57 - A QUARTA CRIATURA
Almir é atacado por tentáculos que saem do corpo do animal, a sua barriga se rasga ao meio e de dentro dele, muitos outros tentáculos o envolvem, ele ainda tenta lutar, mas é em vão.
─ HAAAAAAAAAAAAAA! ─ ela grita bem alto de desespero e medo ao ver a cena.
─ Vamos logo, esse grito é da Julha, ela ainda está viva! ─ Severino passando por debaixo de uma pedra imensa, lembra até uma gruta.
─ Não temos armas, como vamos salvá-la? ─ Bruno atravessa a passagem.
─ Temos a água benzida da Maria, cara! ─ Severino mostra a sua garrafa de água.
─ Estamos bem perto agora, só subir aquele caminho por entre as pedras e estaremos no falso pico.
─ Estamos perto da porta para o Inferno! ─ Maria está parada com o braço esticado segurando o lampião elétrico, esperando eles dois. ─ Se for a vontade de Deus, ela se salvará!
─ Não! Era para ser eu! ─ diz enquanto larga a caixa de primeiros socorros no chão, e engatinha em direção a porta velozmente. Antes dela sair correndo, olha bem para o rosto dele e o vê ainda com vida, com os olhos arregalados para ela. Nesse momento a boca dele está tapada pelos tentáculos que envolveram o seu pescoço.
De repente, o corpo dele é puxado pelos pés para dentro da barriga do animal, que se transformou em uma boca enorme, cheia de dentes afiados. Algumas partes do corpo do cachorro ainda estão bem definidas a mostra, como a sua cabeça que está no topo dessa criatura, mas ela parece um fantoche sem vida, que fica se balançando conforme o movimento da barriga do animal, que parece abrigar o corpo verdadeiro do monstro. As suas patas estão espalhadas por varias partes do corpo deformado dele.
─ Fu... ja! ─ ele acaba de falar e seu corpo fica se sacudindo sem vida, conforme a criatura vai engolindo ele. Nesse momento os tentáculos se soltam de seu pescoço e do resto do seu corpo, eles ficam todos se chacoalhando pelo ar, como se o monstro estivesse saboreando a presa.
─ Hó meu Deus! ─ Maria se assusta ao ver um corpo bem na subida da cabana da torre de transmissão. Ele está caído por cima do gelo, encima de uma rocha.
O que assusta nesse corpo, é a forma como parece ter morrido. Sua barriga e peito, parece que foi estourado de dentro para fora. Alem do que se pode ver no próprio corpo do Miguel, há um rastro de sangue saindo deste imenso buraco e indo para um arbusto.
─ O que houve?! ─ o Severino chega nesse momento, seguido de Bruno.
─ Minha nossa! O que terá feito isso com o Miguel?! ─ Bruno se abaixa e fica analisando o corpo, tentando encontrar algo que dê uma pista.
─ Olhem! ─ Severino apontando para o arbusto, onde o rastro termina. Ele foi logo ver onde dava o rastro.
─ Muito estranho! Alguma coisa viva saiu de dentro dele, e seja lá o que for, cresce muito rápido! ─ ele pega um galho que está caído no chão e ergue a membrana branca cheia de sangue congelado. ─ Eu vou guardar isso, pode ser útil um dia contra estas coisas! ─ ele coloca ela no chão por um momento, pega uma garrafa de café enorme que havia dentro de sua mochila, abre-a e a coloca em pé no chão, depois coloca a membrana toda dentro da garrafa e a fecha.
─ Quase não coube ai dentro. ─ Severino.
─ Tem certeza que é seguro ficar andando com essa coisa, dentro da sua mochila?! ─ Maria.
─ Sim, isolada dentro da garrafa e esta sacola, acho que está bem seguro transporta-la.
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