32 - AH SE NÃO FOSSE ESSA ESCADA!
─ Agora eu quero ver esse traste se soltar daí! ─ Severino olhando Almir amarrar o corpo do palhaço no alto, quase batendo no teto do vestiário. Ele colocou uma escada e fez o nó na grade de uma ventilação de teto que havia neste local.
─ Tem certeza que ele não vai se soltar Almir?! ─ perguntei.
─ Olha rapaz, eu já falei que por mim nós devíamos era tacar fogo nele, enquanto temos a chance! ─ Severino olhando o facão do palhaço, que agora está de posse dele, enquanto Almir corta o excesso de corda e vai descendo a escada de madeira.
─ Meu pai era marinheiro, me ensinou todos os nós que ele conhecia. Sozinho ele não pode se soltar, e como aqui ele está bem escondido, acredito que ele vai demorar um bom tempo para nós incomodar novamente. ─ Almir pegando a escada, e a colocando no ombro.
─ Gente, o açougueiro deve estar procurando por nós nesse momento. Cuidado! ─ Julha fala bem baixinho, preocupada ao ver que Almir ia na frente com a escada.
─ Tem razão, dá uma olhada Paraíba, vê se a barra está limpa. ─ parando e deixando o Severino ir na frente. Ele passa pela sala de espera e vai até o corredor, olha bem para os dois lados.
─ Está limpo pessoal, venham. ─ ele acena para os outros irem.
─ Você não vai largar mais esta escada?! ─ perguntei sorrindo, pois achei engraçado a cena.
─ Eeeeee larga do meu pé Marcos! Eu vou tacar ela nele, assim ele não chega perto da gente, entendeu? Olha, se eu fizer isso e empurrar nos peitos dele, eu prendo ele na parede bem pelo pescoço e vocês arrancam a cabeça do seu João dele! O que acham?! ─ segurou a escada com suas duas mãos, bem encima do seu ombro e a moveu para a frente enquanto caminhava, demonstrando como faria. Depois voltou a relaxar e deixa-la caída por cima do seu ombro direito.
─ Eu acho ótimo. ─ Julha massageando o outro ombro dele, que fica todo prosa com um largo sorriso na cara.
─ CUIDADO! ─ grita o Severino, ao ver o açougueiro parado do lado da escada, ele arremessa a tabua pesadíssima de carne com toda a força, com a sua mão direita.
─ NÃO ARHG! ─ Almir se colocou na frente da Julha, e esforçou-se ao máximo para protegê-la, por muito pouco ele não conseguia colocar a escada na frente da trajetória da tabua, mas ao bater na escada e quebrar alguns degraus imediatamente, ela resvala e cai bem no pé esquerdo do Severino.
─ ARRRRRRRRRRGHT! ARRRRGHT SEU FILHA DA PUTA! MEU PÉ! ─ imediatamente o Severino caiu no chão desesperado chorando muito de dor.
─ Peguem ele e com muito cuidado, estejam prontos para correr até o elevador! ─ Almir mantinha o açougueiro a distancia, controlando os movimentos dele com a escada, mais ele estava cortando os pedaços dela com o seu facão, que agora está na sua mão direita golpeando.
─ Meu pé! Ele destruiu meu pé cara! ─ Severino sendo seguro pelos ombros, por mim e pela Julha.
─ Calma! Realmente se não fosse o seu tênis, você estaria sem o pé agora, mas graças a Deus foi só a dor do impacto... eu espero! ─ assim que Almir conseguiu abrir a passagem para o elevador, nós fomos e entramos dentro dele, colocamos o Severino sentado no fundo.
─ Vem logo cara! ─ estiquei minha mão esquerda para ele, mas ele estava concentradíssimo tentando desarmar o inimigo.
─ Almir vem logo! ─ Julha pressente o pior, e está desesperada.
Puxei a Julha e a deixei com o dedo no botão do quarto andar.
─ Almir, temos que ir, joga essa escada nele logo! ─ eu percebi na hora que o açougueiro ia jogar o seu facão para mata-lo, assim que ele largasse a escada, dava para ver pelos seus movimentos que ele estava pronto para joga-lo.
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