que vestia verde, furiosíssimo devido à morte do irmão, começou a jogar enlouquecidamente suas bombas em nós.

Para nosso azar, estávamos muito mal posicionados, quase que encurralados no canto justamente abaixo de onde estava o gêmeo que tinha acabado de ser aniquilado. Quando uma das bombas chegou à nossa direção, só deu tempo para que eu (a menor em estatura) me lançasse ao chão fazendo meu corpo rastejar, em um movimento rápido, para fora do alcance da explosão. A mesma sorte não tiveram os rapazes, a bomba os pegou em cheio, eles voaram alguns metros e depois caíram no chão, nem inconscientes e nem mortos, mas bem feridos...

Como escapei, a atenção do irmão que se encontrava ainda vivo se voltou para mim. Ele continuou a arremessar seus explosivos descontroladamente, e eu, num movimento rápido e impulsivo, saltei. Com muito esforço, me agarrei naquele lustre (que estava a poucos metros do chão) que balançava de um lado para o outro. O fora-da-lei percebeu o que fiz e, mais uma vez, foi tentando me acertar com as bombas. Entretanto, de uma maneira que não entendo até hoje, consegui escalar aquele lustre, ficando por cima do mesmo! O malvado se impressionou com aquilo e então eu iria atirar, mas uma espécie de receio se apossou de mim...

"— Vamos Helena, você estava bancando a heroína até agora! O que aconteceu?" — Meus pensamentos me martirizavam.

E os próximos momentos pareceram ter acontecido em câmera lenta. Olhei para os olhos dele, os quais exalavam fúria, e ele ameaçou jogar mais um explosivo em mim. Só tive tempo de mirar, fechar meus olhos e atirar...

PAAAAAA

Foi o que eu ouvi. Quando reabri meus olhos, percebi que o tiro acertou a sua perna.

— Isso foi literalmente uma explosão! — ele disse e se desequilibrou, caindo daquela altura. Ao chegar ao ao chão, seu corpo explodiu!

" Ele deveria estar carregando uma bomba nos bolsos!" — Estava surpresa com aquilo.

Ainda estava muito abalada com o que tinha acabado de fazer. De certa maneira, matei uma pessoa! Como se tivesse perdido a noção de espaço, me agachei, mas esqueci que estava em cima de um lustre, logo me desequilibrei de lá de cima, o que resultou na minha queda. Quando cheguei àquele chão de madeira duro, o chapéu de Cormano que prendia meus cabelos saiu da minha cabeça, ao mesmo tempo em que o próprio manto dele, que cobria boa parte do meu rosto, também acabou saindo do lugar.

— HELENA!? — os três cavalheiros gritaram muitíssimo surpresos e chocados.

Levantei-me e tentei recompor a postura. Eles ainda estavam com a boca aberta e os olhos arregalados tamanho o espanto. Não é todo dia que uma menina de apenas treze anos e que parecia indefesa consegue neutralizar dois bandidos...

— Por los cielos! No ouví más nada de la de fuera y pensé que...

Cormano, que tinha acabado de entrar no saloon com a mão esquerda tocando o braço direito ferido, estava falando até que olhou aquela cena, espantado e feliz, Exclamou:

— Enton ustedes conseguiron! Viva!

— Não! Não fomos exatamente nós todos — disse Bob com um sorriso —, foi ela! — completou apontando para mim.

Cormano então fez uma expressão de abobado e, de repente, correu, me abraçou e, em lágrimas, disse:

— La pequeña Helena... El botón del Viejo Oeste finalmente floreció!

O momento estava muito bonito. Porém, do nada, três belas moças apareceram no palco dançando cancan, o que chamou e muito a atenção de Steve, Billy e Bob, que correram até perto daquele palco a fim de apreciarem aquelas dançarinas.

"— Ué! Não estavam feridos? Ah... Homens..." — pensei um pouco divertida.

E, repentinamente, aquele saloon se encheu de gente.

— É festa! Em homenagem a mais nova heroína daqui do oeste: senhorita Helena!

Por incrível que pareça, essa fala foi de nada mais e nada menos que... Steve! Claro que ele estava bêbado, assim como seus outros dois amigos loiros, mas ele falar o que falou me surpreendeu horrores...

Outra coisa que percebi de diferente comparando Cormano com os outros rapazes do bando foi também em relação à diversão. Ele parecia ser mais reservado, comia, bebia, dava algum sorriso ou outro, mas não passava disso; já os outros pareciam ser mais mulherengos, bebiam álcool até caírem de bêbados, falavam alto, entre outras coisas que beiravam até o impróprio.

E foi com esses pensamentos que, sentada a uma mesa com o rapaz mexicano, perguntei:

— Cormano, você que é um homem muito simpático, extrovertido e, por que não dizer, bonito? — Corei um pouco quando acabei de dizer isso. — Por que não se junta aos outros?

Ele deu uma risada e me respondeu com naturalidade:

— Es porqué, chica, yo soy casado!

Fiquei pasma com aquilo. Não imaginava que um homem caçando recompensas por aí pudesse estar longe da própria esposa.

Ele, vendo minha expressão de espanto, continuou:

— Y tengo uma hija... Ella es muy idéntica a ti, Lenita!

Eu sorri, mas ainda tinha várias perguntas na minha mente. Então, Cormano tirou um medalhão do bolso da calça abriu e me mostrou as fotos da esposa – uma mulher muito bonita de cabelos e olhos negros como a noite – e da filha, uma menina que parecia ser um pouco mais nova do que eu, com os cabelos cacheados e olhos castanhos como os meus. De fato, parecida comigo em muitos traços...

— My mujer se llama Dolores y mi hija, Milagros.

— Nomes muito bonitos! — respondi sorridente. — Mas... Por que você não está com elas? Por que está aqui arriscando sua vida caçando recompensas?

Ele fez uma pausa, mas decidiu falar:

— Yo vivía muy feliz con ellas en México, pero un amigo mío, Fernando, con quien yo estaba montando un negocio, me deu un golpe, dejando a mí e mi familia na miséria... — Pausou e notei sua feição triste. — Por eso tive que vir para acá, para conseguir dinero para no morir de fome...

Fiquei devidamente emocionada com a história que Cormano tinha acabado de me contar. Aquele homem tinha sacrificado tudo, até mesmo a felicidade de estar ao lado da sua própria família, para conseguir ter com o que se sustentar.

— Siento mucho la falta de ellas...

— Foi por isso que você só tem me ajudado e me defendido desde quando nos conhecemos, não é mesmo? — falei com a voz embargada, estava quase chorando. — De alguma forma, você me vê como uma filha...

— Sí... — ele respondeu igualmente comovido.

— Obrigada...

E para quebrar aquele clima de chororô, me recompus e tentei mudar de assunto:

— E como você e os outros rapazes se conheceram?

— Fue al acaso. Cuando chegué de viaje de México, conocí ellos en un saloon como éste aquí y, juntos, impedimos una tentativa de asalto a un banco. Así, nosotros comezamos a conversar sobre armas y otras cosas até que vimos el cartaz hablando que darían aquél dinero si capturásemos Simon Greedwell. Entonces nos aliamos y estamos hoy aquí y contigo también.

Cormano também me contou que os outros três rapazes do grupo também sofreram na vida. Steve era órfão desde quase sempre, e há quem diga que a morte dos seus pais tenha sido criminosa. Billy era de origem abastada, mas viu sua própria família entrar em desgraça, quando um golpista roubou todo o patrimônio dela, o que levou o próprio pai dele ao suicídio. Finalmente, Bob teve os pais brutalmente assassinados, quando eles se negaram a vender as suas terras para um homem que parecia ser muito poderoso. Eu estava com um nó na garganta depois de ouvir todas aquelas histórias. Acabei soltando:

— E eu triste por ter matado alguém...

— Infelizmente, Lenita, no temos mucho lo que escolher, son ellos o nosotros... Pero mismo yo que soy mas experiente con eso, fico triste a veces...

Considerei o que ele disse e então ele me perguntou:

— Y tú, señorita Helena, que fazes aquí?

Fiquei calada, com medo de Cormano não acreditar na minha própria história. Entretanto, como ele me contou não apenas o que viveu, mas também o que tinha acontecido com os seus camaradas, resolvi falar sobre mim mesma no fim das contas. Relatei sobre literalmente tudo o que passei até aquele momento. Ele fez uma cara de quem estava impressionado, mas que também parecia não acreditar no que eu disse ao mesmo tempo – e não era para menos, aquela narrativa era surreal demais...

— Creo que esteas ya queriendo dormir...

Calei-me resignada. Logo, Steve, Billy e Bob apareceram na nossa mesa, visivelmente dominados pelo álcool, e com uma daquelas dançarinas.

— Esta belezinha hic tem uma coisa hic para nos contar hic! — disse Billy entre soluços.

— Bem... — ela começou. — Obrigada mais uma vez pela ajuda, vocês todos são muito gentis! — Sorriu e fez uma pausa. — O xerife estava aqui na festa e disse que, por terem nos ajudado com os irmãos Smith, ele dará para vocês uma recompensa de $40.000. — Nessa hora, comemoramos. Logo depois, ela prosseguiu: — Tenho que contar uma coisinha: uma gorda recompensa está sendo oferecida para quem pegar Richard Rose. Mas, vocês têm que ser cuidadosos, porque ele tem três mal-encarados que seguem suas ordens.

Ela então nos mostrou um cartaz que indicava quatro pessoas, uma em cada foto, e um valor de recompensa para cada uma. Em destaque, estava Richard Rose, de cabelos loiros, cuja recompensa valia $100.000. Paco Loco, careca e com os lábios horrivelmente enormes, "estava valendo" $70.000. Chefe Wigwam, um homem com fortes traços ameríndios, tinha como valor $60.000. Por último, El Greco, um rapaz com um sombreiro muito parecido com o de Cormano, e – se capturado vivo ou morto – a sua recompensa seria de $50.000.

— No puede ser! — gritou Cormano.

— O que foi, Cormano? — perguntei preocupada.

— Ese El Greco... es él... Mi ex-amigo... Fernando!

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