Aproximação de Edward
"Nem tudo sai conforme o planejado, e em algumas ocasiões podemos nos surpreender com a forma que o destino nos proporcionou". — Lucy Lancaster.
Lucy
Dois dias se passaram...
Até agora o digníssimo do meu irmão gêmeo, Edward, não voltou para o castelo e confesso que estavas prestes a mandar dois guardas para irem até aquele lugar horrível que o meu irmão adora ficares. Arrancá-lo de lá a força para aprenderes a não fazer-me esperar por dias e talvez estejas exagerando, mas quero colocar o meu plano em prática o quanto antes e o meu irmãozinho estás me impedindo isso.
Enfim, já estavas acordada há algum tempo e estavas terminando de comer o café da manhã com as minhas irmãs, mas mal conseguia tocar na sopa de ervilha com carne. Já que a minha impaciência estavas ocupando todo o meu ser e a vontade de matar o meu irmão só crescia a cada segundo.
Ah, como odeio que as pessoas me façam esperar e isso só deixava-me parecer uma pessoa tola que não consegue fazer as coisas por si só, que precisa de alguém para fazer algo que daria muito bem fazer sozinha se for parar para pensar. E és claro que não iria fazer conforme o meu plano, mas sim, pensaria em um outro que não precisasse a me sujeitar para este papel ridículo.
Após ter terminado de comer ou pelo menos tentado fazer isso, levantei do meu assento e avisei para as minhas irmãs de que iria para a biblioteca para ler alguma coisa. Mas que se precisasse de alguma ajuda, era só me chamar e que iria fazer o possível para fazer seja lá o que fores.
Andei com passos lentos, porém pesados, pois, carregavam a minha raiva e a impaciência que estava sentindo sobre toda esta demora de Edward. Ah, ele que aguarde-me quando chegares que irá ouvir poucas e boas para aprender a parar de ser tão atrasado para as coisas da vida.
E assim que já encontrava-me dentro daquele cômodo que era repleto de livros de todos os gêneros possíveis, peguei um da capa preta que era de terror e que és um dos meus gêneros favoritos. Sei que não devias gostar disso, mas és que fico fascinada com a tamanha genialidade dos monstros ou de assassinos de matar as tuas vítimas sem ao menos deixar pistas óbvias por aí.
Quatro horas se passaram...
Já estavas praticamente na metade do livro que não era muito grande, então acho que não teria nenhum problema em conseguir ler em apenas um ou dois dias. Foi a única coisa que distraiu-me em uma boa parte do tempo e até fez-me esquecer um pouco daquele cretino do meu irmão.
Resolvi marcar de onde tinha parado a minha leitura com uma fita vermelha que vinha com o livro mesmo, levantei da cadeira onde me encontrava sentada desde então e andei em direção da porta já que estavas quase na hora do almoço. Não queria perder mais uma oportunidade de deixar aquela forasteira incomodada com a minha presença ou com os meus olhares a julgando a todo instante.
Faço isso desde que percebi a forma que ela reage quando faço isso e confesso que me seguro até demais para não soltar uma risada de satisfação, pois, eu sei que a Elizabeth iria lançar-me um olhar de repreensão. Já que a mesma acha que tomou o lugar de nossa falecida mãe desde o nascimento de Melanie e ela devias parar com isso, por motivos de que não sou mais uma criança para levar sermão dela.
Mas acho que ela sempre irá me ver como uma eterna criança rebelde que só se tornou assim após a morte dos pais, já que antes era tão doce como a minha irmã mais nova. E acho que todas as lágrimas que podia ter derramado em toda a minha vida, se foram após os sepultamentos deles e hoje em dia, nem sei mais o que és chorar ou pelo menos que sejam de verdade e do fundo do meu coração.
Enfim, e assim que aproximei-me da sala de jantar, andei em direção a cadeira que sento desde sempre, e com isso sentei sem ao menos olhar para as pessoas que estavam no mesmo local que eu. Olhei para a mesa e vi que estavas farta de comida e principalmente de carnes de vários tipos, acabei pegando o meu predileto que era de porco que estava coberto com um molho de tomate e de outros temperos.
Peguei um pequeno pedaço mesmo com vontade de pegar um que fosse maior que o meu prato, mas com os anos de etiqueta que tive na minha vida meio que não me permitiam isso. Peguei uma taça e o levantei na direção de uma criada a indicando para que encher-se de vinho tinto, que era a única bebida que fazia-me acalmar um pouco já que o nervosismo e a impaciência ainda insistia em residir dentro de mim.
Só estou assim hoje por causa do imprestável do meu irmão gêmeo e assim que a criada encheu a minha taça, ela afastou-se e voltou para o seu lugar que era encostado na parede com as outras. E por fim, o degustei aos poucos para saborear a melhor bebida na minha opinião.
Depois de todas terem terminado de almoçar, Elizabeth e aquela forasteira se retiraram e, foram na direção da biblioteca, já a Melanie permaneceu sentada junto comigo, pois, achava que eu estavas me sentindo abandonada pelo gêmeo e queria fazer-me companhia. Mas no final, disse-lhe que iria sair um pouco lá fora para respirar um ar puro.
Sendo que na verdade iria procurar um guarda ou talvez dois, para que fossem até a taverna e arrastasse o meu irmão a força de volta para o castelo. Assim que já me encontrava no jardim, andei em direção ao local onde os guardas costumavam descansar ou comer alguma coisa.
Pois, sabia que teria um naquele local que eram cinco casas pequenas que às vezes perguntava-me como que dez guardas conseguiam viver nesses lugares que para mim parecem tão minúsculas. Enfim, eram casas de paredes de pedras e pintadas de branco, com telhados de palha com um pouco de madeira, cada uma tinha uma janela sem proteção alguma e uma entrada sem porta.
Enquanto andava em direção na primeira que avistei, respirei fundo e estavas torcendo para que tivesse algum que estivesse vestido e limpo, de preferência. Andei mais alguns passos até parar em frente a entrada e coloquei os meus pés para dentro do local que fedia a esterco de porco com alguma outra coisa nojenta.
Enfim, encontrei um homem deitado e por sorte estavas vestido, então resolvi o cutucar já que o mesmo aparentava estás dormindo. E assim que fiz isso, ele se levantou em um pulo por conta do susto, olhou para mim sem acreditar no que estavas vendo:
— Duquesa Lucy!? O que fazes por aqui? — Perguntou sem entender nada.
— Não lhe interessas! Quero que se levante, coloque as tuas armaduras, pegue um cavalo e vá para aquela taverna que você sabes que o meu irmão ama frequentares. Quero que o traga de volta ao castelo nem que seja o carregando nas costas, entendeu tudo ou serás que és preciso lhe explicaste novamente? — Falei sem um pingo de paciência.
— Sim, Duquesa! — Disse e se levantou, andou em direção de onde se encontrava as tuas armaduras, os colocou e saiu em direção ao estábulo que ficava a poucos metros dali.
Pouco tempo depois...
Me encontrava em frente ao castelo e já estava quase explodindo de tanta impaciência, confesso que parece que nasci com um déficit de paciência ao contrário de Elizabeth que parece ter pegado tudo para ela e não deixou nenhum pouco para mim. Quando estavas prestes a voltar para dentro, avistei um cavalo com um guarda e alguma coisa grande atrás daquele homem, parecia um saco marrom enorme.
Então resolvi esperar por conta que a minha curiosidade entrou no lugar da minha impaciência infinita e assim que o cavalo estavas praticamente em frente a mim, vi que era o mesmo guarda de antes. E ele desceu de cima do animal, pegou aquele saco enorme que estavas se mexendo muito e fazendo um som estranho como se fosse um gemido.
Com isso, o guarda colocou o saco marrom no chão e o retirou rapidamente, assim que vi que era o meu irmão que estavas com um pano na boca que o impedia de falar. Depois disso, o homem tirou este pano e o meu irmão que estavas vermelho, suando muito e dava para ver o teu olhar de ódio para mim:
— Irmãzinha, te odeio por ter estragado o meu dia que tinha começado tão bem com aquelas garotas maravilhosas e... — Começou a falar, mas acabou sendo interrompido por mim.
— Calado, Edward! E agradeço-lhe pelo teu serviço, por favor podes voltar para os teus afazeres. — Dirigi as palavras ao guarda que se retirou no mesmo instante.
Arrastei o meu irmão até do outro lado do castelo onde não tinha o jardim e nem nada do tipo, verifiquei se não tinha ninguém passando. Com isso, briguei um pouco com o meu irmão e depois pedi que fosse tomar um banho porque estavas fedendo muito do tipo que estavas quase insuportável de ficares perto do mesmo. E disse-lhe que fosse rápido, eu lhe esperaria para poder colocar o plano em prática, já que estavas ansiosa para saber do resultado.
Após esta conversa, voltamos para dentro do castelo e fiquei esperando o meu irmão se banhar, resolvi sentar na poltrona que ficava em frente à lareira. E não demorou muito para que o meu irmão voltasse, então o chamei e pedi para que se abaixasse, o puxei para poder dizer algo no ouvido do mesmo:
— Irei chamar aquela mulher para passear um pouco na floresta e você nos siga, mas faça o possível para não ser visto por ela. Irei dá uma desculpa qualquer e quando estiver indo embora, você irá aproveitar e aparecer assim de repente, dizendo que queria conversar com ela porque estavas disposto a conhecê-la como uma forma de dá-lhe uma segunda chance. Já que tinhas criado uma opinião sobre a mesma que talvez não seja estas, compreendeu ou preciso repetir para que possa entender? — Falei através de sussurros, para que ninguém pudesse ouvir.
— Entendi, irmãzinha! — Disse e se levantou já que tinha começado a sentir uma leve dor na coluna.
Edward andou em direção para a saída do castelo, mas ficaria de olho mesmo de longe para saber quando iremos sair para ir até a floresta. E agora levantei da poltrona, andei até a biblioteca que era onde aquelas duas ainda se encontravam, bati na porta assim que tinha me aproximado e não demorou mais do que cinco segundos para que alguém abrisse para mim:
— Lucy, o que queres conosco? — Perguntou a minha irmã sem entender da minha presença que para a mesma foi um pouco repentina.
— Só queria chamar a nossa hóspede para conhecer a nossa floresta que faz parte de nosso patrimônio há várias gerações e também aproveitar para passear um pouco. Então Isabelle, aceitas em fazer-me companhia e conhecer a floresta? — Perguntei com um sorriso no rosto e fazendo o possível para transparecer gentileza que era algo que também não tinha dentro de mim.
— Posso sim, Duquesa Lucy! — Respondeu a forasteira que olhava para mim no tanto desconfiada.
— Então, vamos? — Fiz outra pergunta e ainda continuava com o mesmo sorriso de antes.
E com isso, andamos até chegar a saída do castelo e fiquei tentando conversar um pouco com aquela mulher, mesmo que a minha vontade fosse matá-la imediatamente. Não demorou muito até que chegássemos a tal floresta que era repleta de árvores tanto frutíferas e as que não eram, andamos até chegar na maior árvore e a mais antiga que temos. Respirei fundo na intenção de me acalmar e conseguir conversar mais um pouco, fiquei olhando para os lados para ter a certeza de que o meu irmão estavas próximo de nós:
— Esta és a árvore que nomeamos com o sobrenome da família Lancaster e ela representa a persistência da mesma forma que a minha família persistiram durante todas as gerações que mesmo terem sofrido vários atentados e golpes, sempre permaneceram de pé. — Falei um pouco da história de minha família para que ela sentisse que estavas confiando nela e era claro que estavas fingindo.
— Sério? Que maravilhoso e então, esta árvore tem um grande valor para vocês. — Disse séria, mas acabou soltando um sorriso no final.
— Com certeza! Bom, acabei de lembrar-me que tenho que resolver uma coisinha para finalizar as minhas obrigações como Duquesa e se quiseres, pode ficar mais um pouco por aqui e... — Disse mas acabei sendo interrompida pela mesma.
— Não quero ficar sozinha aqui, tenho medo de aparecer algum animal que queira me comer. — respondeu-me um pouco apreensiva.
Quando ela disse isso, controlei-me para não soltar um sorriso em meus lábios já que acabei imaginando a linda cena que seria em vê-la morta e sendo devorada por algum animal feroz. Após ter saído de meus pensamentos, a encarei com um sorriso de lado:
— Não se preocupes, aqui não tens animais que comem pessoas ou ataquem. — Falei e olhei atrás daquela forasteira e avistei o meu irmão que estavas a poucos metros, assenti com a cabeça como uma forma de lhe dizer que já podes se aproximar.
Dei alguns passos para trás indicando de que estavas indo embora e quando faltava cerca de dois ou três passos para o Edward aproximar-se, aquela mulher insinuou em acompanhar-me mas o meu irmão a segurou pela mão por trás:
— Por favor, perdoe-me se estiveres se sentindo desconfortável com a forma de que segurei a vossa mão, só que eu queria conversar um pouco com a senhorita à sós. — Disse enquanto a encarava intensamente.
Confesso que quando ouvi a forma que o meu irmão se dirigiu para aquela forasteira, fiquei com uma imensa vontade de soltar uma gargalhada, pois, achava tudo isso muito patético. E aposto o quanto isso estavas sendo torturante para ele, mas era preciso para que pudéssemos nos livrar daquela mulher estranha. Os encarei pela última vez:
— Bom, agora não estarás sozinha e até a hora do jantar. — Falei enquanto dava alguns passos para trás, os encarei e virei-me para andar o suficiente para que ninguém pudesse mais me veres.
Fiquei atrás de um arbusto ou seja lá o que fores isso, mas conseguia os ver perfeitamente só não podia ouvi-los e mesmo assim, já era o bastante para mim. Agora só esperar o meu irmãozinho cumprir a parte dele do plano e espero que ele não seja burro ao ponto de ela acabar descobrindo alguma coisa.
Isabelle
Confesso que não estava entendendo mais nada no que estava acontecendo comigo hoje, primeiro aquela irmã do meio de Elizabeth me chama para andar com ela nesta floresta que é muito linda, aliás. E agora, o irmão gêmeo dela aparece do nada me chamando para conversar um pouco e isso para mim, estava muito estranho para o meu gosto.
Espero que ele não tente me machucar ou me matar para depois esconder o meu corpo nesta floresta e sim, fiquei achando isso já que os dois nunca gostaram de mim e tenho quase certeza de que eles armaram algum plano para se livrar de mim sem deixar nenhuma pista.
Fui obrigada a sair no meio dos meus devaneios, quando sinto alguém balançar a mão na minha frente:
— Você estás ouvindo no que estou lhe dizendo, Isabelle? Posso te chamar pelo primeiro nome, certo? — Perguntou e soltou uma risadinha sem graça.
— Pode sim e posso te chamar sem ser na formalidade, tipo só Edward? — O perguntei diretamente.
— Mas és claro que podes! Gostaria de lhe mostrar uma coisa que fiz nesta árvore que ninguém sabes até os dias de hoje, podes acompanhar-me? — Fez o pedido e com isso, estendeu a mão na minha direção indicando para que colocasse a minha mão sob a dele.
Assim que fiz isso mesmo achando um pouco estranho, mas estava curiosa para saber até aonde isso iria terminar. Ele me levou até atrás daquela árvore e me mostrou alguns desenhos que fez naquela planta antiga e era um pequeno círculo que continha vários pequenos círculos dentro, uma flecha sob a mesma e uma estrela ou era o que estava parecendo para mim naquele momento.
Ele olhou para mim com um sorriso no rosto como se ainda estivesse orgulhoso dos desenhos:
— Fiz isso quando tinha mais ou menos a idade de Melanie e também adorava subir nesta árvore, sentia-me um pequeno aventureiro e achavas que podia proteger esta floresta sozinho. Não pergunte o motivo, só que achei isso durante anos e só parei quando atingi a idade adulta mesmo. — Disse soltando uma risada no final e passou a tua mão direita no seu cabelo louro que atingia na altura de suas bochechas.
Ok, acho que ele me fez criar um pingo de confiança e até me fez parar de achar que iria fazer algum mal à mim. Confesso que o achei fofo por compartilhar algo que fez durante a tua infância e até pude sentir que residia um ser inocente dentro daquele ser que aparentava me odiar desde o primeiro dia que pus os pés dentro do castelo da família Lancaster.
Soltei um sorriso e um suspiro como uma forma de demonstrar que estava aliviada, que agora poderia parar de sentir medo destes gêmeos pelo menos por hoje, já que não os confiava totalmente. Mais uma vez fui forçada a sair no meio dos meus devaneios, quando senti alguém segurar a minha mão esquerda e vi que ele estava o colocando sob o seu peito que estava protegido com a sua roupa de nobre.
Que era igualzinho do príncipe encantado da Cinderela e nem estava brincando, até as cores eram as mesmas e a única coisa que mudava, era que não tinha tanto detalhes dourados e ele me olhou com aquele olhar misterioso. Ele tinha olhos azuis que nem a cor do céu durante o dia, que transmitia inocência e malícia ao mesmo tempo:
— Por favor, sinta o meu coração batendo e percebas o quanto estás mais forte do que o normal, sabes o que és isso? — Perguntou enquanto me encarava.
— Não, por quê ele está assim? — Perguntei sem entender nada.
— Ele estás assim por tua causa e se estás duvidando de mim, por favor encoste o teu ouvido no meu peito para que creias no que estou lhe dizendo. — Disse e mal tive tempo para pensar, o mesmo me puxou em direção ao teu peito e meio que fui obrigada a escutar os batimentos de seu coração.
Confesso que fiquei sem reação e estava passando mil perguntas na minha mente agora, estava mais confusa do que nunca. E quando estava voltando ao normal, tentei me afastar do mesmo só que ele não estava deixando parecia que estava usando toda a tua força para impedir de que me afastasse do mesmo:
— Você está me machucando. — Falei pausadamente, já que realmente estava sentindo um pouco de dor por conta de seu aperto.
— Oh, me desculpes por isso e nem sei no que estavas pensando. — Disse assim que saiu de perto de mim.
— Tudo bem, só não faça mais isso. — Falei enquanto fazia uma massagem no meu braço direito que estava ligeiramente avermelhado.
Após ter dito isso, o mesmo se sentou e encostou na grande árvore da família e eu fiz o mesmo sem ter ao menos questionado nada. Depois disso, conversamos e acabamos esquecendo deste pequeno episódio estranho que não tinha entendido o por quê tinha feito e dito aquilo para mim.
Falamos sobre vários assuntos e certifiquei para não dizer coisas que aconteceram na minha época, pois, com certeza ele não iria entender nada com nada. Edward ficou contando sobre as tuas aventuras e até de coisas um pouco bizarras ao ponto de que nunca iria pensar que um nobre teria coragem de fazer ou enfrentar.
Depois disso, nos levantamos e nos limpamos já que as nossas roupas estavam sujas por conta das folhas secas que tinham no chão e quando estava terminando de me limpar, ele segurou a minha mão e me puxou para perto na tentativa de me abraçar:
— Obrigado por ter tirado um tempo para conversar comigo, mesmo que não tenha tido outra escolha ou só tentou ser gentil comigo. — Disse e desfez o abraço logo em seguida.
Com isso, ele segurou o meu queixo com a tua mão direita e aproximou o teu rosto ao meu. Só consegui ter uma única reação que seria fechar os olhos, pois, sabia no que isso iria dá e pude senti os seus lábios macios encostando nos meus. Tentei resistir um pouco, mas acabei cedendo um selinho que depois dei a passagem para que a sua língua entrasse.
O teu beijo era calmo e provocante ao mesmo tempo, ele me segurou pela cintura com uma de suas mãos e a outra continuou sob o meu queixo, depois passou a ficar sob a minha nuca. Eu no entanto, deixei as minhas mãos sob o teu peito já que não conseguia os deixar na altura de seus ombros já que sou um pouco menor do que o mesmo.
Após alguns minutos, acabei pensando e chegando à conclusão de que tudo isso estava errado, que a Duquesa Elizabeth iria ficar super chateada comigo por está beijando o teu irmão. Então, não pensei nem duas vezes e o empurrei na tentativa de acabar com este beijo que estava me fazendo sentir algo que há anos que não sentia desde a época da faculdade de medicina.
E sim, não namoro e nem pego ninguém desde aquela época. O encarei enquanto tentava recuperar um pouco do meu fôlego:
— Não podemos fazer isso, o que as tuas irmãs e principalmente, a Elizabeth iria achar sobre este beijo que demos? Isso não é certo e me perdoe, mas não poderemos fazer isso nunca mais. — Falei e saí correndo em direção ao castelo, mesmo não sabendo muito bem o caminho para lá.
Meia hora depois...
Andei e acabei me perdendo um pouco, mas continuei andando até avistar os dois guardas que estavam fazendo a tua ronda do dia ou sei lá no que eles estavam fazendo andando pela floresta. Me aproximei dos mesmos, respirei fundo para recuperar o fôlego:
— Com licença, rapazes! Poderiam fazer um favor para mim? — Perguntei torcendo de que eles fossem gentis e não grosseiros como tantos que já conheci nesta época.
— Posso sim! — Disseram numa perfeita sintonia.
— Poderiam me levar de volta para o castelo? É que acabei me perdendo e não sei como voltar pra lá. — Perguntei enquanto os encarava.
Eles apenas assentiram e me levaram de volta para o castelo, depois voltaram para fazer o que estavam fazendo antes e subi correndo em direção ao meu quarto, já que estava morrendo de vergonha de tudo que tinha acontecido comigo lá naquela floresta com o Edward. Aquilo não podia ter acontecido, mas agora era tarde demais e só sairei do meu quarto na hora do jantar.
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