71 - RECEBEMOS UM SINAL DE SOCORRO
Imediatamente Bruno e Lucas amarram ele com uma corda amarela de alpinista, e o colocam trancado dentro do banheiro.
─ Eu jurava que essa porta estava com defeito, não estava fechando. ─ Maria fervendo a água, ela vai colocar macarrão no fogo.
─ Com defeito, sei! ─ Bruno foi até ela e cochichou, ao se aproximar do fogo... ─ PESSOAL! Eu acho que já sei como testar se é mesmo o Severino ou se é um monstro, mas precisamos estar preparados para matar a coisa caso seja uma copia dele!
Enquanto isso, no corpo de bombeiros da cidade de Itatiaia.
─ Capitão, com licença. ─ um bombeiro entra na sala.
─ O que foi Pedro? Você está pálido.
─ Capitão, recebemos um pedido de SOS em código morse, enviei meus homens para lá e eles me informaram agora que a única estrada que leva para o local está interditada, uma rocha enorme rolou das montanhas e destruiu a passagem, e mesmo se não a tivesse destruído, eles não teriam como se aproximar pois tem um furacão cercando todo o Parque Nacional de Itatiaia! ─ ele parece tenso ao dar a noticia.
─ Você só pode estar de brincadeira comigo! Código morse? Furacão? ─ ele pega um binóculo e vai saindo de sua sala, o cabo o acompanha. ─ De onde exatamente veio o pedido de socorro?
─ Da torre do centro de pesquisas cientificas do Pico das Agulhas Negras, senhor.
─ Venha comigo, vou te mostrar que isso não passa de uma piada de mal gosto! ─ o Capitão sobe uma escada caracol enorme, que leva até o teto do prédio.
Chegando no teto, ele sobe uma escada até encima de uma caixa d'água de cimento enorme.
─ Mas que porra é essa?! ─ eles nem precisaram do binóculo, dá para ver ao longe aquele tornado magnífico e poderoso. ─ Isso é muito estranho ele está cercando todo o parque, não pode ser natural! A natureza não age assim! ─ observando com o seu binóculo.
─ Senhor, existem pessoas vivas na montanha precisando da gente, o que faremos?!
─ Nós somos muito mal equipados, não estamos preparados para isto! Me ligue com o comando geral do Oeste, agora cabo. ─ ele não consegue tirar os olhos do gigantesco tornado.
─ O senhor diz... ligar para o alto comando das forças armadas?
─ Sim, eu já estou descendo logo atrás de você.
No Abrigo Rebolças.
─ Segurem ele. ─ Bruno, com uma tocha improvisada em um pedaço de madeira.
─ Vocês enlouqueceram?! Pelo amor de deus, não façam isso?! ─ o Severino está tentando se debater de todas as formas, tremendo de medo.
─ Tem certeza que dará certo? ─ Lucas, enquanto segura os dois braços do cearense por trás dele.
─ O Marcos descobriu que o fogo destrói estas coisas, ele pediu a Dricka para nos avisar. Ainda bem que ele fez isso, se não o Severino estaria sozinho lá fora agora.
─ Eles ficam na barriga. ─ Maria apontando, com uma garrafa de álcool aberta pronta para tacar encima dele.
─ Vocês piraram mesmo?! Querem me queimar vivo?! SOCORRO! SOCORRO! ─ ele grita desesperadamente.
─ Levantem o casaco e a camisa dele. ─ Bruno preparando-se com a tocha. ─ Mas o que diabos é isso?! ─ ele vê de cara um ferimento circular próximo ao umbigo, está bem inflamado.
─ Isso eu feri na queda cara, eu cai encima de uma arvore e um dos galhos fincou na minha barriga, deve ter ficado algumas farpas, por isso inflamou assim. Vocês precisam me ajudar a fazer um curativo.
─ TSHHHHHHHH! ─ Bruno não pensou duas vezes, meteu a tocha bem no ferimento, já que ele se parecia muito com um tipo de ferroada de uma coisa bem grande.
─ AHHHHHHHH! ─ após gritar por uns três segundos, o Severino desmaia de dor.
─ Coitado! ─ Sonia deitando a cabeça dele no chão com muito cuidado.
─ E aí, o que você acha? ─ Lucas.
─ Se esta coisa não suporta o fogo, ela se manifestaria imediatamente, ele está limpo. Podem soltá-lo. ─ Bruno sai do banheiro, parece estar com remorso pelo que acabou de fazer.
Ele tinha certeza que não era o Severino, mas estava enganado.
─ Vamos coloca-lo em uma das camas, comer um pouco e depois fazemos o curativo nele. ─ Maria, ajudando a carrega-lo por uma das pernas, enquanto Sonia segura a outra e o Lucas o pega pelas costas.
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