se obrigue
Vejo-o sorrir...
Meus olhos curiosos, tão agraciados pela bela visão, metamorfoseiam a cada nuance. Ora satisfeito, ora duvidoso.
É uma pequena curva, a princípio, e carrega a leveza de uma pluma. A face é suave, sustentada pelas linhas de algodão tecidas abaixo da pele. Tão bonita.
Sorris.
Às vezes é apenas uma linha farta, de cantinhos repuxados, a parte inferior um tanto mais carnuda. Simples e encantadora. Uma covinha de leve depressão afunda a bochecha direita e uma centelha mansa dança no fundo da íris acuada. Tu não escondes nada.
Às vezes é uma hipérbole exagerada. Pontas puxadas para o topo e uma bela abertura de dentes à mostra. Ofusca e cativa. Esmaga as pálpebras. Teu riso sinestésico gera som, melodia... dó ré mi, mesmo quando em imagem estática. Maleável, exprime felicidade nas ruguinhas formadas sobre a ponte do nariz. Nunca se cansa, nunca murcha. Meu favorito.
E sorris.
Raro, um pouco triste, humano. Neutro e sem alegria, breve e preocupado, não aparece comumente. Divide o holofote com lágrimas enclausuradas. Elas o pressionam para baixo. É mais um reflexo do que qualquer outra coisa. Externa a dor, tenta tranquilizar ao mesmo tempo. Me dói na alma.
Sorris um pouco mais...
Por costume, por obrigação? Tu transpareces uma facilidade em ser interpretado, contudo, pergunto-me se estou errada. Posso estar. Devo estar.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro