87. Jungkook
⊰ Parte 2 ⊱
Ela se mexe novamente. Dessa vez, tira meu braço da sua cintura e vira para o outro lado, ficando de costas para mim.
Dahyun não é de ficar se remexendo na cama quando dorme, mas essa madrugada foi foda. Acordei umas cinco vezes para checar se estava bem, preocupado com sua temperatura. Já ela, dormia profundamente, encolhida no meio das cobertas.
Sento com cuidado para não acordá-la e me espreguiço. O sol fraquinho passa pelas cortinas brancas, clareando o quarto. Estendo o braço para alcançar meu celular em cima da cômoda e olho o horário; são onze horas da manhã. Sogrinha Eun, já deve ter chegado...
Devolvo o celular ao mesmo lugar e deito mais próximo da garota. Apoio a cabeça em seu ombro. Alguns fios de cabelo caem sobre seus olhos, a boca rosadinha e delicada está entreaberta. Ela é perfeita até dormindo.
— Amor — chamo, distribuindo beijinhos pela sua bochecha. — Acorda, amorzinho.
Ela murmura um "não" e cobre a cabeça com a coberta. Vai ser difícil.
Meu olhar cai sobre o mural de desenhos na parede, do lado contrário. Em especial, naquele da árvore com as iniciais do seu nome e a do Jimin dentro de um coração. Mordo o lábio. Eu ainda fico incomodado com isso, mas o tal parque parece ser bem bonito.
Lembro da época que minha mãe me levava para passear quando eu adoecia. Era um jeito diferente de me distrair e funcionava. Em menos de três dias, eu estava recuperado e voltava a infernizar a vida dos meus colegas na escola — não era uma criança tão simpática.
Talvez, ela goste da ideia... E eu ainda posso aproveitar para renovar as fotos do meu mural. Preciso apresentar um book junto com a inscrição para faculdade.
Afasto o cobertor de seu rosto e encosto a mão em sua testa, checando a temperatura. Não está tão quente.
— Vem tomar um banho morno para abaixar a febre, Dah — de novo, ela nega. — Nós podemos sair, se quiser... Para aquele parque que você gostava de ir.
Ela abre os olhos. Me encara com um biquinho, pensando na proposta.
— Está bom, me convenceu — sorrio. — Mas não vou lavar o cabelo.
— Certo, vou encher a banheira — aviso, saindo da cama apenas de cueca e pego o celular. — Levanta!
Entro no banheiro e acendo a luz. Apoio o joelho na borda da banheira e giro a torneira de água quente. Checo minhas mensagens e há várias de Taehyung.
piranha da esquina
ei putinha, chamei os meninos pra vir aqui em casa, vem com a sua dona também
faz tempo que nao tem resenha, to em abstinência já
| 21:04 |
eu
Puts, eu to indo pra casa da Dahyun agora...
Ela tá doente, deixa pra outro dia
Se divirtam por nós, beijo na teta lindão
| 21:09 • ✓✓ |
- - - 7 mensagens não lidas - - -
piranha da esquina
deu bolo na gente pra namorar???
não tô gostando dessa versão fiel, Jeon
seu cachorro
| 21:09 |
piranha da esquina
tá perdendo mo festao, otário
ah, e o Yoongi tá contando seus podre pro Jimin, deveria dar um chutão no cu dele
| 00:37 |
piranha da esquina
na real, eu q vou enfiar um rojão nesses fdp
| 00:42 |
piranha da esquina
cara, tava meio bebado
briguei com a Yerim e ela me deu um tapa
to triste, me abraça pfvr
| 02:22 |
piranha da esquina
esquece, ela tá de tpm
sexo e um chocolate resolveu
aprende comigo, só sucesso fi 😎🤝
| 03:19 |
piranha da esquina
as mensagens tão chegando....
você nunca fica tanto tempo sem olhar....
tá juntinho com a Dahyun....
hmm, sinto cheiro de transa, Jeon Jungkook
| 08:55 |
Rio. Que idiota, não tem o que fazer.
piranha da esquina
acertei, né? ae caralho, voa mlk
quase seis meses só na mão e nos sites educacionais, parabéns soldado!
to emocionado, eles crescem tao rápido 😭
| 09:03 |
Na próxima vez que a Yerim estiver assim, vou falar para ela bater com mais força.
Nem respondo e largo o celular em cima da pia. Desligo a válvula após atingir o limite, evitando que transborde. Chamo minha namorada e não recebo nenhuma resposta.
Teimosa...
Volto para o quarto e ela continua no mesmo lugar, cochilando. Pulo na cama e a assusto.
— Porra, Jungkook! — reclama, coçando os olhos. — Como você é chato.
— Falei para ir levantando, Dahyun! Vem logo ou vai esfriar mais tarde.
— Estou com preguiça, Jungoo — boceja, e depois espirra.
Imagino se será desse jeito depois que a gente casar. Ela age igual uma criancinha, vou ter que cuidar muito bem da minha baixinha.
— Quer que eu te leve? — ela assente, feliz pela pergunta. — Acho que peguei pesado ontem... Não está conseguindo andar, amor?
E o tapa veio, junto de um xingamento. É sempre assim, não sei porque eu provoco.
Fico em pé ao lado da cama, esperando. A garota vem andando com os joelhos até a minha frente. Não evito sorrir malicioso por conta de nossas posições. Ela parece perceber, pois desvia o olhar do volume natural dentro da minha box.
Deve estar curiosa para provar. Não a julgo, eu também estou e muito.
Seguro sua cintura — por cima do tecido da minha camisa que vesti nela durante a madrugada para não passar frio — e a ergo, facilmente. As pernas rodeiam meu quadril e as mãos pousam ao redor do meu pescoço, ajudando a sustentar seu corpo.
— Você parece um bebê — ela ri.
Carrego-a por pouquíssimos passos e a solto no centro do banheiro. Levanto seus braços, um de cada vez, e puxo a camisa para cima. Aproveito para prender seu cabelo num coque meio desajeitado para não molhar o cabelo, conforme pediu.
— Prontinho! Vai, preguiçosa — dou um tapinha em sua coxa.
Dahyun afunda os dois pés na água e senta lentamente. Se acomoda melhor e pende a cabeça para trás, fechando os olhos. A visão é extremamente excitante e gostosa. Ela suspira e diz estar "incrível".
— Pensei em fazermos um piquenique lá, seria legal... Toma banho e eu preparo uns lanches.
— Jungkook! — grita, quando já estou prestes a sair. Viro para encará-la. — Você não vai ficar aqui comigo?
Sorrio com a pergunta. Já havia pensado nessa possibilidade, mas preferi não incomodar com minhas piadinhas maliciosas. Mas, considerando o quanto Dahyun me surpreendeu ontem, a "insegurança" deve ter ido para o ralo há tempos.
— Quer que eu fique mesmo? — ela faz um joinha, sorrindo sapeca. Safada.
Pego o celular da pia e coloco Daddy Issues para tocar. Fecho a porta do banheiro e deslizo a barra da cueca para baixo — seus olhos acompanham cada movimento que faço. Ela se afasta para frente, dando espaço para eu me sentar. E realmente, a água está quentinha na medida certa.
Relaxo os músculos antes de a garota recostar sobre o meu peitoral. Moldo sua cintura fina com uma mão, a outra acaricia seus seios rapidamente, descendo para a barriga.
— Por que colocou essa? — refere-se ao som. — É triste.
É uma das minhas músicas preferidas. Talvez, por eu me identificar tanto.
— Tem um significado importante por trás.
Massageio seus ombros, apertando com certa força. Ela grunhe baixo. Encho a curvatura de seu pescoço de beijos, cantarolando a música. Noto as duas bolotas arroxeadas, resultados de uma noite que não esquecerei tão depressa.
— Sabe, ontem foi um dia especial para mim — começo. — Senti como se estivesse tendo minha primeira vez de novo, mas com a pessoa certa...
Sexo, no meu ponto de vista, era algo banal, uma distração. Não envolvia sentimento, fazia apenas por prazer. Porém, com a Dahyun, foram diferentes sensações — coisas que eu nunca havia presenciado antes. O mundo poderia acabar a nossa volta e eu não me importaria, continuaria amando cada pequeno detalhe seu.
— Para mim, também — sorri. — Sua primeira vez não foi boa, Jungoo?
— Péssima — faço uma careta, recordando. — Aconteceu quando ela quis e eu não estava exatamente pronto. Não sabia o que fazer direito.
No começo do nosso namoro, a Amber demonstrava muito afeto por mim. Eu gostava, pois me sentia bem. Provavelmente, a real intenção era me convencer aos poucos a levá-la para cama. Admito que já pensava em como seria, mas queria ter escolhido o momento certo. Foi cedo demais, rápido demais, sem paixão, só uma transa.
E o Jeon Jungkook de 15 anos, bobinho e inocente, caiu nas conversinhas da namorada.
— Bom, uma coisa é certeza — ri, ensaboando os braços. — Desde aquela época, teve tempo para aprender o que fazer.
— Pode-se dizer que sim... Mas você não viu nada ainda, amor — digo, rente ao seu ouvido, dando um mordidinha no lóbulo de sua orelha em seguida.
Dahyun tomba a cabeça para o lado e me olha com um sorriso ladino. Ela troca de posição apressada, ficando de joelhos entre minhas pernas. Os olhos checam todo o meu corpo descaradamente. Uma mão passeia pelo meu abdômen, traçando a unha até meu queixo. A outra, está apoiada sobre a minha coxa, apertando-a propositalmente e ativando o meu primeiro estágio de excitação.
O momento combina perfeitamente com Earned It que inicia a tocar.
Ela sabe o que está fazendo. Sabe que eu sou facilmente manipulado por gracinhas e usa isso a seu favor. Estou achando que nós temos muito em comum quando se trata de controle.
— Eu te machuquei ontem, né? — toca as nítidas marcas de arranhões que vão desde o meu ombro, até perto do meio das costas. — Desculpa, bebê.
Doeu, confesso. Mas é uma dor suportável e que me deixou milhares de vezes mais motivado.
— Tudo bem, linda. Eu entendo, também gosto disso.
— De ser machucado? — pergunta, confusa.
— De machucar — pisco. Ela demonstra gostar da declaração.
Realmente, é um dia de muitas descobertas...
Dahyun se inclina por cima da mim e segura minha nuca, aproximando mais nossos rostos. Ela brinca, descendo e depositando selinhos por meu pescoço molhado. Mordo o lábio quando alisa a extensão do meu membro — já duro pelas provocações.
— Baixinha — tento impedir, mas ela cola nossas bocas com desespero. — Sua mãe... — falo entre o beijo — acho que ela deve ter chegado...
O que é verdade. Das outras duas vezes que passei a noite aqui enquanto sogrinha Eun estava trabalhando, ela chegou cedo. Por estar cansada, dorme até mais tarde.
A garota nos afasta um pouco e faz um biquinho, irritada.
— Por que você insiste em quebrar o clima, Jeon?
— A culpa não é minha que você está igual um coelho no cio! — dá um tapa no meu braço e murmura um "olha quem fala".
Rio e enlaço sua cintura, a fazendo sentar sobre minhas coxas. Nossas intimidades se encostam levemente — estremeço pelo toque. Dahyun cruza os braços, emburrada.
— Meu amor, você geme alto, sabia? Mas eu amo te escutar... E lógico que ainda vou me aproveitar muito de você — beijo sua bochecha e ela reprime um sorrisinho. — Só vamos devagar, não quero estragar nada.
— Pare de pensar que vai estragar alguma coisa, Jungoo — enrola as pontas da minha franja úmida no dedo. — O que eu sinto por você não vai mudar nunca, seu tonto.
Sorrio pelo jeito fofo que falou.
— Está bem, vamos combinar uma coisa! Se você se cuidar direitinho e melhorar em dois dias, te deixo abusar o quanto quiser de mim no próximo final de semana. Que tal?
Ao ouvir as palavras "abusar" e "o quanto quiser", seu sorriso se alarga. Ela balança a cabeça, concordando e promete estar recuperada do resfriado até lá. Chantagem com sexo funciona mesmo... Os conselhos do Taehyung não são tão ruins, afinal.
— Pervertida — jogo água em seu rosto.
— Jungkook! — esbraveja. Faz uma conchinha com as mãos, enche-a e derrama no meu cabelo.
Não consigo segurar a risada quando iniciamos uma guerrinha de água, tacando um na cara do outro. Seguro seu pulso a impedindo de continuar e lhe dou um selinho rápido.
— Chega de enrolação, amor. Vai primeiro, sua toalha está ali — aponto para o pendurador do banheiro. — Cuidado para não escorregar, o piso está molhado.
Ela obedece sem contestar e sai da banheira, não sem antes me puxar para um último beijo demorado. Assisto-a se secar brevemente e enrolar a toalha em volta do corpo para se trocar no quarto. Uma brisa fria entra no cômodo assim que abre a porta.
Escorrego as costas, me deitando mais e mergulho a cabeça debaixo da água morna. Fecho os olhos, pensando em como tudo isso parece um sonho. Um sonho longo em que estou me idealizando com uma vida normal e deixando minhas paranoias no passado. Ou melhor, tentando deixá-las.
Volto para cima ao sentir o ar se desvaindo dos meus pulmões. Chacoalho o cabelo, espalhando pingos nos azulejos.
— Amor — me chama, parada na entrada do banheiro apenas com roupas íntimas. — Você não vem?
É. Eu devo estar sonhando...
ᴛ ᴇ x ᴛ ᴍ ᴇ
— Coloca a máscara, Dah — peço, com a mão na maçaneta, pronto para sair. — Na teoria, você ainda está doente — ela bufa e revira os olhos.
Dahyun demorou três anos para se arrumar. Tive tempo suficiente de preparar uma mochila com várias opções de comidas para nós. E, conforme o que já havia dito antes, sua mãe chegou do plantão no hospital e foi direto para o quarto dormir. Enquanto eu fazia uns lanches para levarmos, ela desceu para tomar um copo d'água.
Não quero nem imaginar o quanto ia ser constrangedor se ela tivesse nos escutado transando. Mal começamos a namorar e minha ficha ia sujar. Que lindo, Jeon.
— Eu não gosto, incomoda.
— Vou colocar também, sua chatinha — tiro a mesma do bolso da calça e mostro. — Não faça birra ou vai ficar sem me tocar no final de semana.
Novamente, minha chantagem dá certo. A garota veste a máscara descartável branca e sai de casa batendo pé. Prevejo suas vinganças e as torturas que vou sofrer depois.
Antes de irmos para o parque, passamos na minha casa para buscar a câmera. Meu pai estava no escritório e fez uma carranca ao me ver com o instrumento. Ele não suporta a ideia de eu não ter vontade de assumir a empresa. Engoli o orgulho e pedi a chave do carro, recebendo um "não" seco.
Namjoon diz que ele sempre nega porque quer me proteger. Uma piada, eu diria.
Acabamos indo a pé e a Dahyun disse que foi melhor para respirar ar puro. Em menos de 15 minutos, chegamos. O nome do local, Hankug, estampado com letras grandes sobre os portões, chama minha atenção. Nunca tive interesse de o visitar.
Hoje é um daqueles dias bonitos, mas que poucas pessoas dão valor. Friozinho, acompanhado de um sol fraco no céu que quase não faz diferença — típico do outono. Gosto de sair quando o tempo está assim.
Dahyun me guia pelas pequenas ruas de pedras. Por ser domingo, há muitas pessoas passeando com suas famílias, fazendo exercícios e andando de bicicleta. O lugar é tão agradável, que traz um sentimento de paz para o meu coração.
Nós vamos parar de um lado vazio do parque, numa parte que é coberta por árvores grandes e lotadas de flores prestes a cair, fora das ruinhas para pedestres. Tem uma ponte vermelha por cima de um laguinho. É como um jardim escondido. Minha namorada tira os tênis e leva-os na mão, pisando diretamente na grama. Sigo-a até uma cerejeira enorme que já está perdendo suas flores rosadas.
Pego a toalha de mesa da mochila e estendo no chão. Somos os únicos aqui. Dahyun continua a andar, indo em frente a uma árvore menor e mais acabada em comparação ao resto, próxima da que estou embaixo.
Ando até ela e vejo o que encara no tronco. É igual ao desenho. Um coração meio torto com a sua inicial e a de Jimin.
— Sinto falta daquela época... Eu era tão feliz — ri. — Crescer é uma merda.
Engraçado... Isso era o que eu mais desejava por achar que seria livre.
— Mas você é feliz agora, não é? Feliz comigo? — ela me abraça. Os bracinhos curtos rodeiam minha cintura.
— Claro que sim! Jamais vou me arrepender de ter escolhido ficar com você — apoia o queixo no meu peito, me olhando de baixo. — Eu te amo, Jungkook.
Acho que é impossível medir o tamanho do meu amor pela Dahyun. Chega a ser algo surreal para mim mesmo. Cada dia que passa, eu me apaixono mais e mais.
— Eu também te amo, baixinha — me inclino para beijar sua testa. — Está com fome? — ela assente. — Ótimo! Peguei muita comida.
— Você me conhece tão bem, que lindo! — segura minha mão e vai saltitando em direção à cerejeira.
Não é fácil namorar um dragãozinho faminto.
ᴛ ᴇ x ᴛ ᴍ ᴇ
Duas horas conseguiram passar na velocidade da luz. Nesse período, nós comemos os lanches que eu fiz e brigamos pelos morangos mais bonitos. E óbvio que cedi os meus para ela. Dahyun me ajudou a fotografar os pontos do parque que observei serem os melhores — tive que ensiná-la a fazer corretamente. Aproveitei para tirar fotos dela distraída, mas fui repreendido.
Ela não entende que fica linda de qualquer ângulo.
Ficamos um bom tempo deitados na toalha, olhando para o céu e rindo das nuvens. Fazia anos que eu não parava para inventar formas para elas. Porém, já esperava a hora que minha garota iniciaria as gracinhas. Até em público ela não se mantém na linha, eu realmente vou sofrer.
Consegui fugir de suas mãos bobas, quando vi uns gansos dentro do laguinho e veio na minha mente a brilhante ideia de alimentá-los com pão. Tinha tudo para dar certo, porém eles não se alegraram. O resultado foi eu e Dahyun correndo de dois bichos selvagens, grasnando e nos expulsando para longe do lago.
Eu prometi que iria protegê-la caso desse errado, mas, na hora, não lembrei que eles tinham tantos dentes. Gritei mais que ela. Nota mental: não tentar dar comida para gansos de novo.
— Amor, tenho que levar você para casa cedo, vai ficar frio logo — aliso seu cabelo, sentindo o cheirinho de flores.
Pude descobrir diversas coisas sobre a Dahyun de ontem para hoje. A principal delas, é que ela age igual um bebê carente. Tipo agora, que fez questão deitar em cima de mim para receber cafuné.
— Mas você é quentinho — fala num sussurro.
— Podemos ficar deitados e abraçadinhos no seu quarto. À noite, eu vou embora, pode ser?
Ela apoia as mãos no meu peitoral para erguer o corpo. Sentada sobre mim, me olha com cara de tédio.
— Sim — boceja. Aposto que está caindo de sono.
Ajudo ela a levantar e calçar os tênis. Arrumo tudo; guardo a toalha, os potes vazios dos lanches e as embalagens vazias de salgadinho na mochila. Dahyun tira algumas fotos aleatórias com a minha câmera, esperando.
— Ei, topa uma corrida até a saída? — a desafio. — Ah, esquece... Você está cansada — provoco.
— Não estou, aceito! — responde, animada. — Você vai comer poeira, meu caro.
Rio irônico.
— Veremos, minha cara. No três! — aviso, me preparando para dar o impulso. — Um, doi...
E ela trapaceia na cara dura. Sai disparada na minha frente e eu vou atrás, rindo da tentativa falha dela de me vencer. Eu tenho histórico de atleta, perderá feio.
As árvores balançam levemente com o vento fraco, e o sol reflete em meus olhos. Ela vira para me olhar e mostra a língua.
Este dia ficará guardado na minha memória num lugar especial, para eu lembrar quando precisar me alegrar. Um dia em que eu não tive que me importar com nada, só com a garota que sou perdidamente apaixonado.
Dahyun conseguiu me curar. Tocou em todas as minhas feridas e curou-as lentamente, me deixando cada vez mais caidinho. Eu sempre acreditarei naquela teoria, ninguém nunca irá me fazer mudar de ideia; nossos caminhos já estavam traçados. Toda a dor que suportei, serviu para encontrar ela. A garota que eu amo, a garota que eu daria a minha própria vida sem pensar duas vezes.
Não me arrependo de nada. Faria tudo novamente se fosse preciso. Um novo Jungkook, melhor e mais responsável, vai se esforçar até o final para dar certo.
Eu sei que ainda teremos muitos anos de história, estrelinha.
• ♡︎ •
parte 1 putariah, parte dois boiolice, amou
sentiro minha falta? eu senti de vocês 😭. nao sei como vou sobreviver quando acabar de verdade. só me resta chorar
foi o último pov do jeikei, galerinha. ainda vai rolar mamada e afinsKJSKKJD porém, só no cap bônus, sofram aí
(aliás, text me também ganhou em segundo lugar num concurso, orgulhor# ✊)
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