19. 𝐒𝐄𝐋𝐅 𝐊𝐍𝐎𝐖𝐋𝐄𝐃𝐆𝐄
AUTOCONHECIMENTO
ANTHONY PARECIA DISPOSTO A cumprir com o que havia dito a Celina após a cerimônia de casamento de seus irmãos. Mas, portanto, ainda esperava a decisão final da jovem Basset. Ou ela estava esperando um pedido formal, para dar uma resposta definitiva ao visconde?
E dois dias após os novos duques de hastings deixarem a cidade para seus dias de núpcias, Anthony se via na casa onde a jovem mantinha estadia, desde sua chegada à cidade. O homem pensava que se faria tudo conforme os modos da época, para levar a jovem até ao altar, ele deveria começar a cortejá-la.
Mas será que o visconde conseguiria não burlar nenhuma norma?
Entretanto, mesmo que o seu caráter às vezes deixasse de ser duvidoso, o homem agora em frente a porta da casa de Celina estava determinado a dar o seu melhor para a bela jovem. E ao criar coragem, ele tocou o sino que havia na entrada da residência e não demorando muito um dos funcionários da propriedade o atendeu com cordialidade.
O criado o conduziu até a sala principal, onde se encontravam as mulheres Glorianas, mas Celina não estava lá. E surpreendendo as mulheres, o homem que conduziu visconde até ali, anunciou a sua presença.
- Me lorde, ao que devemos a honra.? - Olívia levantou-se de seu assento, seguida de sua filha que arriscava algumas notas no piano. Anthony se aproximou para cumprimentá-las.
- Vim ver a Srta. Basset. - informou-lhe. - Ela se encontra?
- Celina se recolheu, após o desjejum. - Ayla pronunciou-se pela primeira vez desde a chegada do homem. - Posso ir chamá-la... - a jovem começou a avisar, mas olhou para a sua progenitora, buscando por uma confirmação.
- Por favor, querida. - a mulher concedeu-lhe a autorização para chamar sua irmã e enquanto saia da sala recebeu um obrigado do homem. - Não podemos conversar apropriadamente, desde que cheguei a cidade, Bridgerton. - após a saída de sua filha, a mais velha se dirigiu ao moreno em sua frente. E com a mão indicou o assento à frente do seu e ambos se sentaram de maneira confortável. Bem, talvez apenas a Gloriana, já que Anthony se viu nervoso em um tempo repentino. - Quais são suas verdadeiras intenções com minha filha? - sem deixar que a respondesse, a Lady prosseguiu. - E por favor, não me venha com um discurso fajuto.
Anthony engoliu com grosseria o bolo que se formou em sua garganta, preocupado com as palavras que poderia fórmula para que pudesse agradar a mulher a sua frente. Ele se viu em apuros, já que não era ele o artista da família e sim seu irmão, Benedict. Mas ele tentaria, por Celina e pelo futuro que pretendia construir com a jovem de belas madeixas castanhas.
- Sei que espera que as minhas intenções sejam as melhores. E é isso que eu quero conseguir dar para sua filha. O melhor. - com cautela ele escolheu as palavras certas, mas diferente de outras fezes, Anthony deixou levar-se um pouco pela emoção. - Celina me cativou de um jeito que ninguém jamais conseguiu. Ela é gentil ao mesmo tempo que é arisca, mas ela é encantadora ao mesmo tempo que parece assustar todos que a querem fazer mal, ou as pessoas que ela ama. - o homem parecia divagar em sua mente, sem realmente estar focado na mulher em sua frente. Anthony divagava até Celina. - Ela é a mulher que eu quero para minha vida.
- Acredito que a minha filha pense a mesma coisa que me lorde. - a mais velha o assegurou. - Posso ver o brilho em suas íris, quando estão na presença um do outro...
Se fosse possível, Olívia falaria mais um pouco, mas o som de passos um tanto eufóricos vindo do corredor ao lado da sala principal, chamou a atenção de ambos presentes ali. E logo após os passos ficarem um pouco mais altos, causado pela aproximação de quem estava vindo, a porta foi aberta, tendo Ayla sendo a primeira a passar por ela, para logo a Basset.
Anthony olhou para a mulher que o havia cativado com um certo olhar deslumbrado, pois Celina estava cativante naquele vestido lilás, perfeitamente acentuado no seu busto. Com suas mechas acastanhadas totalmente presas e com algumas pedrarias as contornando, a jovem se aproximou do visconde.
- Que surpresa vê-lo aqui, Anthony. - ao ser cumprimentada pelo homem, que deixou um beijo casto no dorso de sua mão coberta por uma pequena luva rendada, ela demonstrou o seu repentino estado por vê-lo ali, em sua casa.
- Vim convidá-la para um passeio ao parque. - comunicou. - Claro, caso apenas a vossa mãe permita. - o homem direcionou-se para a mais velha, esperando por sua confirmação, que veio sem hesitação alguma.
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Uma semana havia passado-se e o visconde fazia questão de, uma hora ou outra do seu dia, passá-lo ao lado de Celina. Eles passeavam pelo parque, enquanto iam conhecendo-se aos poucos ou estavam na companhia um do outros em noites de baile. Mas naquela manhã de primavera, a Basset se via na casa Bridgerton, pois fora convidada pela lady daquela residência para os fazerem companhia durante o dia. Portanto Violet tinha intenções a mais, quando fez o convite à jovem e teve certeza mais ainda em convidá-la quando teve uma conversa com o seu herdeiro na noite anterior.
"Anthony Bridgerton estava em seu escritório, revendo e assinando alguns papéis de finanças, quando escutou batidas em sua porta e logo em seguida viu a sua progenitora entrando por ela. Violet nada disse enquanto andava pelo recinto, deslizando os dedos pelas prateleiras abarrotadas de livros. O visconde a acompanhava com o olhar, questionando o que a sua mãe queria, mas não perguntou, esperando que ela mesma desse início a aquela conversa.
- Sabe, observei que não está passando muito tempo em casa... - a mulher deslizou para o centro do gabinete de seu filho, ficando de frente para ele. - E descobri que nos últimos meses, você não tem mais visto a sua musicistas. - enquanto falava, Violet caminhava lentamente até a mesa onde seu filho se encontrava. - Isso tudo desde quando Celina chegou a cidade. - deduziu - sendo mais uma afirmação -, sentando em uma das poltrona em frente a escrivaninha que o visconde encontrava-se. - Tem algo que queria me dizer, Anthony? Algo que eu já não saiba?
- Eu não compreendi. - o homem tirou sua atenção da mais velha e voltou-a para os papéis em sua mesa, tentando - miseravelmente - desviar-se de sua pergunta.
- Sente alguma coisa por Celina? Além de seus caprichos? - de forma direta, Violet questionou sem receios de usar filtros com o seu primogênito.
O homem nada respondeu por alguns instantes, fitando os papéis em sua frente, enquanto encontrava palavras para dirigir-se a sua preceptora. Não havia mais nada o que esconder, mas também não podia contar toda verdade, principalmente a noite no lago.
- Celina é muito especial para mim. - começando a responder a sua mãe, Anthony tirou suas íris castanha dos documentos e fitou a mais velha. - Ela é a mulher certa para mim...
- A ama? - não deixando com que ele concluísse, a mulher perguntou repentinamente.
- Eu... - perdendo as palavras no ar, o homem fez o mesmo questionamento que a sua mãe. Ele a amava? Talvez sim, não havia como resistir a aqueles olhos esverdeados, parecendo um lago ao pôr do sol, como a sua pele parecia reluzir a luz da lua ou como seu cabelo reagia à brisa do vento. - Eu a amo."
Era próximo das dez da manhã e a jovem já estava sendo guiada por um dos funcionários da residência Bridgerton, para o jardim de inverno que fica ao sul dos terrenos. E ao chegar lá, pode encontrar os integrantes da família espalhados pelo amplo espaço. Anthony fora o primeiro a cumprimentar a jovem, fazendo questão de oferecer-lhe o braço e guiá-la para uma das poltronas que ficavam alí.
- Fico feliz que tenha aceitado o convite, querida. - Violet a ofereceu um aceno, enquanto aproximava-se com um lindo vaso de tulipas lilases e as colocava na mesinha de centro que ali jazia. - Anthony estava muito animado para revê-la. - a mais velha revela ao sentar-se no sofá em frente a jovem basset e o seu filho mais velho.
E quando tal frase fora dita, os outros presentes passaram a prestar atenção em seu irmão, querendo ver qual seria a sua reação, mas apenas viram ele olhar para a jovem visitante de cabelos acastanhados e lhe oferecer um sorriso terno, um sorriso de confirmação. Colin olhou para Benedict lhe direcionando um sobrolho franzido em confusão, mas o segundo Bridgerton mais novo também estava confuso com a reação do irmão.
Então os dois olharam para Eloise, essa que ainda se mantinha quieta em sua poltrona com um livro em mãos, e percebendo que estava sendo fuzilada ela procurou pelos olhos que a observava, encontrando os seus irmãos a encarando, mas o seu curvar de ombros não dera nenhuma resposta aos homens e então ela voltou novamente a ler.
- Gostaria de te fazer um convite. - Anthony se pronunciou, minutos após eles serem servidos com chás e biscoitos, mas esperou uma brecha na conversa de sua mãe com uma jovem para que pudesse falar. - Realizamos o baile anual de Corações e Flores em Aubrey hall, e gostaria de tê-la comigo nesse momento. - fez-se o convite. - Sua mãe e irmã também seriam muito bem vindas. Simon e Daphne também estarão lá, claro. - vendo como havia feito o convite apenas para moça, acrescentou de maneira apressada e constrangida.
- Claro. - a jovem aceitou, sem hesitar em momento algum e até ́ achou graça quando notou o homem um pouco corado. - Estaremos lá.
Em memória e respeito a Rainha Elizabeth II, não haverá comentários para este capítulo.
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@evel_ynjesus
2022
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