37 - PRESOS NAS MONTANHAS
─ NÃOOOOOOO! ─ Maria cai de joelhos e chora, ao ver a ponte destruída por uma pedra enorme que rolou do alto de uma montanha.
─ Suzy veja isso. A neblina parece que está fazendo a temperatura cair acima do normal, a água deste rio deve estar congelante nesse momento. ─ o nerd, saca de sua mochila um medidor de temperatura, e fica observando-o junto de sua mulher.
─ 11 graus e caindo! Isso é muito interessante Bruno! ─ ela deu uma última olhada no medidor e pegou um vidro de maionese da sua mochila. ─ Aposto que a composição dela possa dar alguma pista sobre a sua origem. ─ colheu um pouco da neblina branca, que estranhamente não ultrapassa o rio, ela fica delimitada da ponte para dentro das montanhas, formando um gigantesco circulo que cobre todo o Parque do Itatiaia.
─ Agora, estamos todos presos nas montanhas! ─ Maria levanta-se e vira para trás, na direção dos outros. ─ Não há como escapar... O Diabo está vindo! ─ ela arregala bem os olhos enquanto fala, olhando para todos.
─ Do que essa mulher está falando? ─ Suzy, guardando a sua amostra da neblina.
─ Ela parece que fumou um baseado daqueles! ─ Bruno, guarda seu equipamento, ele e sua esposa se aproximam dos outros.
─ Está tudo aqui na Bíblia! ─ ela fica apontando e girando o livro sagrado para todos. ─ Chegamos no fim dos tempos, pai matando filho e filho matando pai, perversão sexual já na infância e adolescência, mulheres abrindo mão de serem as senhoras de seus lares para se perderem como quiserem no mundo!
─ Isso é verdade mesmo! Muita gente se mata pelo maldito dinheiro, quantos filhos hoje não estão matando os próprios pais pela herança e pais fazendo maldades aos próprios filhos! Só no Brasil temos muitos casos recentes. ─ Severino junta as mãos e cai de joelhos.
─ Não deem ouvidos a ela, ela é completamente louca! Onde está o seu Deus? Que deixa coisas como estas... ─ Luzia aponta para o outro lado da ponte, o palhaço está lá, em pé de braços cruzados (a sua face é ameaçadora). ─ ... andando livre na Terra?!
─ Ah meu Deus! Ele vai me matar por causa disso! ─ Severino retira o facão da cintura e fica de pé.
─ NÃO PARAÍBA! ─ Almir grita ao vê-lo arremessar o facão no meio do rio. ─ MAS QUE DROGA! CALEM A BOCA VOCÊS DUAS! ─ ele se irrita, e fica com as mãos na cabeça, como se estivesse ficando maluco.
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