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🌻Capítulo V🌻

Terrível Doce Destino

Capítulo V

🌻

MORDI o lábio inferior com força, o gosto do sangue ainda era presente na boca. Mesmo sem saber exatamente o que aconteceu, me mantinha quietinha em cima da cama. Da mesma forma que ele havia me deixado, com as costas apoiadas nos travesseiros. Fazendo que meu torso ficasse levemente erguido, dando uma impressão que estava sentada. Algo que me fazia tem a ampla visão de toda a tenda.

A poucos minutos, o Grão-Duque havia ordenado aos seus subordinados, que recolhessem e arrumassem o acampamento. Partiriam assim que o sol brilhar, rumo ao Norte. Dimitri e Rowan haviam assentindo a contragosto e se retiraram da tenda, não antes de olharem para mim de forma afiada. Sei que a minha presença aqui é inesperada, já que o Grão-Duque não comunicará a ninguém a escolha que faria durante o baile de comemoração. Até a Imperatriz ficara sem palavras quando ele havia me escolhido.

Por que eu? Por quer uma mera humana sem poder e serventia alguma?

Olho para suas costas largas, que flexionada, dava para ver seus músculos definidos sobre o pano da camiseta. Ele recolhia os papeis da mesa e os jogava de todo jeito, dentro de uma bolsa lateral de couro. Eles misteriosamente, cabiam sem esforço nenhum. Aquela deve ser uma das famosas bolsas magicas, onde podem guardar até um grande número de objetos sem problemas. Eu já havia visto algumas vezes, Mera ganhara um e alegremente, me mostrava com animação onde poderia guardar suas adagas de combate.

Assim que ele enfia todos os papeis na bolça, começa a jogar os objetos. Logo, a mesa estava limpa, assim como a escrivaninha ao lado e em cima da cômoda. Foco em seu rosto, o cenho franzido me dizia que ele pensava seriamente em alguma coisa. Não sabia o quê, mas algo dentro de mim tinha essa certeza. Ele estava preocupado.

"Por quê?" minha mente gritou em questionamento. "Por que ele estaria preocupado? Eu sou só uma vida insignificante!"

No mesmo momento, ele ergueu a cabeça e me encarou com os seus olhos surpresos. Sua expressão era de espanto, erguendo as sobrancelhas e abrindo levemente a boca. Parou o que estava fazendo e virou o corpo em minha direção.

"Como está fazendo isso?" a voz dele rompeu minha mente, novamente. Encarei seus olhos fixamente, piscando sem entender nada.

"Do que ele está falando?" pensei, já abrindo a boca para falar.

"Como consegue falar em minha mente?" questionou, com a voz grave e seria.

Pisquei os olhos novamente, confusa.

"O quê?" não entendia o que ele estava falando. Forcei meu corpo a se sentar direitamente na cama, sem retirar os olhos dos dele.

Ele colocou a bolsa magica em cima da mesa e deu um passo em minha direção.

"Humanos não tem essa habilidade."

Franzi o cenho.

— Eu não sei. — murmurei, finalmente emitindo a minha voz. — Tenho te escultado desde que pegou nos bastidores do palco.

Ele continuou a me encarando ao soltar um som baixo, como se fosse um rosnado. Engolir em seco, não era para isso acontece? Me encolhi, com medo.

"Eu já não estou entendendo nada. Eu só queria ir embora. Para longe das mãos da Imperatriz, para casa. Para a minha mãe." me encolho mais ainda, juntando as penas e as abraçando.

Sem perceber, sinto uma pressão no colchão. Onde o corpo do Feérico sentou-se, um arrepio desceu pelas minhas costas. Fazendo meu coração bater mais rápido e minha respiração ofegar. Fecho os olhos com força e tento fazer meu corpo se acalmar, ele saberia que eu estava com medo. Eles sempre sabem.

Os Feéricos sentem o cheiro do medo e ouvem os corações dos humanos, como se fossem uma presa indefesa.

— De onde você veio? — sua voz ressoou calma, o que me assustou. Abri os olhos e ergui a cabeça, o encarando-o de forma incrédula. Nunca ninguém havia me perguntado antes qualquer tipo de coisa relacionada ao meu lar. Titânia nunca perguntou ou as princesas ou qualquer outro Feérico. Sempre mantive essas lembranças guardadas para mim mesma, era a única coisa na qual eu me agarrava.

— Minha casa. — sussurro, com as imagens ainda na mente. Por mais que os anos passassem, por mais que eu crescesse as imagens não se deterioraram. Sempre me esforcei para que nada sumisse, nada fosse apagado quando a Imperatriz brincava com a minha mente.

Lembro ainda da fazenda dos meus avós, da casa de dois andares e dos animais que eles cuidavam. Lembro muito bem da minha mãe brigando comigo, de seus olhos acastanhados grandes e seus cabelos altos e cacheados. Seus lábios grossos sorrindo e do afago quentinho dos seus braços. Lembro ainda do gosto das amoras que meus avós cultivam e da alegria de comer uma torta feito delas. Da mamãe brigando sobre a bagunça que eu dizia, da sua voz chamando o meu nome.

Sinto falta das cantigas que minha avó cantava quando estava fazendo o almoço. Sinto falta dos ensinamentos do meu avô sobre como cuidar da fazenda. Sinto falta de correr alegre pelo bosque e sorrir com felicidade. Sinto muita falta do lugar a qual pertenço.

Meu peito dói toda vez que me forço a lembrar de como eram os dias, alegres. Vivos. Hoje eu sinto que sou apenas uma casca vazia em busca do que se perdeu.

Vejo o Grão-Duque ergue a mão em direção ao meu rosto, tocando meu queixo levemente com os dedos grossos. Afagando levemente minha pele. Seus olhos cor gelo, de alguma forma, me olhava com conforto.

"Deve ser realmente um bom lugar para se viver." sua voz voltou a ressoar dentro da minha mente. Agora, confortando-me. Pisco repetidas vezes, ele viu minhas memórias? Como?

Ele viu como era minha infância? Como eu era feliz com minha família? Saberia então como eu poderia voltar? Teria como? Meu coração deu outro salto, agora com uma esperança grande e assustadora. Seria ele o Feérico que conseguiria me mandar de volta? Seria bondoso o suficiente com uma humana?

— Infelizmente você não poderá voltar.

Demorei alguns segundos para assimilar o que ele havia falado. Eu... Não posso voltar? Eu não vou poder voltar para casa?

— Por quê? — indaguei, franzindo o cenho e engolindo já a vontade de chorar. — Por que não posso voltar pra casa? Você não pode fazer isso? — sentia meu peito tremer, assim como minhas mãos e lábios. — É só me deixar na floresta perto do Palácio, foi lá que eu atravessei o portal. Foi... Em um círculo de cogumelos brancos.

Ele me encarou por outros longos segundos antes de soltar um suspiro pesado e abrir os lábios.

— Assim que os humanos passam por aqueles portais, estão presos a este mundo. — soando sério, ele soltou o meu rosto e se afastou um pouquinho.

— Co-como assim? — gaguejei de forma desajeitada.

— A Imperatriz não lhe explicou como funcionam aqueles portais?

Fiz que não com a cabeça. Ele soltou outro rosnado baixo.

— Aquilo são armadilhas. — simplesmente explicou. — Feito para atrair e capturar humanos. Assim que um humano atravessa os mundos, ele se fecha. E um novo abre em outro local. Para um lugar e época diferente. Iniciando novamente, um ciclo sem fim.

O encaro, incrédula. Em choque. Tudo que eu fiz nesses dezessete anos foi sonhar em voltar para casa. Em reencontrar minha mãe e família. Em deitar no aconchego da minha cama, sem ter que me preocupar com o dia seguinte. Sem ter que me preocupar com feéricos. Com a Imperatriz me forçando a cantar ou com suas torturas mentais. Tudo que eu queria era só votar e apagar o que aconteceu nesses últimos dezessete anos.

Meu peito começa a doe, sinto uma lágrima rolar pela minha bochecha até o queixo. Assim como outra e outra.

— Não tem como mesmo? — com a voz embargada, pergunto já sabendo o que ele responderia.

— Não tem.

Com os lábios tremendo e a visão já embaçada pelas lágrimas, cedo ao meu coração e começo a desabar ali. Na frente do grande senhor do Norte. Choro tão alto que me surpreendo, mas não paro. As lágrimas vinham quentes e pesadas, rolando por toda parte. Meu coração doía de tristeza e amargura. Foram anos desejando voltar, anos almejando rever quem eu amava. Anos me apegando naquele fiozinho de esperança. Era a única coisa que me mantinha de pé, que me fazia aguentar toda a tortura.

Agarro o pano da cama com força, não consigo acreditar que me iludir. Que tudo que sonhei fosse inalcançável. Inviável. Falho. Idiota! Eu era uma idiota por acreditar.

De todas as coisas que poderiam acontecer comigo, perder aquela esperança era a única coisa que eu não queria. Nem mesmo quando eu agonizava com as alucinações de Titânia, eu desistir de me apegar a esperança. Nem quando todos me olhavam com desprezo e desejavam minha morte. Quando eu era forçada a cantar até a garganta falar ou me controlar toda vez que acontecia algo, toda maldita vez.

Tudo foi em vão?

Ela... Ela não me contou isso por quê? Por que Titânia não havia me contado que aqueles cogumelos eram uma armadilha? E que eu não poderia voltar? Ela sabia que eu almejava voltar! Ela sabia! Já que mexia constantemente com a minha cabeça, me fazendo que ilusões e esperança.

Titânia só brincava comigo. Se divertindo e se deliciando com o meu desespero.

Me iludindo até o último momento.

Sinto um cansaço estranho atingir meu corpo e lentamente fechou os olhos. Meu corpo amoleceu e caiu para o lado, na cama macia. Não me importava mais se vivo ou não, não poderia mais voltar. Pra quê valeria viver?

Antes de fechar meus olhos e entregar a escuridão, vejo o rosto do Grão-Duque me olhando com tristeza.

🌻

Sinto o vento gelado no rosto e cheiro de folhas. Sinto também os raios de sol beijando minha pele, tentando esquentar onde o vento batia. Abro os olhos lentamente e demoro assimilar tudo ao meu redor. Era estranho, não estava mais naquela tenda onde havia sido jogada após ser raptada no baile. O que eu olhava agora era um amplo céu azul, com algumas nuvens e um sol radiante. Um céu tão grande e um horizonte tão majestoso que eu nem imaginaria ver algum dia vivendo Palácio.

Um aperto na minha cintura me faz perceber que não estava sozinha. Viro a cabeça lentamente e observo o corpo enorme atrás de mim, o qual me segurava como se fosse algo precioso. Com metade do meu corpo apoiado em seu peito enorme, conseguia sentir as batidas de seu coração. Fecho os olhos e inspiro seu cheiro, ainda cheirava a sangue. Ele me carregava envolvida em uma manta de pele marrom avermelhada, seus braços fortes me envolviam na cintura e na perna, segurando algo a frente.

Olhei para os meus cabelos dançando com o vento e depois para o maxilar defino e bem desenhado do Grão-Duque, seu nariz um pouco arrebitado e para seus cílios espessos. A pele pálida chegava a brilhar com o sol, destacando seus lindos cabelos branco platinados. Desci os olhos para o seu pescoço grosso e depois para a pele que se perdia no meio dos botões aberto de sua camisa.

Mordo o lábio, por que eu estava tão fascinada com ele? Já havia visto vários Feéricos lindos antes, mas nenhum tinha uma beleza tão deslumbrante e fatal como o Grão-Duque do Norte. Nenhum outro.

— Não se mova. — a voz dele se fez presente. Ele abaixa levemente a cabeça e seus incríveis olhos me encaram, prendi a respiração na hora o encarando de volta. — Entendeu?

Aceno com a cabeça, ainda sem tirar os olhos dos dele. Ficamos assim por alguns momentos, nos olhando profundamente de forma que fazia meu coração dar saltos a cada segundo. Não entendia o por quer meu corpo reagia daquela forma com um simples olhar dele, mas tudo tem sido tão estranho desde que ele entrou no salão do baile. Ouço um piado e ele rapidamente ergue a cabeça e olha seriamente para frente. Sigo o seu olhar e finalmente descubro o que está acontecendo.

Estávamos montados em uma criatura alada. Sobrevoando tranquilamente uma floresta, rumo ao Norte. Engulo em seco ao analisar a criatura na qual eu estava já a um tempinho, ela era coberta por penas brancas e cinzas. Sua cabeça tinha o formato de uma águia e de relance, vejo seu bico curvado de cor cinza escuro. Não consigo ver nada mais do que suas enormes asas batendo e planando sobre o imenso céu azul. Estou impressionada e maravilhada, era uma sensação estranha e muito gostosa. 

Mas logo as lembranças, do que ocorreu antes de fechar os olhos, me atingem com força. A dor em meu coração se faz presente e tudo desmorona em minha mente. Saber que tudo que fiz nesses dezessete anos foi em vão e que tudo que realmente aconteceu foi um nada. Titânia me prendeu em seu palácio de ouro e me fez ser seu passarinho cantante. Uma humana que ela manipulava com perfeição, e sabia que eu não iria levantar voou sozinha. Até tentava, mas era como se eu estivesse uma asa quebrada. Nada dava certo.

Prendi a respiração ao notar que todas as vezes que eu tentei alguma coisa, ela sempre me achava. Não os guardas. Não as empregadas ou as princesas, só ela. Era como se ela quisesse que eu tentasse e falhasse miseravelmente. Brincando de gato e rato, ela adorava vê a minha cara de pânico e lamentável quando não conseguia ir.

Então, ela sabia que eu tentaria fugir durante o baile. Ela sabia que eu estava estudando os túneis antigos do palácio e a vegetação das florestas ao redor. Ela sabia o que eu iria fazer. Ela sabia. Ela sabia!

Meus planos. Meu objetivo. Meu sonho. Ela sabia de tudo e fez com que eu me iludisse. Só para aparecer e quebrar meu espírito novamente. Me frustrando com mais uma tentativa falha, se deliciando com minha tristeza e amargura. Era tudo um plano dela, eu nunca iria conseguir atravessar os túneis e chegar a floresta.

Fechou os olhos, chorando baixinho. Agora já sabia que eu nunca vou poder voltar, então, não me importo mais. Poderia me jogar agora mesmo dos braços do Grão-Duque e encontrar o fim abaixo. Eu não me importava. Aquela ave poderia arrancar a minha cabeça, eu não me importava.

Não me importava.

Não me importava.

Tudo que eu me importava se foi.

Por que eu não poderia ir também?

『 ᶜᵒᶰᵗᵉ́ᵐ 2412 ᵖᵃˡᵃᵛʳᵃˢ 』

O que vocês estão achando?

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