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Novo vizinho

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Senti algo iluminar e despertei, murmurando bem baixo já que não queria ter acordado. O motivo? Eu estava sonhando, um sonho tão bom quanto o cheirinho de cookies recém assados vindo da cafeteira próxima da casa. "Quanto tempo que não como isso?", pensei comigo mesmo. A minha sorte é pelo sótão ser no último andar, o cheiro não chegava a ser tão tentador. Me sentei em meu velho colchão, estava tão velho que eu conseguia sentir o chão duro em minhas costas quando deitava. Por sorte eu já estava acostumado e não sentia mais dores quanto nas primeiras noites. Aquele colchão era mil vezes melhor que um papelão de uma TV Smart de não sei quantas polegadas, compradas por qualquer rico esnobe de Daegu. Cocei
meus olhos por um momento antes de olhar a mini janela da qual estava vindo a luz do sol. Já perdi as contas de quantas vezes mudei-me de lugar para dormir e a luz sempre batia no meu rosto quando amanhecia. Me levantei, dobrei meu cobertor e coloquei em cima do travesseiro. Me espreguicei com vontade para deixar toda aquela preguiça sair, já que meu objetivo agora era ir atrás de comida.

Vesti minha boa e velha camisa branca, que já não era mais tão branca por conta da sujeira, amarrei meu moletom estampado com listras coloridas na cintura e calcei meus tênis. Andei um pouco até o canto do sótão onde haviam algumas caixas empilhadas as arrastei com calma, dando-me a visão de uma pequena porta
que dava acesso a parte de fora da casa, mais especificamente pelos fundos. Era bem estranho, eu sei. Acredito que era por ser uma casa de arquitetura clássica norte-americana, nada pensado caso pessoas como eu quisessem invadir ali. Desci as escadas de metal quase toda enferrujada e sai andando discretamente de lá, tendo a bela visão de um bairro quase nobre na cidade de Daegu. Era um lugar confortável, eu assumo. Algumas casas no estilo daquela e outras na dos padrões sul-coreanos, com alguns estabelecimentos próximos como farmácia, pet shop, açougue, cafeteria...

Ah... a cafeteria...

Parei na frente do local que olhando para cima, tinha a visão do letreiro de font com serifa da cor dourada, indicando o nome do lugar. Seok's Coffee. Sem querer ser exagerado, mas era o meu sonho poder comer um pedaço daquele bolo sabor Red Velvet do expositor. Óbvio que tinham vários outros doces como os cookies, mas aquele bolo eu comeria como se fosse a última comida do mundo. Acho que fiquei um tempo ali parado na frente do local, já que logo fui abordado por alguém.

- Com licença, bom dia - O estranho falou.

- Olá... - Minha fala saiu quase como um sussuro, provavelmente por eu não ter aberto minha boca desde que acordei, a menos que fosse para bocejar.

- O senhor precisa de alguma coisa? Eu notei que você tava parado aqui olhando para os doces.

- Ah.. não... - Neguei timidamente com ajuda de uma das mãos - Eu só estava apreciando a beleza deles, nem tenho dinheiro pra isso - O homem que me abordou era mais alto que eu, parecendo ter por volta de 1,70 para mais. Tinha cabelos loiros tingidos e usava um avental com o mesmo nome estilizado do letreiro da cafeteira, e um pouco mais para cima o nome "Kim Seok Jin" bordado. Ele trabalhava lá e por isso me abordou, deve ter se incomodado com um mal vestido parado na frente da loja.

- Não tem problema, hoje estamos com um lançamento de um novo sabor de cookie e estamos distribuindo amostras grátis. O senhor gostaria? - Arregalei levemente os olhos e novamente neguei, fazendo o rapaz dar uma risada. - Vamos lá, vai realmente perder essa oportunidade? Eu tenho certeza que vai gostar, eu mesmo os preparei.

Antes que eu pudesse abrir a boca, o rapaz de risada contagiante me puxou levemente pelo braço para dentro da cafeteira, fazendo-me querer me enfiar em um buraco pelos olhares recebidos dos clientes. Ele me pediu para que o esperasse ali perto do balcão e entrou nos fundos e eu só tive como reação me encolher e ficar de cabeça baixa. Não estava acostumado com lugares fechados além daquele sótão gelado, e muito menos com pessoas. Jin logo voltou com uma caixa branca pequena, lacrada por um laço de cor dourada.

- Aqui. - Me entregou a caixa e eu peguei, ainda tímido. - Geralmente a gente só dá um para a freguesia, mas você é especial então coloquei três, tá bom? - Ele sorriu gentil.

- Muito obrigado, senhor... - Fiz reverência timidamente.

- De nada. - Assentiu se apoiando no balcão enquanto sorria. - Eu nunca te vi por aqui, é novo na cidade? - Aquela pergunta fez meu coração acelerar dentro do meu peito, não imaginei que ele fosse querer se aprofundar.

- É... uhum, sou sim. Mas você nunca me viu porque mal saio de casa - Disse sem olhar nos olhos dele. - Eu vou indo. Muito obrigado novamente, senhor - Fiz reverência de novo e sai do local apressado enquanto segurava os cookies. Provavelmente deixando o rapaz confuso.

Cheguei na fila do centro de apoio para refugiados da Coreia do Norte, o Hanawon. A fila estava consideravelmente grande, já que alguns refugiados como eu preferiam morar na rua e só ir lá receber a comida. Sou Norte-Coreano e fugi do meu país de origem quando completei meus 19 anos. Cheguei na Coreia do Sul apenas com um pouco de dinheiro, documentos e a roupa do corpo. Nada o suficiente para comprar uma moto, muita comida e muito menos uma casa. Morei por alguns dias nas ruas e procurei comida no lixo antes de achar o Hanawon. Me ofereceram moradia gratuita até eu me estabilizar financeiramente mas eu não aceitei após ouvir boatos de que lá dentro eles maltratavam os refugiados. Eu preferia ficar na rua do que ser tratado igual cachorro, já não bastava o inferno da onde eu fugi. Logo chega minha vez e a funcionária procura meu nome na lista depois de eu entregá-la meu documento. Assim que ela conferiu, fui permitido entrar e andei até o refeitório do lugar, pegando de novo outra fila para pegar a comida. Minha barriga roncou quando minhas narinas se deliciaram com o cheiro do café da manhã de hoje, sopa de Kimchi com Atum. Minha mãe costumava preparar para nós nas manhãs de frio, então só de sentir o cheiro dela me trazia uma memória afetiva muito boa. Lógico que o sabor não era o mesmo, mas só de estar comendo aquilo, só de estar comendo já era uma maravilha. Me servi e procurei um lugar para me sentar, e ali, comi como se nada e ninguém importasse.

Saí do local feliz por estar de barriga cheia, não tinha coisa melhor que aquilo quando se passou dias na rua comendo restos dos outros. Quando estava chegando em casa, foi impossível não notar um grande caminhão parado ali na frente. Alguns homens estavam descarregando móveis e entrando com eles lá dentro. Merda, venderam a casa? pensei. Me espreitei sobre algumas paredes para que não pudesse ser visto e fui para trás da árvore que ficava na lateral da casa, ficando ali para observar. De primeira, reparei que os móveis eram de marcas muito boas. Achei que era impossível algum rico se mudar para aquela casa já que haviam muito melhores por ali. Logo me lembrei que há alguns dias vi uma senhora bem vestida, provavelmente de classe alta conversando com o corretor do lado de fora da casa. Ele a chamava educadamente de Sra. Min. Fiquei despreocupado pois achei que ela não fosse levar aquele lugar a sério. Mas depois de analisar oque meus olhos enxergavam a minha despreocupação foi por água abaixo. Depois de um tempo vi uma limosine preta e grande estacionar atrás do último caminhão. O chofer saiu e abriu a porta traseira.

- Senhor, chegamos - Falou educado e com uma postura de se invejar.

Um rapaz saiu do carro com sua mala e parecia tão distraído que nem notou o chofer perguntado se queria ajuda com a mala, só saiu andando. Vestia uma camisa branca sem mangas e uma calça jeans escura. Seu cabelo preto no tamanho médio e meio bagunçado, dava um grande contraste com sua pele não tão branca. Também usava mini brincos de argolas pratas e alguns anéis nos dedos. Apesar de ser rico, não parecia ser mimado. E eu não pude negar que ele era muito bonito também. O rapaz entrou na casa e o Chofer deu uma última olhada nele antes de voltar para o carro e dar partida.

Continua...

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