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Vagante #1.2

Um glitch repentino ocorreu no início da transmissão. A lente amarelada destacava o homem sobre a pedra: barba crescendo juntamente com o cabelo, olhos pequenos e castanhos, um blusão bege que cobria a camiseta cinzenta e furada no peito; calça marrom dominada pelo barro nos joelhos, um tênis diferente em cada pé onde o calçado esquerdo tinha o número maior que o pé do indivíduo.

A cachoeira que caia atrás emitia um som alto ao bater na água, era como apreciar as cataratas no fim do mundo. Outrora, famintos atraídos caiam no banho de espuma que os esperava a metros abaixo.

A câmera posicionou-se enfim, enquadrando o entrevistado que desviou do seu olhar da câmera para quem a segurava.

– Eu só...

– Só precisa responder umas perguntas. Coisa simples.

– Certo. - ajeitou a blusa, seguido de uma fungada.

– Vamos pelo básico. Seu nome?

– Brian Fillers.

– De onde você é?

– Virgínia. Cresci lá.

– E para onde vai?

– Eu não sei. - dá um sorri lateral. – Estava esperando que me dissesse isso.

– Por quê?

– Bem, vendo o que você tem - aponta para uma direção não enquadrada na câmera. – e as coisas que faz, deve ter rodado por um bom tempo aí fora.

– Mais ou menos isso.

Brian apoia as mãos no cabo do taco de golfe fincado na terra, batuca os dedos na base.

– O que te incomoda?

– Como?

– É nítido. - ela diz. – Parece estar procurando algo, ou alguém.

O entrevistado baixa a cabeça com um sorriso, logo concordando com sua fala.

– Eu me perdi.

– Estão longe?

– Talvez. Já tem um tempo. Foi um grupo. Aconteceu e... Perdemos tudo. Nesse meio tempo tentando achá-los, me pergunto se vale mesmo a pena tentar me arriscar por algo que não exista mais.

– Eles não morreram, Brian.

A câmera dá um zoom em seu rosto.

– A esperança não é mais a mesma.

Um corte repentino leva para a continuação do diálogo:

– Deixei de tê-la há um tempo. Enquanto a você? - joga a pergunta.

– Não estou desse lado da câmera.

– O que importa? Podemos saber um do outro. Quer dizer, o que te impede? Uma tela?

– Isso é sobre você.

– Não, é mais sobre você. Faz isso porque era o que fazia e acredita que ainda vale a pena, eu entendo. Mas por baixo de tantas histórias, você acaba perdendo a sua.

– Faz sentido.

– Então me diga, Althea, o que te motiva?

– Isto.

Brain dá um sorriso debochado.

– Acredita mesmo que alguém assistirá?

– Um dia. Droga, estou respondendo agora. - ambos riem. – Volta pra você. O que vai fazer quando encontrá-los?

– Sobreviver. - a responde com o cenho franzido. – Estive com eles desde o começo e pretendo que permaneça assim. - baixa a cabeça, suspira pesado. – É estranho, não acha?

– O quê?

– Tudo acaba e só temos uns aos outros. Sempre foi assim, só precisávamos de um acorde. Infelizmente. Um ano. Já faz um ano.

– Foi bem depressa.

– Foi, sim. Quando dei por mim, já tinha se tornado banal matar os mortos. E saiba de uma coisa, não era problema pra mim nem no começo.

– Por quê?

– Eu era um ladrão. - abre um sorriso. – Não que me orgulhe disso hoje, mas fiz coisas ruins. Coisas que hoje são mais frequentes. E talvez isso tenha me preparado para o agora. Sabe, quando eu ando por aí, tento extrair o melhor das coisas daqui de fora. 

– E há?

Brain abre os braços e olha o redor.

– Tudo isto aqui agora, Al. - olha para a queda da água atrás de si. – Aprecie as pequenas coisas, porque quando menos espera, não tem mais nada. E você ainda está vivo, então, isso é um bônus.

A fita corta numa transição travada onde a pergunta é feita:

– Acha que tudo isso te mudou?

– Eu tenho certeza. Se o meu eu estivesse aqui agora, não reconheceria a si mesmo. - apoiou o cotovelo direito no joelho. – Acredito que isso tenha nos afetado de uma forma relativa.

– Como?

– Pra mim não foi um problema o mundo ir a merda. Só lamento que ele teve de ir pra que as pessoas se tocassem de uma vez. Posso dizer que me ajudou e muito.

– Você diz isso, então vivia sozinho, não?

– Como eu disse, de uma forma relativa. Você tinha?

– Não quero falar disso.

– Não precisa. - tira o cotovelo sobre o joelho e junta as mãos, entrelaçando os dedos. – As pessoas perdem umas às outras, acontece. Sinto muito.

– Obrigada.

Corte.

– Volta e meia, me lembro dos nomes das pessoas que passaram na minha vida e que realmente tiveram significado. Cito-os pra saber que não estou sozinho.

– Quais são?

– Sério?

– Pode falar. Eu digo os meus.

– Certo. - espreme as mãos. – Minha mãe Violet, meu pai Steven, Zack, Jack, Cassie, Ana e Léo. Amigos e familiares. Amigos de verdade.

– Jesse. - Brian ergue o olhar junto a sobrancelha. – Tem muita coisa sobre mim. Disso eu ainda não esqueci.

– Isso é bom. Eu queria ter tido mais tempo com eles. Mostrar que realmente gostava de estar ali com uma garantia de ombro amigo. - cruza os braços e olha para o lado. – Zack, o rapaz que mencionei, encontrei-o quando voltei pra casa. Estava morto.

– Sinto muito... Por que não me disse antes?

– Não sei. - passa o polegar no canto do lábio. – Acho que eu queria preservar a visão que tive dele quando vivo, só pra esquecer o que vi lá. Pois toda vez que lembro, me vem a impressão de estar procurando por mortos. É difícil.

A filmagem é acelerada no dobro da velocidade e para.

– Por que roubava? Era sempre por dinheiro?

– Deixou de ser. Às vezes fazia só pra saber que ainda estava aqui. Eu não tinha um lugar, não tinha pessoas pra me confortar ou uma esposa a quem pudesse sempre contar. As pessoas que mencionei, foi uma pequena fração do que tive de família. Perdi meus pais muito cedo, mas ainda puderam fazer muito por mim antes de irem, e... Não quero justificar os meus atos pelo passado, tá? Não quero me fazer de vítima.

– Compreendo. Continue.

– Roubar era um esporte. Só isso.

– Machucou pessoas? Disse que fez coisas ruins.

– Eu tinha uma postura de cão bravo, mas era necessário nessas horas. - sorri. – Eu assaltava com uma Airsoft tingida. Lembro que no meu primeiro roubo, esqueci de pintar o cano e o caixa percebeu. Ele correu atrás de mim pelo quarteirão inteiro com um taco de bilhar. - a moça ri com o comentário. – Tenho as marcas ainda. Peguei dois anos. As câmeras nos filmaram, motivo de risadas no tribunal. As coisas ruins, foram o medo que eu provocava e as coisas que tirava das pessoas... Não eram só objetos. Quando as coisas saíam do esperado, eu acabava por matar. A arma não era real, então tinha de ser no mano a mano. Assaltava idosos, mulheres com crianças... Sentia nojo de mim depois que fazia. E ainda sim, continuava. - fixa o olhar no chão.

O grunhido de um zumbi distante interrompe a filmagem, fazendo o homem levantar erguendo o taco de golfe em mãos. A câmera vai ao chão e logo ouvesse um suspiro de alívio. A filmadora é apanhada e o cambaleante à 10 metros é enquadrado na tela.

– A correnteza o leva. - afirma a jornalista.

Feito e dito. O morto enrosca as pernas nos galhos das profundezas, a força da água o impulsiona para a queda da cachoeira. Seu grunhir é imperceptível em meio o monte da água corrente no local.

– Tudo bem? - pergunta a ela.

– Tudo.

Brian fecha o visor da câmera em suas mãos, parando o vídeo. Sentado na escada traseira do furgão, ele desvia o olhar para Althea que surge entre as árvores guardando sua lâmina.

– Vou querer uma cópia desta fita. - a retira do slot.

– Sério?

– Não é toda hora que posso apreciar minha beleza.

– Não mesmo. - sorri, puxa a mochila de dentro do blindado. – Mas acho que não vai ter uma tv funcionado pra assistir.

– Eu sei. Posso?

– Tá.

Quando feita, Brian aprontou-se devidamente, pondo sua mochila de volta nas costas. Antes que seguisse, olhou para o furgão mais uma vez.

– É uma bela potranca. Tenha cuidado, jornalista.

– Vou ter. Boa sorte, vagante. Espero que os encontre.

Ele assentiu, deixando o lugar com os passos firmes.

O som da água diminuía conforme distanciava-se. Ao subir a estrada, dirigiu-se até a ponte onde pôde dar uma última olhada na cachoeira espumosa. Sorriu de canto, rodou o taco em suas mãos e voltou a andar, seguindo caminho ao leste.


VAGANTE #1.2

Este livro é apenas um bônus para a saga, ela não interfere na narrativa principal nem nada parecido. É um "websódio" por assim dizer.

Ainda sim, mostra que nosso querido ladrão está vivo e curtindo a vida adoidado.

3ª temporada de Era Zumbi tá vindo.

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