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4 - CHEGANDO NAS MONTANHAS


     ─ Deixa eu te explicar uma coisa, primeiro é cobrado a entrada do pessoal, mais quando sobem conosco não cobram, pois, a cooperativa contribui com um valor mensal ao parque, isso isenta dos nossos passageiros pagarem, a taxa é de onze reais para brasileiros. A outra coisa é que não poderíamos passar de carro por este Complexo Maromba, mas os vigias são meus fechamentos... ─ o motorista da Kombi.


     O motorista parou de falar comigo ao avistar o vigia parado na rua de barro, isso já saindo do complexo, estava sentado em uma cadeira. Ele levantou e colocou-se a frente da Kombi, impedindo a passagem do carro, depois pôs a mão em um caderno e puxou a sua caneta.


     ─ André, fala irmão. ─ colocou a cabeça para fora e cumprimentou o vigia.

     ─ Fala, nem conheci a sua placa. ─ André riu ao ver quem era o motorista. ─ Turista?

     ─ Não, ele vai trabalhar no Palace Hotel, começa hoje e está atrasado para se apresentar.

     ─ Hum! Então está bem, mas seja rápido que o meu chefe está aí hoje.

     ─ Pode deixar, também não posso demorar. Valeu mesmo!

     ─ Hei, boa sorte em trabalhar naquela velharia lá. ─ o tal André falou comigo.

     ─ Obrigado, já que eu não tenho escolha, seja o que Deus quiser! ─ respondi erguendo os ombros e fazendo uma careta.


     Seguimos pela estrada que mais parecia uma trilha, estreita demais para um carro passar, por sorte o motorista parecia conhecer bem a estrada evitando vários buracos e pedras soltas, que poderiam ferrar com o veículo.


     ─ Como ia dizendo... É proibido subir de carro a partir daquele ponto, por tanto já sabe, se um dia quiser descer, terá de caminhar até o Complexo Maromba. É importante saber, só existem duas entradas de carro para o parque, essa do Rio de Janeiro e a outra é a de Minas Gerais, do lado oposto. ─ ele fez sinal com a mão direita, como que estivesse jogando uma isca de peixe com um anzol, indicando com o dedo a direção oposta a nossa. ─ Quando tiver de bobeira, aproveita a natureza, esse lugar aqui é fenomenal!

     ─ Irei sim, valeu pelas informações.


     Por volta de duas horas e meia depois do tempo total de viagem, da minha casa até o Parque Nacional de Itatiaia, a Kombi para no fim daquela estrada de terra estreita, bem diante de uma ponte enorme no alto da montanha. O rio que passava embaixo era grande, e a água com certeza devia estar muito gelada.

     Finalmente estou chegando no local do meu novo trabalho, e confesso que estou muito surpreso por ele ser tão deserto. O frio até que não me assustou não, pois alguns amigos meus me avisaram que este é o local mais frio do Rio de Janeiro e um dos mais frios do Brasil, então tratei de pegar a minha jaqueta e vesti logo.


     ─ Meu amigo, seu nome é? ─ perguntei ao motorista, enquanto ele acionava o mecanismo que abria a porta para eu descer.

     ─ Meu nome é João e o seu?

     ─ Meu nome é Marcos, prazer. ─ apertei a mão dele antes de descer.

     ─ Não esquece que para descer, basta seguir esta trilha voltando, lá você arruma transporte ou uma carona. Em caso de emergências, eles possuem uma torre de comunicação no Pico das Agulhas Negras, que é o ponto mais alto das montanhas. Esta torre pode manter contato direto com os bombeiros, em uns quarenta minutos ou no máximo em uma hora, eles podem chegar aqui em cima.

     ─ Se eu te ligar, você sobe para me pegar aqui?

     ─ Se conseguir me ligar e eu estiver de bobeira, te pego sem problemas, vai custar um certo valor. Sempre que nós trazemos uma família de turistas e ela marcar conosco o dia e hora para a descida, fazemos isso e os levamos até a rodoviária de Itatiaia.

     ─ Está certo, agora entendi. Você tem telefone ou um cartão da sua empresa, para o caso de eu precisar um dia.

     ─ Cartão não tenho, mas anota meu número.

     ─ Calma, deixa eu pegar meu celular. ─ esfreguei minhas mãos com muita força, pois elas começavam a ficar dormentes.

     ─ 90999-6665.

     ─ Caramba! Não tem sinal aqui em cima! Como vou ligar se eu precisar? ─ após anotar o número, olhei a barra de sinal e vi que ela não sai do zero.

     ─ Dizem se tratar das rochas das montanhas, elas parecem que são magnéticas ou coisa assim, eu não sei muito sobre o assunto, mas realmente esqueci de dizer isso a você.

     ─ Sem celular estou pelado cara! ─ novamente eu dou risada da situação.

     ─ Marcos, você é um cara engraçado. ─ diz com um sorriso no canto da boca. ─ Pensa cara, a maioria das pessoas que procuram esse lugar querem se isolar do mundo e da sua loucura. Eles até gostam que não pegue sinal nesse paraíso. Aqui as pessoas conversam umas com as outras, se divertem em conjunto em várias atividades, é muito mais divertido que ficar assim. ─ ele simula que está olhando fixo um aparelho de celular bem colado no seu rosto.

     ─ De certa forma você tem razão. Acredito que vai me fazer bem, esta tranquilidade, esta natureza. Até porque eu acabei de me separar, e foi uma barra cara! ─ olhei envolta e vi o lugar maravilhoso, cercado de rochas e arvores.

     ─ Poxa! Eu já passei por isso também e a minha ex, me tirou até as cuecas do corpo! ─ João balançando a cabeça, com as sobrancelhas levantadas, lembrando-se talvez dos momentos difíceis em que passou.

     ─ Nem me fale, vê minhas roupas? São todas novas, comprei essa semana, graças a alguns bicos que consegui fazer! ─ novamente dou aquele riso sacana, da minha própria desgraça.

     ─ A gente se vê Marcos, tchau. ─ ele olha o relógio e fica preocupado ao ver as horas, então contorna o carro.

     ─ Até lá. ─ aceno para o meu primeiro colega feito na região.

     ─ Olha, atravesse esta ponte e siga sempre na trilha, que chegará no hotel que procura. ─ ele aponta para trás de mim. ─ Se precisar me ligar, liga do Complexo Maromba, lá o sinal pega.

     ─ Valeu. ─ fiz o sinal de joia para ele, antes dele arrancar com o carro e descer a montanha.


     Observo bem tudo a minha volta, como tenho uma memória com defeito de fábrica, memória fraca da porra, principalmente para gravar nomes de pessoas, nomes de ruas e locais! Tenho sempre que tentar gravar pontos de referências, para necessidades futuras, nunca se sabe quando vamos ter que se mover por aí. E para pessoas como eu não se perderem (quem sofre do mesmo mal sabe como é), precisamos aprender técnicas de gravar os pontos de referências mais estratégicos possíveis.

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