60 - SERÁ QUE MORREU?
─ Por... quê?! ─ ele já está com os olhos vermelhos e ficando sem ar, devido aos tentáculos que envolvem o seu pescoço. A sua peixeira ainda está em sua mão direita, mas ele não consegue se mover.
─ Não adianta lutar, relaxa e espera a morte, a morte é só uma passagem para vocês humanos! Em muito breve todos vocês morrerão! ─ Almir abre um sorriso enquanto vê a criatura apertar o corpo dele com os tentáculos.
Nesse momento Maria e Bruno saem correndo de dentro da cabana.
─ Como essa coisa o pegou, se ela estava escondida atrás da porta?! ─ Maria desesperada, vai caminhando lentamente até a criatura com a sua água benzida, pronta para jogar.
─ Ela é muito veloz, subiu pelo teto... ─ ele faz gestos e caras ao falar. ─ ... eu tentei avisa-lo, mas quando consegui abrir a janela que estava emperrada, ele já estava sendo atacado! Eu não pude fazer nada! Só gritar por socorro, mas vocês não escutaram. ─ ele segura forte a madeira.
─ Essa tempestade, está abafando muito o som. ─ Bruno prepara a sua garrafa.
─ Vamos nós três para cima desse demônio! Eu e o Bruno jogamos água benta nela, e você acerta ela com essa madeira! ─ Maria.
─ Ok! ─ ele fecha a cara e vai com fúria para cima do monstro.
A criatura ao vê-los vindo para cima vai tentando fugir, arrastando o corpo do cearense, mas ela parece ter dificuldades de se mover arrastando ele, pois move-se bem lentamente, lembra até o bote de uma anaconda enorme devido ao modo como Almir está imobilizado.
─ Ela quer cair da montanha, ela sabe que assim nós não poderemos ir atrás dela! ─ Bruno ao vê-la seguir reto em direção ao abismo.
─ Demônio, aqui quem te ordena é uma serva de Deus, filha de Deus, no meu sangue corre o sangue dele! Não sou eu quem te ordena, é o próprio criador! Volta para o Inferno! ─ ela joga a água da garrafa certeiro na criatura, mas está tão frio que a água congela e o gelo bate nela e cai no chão, não causando nenhum efeito.
─ Não! Está muito frio, a água congela instantaneamente! ─ Bruno guarda a sua garrafa, e pega um galho de arvore que encontra no chão, ele retira alguns galhos menores e vai junto de Almir tentar matar a criatura antes que ela se jogue da montanha.
─ Toma! ─ Almir acerta uma porrada em cheio na cabeça do cachorro que abre instantaneamente e jorra sangue para tudo que é lado.
─ ARHHHHG! ─ o grito da coisa é sinistro.
─ LARGA ELE! ─ Bruno acerta com todas as forças uma porrada no meio do corpo da coisa, que grita de dor novamente.
─ ARHHHHG! ─ dessa vez ela solta alguns tentáculos, e acerta Almir e o Bruno, os jogando longe.
─ Deixa ele viver! Em nome de Deus pai o todo poderoso! ─ Maria pede a criatura de joelhos, que ao se aproximar do fim da montanha, para e liberta o corpo do cearense, que fica tossindo com a mão esquerda na garganta e a outra ele segura bem firme o seu facão.
─ Isso não é possível! ─ Bruno levantando-se, ele não acredita no que vê.
─ Hun! ─ Almir fica sentado observando a cena, com um sorrisinho sádico na cara.
A criatura então se joga do penhasco.
─ Só Deus opera milagres! ─ Maria olha para o alto e agradece.
Nesse momento dois tentáculos agarram nas pernas do Severino, bem na hora em que ele ia se afastar da beirada. Em questão de segundos, deu para ver todo o seu desespero estampado em seu rosto, enquanto ele caia de bruços e ia sendo puxado. Tudo pareceu ficar em câmera lenta e os dois caem da montanha, desaparecendo na neblina que está com a máxima densidade agora.
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