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Rei Carl e sua decisão precipitada

"As decisões precipitadas são uns dos erros que o ser humano mais comete por achar que sempre estar certo, e isso pode ter um preço". — Jessica Oliveira. 

Enquanto estava perdida em meus pensamentos, que a qualquer momento parecia que iria me enlouquecer. De repente, ouço alguém bater na porta e foi isso que me fez despertar. Depois ouvi uma voz do outro lado, perguntando se poderia entrar e é claro que disse que sim. Com isso, vi que era a mesma criada que tinha trago aqueles vestidos mais cedo. Ela andou em minha direção com alguns tecidos dobrados em suas mãos:

— Senhorita Isabelle, recebi ordens direta da Duquesa para ajudar-lhe a tomar o teu banho, quer dizer, se realmente queira banhar agora. — Disse enquanto me encarava um pouco envergonhada. 

— Me ajudar a tomar um banho? Como assim? — Perguntei sem entender nada e buscando disfarçar a expressão de quem estava apavorada agora a pouco. 

— Sim, és um costume das famílias nobres de ter alguém que os ajudem a tomar banho. Então, gostaria de se banhar agora ou não? — Perguntou sendo bem direta. 

— Que seja, quero sim. — Falei soltando um suspiro. 

— Então por favor, podes me acompanhar? — Perguntou com um leve sorriso em seu rosto. 

Apenas assenti com a cabeça, ela começou a andar e fui logo atrás da mesma. Saímos do quarto e andamos pelo corredor até chegar em um quarto com uma espécie de banheira. Então deduzi de que aqui seria o banheiro, porém, não tinha um vaso e nada do que poderia ser. 

Esta banheira era um pouco diferente das que já vi em toda a minha vida, ela tinha um formato circular, feita de madeira e tinha uma escada de dois degraus encostada na mesma. Em sua volta tinha um negócio que servia para esquentar a água numa panela, ou seja lá o que for isso, também tinham algumas coisas que não fazia ideia do que poderiam ser. 

Enfim, após olhar em cada detalhe deste lugar, a criada me cutucou na intenção de chamar a minha atenção:

— Senhorita Isabelle, queres a minha ajuda para tirar as tuas vestes? — Perguntou sendo direta. 

— Não precisa, obrigada! Acho que sei tirar este vestido agora. Ah, tenho uma pergunta, como se chama? — Perguntei assim que tinha me tocado de que ainda não sabia o nome da mesma. 

— Me chamo Verona Alighieri e não sou daqui, mas sim da Itália. Vou esquentar a água para a senhorita, enquanto estiveres se despindo. — Disse enquanto se dirigia até aquela coisa que eu não sabia o que era. 

— Ah, sabia que você não aparentava ser daqui mesmo. — Falei enquanto desfazia os laços do vestido. 

— És porque acho que não devo ter perdido o meu jeito de falar ainda. — Disse um pouco envergonhada, mas sem olhar para mim já que estava focada na panela que continha a água que estava esquentando.

— Acho que deve ser por isso mesmo. — Falei e dei uma risadinha no final. 

Com isso, Verona pegou a panela que estava com a água fervendo e a despejou na banheira. Confesso que fiquei um pouco receosa de entrar, pois, parecia que esta água iria me queimar viva. E sei que possa parecer um exagero de minha parte, mas é o que estava achando quando vi isso. 

Assim que já estava sem nenhuma veste, busquei criar coragem para entrar nesta água quente várias vezes. Mas no final, ficava apenas a encarando como se fosse um monstro que queria me queimar viva. 

Ok, agora realmente estou sendo muito dramática, mas é que não estou acostumada a tomar banho com água tão quente assim. Verona percebeu o meu receio de entrar, ficou rindo da situação que para a mesma pareceu muito engraçada:

— Não se preocupe, neste tempo que a senhorita estás enrolando para entrares na água, já deve estás esfriando. E então, podes entrar sem temer de se queimar, tudo bem? — Disse enquanto controlava a risada que estava a consumindo a cada segundo. 

— Você tem certeza, Verona? — Perguntei ainda receosa. 

— Tenho sim, senhorita Isabelle. Pode entrar agora se quiseres. — Disse enquanto colocava a sua mão na água e depois me mostrou que não se queimou e de que era apenas a minha paranóia falando mais alto. 

— Ok, vou entrar. — Falei enquanto me dirigia em direção a banheira. 

Assim que entrei, vi que realmente estava sendo uma "criança medrosa" mesmo, e que a água estava maravilhosa, na temperatura certa. Verona saiu por alguns instantes e depois voltou com umas roupas que me lembravam um pijama, mas bem diferente do que já vi em lojas de roupas íntimas. 

Após ter terminado de tomar um banho e digamos que fiquei mais do que devia já que estava aproveitando ao máximo. Saí da banheira com a ajuda de Verona e ela me entregou um tecido que deve ser a toalha para eles e me sequei rapidamente.

Após isso, a mesma me entregou um vestido branco com detalhes de renda, de manga curta e que batia mais ou menos na altura do joelho. Ele era simples, mas tinha o seu charme e assim que o vesti, saí daquele cômodo com a Verona que me acompanhou até ao quarto. E deixou o vestido que a Duquesa tinha me emprestado pendurada em uma espécie de cabide ao lado esquerdo próximo da cama, com isso, eu a agradeci e ela se retirou no mesmo instante. 

O tempo que estive tomando banho, me fez esquecer por algum tempo sobre que estou em uma época errada e que continham costumes que eram estranhos para mim. Queria muito saber o que sou e de como fui parar por aqui, só sei que senti que iria morrer e que tinha perdido a consciência, quando acordei já estava neste século. 

Mas enfim, não iria adiantar de nada passar a noite em claro por conta disso. Já que preciso juntar toda a energia do mundo para procurar por alguma ajuda, mesmo achando isso muito difícil. E então, me deitei na cama e respirei fundo várias vezes na tentativa de relaxar e principalmente, esvaziar a mente até pegar no sono. 

E confesso que não foi uma tarefa nada fácil para mim, já que a minha mente estava com um turbilhão de perguntas. Procurei esperar que isso parasse nem que fosse por alguns segundos e pelo visto, vou ter que ter muita paciência para que isso aconteça. 

Depois de muita espera, finalmente a minha mente esvaziou e não foi totalmente, mas agora é o suficiente para eu poder conseguir dormir por algumas horinhas. 

Na manhã seguinte... 

Já me encontrava acordada, porém, não sentia nenhuma vontade de sair desta cama maravilhosamente macia. E também não estava afim de encarar mais um dia, por mim, passaria o dia todo deitada e isso seria mais que perfeito. 

Mas quando achava que estava tudo certo, de repente ouço alguém bater na porta e aposto que deve ser a Verona querendo me ajudar a me vestir:

— Quem é? — Perguntei só para confirmar as minhas suspeitas. 

— Sou eu, Verona! A Duquesa estás exigindo de vossa presença lá embaixo na mesa que estás farta de frutas e entre outras coisas, pois, ela deseja comunicá-la sobre algo que não entrou em detalhes comigo. — Disse e podia ouvir a sua respiração que estava bem ofegante por sinal. 

— Me comunicar sobre o que? Espere aí, que irei me vestir e logo estarei lá, tudo bem? — Falei me levantando rapidamente do lado direito da cama, pois, a curiosidade de saber o que era estava me dominando. 

— Sim, senhorita! Quer alguma ajuda? — Perguntou toda atenciosa. 

— Não, obrigada. — Falei e logo em seguida, acabei tropeçando no tapete e com isso, acabei caindo no chão que nem uma criancinha. 

— O que foi isso, senhorita? Me deixes entrar, por favor? — Perguntava com um tom de voz de preocupação. 

— Não precisa se preocupar, estou bem e pode voltar para os seus afazeres, Verona. — Falei enquanto me levantava, mesmo sentindo um pouco de dor por conta da queda. 

— Tens certeza? — Perguntou ainda se preocupando comigo. 

— Sim, pode ir. — Falei enquanto me dirigia em direção ao vestido que estava pendurado ao lado esquerdo da cama. 

Com isso, ouço passos que pareciam que estavam diminuindo a cada segundo e então deduzi de que ela tinha ido embora mesmo. Depois de muita insistência, consegui me vesti e fui em direção até ao espelho e escovei os meus cabelos rapidamente, já que não queria ficar horas me arrumando. 

Após ter terminado de me arrumar, andei em direção a porta, o abri e saí no mesmo instante. Passei pelo corredor até parar em frente às escadas e com isso, as desci ligeiramente e só parei quando me encontrava em um lugar que denominei de sala de estar. 

Me dirigi até a sala de jantar e os encontrei todos sentados em suas cadeiras, alguns notaram de minha presença e outros pareciam que fingiam de que não estava lá. Principalmente a Lucy e seu irmão gêmeo, Edward, mas preferi os ignorar já que não queria que isso estragasse o meu dia que mal tinha começado. 

Assim que Elizabeth viu que todos estavam presentes, a mesma levantou de sua cadeira e respirou fundo antes de começar a falar:

— Quero comunicá-los que iremos visitar o nosso primo, Rei Carl e por favor, não arrumem mais desculpas esfarrapadas para não irem lá, porque ele exigiu de nossas presenças e, principalmente de Isabelle. E sim, esta informação chegou aos ouvidos dele. Estão de acordo? — Disse enquanto encarava os gêmeos e com isso, deduzi de que eles faziam isso direto. 

E depois, entrei em estado de choque quando me toquei de que o Rei sabia da minha existência neste Reino:

— Como é que é? O que? Como assim? O que ele quer comigo? — Perguntei paralisada. 

— Calma, Isabelle! Não precisas se apavorar desta forma, vai dar tudo certo. — Disse, Elizabeth, na intenção de me acalmar. 

— Espero que esteja certa disso. — Falei enquanto tentava respirar, mesmo achando isso quase impossível. 

— Sabia que era uma péssima ideia permitir uma estranha entre nós, agora iremos pagar o preço por causa de sua irresponsabilidade, Elizabeth. — Finalizou Lucy que aparentava estar enfurecida e a mesma se levantou de sua cadeira, depois saindo com os passos pesados em direção às escadas. 

— Lucy, voltes aqui agora! Ainda não terminamos de conversar! — Disse enquanto a perdia de vista. 

Com isso, Elizabeth nos deu as instruções de como deveríamos agir com o Rei, pois, o mesmo não quer mais que conversem com ele olhando diretamente para os seus olhos. E principalmente a mim, já que ele não me conhece e se sente ameaçado quando um estranho tem a ousadia de olhá-lo.

Confesso que achei isso muito estranho, mas quem sou eu para questioná-lo?

Mas quando pensei que ninguém iria mais falar ou perguntar sobre alguma coisa, olhei rapidamente para o Edward e aparentava estar um pouco inquieto. E tinha quase certeza que o mesmo queria dizer alguma coisa, não demorou muito para que ele criasse uma coragem para fazer isso:

— Mas por que isso agora? Ele era o único Rei que conhecia que não fazia este tipo de coisa. O que estás acontecendo com ele? — Perguntou meio confuso.

— Sabes que ele não estás bem, certo? Então acho que o Rei não se sente bem, quando alguém o olha como se estivesse com pena e suponho de que sejas isso mesmo. Mas podes ser outras coisas que não nos convém no momento. — Disse e logo em seguida, soltou um suspiro. 

— Mas mesmo assim, isso não justificaria a tamanha desta exigência conosco. — Disse inconformado. 

— Sei que não consegue compreendê-lo agora, mas espero que no futuro possa o entender. E por favor, se dirijam aos seus aposentos para trocarem de roupas para podermos ir até ao castelo do Rei. Mas por favor, usem roupas que não mostrem nenhuma parte do corpo, em respeito a Majestade. — Disse Elizabeth com um sorriso em seu rosto. 

E assim que a Duquesa nos disse isso, todos fizeram o que a mesma tinha nos pedido. Nos levantamos de nossas cadeiras e andamos em direção às escadas que davam acesso ao corredor dos quartos. Assim que chegamos lá, cada um foi para o seu lado onde se encontravam os seus aposentos rapidamente. 

Alguns instantes depois... 

Já me encontrava dentro do quarto, mas estava um pouco perdida, pois, não tinha nada para me vestir a não ser o que estou usando agora. E por um minuto, me esqueci que provavelmente quem irá trazer novos vestidos para mim, seria a Verona. 

E não demorou muito para que a mesma aparecesse como se fosse mágica, mais uma vez ela me assustou, já que me encontrava distraída e nervosa sobre este encontro com o Rei Carl. Ela colocou os vestidos sob a cama para que eu pudesse escolher um e no final, acabei escolhendo o que mais chamou a minha atenção.

Ele era azul e branco, longo como todos os outros, com mangas cumpridas e as partes que eram azuis tinham detalhes com desenhos que eu não sabia exatamente o que eram. 

Assim que me despi, Verona me ajudou a vestí-lo. Calcei um par de sapatos pretos e os saltos eram consideravelmente baixos para os que já estava acostumada a usar. Depois, ela me entregou um colar dourado, com pedrinhas roxas e que me fez ficar hipnotizada por alguns segundos. Logo me entregou um par de brincos pequenos que eram do mesmo jeito.

Após ter terminado de me arrumar, Verona escovou os meus cabelos e confesso que me senti uma boneca de pano pra ela. Já que em alguns momentos, a mesma puxava o meu cabelo com tanta força que parecia que queria arrancar a minha cabeça fora. 

Ok, acho que exagerei agora, mas foi o que pareceu pra mim. E quando finalmente ela terminou de fazer isso, fez um penteado simples em uma parte do cabelo e o resto deixou solto. No final de ter tudo feito, eu a agradeci e saímos do quarto em direção às escadas que davam acesso à sala de estar do castelo. 

Poucos instantes depois... 

Quase todos já se encontravam aqui, menos Lucy, e sinto que estava fazendo isso de propósito para que a sua irmã mais velha perdesse a paciência por esperá-la e no final, ela ficasse para trás. Pois, com certeza ela não queria ir visitar o Rei hoje, pelo menos foi isso que consegui pensar após a Elizabeth ter dito aquilo hoje de manhã. 

Enfim, após muita espera daquela "criança mimada", porque desde que a conheci tenho esta impressão dela. Lucy finalmente apareceu e estava com um semblante de quem iria matar, se alguém perguntasse alguma coisa. E principalmente, se fosse algo ridículo pra ela. 

Então, Elizabeth respirou fundo como se estivesse tentando controlar a vontade de dar um sermão em sua irmã. E assim que ela conseguiu fazer isso, nos pediu para que fôssemos para fora e entrar na carruagem. 

Não demorou muito para que todos já estivessem dentro daquela coisa e com isso, o responsável pelos cavalos bateu com as duas rédeas nos animais. E como da outra vez, eles saíram disparadamente como se as vidas deles dependessem disso. 

Ao decorrer do caminho que parecia ser longo – já que o castelo de Elizabeth ficava mais de 15km a do Rei Carl – todos que faziam presença na carruagem, não trocavam nenhuma palavrinha um com o outro e isso estava sendo uma tortura pra mim. 

Já que cresci numa família barulhenta e que adora uma festa, sei que isso pode parecer um estereótipo de uma família mexicana que todos fazem. Mas a minha era exatamente assim, e agora estou em uma que é muito fechada, parecem que não são tão próximos como achava que fossem. 

Mas espero que só seja uma impressão errada minha e que eles não estavam muito afim de trocar palavras durante o caminho mesmo. Enfim, assim que chegamos ao castelo do Rei Carl, descemos da carruagem e confesso que cada passo que dávamos para entrar, meu coração acelerava cada vez mais. 

E isso estava me enlouquecendo, pois, pelas histórias que li sobre a Idade Média, eles não toleravam forasteiros e por conta disso, temia pela minha vida. Mas tenho que deixar este medo de lado e encarar isso de frente, para que eles percebam que não sou uma mulher frágil do tipo que eles possam tratar como se fosse um nada. 

Ok, acho que isso não fez o menor sentido agora, mas é o nervosismo que está me consumindo e me fazendo pensar em mil coisas idiotas a cada segundo. E assim que entramos, fomos recebidos pelos guardas reais e acho que estou reconhecendo pelo menos dois deles. 

Se não me engano, o que tinha cabelos claros se chamava Phillippe e aquele que parece que quer matar todos que cruzar o seu caminho, não faço a mínima ideia de como se chamava. E o mais simpático foi em nossa direção para nos cumprimentar:

— Sejam bem-vindos ao castelo do Rei Carl. — Disse Phillippe com um leve sorriso em seu rosto. 

— Obrigada. — Disse Elizabeth o agradecendo. 

— Por favor, podem me acompanhar por aqui. Irei levá-los até a sala do trono do Rei. — Disse enquanto andava alguns passos em direção ao corredor do lado direito do salão. 

Todos apenas assentiram com a cabeça e começaram a seguí-lo e não demorou muito para que finalmente chegássemos a tal sala. Então, andamos até faltarem alguns passos do trono e como todos os filmes de época que já vi na vida, todos fizeram a reverência. E é claro que fiz o mesmo, só para não pegar mal para mim. 

Mas quando estava voltando a ficar ereta, lembrei que não poderia encará-lo de forma alguma. E quando pensei que estava indo tudo bem, olhei por alguns milésimos de segundos diretamente para o Rei. E parece que ele percebeu isso, pois, olhou para mim:

— Guardas, leve-a para ao calabouço e não saiam de lá até descobrir quais são as verdadeiras intenções desta forasteira. — Ordenou e os guardas se posicionaram em minha direção. 

— Não estou entendendo o motivo que a Vossa Majestade estás fazendo isso, por favor permita-se conhecê-la primeiro. — Disse Elizabeth inconformada. 

— Não tente intervir nas minhas decisões, Duquesa Elizabeth. — Disse com um semblante de quem não estava com paciência hoje. 

E estas foram as últimas coisas que ouvi, enquanto estava sendo levada à força pelos guardas que esqueceram a delicadeza em suas casas. Com isso, os outros dois guardas que cada um estava de um lado dos portões, abriram para que pudéssemos sair da sala do trono. 

E os dois guardas me arrastaram até se aproximarem de uma escada íngreme, depois me fizeram andar através de seus empurrões. E que em alguns momentos, acabei caindo e com toda a delicadeza do mundo, um deles me puxou para que levantasse a força. 

Realmente, estes guardas reais são mal-educados mesmo. Pois, estavam me tratando brutalmente como se fosse um monstro ou uma pedra no caminho deles e que estavam doidos para se livrarem. Após uma pequena sessão de empurrões até que estivéssemos no corredor que tinha uma porta no final. Então, presumi de que seja o lugar que irão me levar para poderem me encher de perguntas. 

E tenho quase certeza de que irão fazer aquelas torturas típicas desta época, ou seja, posso não sair viva dentro daquele calabouço que estão me levando. Meu coração batia tão forte que parecia que a qualquer momento, iria sair de dentro do meu peito e sentia que agora seria o meu fim. 

Nunca pensei que iria morrer deste jeito, sempre imaginei de que iria ser totalmente diferente. E que a minha morte seria tranquila igual da minha avó paterna, que morreu enquanto dormia. 

Enfim, assim que aproximamos da porta, um deles me soltou rapidamente na intenção de abrir, enquanto o outro ainda me segurava pelo braço com toda a força que possuía. E com isso, me empurrou para dentro e o local estava sujo e nojento, a primeira coisa que vi lá foi alguns ratos saírem correndo. 

Mas agora não consegui ver mais nada, pois, um deles me jogou no chão como se fosse um lixo e o outro, não sabia exatamente o que estava fazendo. O que estava próximo a mim, resolveu brincar de me dar uns chutes nas pernas e na minha barriga:

— Vire para que possamos ver o seu rostinho de boneca, forasteira. — Disse, enquanto distribuía mais um chute na altura de minha barriga.

Então fiz o que tinha me ordenado, mesmo cuspindo sangue e sentindo fortes dores por conta dos chutes que estava levando sem parar. Respirei fundo mesmo que isso estivesse me fazendo sentir mais dores no corpo. Olhei para cima e vi que eram dois jovens que aparentavam estar desesperados em tentar agradar a sua Majestade. 

Não estava entendendo nada no que estava acontecendo, ou seja, totalmente perdida e apavorada, pois, a minha vida irá acabar por aqui mesmo. Com isso, o que estava próximo à mim, me puxou pelo braço na intenção de me levantar do chão. E me fez andar em direção de uma espécie de tanque cheia de água, tinha uma cadeira próximo a ele. 

E lá vi o outro guarda real que sorria de orelha a orelha, como se tivesse fazendo algo mais divertido do mundo. Então, o que estava segurando o meu braço com toda a força que tinha, me fez sentar na cadeira:

— Vamos direto ao que interessa! Queremos saber de onde que tu és? — Disseram numa perfeita sintonia. 

— Sou de um país um pouco distante daqui. — Falei e logo em seguida, os dois sem hesitar, seguraram a minha cabeça e o jogaram para dentro daquele tanque, o pressionando para que no final acabasse perdendo os meus sentidos por falta de ar por alguns segundos. 

Com isso, levantaram a minha cabeça como se fosse um brinquedo de criança:

— Não minta para nós, sabemos que és uma espiã de algum Reino e queremos saber quais são as intenções de seus superiores? — Perguntou o que não parava de sorrir nem por um segundo. 

— Eu-eu sou apenas uma jovem mulher que acabou se perdendo numa floresta e foi resgatada por uma nobre que tem um coração de ouro. — Falei tropeçando nas palavras por falta de fôlego que estava no momento. 

E mais uma vez, seguraram a minha cabeça e o jogaram dentro do tanque, confesso que tinha quase certeza de que iria desta para melhor. Pois, estava sentindo a minha pressão arterial cair a cada segundo e acho que na próxima vez, não irei resistir. 

Depois disso, me levantaram e mais uma vez fizeram a mesma pergunta de antes, respondi a mesma coisa. E isso foi acontecendo por mais algumas vezes, até que no final acabei perdendo a minha consciência e com isso, acabei desmaiando por falta de oxigênio. Já que na última vez, deixaram a minha cabeça por mais tempo debaixo da água. 

Algumas horas depois...

Acordei em um pulo e vi que estava em um lugar pequeno e apertado, que só tinha uma janela com grades e uma porta de madeira com uma portinha embaixo. Demorei para entender o lugar em que me encontrava, já que ainda estava tentando recobrar a consciência por completo. 

E no fim, acabei entendendo de que estava em um outro calabouço e com isso, comecei a entrar em pânico e a chorar muito. Pois, segundo os filmes de época que já assisti, quando alguém para neste tipo de lugar, normalmente vai para a forca ou passará o resto de sua vida, preso neste lugar horrendo.

Então, me arrastei do chão com pouca força que ainda me restava em direção a entradinha que tinha embaixo da porta e assim que cheguei lá, respirei fundo:

— Alguém me tire daqui, por favor! — Falei com a voz embargada. 

Fiquei dizendo estas mesmas palavras por horas e nada de alguém aparecer para me tirar deste lugar. E quando estava me rendendo ao meu triste destino, alguém apareceu e tinha certeza disso, pois, ouvia um barulho de chaves:

— Podes gritar a vontade, a senhorita irás ficar neste lugar até a decisão final da Vossa Majestade. — Disse uma voz masculina do outro lado da porta. 

Com isso, as minhas lágrimas desceram mais ainda e só pararam quando acabei me rendendo ao cansaço. Até acabar caindo em um sono profundo e que torcia de que não fosse a minha última noite viva.

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