New age
Setembro de 1992
Jimin's POV
Jungkook completaria vinte anos em setembro, porém não conseguimos comemorar na data, estávamos em meio ao caos da busca por um novo apartamento e depois a mudança aconteceu, então a comemoração se resumiu a um bolinho e um parabéns no antigo apartamento em que ele morava com Taehyung, mas não era como se Jeon gostasse de festa ou coisas grandes, apenas eu que sentia que ele merecia um pouco mais.
Na nossa primeira semana no novo apartamento, eu comprei um presente para Jungkook, foi uma guitarra nova, na cor rosa porque ela tinha me chamado muito atenção, e ele amou, ficou todo empolgado, mas depois preocupado, porque sabia que não tinha sido algo barato, porém graças ao meu dinheiro guardada, pude dar um presentinho um pouco mais caro para ele.
Fiz um jantar especial para nós dois após aquilo, e Yoongi não estava em casa naquele dia, pois tinha saído com Hoseok, eles haviam se reaproximado durante o jantar em meu apartamento como imaginei que aconteceria, isso me deixou muito feliz, pois Yoon era um cara bem sozinho, ele não dizia nada em voz alta, mas eu sabia que ele sentia falta dos velhos tempos e de ter vários amigos para lhe fazer companhia.
E bem, a saída de Yoongi deixou o apartamento livre para Jungkook e eu comemorarmos o seu aniversário, eu não era nenhum exímio cozinheiro, mas consegui improvisar bastante, porém sinceramente, acho que Jeon elogiaria minha comida mesmo que tivesse ficado uma porcaria, eu ficava surpreso com sua habilidade que conseguir comer qualquer coisa e ainda repetir o prato.
Nossa pequena comemoração pode ir para um lado mais íntimo também, afinal estávamos sozinhos, tanto que naquele segundo, Jungkook e eu nos víamos emaranhados em meio aos lençóis da nossa cama, talvez nossas respirações ofegantes pudessem ser ouvidas até mesmo no decorrer do corredor da casa, mas agora tínhamos privacidade o suficiente para não nos importar mais com isso.
— M-mais rápido... — Pedi após uma série de arfares, tendo a mão de Jungkook em volta do meu membro, massageando a pele febril com os dedos, me estimulando.
Jungkook estava em cima de mim, acomodado entre minhas pernas e beijando meu pescoço, enquanto masturbava minha ereção com sua mão livre. Já eu, embaixo dele, escorregava minhas unhas pelas suas costas nuas, me vendo numa completa bagunça de gemidos e ofegos, minha pele suava, a temperatura parecia escaldante, e a única coisa que eu conseguia pensar naquele instante é que gozaria com seus toques pela segunda vez na noite.
As coisas começaram a esquentar um pouco mais na sala, onde tive os lábios de Jungkook me tocando intimamente mais uma vez, e como já era de praxe, eu não aguentava muito tempo depois de sentir o calor de sua boca, me desmanchei completamente dentro de sua cavidade bucal após aquilo, e sem ar, eu agarrei seu tronco e pedi para que fossemos para o nosso quarto.
Ali, foi a minha vez de tomá-lo entre meus lábios, na verdade eu mal sabia o que fazer, porém Jungkook foi me guiando aos poucos, pedindo para ter calma e ir suavemente, sem usar os dentes e sem se afobar, pois não iria querer ficar me engastando. Fazer aquilo nele me deu uma satisfação descomunal, a qual eu nem sabia que sentiria, porém também me deixou muito tímido, eu sentia minhas bochechas pegando fogo enquanto lhe chupava, não consegui olhar para ele durante o ato, mas obtive respostas positivas através de sua voz e seus gemidos.
E agora, novamente meu rosto queimava, porém dessa vez era de calor e prazer, seguíamos bagunçando os lençóis sobre o colchão, nossas roupas estavam jogadas de qualquer jeito pelo chão do quarto, e nossos corpos se aninhavam e se entregavam um ao outro. Eu sabia que iríamos cruzar uma nova linha naquela noite, e eu queria muito aquilo.
— Jungkook... — Chamei, com a voz rouca e ofegante.
— Sim? — Meu namorado perguntou, elevando seu rosto que ainda estava no vão do meu pescoço para me olhar.
— Pega ali na gaveta. — Falei, apontando para a mesinha de cabeceira.
Não precisei colocar mais informações naquela frase para que Jungkook compreendesse, havia um lubrificante e camisinhas dentro da gaveta da mesa de cabeceira, as quais tínhamos comprado alguns dias antes. Logo ele entregou o lubrificante em minhas mãos e deixou os preservativos de lado, mudando de posição para que tudo fosse feito.
Fiquei meio sem ação quando o vi se colocar de quatro sobre a cama, mal sabia para onde olhar ou como começar, mas Jungkook sempre me dava a confiança que eu precisava, ele fazia o clima se tornar mais confortável, eu só precisava ir em frente, deixar meus receios de lado, e dar-lhe o que ele queria naquele momento, porque eu não precisava me importar com minha falta de experiência, Jeon também não se importava com aquilo.
Com o dedo melado de lubrificante, eu o inseri em seu interior, sendo rapidamente apertado pela sua entrada, que pulsava contra meu dígito, me fazendo suspirar desejo ao imaginar o que eu sentiria quando estivesse dentro dele. Jungkook ofegava e gemia baixinho contra o travesseiro, me guiando conforme o seu desconforto passava e ele se via mais confortável para aumentar a velocidade.
— Isso! — Jeon expressou, rebolando devagar contra meus dedos. — Mais rápido, amor...
— Assim? — Questionei, estocando meus dígitos com um pouco mais de velocidade, escutando Jungkook gemer manhoso quando acertei no pontinho certo.
Sem dúvida fiquei hipnotizado pela forma como seus quadris começaram a requebrar em minha direção, sentia meu membro pesando de tanta excitação, mas negligenciei minha própria ereção naquele instante, Jungkook era quem teria toda a minha atenção, e assim foi. Meus dedos buscavam por espaço naquele orifício apertado com calma, massageando as paredes febris devagar, o escutando chamar meu nome em resposta.
Jungkook conseguia transformar o meu nome na palavra mais erótica possível quando gemia daquele jeito, eu via minha pele arrepiando quando ele fazia isso, mas não tanto quanto a dele, que se eriçava cada vez que eu ia mais fundo, alcançando todas as suas sensibilidades, fazendo seu falo vazar pré-sêmen contra o nosso lençol, que já estava ficando tão molhado quando seu interior.
Realmente exagerei no lubrificando, morrendo de medo de acabar lhe machucando, mas Jungkook sempre fazia questão de mostrar verbalmente como estava se sentindo, me deixando ciente de que aquilo estava gostoso para ele, e eu me sentia orgulhoso daquilo, de estar dando prazer ao meu parceiro, estar o fazendo se sentir tão bem quando ele fazia eu me sentir.
— Preciso sentir você... — A voz necessitada de Jungkook proferiu, fazendo meu corpo estremecer em ansiedade.
Uma nova posição foi escolhida, dessa vez eu fiquei sentado, e Jungkook veio para o meu colo. Seu corpo quente tornou o meu tão febril quanto, ainda mais quando me beijou com intensidade, sugando meus lábios e usando sua língua para passear por dentro de minha boca, me fazendo revirar os olhos de prazer com aquele ósculo, Jeon realmente sabia como me deixar sem ar com seus beijos.
Eu estava tomado pelo frenesi e pela luxúria, mas quando nosso beijo foi cortado e os olhos de Jungkook se conectaram aos meus, um novo suspiro deixou os meus lábios, porque aquele momento era tão íntimo, e Jeon parecia tão bonito com suas bochechas avermelhadas e o cabelo bagunçado, sem contar aquele brilho intenso em suas íris, eu só conseguia sentir amor.
Tanto que não aguentei, precisei trazer ele para mais um beijo, que veio ainda mais sedento e molhado, causando estalos, o fazendo rebolar sobre meu colo. Eu não sabia se Jungkook estava sentindo as coisas na mesma intensidade que eu, mas talvez eu devesse ter lhe dito o quanto eu estava apaixonado pelo nosso momento, apaixonado por ele, pelo seu corpo, por nós dois e pela nossa sintonia.
— Está tudo bem? — Perguntei ao quebrar o beijo, acariciando sua bochecha.
— Sim, meu anjo... — Jeon respondeu rapidamente, sorrindo para mim. — E com você?
— Estou maravilhosamente bem. — Brinquei, o fazendo soltar uma risadinha curta.
Após mais um breve selinho, a camisinha foi colocada, e eu me senti nervoso mais uma vez, não quis demostrar, estava cansado de sempre parecer tão inseguro com tudo, mas sabia que Jungkook podia compreender os meus sinais, ele me lia melhor do que qualquer pessoa, e quando eu me vi temendo fazer tudo errado mais uma vez, encontrei os olhos de Jeon me observando, e sorrindo quando começamos a nos conectar enfim.
Ele foi se sentando sobre meu colo devagar, se acostumando aos poucos com aquele volume o invadindo, enquanto respirávamos pesado em conjunto. Não sei bem como descrever a sensação de estar dentro dele pela primeira vez, achei que iria derreter completamente na mesma hora, meu corpo tremeu e se arrepiou com o quão quente e apertado poderia ser, e ele me acolheu tão bem.
Precisamos ficar um tempinho parados, para Jungkook se acostumar e também para eu ter certeza que não chegaria a um ápice precocemente, pois o sentir me comprimindo e trazendo mais calor realmente agitou minhas sensibilidades. E quando enfim Jeon começou a se mover, segurei com força os seus quadris, precisando buscar por algum apoio pois sentia que iria vacilar a qualquer instante, de tão mole e cálido que meu corpo estava.
Era difícil expressar as coisas que aconteciam dentro da minha mente naquele segundo, me sentia tão vulnerável e entregue, mas ao mesmo tempo tão ousado e lascivo, era intenso, charmoso e sensual, e o seu corpo pescava toda a minha atenção, não somente pela forma deliciosa como seus quadris dançavam sobre mim, mas cada detalhe nele prendia os meus olhares. Jungkook era perfeito aos meus olhos.
— Você gosta assim, amor? — Ele expressou, sorrindo ladino.
— A-aham... — Murmurei, sem fôlego, suspirando pesado.
Quando ele acelerou as coisas e começou a subir e descer em meu colo com mais velocidade, acho que vi estrelinhas no céu do nosso quarto, Jungkook realmente sabia como usar todos os seus atributos para me deixar louquinho por ele, e assim fez, recebendo muitos gemidos meus como resposta para cada um dos seus novos movimentos.
Minhas mãos já estavam em sua cintura quando ele mudou um pouco nossa posição, elevando um pouco a sua pélvis e ficando propriamente de joelhos sobre o colchão, ainda com cada perna de um lado do meu quadril, assim elevando seu corpo e podendo apoiar seus cotovelos sobre meus ombros, para assim mudar um pouquinho o ângulo das estocadas.
A posição foi perfeita para eu dar uma atenção extra aos seus mamilos, que estavam rentes ao meu rosto, levei minha boca até lá, chupando as aureolas até as sentir endurecendo contra minha língua, me fazendo ouvir novos gemidos tão prazerosos de serem escutados saindo pelos seus lábios. Tanto que o vi jogar a cabeça para trás, agarrando os meus cabelos e diminuindo a velocidade que mantinha para que eu conseguisse tocar-lhe melhor.
Uma de minhas mãos deixaram sua cintura nesse instante, e foram em direção ao seu pau, que estava preso entre nossos corpos, assim pude ritmar os movimentos da minha destra com suas sentadas, massageando a carne endurecida sobre meus dedos, escutando ele avisar que estava se aproximando do seu limite, porém um pouco tarde demais, pois bastou algumas estocadas para o meu peito e a minha mão serem manchados de branco.
— Jiminie... — Meu nome soou de forma rouca em sua voz, enquanto eu ainda movimentava minha mão na mesma velocidade, para que ele aproveitasse até o finzinho das sensações.
Desde o começo eu sabia que não conseguiria aguentar muito tempo, estava sendo estimulado de tantas maneiras que foi até impressionante saber que aguentei todos aqueles minutos, afinal, a todo momento eu sentia o orgasmo vindo com força, mas consegui manter até aquele instante, quando vi Jungkook gozar sobre meus dedos, esse foi o estopim para eu vir também, porém em seu interior.
Se eu já estava me sentindo sensível antes, nesse momento achei que poderia desmaiar, meu corpo inteiro tremeu e se arrepiou quando as ondas de prazer mais fortes vieram, e Jungkook me beijou, nos fazendo compartilhar gemidos abafados contra a boca do outro, e tudo enquanto eu sentia sua entrada pulsando prazerosamente contra meu membro.
Talvez ele estivesse fazendo de propósito para me estimular, ou fosse apenas uma reação involuntária do seu corpo em meio a um ápice, mas o motivo não importava, teve êxito em me fazer achar que teria um orgasmo múltiplo, ainda mais quando ele voltou a rebolar sobre mim, enquanto continuávamos trocando um beijo calmo, porém tão ardente quanto qualquer outro.
— Jimin... — Jeon chamou, assim que distanciamos nossos lábios.
— Estou ouvindo. — Afirmei, abrindo minhas pálpebras e enxergando seu belo rosto em frente ao meu.
— Eu te amo. — Suas palavras vieram com força, atingindo meu coraçãozinho apaixonado por ele profundamente.
— E-eu... — Gaguejei, surpreso e feliz pela declaração ao mesmo tempo, minhas bochechas saltaram com o grande sorriso que foi estampado em meu rosto instantes depois. — Eu também te amo.
Jungkook me mostrou mais um dos seus lindos sorrisos, e segurou meu rosto, nos levando para um novo beijo, que mesmo se mantendo carinhoso como os demais que tínhamos trocado naquela noite, aquele voltou a trazer o sentimentos de cumplicidade e delicadeza dos nossos primeiros, porque foi bem lento, detalhado, queríamos sentir o sabor um do outro com calma, apreciando cada segundo.
Quando minhas costas voltaram a sentir os lençóis da nossa cama naquela noite, um novo preservativo estava entre os dedos de Jungkook e o que eu usava anteriormente já estava dentro da cestinha de lixo. Novamente nossas respirações ofegantes se mesclavam com o beijo intenso que trocávamos, minhas mãos passeavam pelo seu corpo despido, e eu me contorcia sentindo seus dedos passando pela minha entrada pela primeira vez.
Eu estava por baixo novamente, mas de uma forma diferente, e isso me deixava muito ansioso, porque eu queria o sentir dessa forma, meu interior vibrava apenas por imaginar o que viria em seguida, ainda mais o vendo tão duro por mim novamente, porém aquela não deixava de ser a minha primeira vez, e eu ainda não era alguém super seguro sobre o meu corpo ou minha sensualidade, mesmo que Jeon sempre me enchesse de elogios.
— Vira de lado pra mim, amor? — Jeon questionou de repente, me deixando um pouco confuso.
— Assim? — Perguntei, me deitando de lado na cama, sentindo ele se colocar atrás de mim.
De primeira eu não entendi porque a escolha daquela posição, mas quando senti ele me abraçando por trás, beijando minha nuca e abraçando minha cintura, eu entendi melhor, Jungkook sabia que eu ainda ficava super inseguro e envergonhado em momentos íntimos assim, por isso escolheu posições onde eu não precisaria me expor tanto, e assim, o leve carinho que era feito sobre minha entrada se tornou uma penetração, arrancando suspiros de mim.
Sequer me lembro de vê-lo colocando o lubrificante nos dedos, mas Jungkook era ágil e rápido, e também, eu tinha passado a maior parte do tempo com as pálpebras fechadas, apreciando seus toques em meus pontos erógenos, seus beijos em meu pescoço, sua língua traçando caminhos pelo meu peito e suas unhas arranhando minha pele sensível.
Ele afastou minhas nádegas para ter um contato mais direto, expondo minha intimida aos seus olhos, enquanto eu escondia meu rosto contra o travesseiro pela timidez, não precisar encarar ele durante aquilo deixava as coisas mais confortáveis para mim, sem contar que eu poderia me concentrar mais nas sensações e deixar o acanhamento de lado, mesmo que ainda ficasse bem sem graça quando meus gemidos ganhavam um tom manhoso e alto demais.
Porém Jungkook adorava quando eu perdia o controle, isso o atiçava, e eu sabia bem disso, mesmo ainda não sendo muito ousado para lhe provocar com isso, mas as coisas mudariam bastante futuramente. Acho até engraçado lembrar do quanto eu era inibido e acanhado na cama, quem me vê hoje não imagina...
— Está machucando, Chim? — A voz rouca de Jungkook sussurrou contra meu ouvido.
— Está tudo bem. — Respondi, após mais um suspiro. — É gostoso...
— Quer que eu vá mais rápido? — Indagou, e eu fiquei tão tímido com aquelas perguntas, mas ele precisava saber o que queria e o que estava sentindo, não tinha como adivinhar.
— Sim. — Afirmei, tendo seus movimentos ganhando um pouco mais de rapidez.
Era estranho senti-lo mexer, primeiro porque a sensação era bem nova para mim, e segundo porque mesmo que eu dissesse que era esquisito, ainda sim estava me deixando muito excitado, principalmente ao perceber sua glande roçando contra minha bunda uma vez ou outra, graças a posição em que estávamos, isso me fez jogar o quadril para trás algumas vezes, com o objetivo de provocar e também se o sentir mais.
Dois dedos foram precisos para me preparar, em alguns momentos eu achava desconfortável, em outros eu voltava completamente pro clima e me sentia tão quente, e Jungkook sabia muito bem o que ele estava fazendo, ainda mais quando encostou em minha próstata pela primeira vez, foi intenso e prazeroso, cheguei a agarrar os lençóis e quase rasga-los com puxões, querendo que ele fosse com mais força para que eu pudesse sentir mais.
— J-Jungkook... — Murmurei o nome dele entre gemidos, entreabrindo os lábios e deixando que as sensações que eu sentia fossem traduzidas através daqueles sons.
Jeon continuou naquele ritmo até sentir que estava tudo bem para mim, logo todo o desconforto foi esquecido, e meus quadris rebolavam devagarinho contra seus dedos lubrificados, sentindo a outra mão dele brincando com minha glande, que inchava contra seus dedos, molhando seus dígitos com o líquido que vazava a todo instante, eu estava tão excitado, poderia chegar ao orgasmo a qualquer instante se continuássemos assim, mas quando fechei meus olhos e sentir que viria, meu namorado se afastou, sendo um descarado atrevido ao rir dos meus resmungos após isso.
— Calma, amor... — Jeon sussurrou contra minha orelha. — Você vai gozar sim, mas comigo dentro de você.
— Jeon... — Chamei seu nome, me arrepiando deliciosamente com o tom de sua voz, já sentindo meu pau doer de tanto tempo esperando por mais aquele ápice.
Instantes depois, eu ainda estava na mesma posição, de costas para Jungkook, porém escutando ele rasgar a embalagem do preservativo e colocar o mesmo, fazendo todo aquele nervosismo voltar até mim, ainda mais quando senti seu corpo voltar até o mesmo, seu peito encostou em meu dorso, e sua mão foi até minha coxa, elevando minha perna para lhe dar mais espaço.
Acho que comecei a ficar trêmulo devido ao nervosismo, tinha perdido um pouco do controle em meu corpo naquele segundo, mas Jungkook tratou de me deixar mais relaxado ao me pedir para virar o rosto um pouquinho e beijá-lo. Ter seus lábios juntinhos aos meus era algo que realmente me trazia calma, na maioria das vezes poderia me deixar bem aceso também, mas aquele era um ósculo leve e lento, seu objetivo não era provocar, e sim trazer segurança.
Quando a penetração iniciou foi bem doloroso, eu demorei para me acostumar, pensei em desistir no começo, mas eu fui em frente, o primeiro momento sempre tende a ser o mais difícil, porém tentei seguir todas as dicas de Jungkook me dava, sobre não tencionar os músculos ou meu maxilar, manter os lábios abertos e não forçar nada, seguir somente a minha velocidade e o meu tempo. Deu certo.
Os primeiros movimentos dele foram lentos e preocupados, mas não demorou muito para que eu me sentisse mais confiante para pedir que ele aumentasse a velocidade, ainda era doloroso em alguns momentos, mas eu estava me acostumando com aquele volume abrindo espaço entre minhas paredes internas aos poucos, a sensação me dava tesão.
— Tudo bem, Chim? — Escutei a voz de Jungkook indagar de repente.
— S-sim, tudo. — Respondi num tom quebrado, sentindo ele beijar minhas costas em seguida.
Aquela posição era tão boa, eu me sentia seguro entre seus braços, protegido talvez, tinha seu corpo pulsando e suando contra o meu, sentindo a todo instante a sua respiração quente batendo contra minha nuca, seu coração palpitando com força e os gemidos que fluíam para fora de sua boca, em minha mente nós estávamos a ponto de dissolver um contra o outro e fundimos nossos corpos, de tão próximos que ficamos durante tudo.
Nossos gemidos se espalhavam pelo quarto, enchendo aquele ambiente de sons eróticos, como o de nossas peles se chocando intensamente, uma de suas mãos se firmaram em minha cintura, o fazendo se apoiar ali para ir com um pouco mais de força, mais profundamente, jogando meu corpo para frente, causando um certo sacolejo na cama que a fazia bater contra a parede, o que me fazia ter vontade de rir.
Mas qualquer som de riso que quase escapou pelos meus lábios foram interrompidos pelo meus próprios gemidos, quando Jungkook viu que já tinha liberdade para ir mais rápido, socando forte contra minha entrada, enquanto eu agarrava o lençol mais uma vez, descontando meu prazer ali, sabendo que tanto eu quanto ele nos aproximávamos de mais um ápice.
Sua pele febril roçava contra a pele das minhas costas, ambos úmidas de suor, eriçando meus pelos, ainda mais quando ele começava a beijar e mordiscar meu pescoço, deixando marquinhas em algumas áreas e me provocando nos locais mais sensíveis para mim, sem parar com as investidas de seu quadril, tanto que eu já tinha os olhos revirando de prazer naquele instante.
Meu baixo ventre se revirava, minhas costas arqueavam, e toda vez que eu me concentrava na sensação do pau indo e vindo dentro de mim, mais pré-gozo parecia brotar por minha glande, os gemidos que uma hora eu tentei controlar, agora eram soltos à vontade, com o nome de Jungkook sendo proferido a todo instante, meu membro esquecido clamava por mais atenção, porém fricção dele contra o colchão da cama foi o bastante para me fazer chegar ao limite.
Acabei atingindo o ápice sem precisar ser tocado diretamente, mais algumas estocadas foram necessárias para que meu prazer jorrasse sobre aqueles lençóis mais uma vez, e Jungkook assistiu meu corpo arquear e tremer entre seus braços, continuando a se mover para prolongar minhas sensações, até que ele também chegou em seu limite, não conseguindo se manter naquele ritmo por mais tempo, as minhas reações finais foram o ápice para ele.
Quando nossos corpos se separaram e desabamos exaustos sobre aquela cama, rimos sem motivo, meu corpo ainda estava eletrizado e sensível, eu sentia que ainda podia sentir seus toques em toda parte, e mesmo cansado, tinha vontade de repetir tudo de novo.
{...}
— Estive pensando numa coisa. — Jungkook comentou, levando minha atenção até ele.
Ainda era a mesma noite da nossa primeira vez, a madrugada havia chegado rápido, e nós tínhamos tomado um banho e retornado até a cama, agora estávamos ali curtindo a companhia um do outro, embaixo das nossas cobertas, ainda despidos, comigo quase adormecendo sobre seu peito, enquanto Jungkook parecia estar sem sono algum.
— O quê? — Indaguei, olhando para cima.
— Eu sei que a banda não é algo profissional ainda, fazemos mais por entretenimento, mesmo que seja rentável. — Ele começou a explicar. — Mas eu quero que seja mais do que isso.
— Onda está querendo chegar? — Perguntei meio confuso, mas desconfiando do que poderia ser.
— Vou sugerir aos demais membros uma coisa... — Disse, sorrindo de lado. — Temos várias músicas autorais, deveríamos gravar nossas composições, registrar tudo, como o nome da banda, e quem sabe ganhar uma grana com isso.
— Eu acho uma ótima ideia. — Afirmei, também sorrindo. — Poderiam vender suas músicas nos shows da boate também, várias vezes ouvi as pessoas elogiando as canções originais e perguntando se tinha alguma demo ou fita para comprar.
— Sim, isso é ótimo. — Jungkook expressou animado.
Foi o início de uma nova era para o grupo, e também em nossas vidas, pois a gente não fazia ideia de para onde aquela decisão iria acabar nos levando. É engraçado e amedrontador saber o quanto uma decisão pode mudar tudo, um passo a frente consegue ser o melhor ou o pior de sua vida, e Jungkook e seu grupo não faziam ideia de onde aquele degrau os levaria, mas felizmente, eles tomaram a melhor decisão.
— Você pensa em viver da sua música? — Eu perguntei curioso.
— Em alguns momentos sim, em outros eu fico pensando que deveria ir logo para faculdade e escolher alguma profissão mais "segura", entende? — Jungkook confessou. — O mercado da música é instável, é muito concorrido e difícil se manter, não quero sentir que estou perdendo meu tempo correndo atrás de uma coisa que nunca vai estar em minhas mãos.
— Olha, eu entendo que temos que colocar os pés no chão, sermos responsáveis e realistas o suficiente para não se perder num mundo de sonhos, mas também acho que devemos nos permitir ser otimistas e confiarmos na nossa autenticidade e talento, algo que você tem de sobra, amor. — Falei rapidamente. — Então, se você quiser tentar uma carreira musical, saiba que eu vou estar aqui para te apoiar.
— Sei disso, meu lindo. — Disse, acariciando meus cabelos. — Falando em sonhos, às vezes parece até irreal estar vivendo tudo isso com você, saber que estou tendo aquele tipo de relacionamento amoroso que eu sempre achei que demoraria para acontecer em minha vida, ou que nem aconteceria... — Suspirou, sorrindo carinhosamente. — É maravilhoso ter você em minha vida de novo, ainda como meu melhor amigo, e um namorado incrível.
— Tem vezes que eu realmente fico com medo de que seja realmente isso, somente um sonho, e que logo vou despertar e me ver novamente naquela realidade, onde eu ficava dentro de uma concha, com medo de tudo e de todos. — Declarei, também soltando um suspiro. — Mas aí você me olha com esses olhos carinhos e me beija, fazendo eu ter certeza de que é tudo tão real quanto eu possa imaginar.
— Você mudaria alguma coisa desde que nos reencontramos? — Questionou, arqueando as sobrancelhas.
— Eu teria te mostrado desde o começo que estava ao seu lado para o que desse e viesse, não deixaria espaços abertos para inseguranças. — Respondi em seguida. — Mas de resto, acho que as coisas acontecerem da maneira que tinham que acontecer, aprendemos bastante, evoluímos e nos reconectamos.
— Acho que nem a parte da insegurança eu mudaria. — Falou, me fazendo olhá-lo desentendido. — Uma coisa que eu aprendi na vida é que nada é feito somente de sentimentos bons, a gente passa pelos ruins e aprende com eles, eu sei que eu ainda tenho muitas inseguranças, mas eu vejo a minha evolução e fico feliz.
— Concordo, é bom conhecermos os opostos dentro de nós e saber utilizá-los da melhor forma, encontrar o equilíbrio de tudo. — Expressei em seguida. — Fico feliz de saber que você sente que está se tornando mais confiante em relação a várias coisas.
— Digo o mesmo sobre você, amor. — Proferiu por fim, antes de me abraçar forte novamente, alinhando nossos corpos sobre a cama.
Lutar contra os monstros dentro de sua própria mente é difícil, ainda mais quando você os alimentou por tanto tempo, uma batalha constante acabava acontecendo, e foi árduo, intrigante, cansativo e confuso às vezes, porém nessa constante evolução de autoconfiança e auto-aprendizado, Jungkook e eu saímos vencedores.
~♥~
Oie ❤
Não consegui postar ontem, gente T^T
Mas hoje aqui está o cap, irra!
Dois capítulos para o final agora hehehe
Até o próximo ^u^
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