O flagra
"De todas as burrices que cometi, essa é a que mais me arrependo". — Isabelle González.
Assim que chegamos no corredor, Edward me colocou contra a parede, me depositando mais um beijo intenso, cheio de desejo. Precisei pedir para que ele se controle, pois, temo que alguém nos flagre.
Não quero que ele fique encrencado por minha causa. Mesmo sabendo que foi ele quem começou com os beijos e tudo mais, sinto que a culpa cairia totalmente sobre mim, por motivos de não fazer parte desta família e não me conhecerem tão bem assim.
Edward me levou até seu quarto e encostou a porta, depois me puxando na intenção de beijar novamente os meus lábios. Sua tentativa foi falha, pois, coloquei minha mão direita sobre sua boca o impedindo de fazer o que tanto queria:
— Não achas perigoso em deixar esta porta aberta? — Perguntei, no tanto insegura.
— Relaxas. Todo mundo deste castelo, até mesmo as criadas, se encontram dentro de vossos aposentos. — Disse, e depois conseguiu roubar um beijo meu, que me fez esquecer disso por alguns segundos.
Interrompi novamente, o afastando com a minha mão sobre teu peitoral, que estava à mostra devido aos três botões não abotoados:
— Você tem certeza? — O perguntei, ainda insegura.
— Tenho! — Respondeu, e assim depositou alguns beijos sobre meu pescoço. Estes que estavam me deixando arrepiada.
Entre os beijos, ele também me mordiscava enquanto apertava meus seios, que não eram nem grandes e nem pequenos. Sua próxima ação foi andar até ficar atrás de mim, para desabotoar os vários botões do meu vestido verde, este que era longo como tantos outros e que ganhei do Rei Carl. Assim que ele terminou, puxou o vestido para baixo, até parar no chão.
Agora que eu me encontrava vestida somente com minhas peças íntimas, Edward voltou a beijar e mordiscar meu pescoço. Quanto mais ele fazia isso, mais eu sentia vontade de jogá-lo na cama e mostrar tudo que uma mulher como eu sabe fazer.
Sei que amanhã irei me arrepender disso, mas precisava saciar algo que já estava esquecendo de como era. Ele voltou a apertar os meus seios, que se encontravam presos pelo espartilho preto, e então parou de me beijar para desfazer os vários laços que estavam entrelaçados na parte de trás da peça.
Me pergunto como que ele sabia fazer isso, porém, essa não era hora de pensar algo desse tipo e sim, em me concentrar numa outra coisa que estou desejando muito. Após ter se livrado do espartilho, o jogando no chão, ele me virou para tua frente. Tive que segurar a vontade de rir quando os teus olhos se arregalaram, assim que se deparou diante de meus seios.
Depois de ter voltado a si, ele tirou a calcinha, que mais parecia um short, já que batia na altura de meus joelhos. Depois, ele voltou a me beijar, só que mais rápido e intenso do que nunca. Enquanto isso, dávamos alguns passos para trás em direção à cama, que estava menos de um metro de nós.
Quando me dei conta, ele praticamente me jogou na cama, se deitando sobre mim e iniciando beijos pelo meu pescoço. Os mesmos foram se intensificando a cada vez que ele descia seus lábios, percorrendo um caminho até chegar nos meus seios. E, sem hesitar, Edward começou a chupá-los intercaladamente.
Acabei soltando gemidos quando ele resolveu morder as pontinhas de meus mamilos, e assim que se sentiu por satisfeito, selou um beijo, deixando por descer para dar atenção a outro canto. Parou só quando já estava com seus lábios sobre a minha intimidade, começando a brincar com sua língua por ali. A cada milésimo de segundo, sinto que pude sentir todas as células do meu corpo enlouquecendo.
Segurei o lençol com toda a força do mundo e deixei minha cabeça tombar para trás, quase revirando os olhos por todo o prazer que estava sentindo naquele momento. Por mais que o cenário ao nosso redor seja extremamente conservador, Edward sabe muito bem como levar uma mulher ao ápice do prazer só nas preliminares. Até me esqueci que a porta ainda permanecia encostada.
No momento em que senti ele parando com o oral, quis implorar por mais, porém, nem deu tempo já que agora era seu dedo entrando dentro de mim. Confesso que isso me deixou mais louca do que nunca e quando ele percebeu isso, colocou mais dois dedos, enquanto o dedão massageava lentamente o meu clitóris. Primeiro homem que soube onde ficava o meu ponto do prazer, Edward estava de parabéns por isso.
Quando estava prestes a entrar no meu clímax, ele retirou os dedos e se ergueu um pouco, na intenção de tirar a sua calça de couro marrom.
Assim que tirou, pude notar um certo volume exuberante, que confirmava estar ereto e duro. Com isso, ele se agachou e segurou a sua genitália na intenção de colocá-lo dentro de mim.
Ele começou a fazer algumas ameaças de que iria colocá-lo, mas o tirava de perto da minha parte íntima só para me deixar com mais vontade ainda, tenho certeza de que esta era a tua intenção.
O encarei como uma forma de dizer que não estava mais aguentando essas provocações, ele apenas soltou uma risada, como estivesse se divertindo às minhas custas:
— Por favor, pare com isso! — O supliquei enquanto tentava conter os meus gemidos, mas acabei falhando miseravelmente no final.
— Tudo bem, vou atender o pedido da senhorita. — Dizia enquanto soltava um suspiro, resultado da tentativa de parar com suas risadas.
Assim que se conteve, ele posicionou o seu pênis em direção à minha intimidade e a adentrou aos poucos, até que uma boa parte dele estivesse dentro de mim. Edward começou a aumentar a velocidade das estocadas, enquanto segurava o travesseiro com toda a tua força e eu tentava ao máximo não soltar nenhum gemido muito alto.
Fiquei com minhas mãos sobre as tuas costas e quando pude sentir novamente que a qualquer momento entraria no meu ápice do prazer, minhas unhas as cravaram, o arranhando sem ao menos perceber. Ele estava indo muito rápido, ao ponto da cama parecer que iria quebrar a qualquer instante, mas isso era o de menos para mim, já que estava prestes a atingir o orgasmo.
E quando estava quase lá, ouço a porta bater com força na parede. Obviamente, tanto ele e tanto eu, levamos o maior susto de nossas vidas. Olhamos de imediato para trás, e percebemos que para a nossa infelicidade, eram Elizabeth e Lucy:
— O que estás a acontecer aqui? Isabelle? Edward? Como puderam fazerem isso conosco? Principalmente você, que a acolhi em meu castelo, e de ter sido tratada como parte da nossa família. — Perguntou, Elizabeth, enquanto nos olhava incrédula.
— Calma, eu posso te explicar... — Dizia tentando me explicar, mas a Duquesa acabou me interrompendo.
— Calada, não quero saber de tuas explicações ridículas! Quero que saia do nosso castelo agora, e não me interessas se ainda estás de noite. — Dizia com uma certa raiva em seu tom de voz.
— Por favor, me deixe te explicar. — Insisti, enquanto algumas lágrimas rolavam sobre o meu rosto.
— Não fale mais comigo até que todas as tuas malas estejam arrumadas, vou ter que acordar duas criadas para isso, este será o último favor que irei fazer para ti. Agora coloquem as tuas vestes, e você, meu irmão, iremos ter uma longa e calorosa conversa amanhã de manhã. — Dizia enquanto nos fitava.
— Por favor, me perdoa! — A
supliquei através de minhas lágrimas.
Ela apenas me encarou por alguns segundos, mas nem hesitou em dizer alguma coisa. Foi embora logo em seguida, sem se importar pelo meu pedido de perdão. Isso realmente quebrou o meu coração em pedaços que dificilmente serão colados novamente.
Enquanto eu chorava, o gêmeo de Lucy levantou da cama e colocou as tuas vestes, como se nada daquilo que tinha acabado de acontecer lhe importasse. Isso me fez crer que ele meio que sabia o que iria acontecer se alguém nos flagrasse, bom, foi o que tinha me parecido.
Após ter terminado de se vestir, ele simplesmente andou em direção a porta e saiu, me deixando sozinha neste quarto enorme típico de alguém que era da nobreza. E agora o que me restava era levantar e colocar as minhas vestimentas, depois voltar para o meu quarto e chorar, até que no fim, as minhas malas já estejam totalmente arrumadas por algumas criadas, como a Elizabeth havia me dito.
Quase uma hora se passou...
Já me encontrava aos prantos na sala de estar, com as minhas duas malas ao meu lado direito. E lá estava toda a família Lancaster, menos a pequena Melanie que ainda se encontrava dormindo em seu quarto. Pobre garotinha, mal ela sabia o que tinha acontecido nesta noite, que tinha começado prazerosa e recebido um final horrível.
Elizabeth me encarava intensamente. Se os seus olhos pudessem me dizer alguma coisa, seria um "Eu confiei em você, como pôde fazer isso comigo?". Mas agora era tarde demais para voltar no tempo antes de ter cometido aquele ato, no tanto impensável de ambas as partes.
Peguei as minhas malas e encarei cada um deles mais uma vez, parando os meus olhos em direção aos de Elizabeth e buscando controlar minhas lágrimas que ainda teimavam em rolar sobre o meu rosto:
— Sei que nunca irá me perdoar, mas quero que saiba que sempre irei considerá-la como uma grande amiga e que serei eternamente grata por tudo que fez por mim. — Dizia enquanto limpava as minhas lágrimas com as mãos.
— Criadas, por favor, abram a porta para que a senhorita Isabelle González possa sair! — As ordenou, me ignorando totalmente.
As duas criadas, que já estavam próximas à porta, fizeram o que a Duquesa as havia ordenado. E com isso, não tive outra alternativa a não ser andar até onde elas se encontravam. Quando parei em frente as mesmas, olhei mais uma vez para trás e pude jurar que vi Lucy dando um leve sorriso de canto, como se estivesse adorando toda esta situação horrível.
E foi ali que percebi. Tudo o que tinha me acontecido nestes últimos dias foram alguma armação dela e de seu irmão gêmeo, tenho certeza disso. "Ah, como pude ter sido tão burra e tão ingênua por ter caído neste tipo de armação?", pensei comigo mesma.
Agora tudo faz sentido na minha cabeça. Sabia que estas aproximações estavam sendo muito estranhas para o meu gosto e que, mesmo assim, acabei caindo direitinho. Estes gêmeos são totalmente diferentes de suas irmãs, fico perplexa com isso.
Ah, mas se eles acham que irei deixar isso passar em branco? Estão muito enganados...
Um dia os dois vão me pagar, e pode ter certeza de que irão se arrepender por tudo que tenham feito contra mim. Por ora, vou deixar este desejo de vingança de lado, pois, tenho que tentar pensar em como farei para sobreviver a esta noite fria e escura. Como se já não bastasse, também aparentava que uma chuva cairia a qualquer momento.
Ainda estava andando em direção aos enormes portões pretos, enquanto dois guardas meio que me escoltavam até lá. Ambos não ousavam olhar para mim em nenhum momento, sempre permaneciam teus olhos fixos ao nosso destino final. Bom... Era o destino final deles, já o meu? Não sei exatamente qual seria.
Após termos chegado no local, eles puxaram às duas alavancas que estavam uma em cada lado dos portões e assim os mesmos se abriram, mesmo que com certa dificuldade, já que as alavancas são muito pesadas. Depois disso, os guardas me encararam como se estivessem dizendo: "Vamos, caia fora daqui".
Então, acabei fazendo o que provavelmente eles queriam me dizer através de seus olhos. Andei com passos lentos em direção a uma estrada de chão batido, meio que sem rumo algum, o que não era uma mentira mesmo.
Enquanto andava, resolvi pegar um galho que era metade do meu tamanho. Tendo em vista que eu tenho 1,70m, aquele não era um galho nada pequeno, digamos assim. O objeto continha uma certa espessura que me fez pensar que seria uma ótima arma para me defender, tanto de animais ferozes, quanto de pessoas mal intencionadas.
Andei por mais de quinze minutos com o coração na mão, devido ao medo que estava me dominando por completo e, buscando ignorar o máximo que podia destas gotas de chuva que estavam caindo sobre mim. Nos meus pensamentos, me pergunto como que ainda não fui atacada até agora, já que claramente sou um alvo fácil.
Acho que meu anjo da guarda deve estar trabalhando muito para me proteger dos seres que vivem dentro desta floresta assombrosa. Ao ponto de que ele merece ganhar uma promoção no céu por isso, pois, na minha não tão humilde opinião, ele está fazendo um ótimo trabalho.
Contudo, mudei de ideia quando ouvi alguns barulhos estranhos vindos daquela floresta. E com isso, me posicionei em forma de ataque, mesmo ainda segurando as minhas duas malas. Elas não estavam tão pesadas assim, então não me atrapalhavam muito.
Fiquei encarando a parte da floresta que julguei ser de onde estava vindo o barulho, soavam como galhos balançando e caindo no chão. Como a minha mente é super fértil que nem de uma criança de cinco anos, acabei imaginando que poderia ser um animal enorme com garras e dentes afiados, loucos para me estraçalhar toda.
Ok, acho que exagerei agora... Mas isso era algo que eu não estava conseguindo controlar muito bem.
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