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I.

olá olá, como estamos?

fazia um longo tempo que eu não desenvolvia uma longfic. sério, eu me sinto orgulhosa ashuash iniciar e conseguir terminar uma história é muito complicado, as vezes a gente desiste na metade do caminho, mas nessa eu tive inspiração pra ela do início ao fim! então, espero mesmo que vocês gostem <3

novas tags da história serão adicionadas com o passar dos capítulos.

também estou publicando sem capa porque ela não está pronta e eu estava ansiosa TT mas logo logo ela chega <3

é isso! boa leitura!

Um suspiro pesado e um revirar de olhos era o suficiente para todos saberem exatamente o que se passava: Jungkook, o príncipe, estava entediado.

O que era completamente estranho sendo que estava acontecendo uma guerra lá fora. Naquele exato momento.

- Espero que eles consigam mantê-los fora do nosso território... - uma idosa murmurou para ninguém em especial. Haviam duas garotinhas em seu colo que a olharam confusa. - Não podemos deixar esses bárbaros entrarem em nossa casa.

- Eles já entraram. Por que você acha que estamos aqui? - o ômega resmungou. Ele estava tão cheio daquele lugar mal cheiroso e escuro. Para alguém de sua classe, isso poderia ser realmente uma falta de respeito. Mas os bárbaros atacaram de surpresa, pegando todos desprevenidos, e o único local mais próximo e "seguro" para colocá-los era em algum porão escuro do castelo.

- Não entraram. Estão apenas "batendo na porta". Eles teriam vindo resgatá-lo caso contrário - outra voz. Dessa vez, uma mais jovem. Era um dos seus poucos colegas no castelo, Jimin. - Mas você não precisa se preocupar com isso. Daremos nossa vida por você se for necessário, Jungkook - as palavras de Jimin pareceram trazer a confirmação de todos encolhidos naquele lugar. O barulho de confirmação vinha baixo pela situação, mas estava lá, firme e sincero. - Apenas espere um pouco mais.

Não era exagero. Cada membro que vivia no castelo ou em suas redondezas daria a vida pelo príncipe. Eles nunca tiveram que chegar tão longe, mostrando seu desejo de outras formas, como respeitando o fato de que o ômega era um pouquinho difícil de lidar.

Era uma prova de sua lealdade e respeito e gratidão. Afinal, não tinha sido a primeira vez que os bárbaros atacaram.

Eles já tinham vencido uma vez, dizimando praticamente todos os guerreiros do reino. Foram os pais de Jungkook, que partiram em uma jornada anos antes, já calculando que seriam eliminados em um futuro próximo, que conseguiram chegar no momento certo e reviver as vidas perdidas através de mágica pura, fazendo com que conseguissem vencer a guerra. Entretanto, o custo de usar uma mágica como aquela foi condenar suas vidas à morte, e dar esterilidade àqueles guerreiros que foram salvos.

Pela vitória, todos eles não se importaram. E sabendo do fato de que os pais de Jungkook pagaram um preço muito maior, eles usavam do seu filho para conseguirem agradecer seus bravos atos.

Jungkook bufou, levantando-se. Aquilo já o estava agoniando.

- Bem, que seja. Eu estou saindo - ele ignorou o pedido do amigo, já passando a caminhar entre os corpos sentados no chão. Alguns deles levantaram no mesmo instante para impedi-lo. - Nem tentem me impedir! Eu ainda sou o príncipe, e eu farei o que quero fazer!

- Jungkook, por favor, é arriscado sair lá fora. Não sabemos a situação ainda - um outro amigo. Namjoon parecia sensato em suas palavras, mas o que entrava em um ouvido do ômega, saia pelo outro.

- Eu verei e voltarei para avisá-los - parecia uma ótima ideia na cabeça dele. Isso deixou todos ainda mais nervosos. Eles conheciam bem o príncipe, e sabiam que quando ele colocava algo na cabeça, não tirava enquanto não o fizesse. - Esperem por mim aqui - Jungkook ordenou com a voz forte, mas rapidamente amoleceu, parecendo envergonhado. - Por favor.

Jungkook caminhou em direção a porta, sabendo da multidão indecisa atrás dele. Estava trancada por dentro, então ele não teve problemas em abrir a porta, pairando do lado de fora apenas para verificar rapidamente. Assim que viu tudo limpo, voltou-se ao povo.

- Fechem a porta. Nem pensem em me seguir!

Então ele saiu caminhando para longe dali, inspirando profundamente. Era bom sentir o ar limpo e fresco. Isso deu a ele algum tipo de calma e coragem que não tivera antes. Estavam praticamente no fundo do castelo, então ele calmamente subiu diversas escadas para chegar no topo do castelo, onde as janelas permitiam olhar lá fora.

O príncipe chegou ao topo um pouco cansado, mas não se deixou abalar. Então, corajosamente, ele foi até uma das janelas, olhando para além dos portões, onde a guerra acontecia.

De longe, os corpos pequenos se chocavam, o tilintar das espadas podiam ser ouvido bem ao longe, como um prenúncio do sangue e das batalhas. Um arrepio ruim percorreu a coluna de Jungkook, e ele quase quis dizer aos guerreiros para voltarem para o castelo. Mas não podia ser feito. Eles eram a única coisa que impedia os bárbaros de avançarem mais.

Queria notícias, queria informações. Quem estava vencendo? Eles teriam alguma chance?

Ele levou um susto quando de repente o barulho de passos estavam atrás dele. Muitos passos.

Por um instante, ele achou que os portões do castelo realmente tinham sido abertos.

Mas então, pouco a pouco, alguns rostos conhecidos que estavam dentro do porão surgiram. Jungkook revirou os olhos, pronto para brigar com eles quando outras duas imagens apareceram.

Seus olhos castanhos brilharam. Seu coração acelerou também, parecendo esperar por esse momento há um bom tempo.

- Jungkook, você continua teimoso como sempre - a voz grossa e rouca foi ouvida, o tom de repreensão como se falasse como uma criança saliente. Jungkook nem se importava. Ele já estava feliz por estar ouvindo a voz do alfa. - Por que você sairia da segurança do porão para ficar tão exposto no castelo?

O ômega não respondeu, apenas admirando em silêncio. Os cabelos pretos, a pouca tez que conseguia ver pelas roupas era como ouro. Os olhos tão pretos quanto as madeixas, as sobrancelhas marcadas e os lábios bonitos. Era uma verdadeira obra prima. Ele nunca tinha visto outra pessoa tão bonita. Quer dizer, mais ou menos, já que-

- Não fale assim com ele, Taehyung. Se ele está aqui fora, certamente tem algum motivo, certo, Kook?

Taehyung era gêmeo. Apesar de parecidos na aparência - com algumas mudanças aqui ou ali, como a cor de cabelo ou as tatuagens de Taehyung -, eram completamente diferentes na essência.

- Thamuz, pare de passar a mão na cabeça dele. Ele não é uma criança - Taehyung reclamou, se aproximando de Jungkook. - Está tendo uma guerra lá fora, e você sabe exatamente o que querem com ela. Você. Então não fique bancando o herói aqui fora quando todos estão dando tudo de si para protegê-lo.

Uau. Taehyung era, de fato, um homem de grandes palavras.

- Quem de vocês disse que eu estava aqui? - Jungkook perguntou para os sete companheiros do porão, esperando uma resposta. A repreensão de Taehyung começou a coçar aquela parte irritante dele.

- Não os culpe por um erro seu.

- Taehyung! - Thamuz o repreendeu, afastando o irmão de Jungkook com força, mas sem de fato ser para machucá-lo. Apenas um aviso para pegar leve. - Já chega disso. Volte para a guarda. Todos vocês, retornem para o porão também. Eu vou levá-lo de volta logo.

Taehyung riu soprado, e os outros facilmente seguiram as ordens para ir ao porão. Quando eles estavam apenas os três, o alfa mais velho levantou uma das sobrancelhas para Taehyung, aguardando ele fazer como solicitado.

- Eu sou quem deve protegê-lo. Não posso simplesmente ir embora agora que sei que ele fica rondando por aí sozinho - o alfa respondeu, parecendo completamente certo de suas palavras. Jungkook ainda observava a questão dos irmãos em silêncio. Ele não perdeu tempo em gravar cada pedacinho do rosto de Taehyung, sabendo que poderia demorar muito para vê-lo novamente.

- Então não seja um idiota - Thamuz o repreendeu. Ele podia ser apenas uns minutos mais velho, mas ainda assim era o mais velho. - Jungkook não precisava carregar um peso nas costas que nunca pediu. Você sabe bem disso.

A face de Taehyung relaxou um pouco, parecendo concordar com as palavras do irmão.

- Ok. Você tem razão - ele suspirou. - E então, Jungkook? Você poderia me contar o que exatamente está fazendo aqui fora?

- Ainda estou aqui, mas serve - o alfa mais velho revirou os olhos, voltando sua atenção para Jungkook. - Está tudo bem, Kook! Pode falar.

- Não direi nada ao rei - Taehyung complementou.

- É claro que não dirá. Você seria apagado algumas horas depois de tamanha traição a mim - o príncipe deu de ombros, mas gostou de ouvir aquilo de Taehyung.

- Não acho que exista algum guerreiro nesse reino que possa, você sabe, fazer algo assim comigo, mas eu entendo seu ponto - Taehyung deixou um riso irônico escapar, olhos atentos quando o ômega começou a caminhar para mais próximo das janelas.

Jungkook engoliu quando sentiu uma mão em seu pulso, e logo ele estava no mesmo lugar de antes em segundos. Ele virou o rosto, preparando sua resposta para um irmão, até perceber que era outro. - Solte-me, Taehyung.

- Você não pode ficar próximo das janelas. Ponto final.

Jungkook bufou, assentindo. Ele quis teimar um pouco mais, talvez fingir que queria realmente ir lá fora para o alfa o segurar. Seria divertido para ele, daria muito material para sua mente usar pelas próximas semanas. Mas em respeito a face cansada de Taehyung e Thamuz, ele não o fez. Provavelmente estavam saindo de alguma parte das lutas apenas para verificar como estava quando seus companheiros de porão os chamaram.

- Eu só queria ver o que estava acontecendo. Quem está vencendo? Temos chance? Quando vamos sair do porão? - ele deixou tudo sair. Taehyung ainda segurava seu pulso, como se não confiasse nele o suficiente para soltar. - Eu quero meu quarto.

- Respondendo suas perguntas... Sim, estamos vencendo. Parece que os guerreiros mais velhos estão lutando duas vezes mais já que sabem que as vidas que possuem não são deles - Thamuz disse, e Jungkook virou para Taehyung a tempos de ver um sorriso de canto em seus lábios.

- Já tiraram a minha vida uma vez, não é? Não posso perdê-la de novo - ele tinha os olhos afiados, convencido de seu potencial. Jungkook jamais duvidaria.

- A equipe médica também está conseguindo tratar os ferimentos mais leves com mágica pura, então não tivemos perdas até agora. Talvez, mas eu não sei ainda. Mas apenas talvez, se os céus estiverem conosco, venceremos a guerra na próxima semana. O inimigo terá que recuar se quiser manter seus mantimentos, ou atacar despreparado. Em ambos os casos, já temos como finalizar tudo - Thamuz concluiu.

O príncipe sentiu os olhos brilharem com as palavras, pensando em sua cama quentinha e em seus livros incompletos. Ele queria muito voltar a sua rotina que estava baseada em fazer coisas que ele gostava, ser irritante e um príncipe politicamente correto nas horas vagas.

- Perfeito! Espero que tudo termine o mais rápido possível e com nenhuma baixa - ele disse.

- Vai terminar. Agora, que tal você voltar para o porão? - o alfa mais novo perguntou, uma das sobrancelhas levantadas.

Jungkook olhou para Thamuz, apenas alguma esperança que ele conseguisse contornar a situação para si. Thamuz era como um irmão mais velho para ele, tratando-o como o caçula que Taehyung nunca o permitiu ter por ter estado sempre envolvido de alguma forma nas guerras, distante demais do carinho fraterno.

- Jungkook, você não deve se aproximar das janelas. Eles não podem ver sua localização de jeito algum. Você entende isso? - Thamuz indagou seriamente, fazendo Jungkook novamente perceber o quão perigoso isso era para ele. A contragosto, concordou. - Certo. Taehyung, leve-o lá fora, mas ainda entre os portões. Jungkook deve ser capaz de ver a situação pelo binóculo de forma segura.

Jungkook se animou instantaneamente. Servia qualquer coisa, ele só queria ficar longe do porão por pelo menos mais alguns minutos.

- Você se dá conta do que está dizendo? - Taehyung parecia atônito. - Não deveria dar atenção a ele.

- Ei, ainda sou seu príncipe! Você deveria me tratar com respeito - o ômega bufou, soltando-se do aperto que Taehyung ainda tinha sobre ele. Agora que fazia isso, o homem parecia sair de um transe estranho, olhando-o de forma amena.

- Eu não estou sendo desrespeitoso com você, alteza - ele ironizou, mas seu tom era fraco demais para parecer realmente ofensivo. - Mas deixá-lo sair do castelo parece ser uma ideia estúpida demais para sua segurança.

- Bem, você vai estar lá. É seu trabalho me proteger. Não é capaz disso?

Jungkook podia ver as palavras correndo pela mente de Taehyung naquele instante, os olhos que o encararam completamente conscientes do desafio - estúpido -, que Jungkook parecia sugerir.

- Eu não sou Thamuz, Jungkook. Seus jogos não funcionam comigo. Vá para o porão - Taehyung ditou, caminhando para longe, parecendo no limite daquelas imposições do príncipe.

Jungkook estava pronto para reclamar, mas Thamuz parou ao seu lado, abrindo um pequeno sorriso acolhedor para ele.

- Vamos esperar ele sair. Eu te levo lá. Mas só por alguns minutos, tudo bem? Tem que voltar logo - Thamuz murmurou, e Jungkook abriu um sorriso grato para ele.

- Ok! Eu farei isso rápido, prometo.

O ômega podia ser irritante as vezes, mas ele não era um ignorante. Ele reconhecia os esforços para com ele quando os via. Suas promessas também eram cumpridas, como era de se esperar de um príncipe. Por isso, Thamuz relaxou visivelmente ao ouvir mencionar a promessa.

O som dos passos na escadaria tinham sumido dentre aqueles segundos, e o alfa desceu com Jungkook pelas escadas consecutivas. Quando chegaram no terraço, Jungkook já podia ouvir muito ao longe o som da guerra. Parecia assustador de verdade. Ele agradecia por não ter que estar lá, ou pelas crianças estarem seguras no castelo agora, e ainda mais por nenhum guerreiro do reino ter perdido a vida.

As grandes portas foram abertas parcialmente, e Thamuz guiou Jungkook até o binóculo entre uma das frechas do portão gigantesco. Jungkook olhou para os lados, apenas procurando Taehyung para ter certeza que não levaria uma bronca, voltando sua atenção para o binóculo. Então, ele olhou.

A guerra em seu mais frio toque.

Não podia ver tudo, muito menos exatamente o que acontecia, já que a ampliação era baixa, mas o que percebia, ainda era triste. O movimento das espadas, ou alguns guerreiros correndo. Haviam aves carniceiras no chão, procurando, assim como no céu, sobrevoando o lugar onde tanto sangue era derramado.

- Que triste - sua voz saiu fraca, afastando-se do binóculo. - Você tem certeza que isso vai acabar logo? - o príncipe perguntou, o coração acelerado pela dor de ver aqueles que faziam parte de seu reino tão machucados pela guerra.

- Jungkook, não sinta tristeza. Lutamos por você. Se você está seguro, é a motivação que precisamos para continuar. E a guerra terminará antes do que imagina. Taehyung tem sido excepcional. Estamos mais preparados do que antes, também. Então todos os ventos sopram a nosso favor agora.

Jungkook suspirou, aliviado. Era bom ouvir palavras reconfortantes, mesmo que a guerra ainda acontecesse.

- Agora, volte para o porão, certo? Preciso voltar para a ala médica. Há sempre novos feridos chegando.

- Tudo bem. Eu voltarei. Fique seguro - Jungkook acenou para Thamuz, dando-lhe as costas no momento que ele abria apenas o suficiente de um portão menor e responsável por saídas avulsas, seguindo em direção a grande porta da qual tinha saído.

Assim que ele entrou e fechou a porta atrás de si, sentiu um vento frio em suas costas, um arrepio horrível em sua coluna.

Foram segundos assustadores em que virou para trás apenas para enxergar olhos vermelhos e espadas que pingavam o verde, veneno com a qual os bárbaros eliminaram tantos guerreiros na primeira grande guerra; as lâminas em formato de X, prontas para tirar dele seu bem mais importante: a vida.

- Taehyung- - foi a única palavra que lhe veio a mente, um sussurro fraco e medroso ao enxergar a morte.

Era automático. Para tudo, Jungkook o chamaria. Taehyung era seu guarda pessoal, a quem seu avô, o atual rei, denominou para proteger o mais novo desde que viu seu potencial. E isso já faziam anos, talvez cinco desde a última guerra.

Eles não eram próximos como Thamuz e Jungkook, mas Taehyung ainda estava lá para ele em muitos momentos que Jungkook pensou que não estaria. Quer dizer, Taehyung é seu guarda, para protegê-lo quando estivesse em perigo, apenas. Mas Jungkook dificilmente estava caso não acontece situações avulsas ou guerras literais, como a atual, diferente de Thamuz, que como seu médico, tinha que vê-lo mais vezes que o normal, já que a saúde de Jungkook era um pouco fraca em algumas temporadas do ano.

Então Taehyung não precisava estar com ele o tempo todo. E mesmo assim, ele estaria. Indiferente, distante as vezes, mas ainda presente. Era engraçado para Jungkook o fato de que teve que se apaixonar justamente por ele, quando Thamuz era aquele que sempre lhe deu atenção e esteve próximo. Mas o coração quer o que ele quer.

Seus olhos fecharam, esperando a dor. Pelo menos seria rápido. Ele não gostaria de agonizar até morrer. Talvez encontrasse seus pais. Não parecia de todo ruim. Se ele apenas fosse- não. Ele não podia. Ele precisava ficar pelo bem do seu reino agora.

Seus olhos abriram de repente, pegando o exato momento em que as espadas esverdeadas caiam no chão, o sangue vermelho que escorria da boca daquele bárbaro antes que caísse com o corpo oco no chão.

Taehyung estava atrás dele, espada suja do sangue do inimigo. Sua expressão era cinzenta, difícil de decifrar. Mas Jungkook jurou ter visto um vislumbre de desespero em suas orbes, como se pensasse ter chegado tarde demais.

Quando Taehyung o olhou, Jungkook se preparou para suas palavras. Ele deveria estar tão irritado. Sua atitude estúpida quase o matou. Ele literalmente poderia estar morto agora se não fosse por Taehyung.

- Eu sinto muito- - Jungkook tratou de dizer, sabendo que o erro tinha sido unicamente seu. Mesmo Thamuz só o fez para deixá-lo feliz. Nenhum dos dois enxergou o pior como o alfa mais novo o fez. - Eu não deveria ter saído-

Sua boca se calou quando ele ouviu o som da espada de Taehyung caindo no chão, e em seguida, o corpo de Taehyung contra o dele. Taehyung o estava abraçando.

- Eu achei que não chegaria a tempo. Foi tudo tão rápido - Taehyung começou a falar, parecendo atordoado. Seus braços apertaram Jungkook ainda mais. - E se eu realmente tivesse ido para a linha de frente? E se eu não tivesse ficado? Jungkook, isso é tão sério! Poderia ter sido uma tragédia irremediável.

O ômega sabia que sim. Ele ficou em silêncio, olhos fechados, apenas aproveitando o abraço, mesmo que o trauma do momento ainda não tivesse passado. Mas Taehyung era bom em acalmá-lo mesmo que não estivesse tentando fazer isso - ou pelo menos, pensava assim.

- Desculpe - Jungkook murmurou novamente, abraçando o alfa agora, saindo do torpor do susto. O cheiro de laranja que fluía do alfa era bom e lhe trazia ótimas sensações. Estar com ele era acolhedor. - Eu tive que ser teimoso. Como sempre - sua voz era cheia de remorso para consigo.

- Se eu não soubesse que é, não teria ficado. Ser teimoso salvou você dessa vez - Taehyung deixou um riso fraco escapar, afastando-se minimamente apenas para tocar Jungkook nas bochechas. Isso fez o estômago de Jungkook apertar, suas orelhas ficando vermelhas. - Jungkook, eu entendo que queira sair, e que esteja entediado, mas ainda há uma guerra lá fora. Não posso equilibrar as duas partes. Mas só consigo ir a guerra quando sei que você está seguro, e o porão é esse meio agora. É por isso que precisa estar lá. Por favor, não faça mais isso, não se coloque em risco assim.

Jungkook sentiu vontade de chorar, mas engoliu essa vontade, apenas assentindo o melhor que podia com as mãos em seu rosto. Taehyung pareceu satisfeito com isso.

- Vou levá-lo de volta até lá.

Taehyung se afastou, e Jungkook rapidamente sentiu falta do seu toque. Ele o seguiu silenciosamente antes de resolver indagar.

- O que era ele?

- Assassinos. Usam de algum pedaço da magia pura para conseguirem se teletransportar por alguns segundos. Ele provavelmente estava do lado de fora, esperando o portão ser aberto. É por isso que os portões não devem ser abertos. É por isso que eles não podem vê-lo pela janela. Chegar até você seria fácil - Taehyung explicou, e Jungkook engoliu em seco. - Muito perigosos. Surgiram recentemente. São poucos, mas você viu o que apenas um é capaz de fazer.

Jungkook não poderia discordar.

Assim que chegaram na entrada do porão, o ômega retesou. É certo que ele realmente não pretendia mais teimar - por um tempo -, mas entrar naquele lugar de novo ainda era horrível.

- Jungkook... - o alfa estava pronto para cobrar sua responsabilidade, mas Jungkook bufou antes, levantando as mãos em desistência. - Mantenha o que aconteceu entre nós. Todos estão preocupados demais com a guerra, se souberem do risco que você passou, ficarão desesperados. Isso não é o que precisamos. Você entende isso?

- Eu compreendo - Jungkook murmurou. - A propósito, obrigado por... Por salvar minha vida. Você não teria tido culpa se não estivesse lá, eu tinha sido um idiota.

- É claro, você realmente foi - Taehyung disse simplesmente, cheio de serenidade, e Jungkook só conseguiu abrir os lábios, querendo falar mas simplesmente sem palavras. - Até mais, mantenha-se seguro.

Jungkook revirou os olhos, batendo levemente na porta após dizer seu nome, notando-a ser aberta em segundos. Ele entrou no lugar, dando uma última olhada para trás apenas para ver se Taehyung já teria lhe dado as costas.

Para o bem de seu fraco coração, Taehyung ainda estava lá até a porta fechar.

primeiras impressões? 😭😭

a história já está concluída hahaha então dependendo do andamento, eu posso ir publicando mais capítulos pela semana

até mais <3

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