26 - ONDE ESTARÁ O MIGUEL?
─ Tock, tock, tock. ─ Dricka batendo na porta antiga de ferro.
─ Almir? Abre a porta cara, aquela coisa está aqui fora! ─ falei baixo bem próximo da porta, mas não obtive resposta.
─ Sabe o que é pior?
─ Não Dri, o que é pior?
─ Marcos, eles disseram que iam para o refeitório depois, lembra? Por falar nisso, cadê o Miguel?!
─ É verdade, eles vão para lá. O Miguel sumiu mesmo, não o vi com o Severino e não estava na passagem secreta ou o teríamos visto! Agora precisamos atrair o açougueiro para longe deles dois, depois procuramos pelo Miguel! ─ caminhávamos de volta ao refeitório quando ele apareceu em pé, esticou o seu braço esquerdo na parede e retirou o seu cutelo, em seguida o ergueu até altura da cabeça.
─ Isso não é bom, nada bom! ─ ela foi chegando para trás, e eu me posicionei a frente dela, olhei envolta e havia apenas uma lixeira de ferro laranja na parede pendurada, a retirei e fiquei preparado.
─ Dri, quando eu disser corre, você corre em zigue-zague ok?! ─ olhei para ela rapidamente e voltei meus olhos no cabeça de porco, preocupado com o cutelo voador.
─ Para onde eu corro?! ─ ela está desesperada.
─ Sobe de elevador para o quarto andar, tenta se esconder no primeiro quarto a esquerda, a porta fica sempre aberta. Se algo acontecer e precisar sair rápido de lá, tenta chegar no seu quarto! ─ falei baixo só para ela escutar.
─ Mas e o palhaço?! ─ Dricka, está com muito medo de subir.
─ Ele gosta de ficar no segundo andar, no quarto do Miguel, o porque não descobrimos ainda! ─ falei no mesmo tom.
─ Me deseje sorte! ─ após falar, ela puxou o meu rosto e me deu um selinho de três segundos.
─ AGORA, VAI! ─ só deu tempo de dizer, e se mover para a minha direita com a lixeira ao alto, pois o cutelo veio voando a toda velocidade.
─ PLAFT! ─ eu consegui bater de lado (e por muito pouco não errei) com a lixeira de ferro, no cabo do cutelo que alterou a sua trajetória, o fazendo bater na parede e cair no canto do chão. ─ Caramba! Se eu erro, a Dri podia estar morta agora! ─ pensei, enquanto me abaixei e peguei a enorme faca do açougueiro.
Nesse momento, eu pensei que ele viria novamente atrás de sua faca, mas para a minha surpresa ele parou e começou a grunhir sem parar, depois com a mão esquerda ergue a cabeça de porco e deu para ver que ele não precisa de cabeça para ficar vivo, ele é igual ao palhaço. Depois de retirar a cabeça do porco de seu pescoço, ela perdeu a vida e ele a colocou presa no seu cinto, pegou a cabeça do senhor João e a colocou em seu pescoço. Enquanto retirava e colocava as cabeças, ficavam uns tentáculos negros saindo de dentro do pescoço dele, parece que estes tentáculos que se conectam a cabeça, a mantendo presa ao corpo. O mais sinistro é ver as expressões do João naquele corpo imenso e forte. Antes da cabeça ser conectada o rosto dele já se movia, mas parecia estar apavorado e ao se conectar ao corpo, parece que ficou com a feição raivosa e demoníaca!
─ Hun! ─ ouvi o som como de um leve gemido masculino, vindo da recepção.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro