NOTA: SIM, O SEV É UM GRANDE IDIOTA NESTE CAP, PRINCIPALMENTE NO FINAL.
Não há maneira de possuir favorito durante a leitura.

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Medo era pouco para definir o que estava sentindo.

Sirius havia passado a manhã toda fazendo tudo que Severus quisesse, desde segurar seus livros e o levar até suas aulas, até bater com força a cabeça na parede das masmorras (culpa sua, havia dito o que não devia e feito o que não devia)... Aquilo havia doído demais.

Agora lutava contra a vontade de sair correndo, já que aquela criatura assustadora havia feito questão de fazê-lo sentar na mesa das Cobras. Régulos o fitava com raiva.

Era normal que sentisse medo do irmão mais novo?

--Snape, bem que você poderia deixar eu me sentar junto com James e Remus, não acha?--O Grifinório sussurra. Snape poderia ter um pouco de piedade.

--Não, você não irá voltar para a mesa da Grifinória.--Severus fala alto, atraindo a atenção de Sonserinos próximos.

Sirius bufa, revirando os olhos para o garoto preso no livro de Defesa Contra as Artes das Trevas. Ele não estava nem comendo, Sirius nunca via Snape comer. Por baixo de todas aquelas camadas de roupas, era possível ver a magreza que tomava conta de cada parte de seu corpo.

Sirius sabia que era idiota ficar preocupado depois de ter quase o matado, mas estava se sentindo mal com isso. Ele nunca via Snape comer durante as refeições principais.

--Por que você não come algo?

Sirius apenas vê o garoto revirar os olhos.

--Você não se importa.

Sirius contém a vontade de bufar ao vê-lo voltar a enfiar a cara no livro. Aquilo não era apenas preocupante.

O Sonserino poderia estar com bastantes tecidos cobrindo o corpo magro, mas o tempo estava congelante. Logo cairia a primeira neve, seu corpo magro e fraco, adoeceria facilmente.

Snape era magro demais para um jovem de quase 18 anos. Sua estrutura física exigia mais massa corporal.

O garoto olha para a mesa da Grifinória, onde James e Remus o fitavam. Ainda sentiam raiva, claro. Severus agradecia por Régulos se encontrar a várias cadeiras de distância.

--Black.--O garoto levanta uma sobrancelha para Severus.--Eu acabei de ter uma ideia do que eu quero que você faça agora.

Sirius engole em seco. Claro, ele merecia.

--O que seria?

Aquele sorriso ladino e malicioso era capaz de deixar qualquer um com merda nas calças.

--Você conhece Barbie Girl da Kelly Key?

Sirius arregala os olhos. Merda.

--Por favor Snape, não me faça...

--Calado! Se levanta, fique de pé na mesa e cante, de preferência alto e menos desafinado possível.--Snape estava pedindo demais.

Sirius engole em seco e suas pernas tremem ao subir na mesa. Ele atrai olhares de todos os alunos e, consequentemente, dos professores. Dumbledore tinha um sorriso engraçado na face, enquanto James e Remus estavam controlando as risadas.

Sirius respira fundo. Quanto mais cedo cantasse, mais rápido o pesadelo chegaria ao fim.

Oi Barbie, oi Ken
Vamos dar uma volta?
Ah, só por que você tá de carro?
Fala sério!

Sirius poderia desmaiar de vergonha. Mas ele fecha os olhos, decidido a ignorar todos os adolescentes e professores que haviam decido rir de sua condição.

Sou a Barbie Girl
Se você quer ser meu namorado
Fica ligado
Presta atenção
Na minha condição
É diferente
Sou muito exigente
Anda Barbie! Vamos Barbie!

--Porra Black! O que você está fazendo?

--Continua!

--Continue Black.

Sirius olha para baixo... Porra, com toda a certeza estava pagando pelos seus pecados. Snape parecia estar amando.

Sou a Barbie Girl
Se você quer se meu namorado
Fica ligado
Presta atenção
Na minha condição
É diferente
Sou muito exigente

Sou assim, uma flor
Delicada demais
Minha cor preferida é o rosa
Uma loura legal
E que sabe o que quer
Decidida, fatal, mas dengosa

--Com toda a certeza, muito dengosa!

Régulos também ria de sua condição, óbvio.

Você pode me ganhar
É só fazer o que eu mandar

Sou a Barbie Girl
Se você quer se meu namorado
Fica ligado
Presta atenção
Na minha condição
É diferente
Sou muito exigente

Anda Barbie! Vamos Barbie!
Deixa eu me arrumar, Ken!
Anda Barbie! Vamos Barbie! Já vou! Já vou!

--Você com toda a certeza é uma loira muito gostosa, Black!

--É! UMA LOIRA GATONA!

Se eu pedir uma estrela
Você vai buscar
O meu jeito é assim
Não reclama
Quando quer bate o pé
E eu vou ter que aceitar
Só assim vou saber que me ama

Você pode, me ganhar
É só fazer o que eu mandar

Anda Barbie! Vamos Barbie!
Deixa eu me arrumar, Ken!
Anda Barbie! Vamos Barbie! Já vou! Já vou!

--Falta mais alguém para cantar junto!

--É, quem vai?!

Risos e mais risos.

Sou a Barbie Girl
Se você quer se meu namorado
Fica ligado
Presta atenção
Na minha condição
É diferente
Sou muito exigente
Anda Barbie! Vamos Barbie!

Anda Barbie! Vamos Barbie!
Deixa eu me arrumar, Ken!
Anda Barbie! Vamos Barbie!
Já vou! Já vou!

--Você nunca vai esquecer disso, Black!

Você pode me esperar um pouco, Ken?
Claro, por você eu faço tudo
Ah! Melhor assim!

Sirius desce da mesa e se senta tão rápido quanto suas pernas permitiam. Ele sente todo o corpo tremer ao colocar as mãos sobre os olhos. Como deixara algo assim acontecer? A escola inteira estava rindo da sua cara.

--Você foi muito bem...--Divertido e calculista, esse era o Snape da situação.

Sirius arrisca um olhar para a Grifinória. James e Remus riam a plenos pulmões.

Sirius seguia Snape em direção ao Lago Negro. Ele não sabia o que o garoto queria, mas tinha uma ideia vaga. Por que Snape não podia forçá-lo a fazer algo no castelo? Lá era quentinho, conhecido, divertido... Melhor do que o inferno de gelo que era o pátio. Aquela detenção de Dumbledore já estava lhe dando nos nervos.

--Okay, o que eu terei que fazer?--Severus não lhe responde.-- É sério, o que eu terei que fazer?

Não obtém resposta. Claro, estava perguntando para Snape... Aquela desgraça nunca lhe responderia.

Eles andam mais um pouco, até Snape parar numa parte incrivelmente gelada do Lago Negro. Um sorriso malicioso surge em seus lábios ao fitar a água. Snape parecia achar a situação engraçada, de uma certa forma. Sirius levanta uma sobrancelha e espera. Seu coração estava incrivelmente acelerado.

--Então, o tempo está frio. Essa água parece maravilhosamente gelada...--Sirius começa a ficar assustado, principalmente quando Severus o olha com um sorriso estranhamente cruel.--Tire a roupa, Black.

Sirius arregala os olhos e, inconsequentemente, dá vários passos para trás. O que Snape queria?!

--O QUÊ?!

--Você terá que nadar nu no Lago Negro. Olha que essa parte é de gelar os ossos.--Severus faz uma demonstração ao tremer todo o seu corpo. Sirius não pôde deixar de sentir uma raiva descomunal.

Sirius olha para a água, para em seguida olhar para Severus. O Sonserino abraçava o corpo por causa do frio, estava congelando... Não podia esperar que ele nadasse naquele inferno de gelo.

Nunca que Sirius iria nadar nu no Lago Negro! Faltava pouco para aquela água congelar.

--Eu vou morrer se entrar nu nesta água, eu me nego!

O olhar de Severus poderia muito bem matar Lord Voldemort.

--Okay, então eu irei contar para Dumbledore...

Sirius arregala os olhos e se coloca em frente a Snape, impedindo que ele desse mais um passo sequer. Se lembrava muito bem da ameaça de Dumbledore.

--Okay,--Tudo menos voltar para "casa".-- Eu irei entrar nu no Lago. Apenas não conte para Dumbledore que eu me neguei.

Sirius não era capaz de entender aqueles sorrisos, eles eram tão raros; mas, de alguma maneira, estava os recebendo de primeira mão o dia inteiro, ora maliciosos, ora maldosos, ora felizes... Severus Snape era muito assustador quando sorria.

--Certo, então tire a roupa.

Sirius sente suas bochechas ficarem rosadas. Não queria ficar nu em frente a Snape... Era vergonhoso, ainda mais depois de ter descoberto senti algo pelo Sonserino desgraçado.

O Grifinório tira a capa e depois leva a mão ao fecho do casaco. Ele o larga na neve e se treme pelo frio, mesmo com o suéter ainda presente em seu corpo. Snape fazia questão de o fitar com olhos atentos, o que contribuía para piorar a situação de suas bochechas.

--Você pode...

--Não.

--Mas você nem me deixou terminar a pergunta.

Severus revira os olhos.

--Eu já disse não, um curto e grosso, não!

Sirius queria sair correndo, mudar de país e nunca mais dar as caras em Hogwarts.

O Black retira a básica. Snape ainda o fitava, seus olhos perfeitamente atentos... Assustadores. Sirius leva as mãos até a barra da camiseta, respirando fundo antes de puxá-la para cima... Merda, ficaria roxo ou desmaiaria na água gelada.

O olhar agoniado de Sirius vacila ao ver o Sonserino fitando seu peitoral. Severus por acaso gostava do que via?

Sirius não era de se jogar fora, com aqueles braços grossos devido ao Quabribol e o peitoral definido, pernas torneadas. Qualquer garota e cara daria tudo para tê-lo.

--Gosta do que vê?

Snape o fita com uma raiva palpável.

--Claro que não.

Sirius se contém a soltar um risinho. Snape poderia matá-lo por qualquer coisinha.

Sirius olha para a parte de baixo de seu corpo. Ele não queria retirar a calça e cueca, estava frio demais... Ficaria totalmente nu diante do Sonserino... Ficaria totalmente nu diante de Severus Tobias Snape.

--Vamos, o que está esperando?

O Grifinório abre os botões e o fecho da calça e a desliza por suas pernas. Severus engole em seco ao ver a última peça de roupa em Sirius.

Merda, estava gostando de ver Black sem roupa.

--Eu tenho que tirar mesmo a cueca?

Severus se força a olhar em qualquer direção, menos para Sirius. Estava lamentável.

--Sim, faz parte da sua punição.

E, de maneira relutante, Sirius desliza a última peça pelas pernas. Agora estava totalmente nu para Severus Snape. Estava congelando e com vontade de meter a cabeça em um buraco.

Severus arrisca olha para a virilha de Sirius... Okay, era de um tamanho normal, com pelos negros ao redor... Mas, de alguma forma, pareceu apetitoso para Severus. Ele sente seu pênis endurecer levemente e prontamente bufa pela ideia de girino que tivera.

Merda, Black não era de se jogar fora.

--A... Agora entre na água...--Ele gagueja, o que não pôde passar despercebido.

Sirius respira fundo e caminha com uma postura dura em direção ao lago. Merda, por que havia inventado de quase matar aquele garoto? Severus era extremamente vingativo. Para piorar, havia feito com que tirasse toda a roupa de seu corpo em um dia de inverno extremamente gelado.

Sirius pisa na água com os dois pés, tomando cuidado para não correr daí. Tinha que entrar, tinha que entrar e ir fundo naquela merda de lago! Será que a Lula Gigante o salvaria se desmaiasse? Esperava que sim, não estava pronto para morrer.

--Black, está esperando o quê? Um convite da Lula Gigante?

Snape era mal. Provavelmente bateria palmas em seu enterro.

Sirius anda mais um pouco para dentro, quase que chorando ao sentir a água em suas coxas. Merda, quando chegasse em seu pênis iria desmaiar! Estava roxo, tinha certeza.

--Snape, isso é tortura!

--Ótimo, quando você estiver quase morrendo, eu te levo para a Enfermaria!

Sirius gani de raiva e entra até a barriga na água. Ele grita alto. Merda, gelado demais.

No fundo de sua alma, ainda desejava pensar que Snape fosse culpado dos cheiros da Amortentia, assim tentaria o matar novamente.

--Vamos Black, só nade um pouco e logo poderá sair!

Sirius entra mais um pouco, para em seguida pular e começar a nadar. Suas pernas e braços estavam ficando dormentes, enquanto seus dentes batiam um contra os outros e seu corpo tremia... Iria desmaiar, iria desmaiar na água do Lago Negro e nem havia começado a nadar direito.

Seus olhos estavam se fechando, agora estava afundando.

--LULA!

E agora ele mergulhava na escuridão.