"Sempre"
Régulos estava com seu olhar mais apaixonado. Era perfeito estar aí, vendo o sorriso de Lily e o vestido branco ao redor de seu corpo. Ele estava casado... Ele estava casado com uma mulher linda. Estava casado com a mulher de seus sonhos e futura mãe de seus filhos. E eles estavam dançando. E ele não sabia dançar... Mas estava dançando, estava dançando com Lily Black.
Tudo estava dando certo... Sim, tudo estava dando perfeitamente certo.
--Tudo bem, querido?
Querido... O apelido escorrega por meus ouvidos.
--Estou muito mais do que bem.
Eles dançavam a valsa, giravam pelo salão em completa harmonia e felicidade (E Régulos tentava não pisar nos pés de Lily). Severus se encontrava sentado a alguns metros da pista de dança, com uma bebida gelada em suas mãos. No seu lado, com a aparência cansada, mas também muito feliz, se encontrava Sirius. Ele fora escolhido como o padrinho do casamento e estava conseguindo interpretar o papel de maneira perfeita.
--Quem diria que iríamos vê-los casados?--Severus puxa o assunto, tão feliz quanto James, que estava em frente ao barzinho. O de cabelos bagunçados parecia completamente feliz com seus dois drinks, a cerveja (Por que ele havia pegado ainda cerveja para beber?) e a maldita torta de carne (Sim, tinha torta de carne no casamento). Severus não queria nem pensar em como ele acordaria no dia seguinte... Argh, só de pensar no cheiro de vômito.
Não deixaria James dormir na cama.
--Bem, eu estou louco pelo nascimento do meu sobrinho. Lily está grávida, sabia?
Severus só pôde arregalar os olhos e pensar em como Lily era uma traidora por ter não contado.
--Está zoando com a minha cara? Lily não me falou nada.
--Eu sei... Então tente fingi surpresa quando ela contar. Régulos me contou hoje de manhã.
Severus teve que revirar os olhos. Em questão de poucos dias todo mundo já estaria sabendo e Lily acabaria arcando com um monte de olhares falsos quando contasse. Severus teria que rir da cara da amiga.
--Certo.--Severus riu.--Sabe me dizer onde está Remus?
--Ah.--Sirius olha ao redor. As pessoas dançavam, caiam e pareciam completamente bêbadas. Não havia sinal de Remus.--Não faço ideia.
Isso seria preocupante em circunstâncias suspeitas, mas eles conheciam Remus e sabiam perfeitamente bem que esse deveria estar na cozinha irritante as cozinheiras e os cozinheiros. Nada de novo no paraíso. Sirius sente o rosto corar ao pensar em como Remus estava ficando gordinho e que as graxinhas dele estavam cada vez mais adoráveis.
Merda. Ele balança a cabeça. Já estava passando na hora de ele contar sobre aqueles sentimentos envolvendo muito mais do que apenas Severus. Seus amigos mereciam saber...
James aparece em frente a ambos, não aparentava estar bem com as mãos em frente ao estômago. Severus se vê suspirando... Ele sabia que ia dar naquilo.
--Eu já volto... Preciso vomitar.
E ele saiu correndo em direção ao banheiro.
Por que Sirius tinha a tendência de achar essas coisas nojentas fofas quando aconteciam com os três? Ele era um completo idiota.
--Eu não acredito que Régulos e Lily pagaram um hotel caríssimo para nós!
James não tardou quanto a oportunidade apareceu. Ele se tacou na cama de casal King sem pensar em mais nada, apenas visando tudo que poderiam fazer naquela majestosa cama. Seu olhar malicioso não passou despercebido por Severus.
--James, tira esse sorriso do rosto.
--Por quê? A gente vai aproveitar e transar, você quer.
Era verdade, Severus queria, mas não era como aquelas três desgraças. Ele não saia demonstrando quando queria jogá-los dentro de uma armário de vassouras no meio da noite e foder até o sol nascer.
--Sim, eu quero.--Vendo que os três estavam prestes a arrancarem as roupas, ele emenda.--Mas primeiro eu vou ver se há mesmo banheira de hidromassagem aqui.
Os três pareceram bem mais felizes diante da menção de uma banheira de hidromassagem. Severus sabia das cenas indecentes que passaram por suas cabecinhas inconsequentes.
Ele apenas revira os olhos e anda até a "varanda" da cobertura, que era tão grande quanto o hall do hotel. Ele não queria pensar no preço que Lily e Régulos haviam gastado naquilo. Verdade que eles haviam ganhado uma boa quantidade de dinheiro depois da guerra e propostas de emprego incríveis. Dinheiro era o que não faltava... Mas mesmo assim... Argh, era melhor ele aproveitar e esquecer da inconsequência de Lily e Régulos.
Havia mesmo uma banheira de hidromassagem e Severus ficou completamente feliz ao vê-la. Ele nunca havia entrado em uma, mas já ouvira coisas magníficas.
James, Sirius e Remus não ficaram no quarto, eles o seguiram até a hidromassagem. Suas expressões eram tudo, menos inocentes quando a viram. Severus teve que revirar os olhos.
--Será que vocês só pensam em sexo?
--A gente ama sexo,--Remus torna a falar.--Com você. Por que a gente não poderia pensar em transar com você?
Severus teve que rir. Em todos aqueles anos de namoro, nunca havia tido a possibilidade de permanecer sério diante de uma conversa envolvendo sexo com aqueles três. Eles conseguiam ser engraçados de uma maneira muito indecente. Severus os amava.
--Okay, o que vocês acham de transarmos na hidromassagem?
Eles não poderiam ter ficado mais felizes. Severus teve que revirar os olhos e apontar para o quarto, para fazer com que eles se lembrassem do que deveriam fazer antes. O problema é que eles não desfizeram as malas, muito menos viram se havia comida na geladeira, ou viram se o gato estava bem (sim, eles tinham um gato). Eles voltaram à hidromassagem tão rápido quanto haviam ido ao quarto. Só que agora eles não estavam mais com as roupas. Severus se perguntou se eles haviam voltado ao quarto somente para deixar os ternos dobrados em cima da cama.
--Vocês estão zoando com a minha car...
James não o deixou terminar de falar. Com suas mãos afoitas tratou de desabotoar o terno de Severus e arrancá-lo de uma forma nenhum pouco adorável, seus sapatos, calça e cueca não ficaram muito atrás.
Severus teve que bufar antes de pular em James e o beijar de maneira afoita. Sirius se aproximou por trás e abraçou sua cintura, começando a chupar e morder seu pescoço. Severus sentia calafrios toda a vez que ele passava a língua em uma mordida qualquer. Remus vai até a banheira e a liga, fazendo tudo que Severus não queria saber para deixá-la pronta para eles.
As mãos de Severus escorregam até o pênis de James, e ele o segura com sua mão direita, o bombeando para cima e para baixo de uma maneira lenta. Iria torturá-los... Não se importava nenhum pouco com as carinhas magoadas que eles fariam.
Sirius tornou a segurar Severus pelas coxas e o pegou no colo estilo noiva. O ex Sonserino teve que se assustar e, sem delongas, deu um soco forte no ombro de Sirius, que gemeu de dor.
--O que você tem na cabeça, seu idiota?!
Sirius não quis ouvir mais da raiva de Severus, tampouco James. O de cabelos bagunçados adentrou a banheira ao lado de Remus, sendo prontamente seguido por Sirius com Severus no colo. Com cuidado ele o colocou sentado aí dentro e, sem delongas, o beijou e segurou sua cintura de maneira obsessiva. Remus não ficou muito atrás, com todo o cuidado ele se sentou ao lado de Severus e tratou de levar sua mão até o seu pênis. Severus gemeu de maneira dengosa e arqueou o quadril em busca de mais.
Sirius teve que afastar a boca quando a falta de ar se fez presente. Ficou olhando para o rosto de Severus por um longo tempo antes de tornar-se a olhar para Remus e em seguida para James, que se colocava sentado ao seu lado. Não era um bom momento, mas não poderia fingir por toda aquela foda que os toques em seus companheiros eram apenas carnais. Porque sim, eles não tocariam apenas em Severus, como se tornou o costume em todos aqueles anos de namoro.
--Eu preciso falar uma coisa... É urgente...
Severus olhou confuso para Sirius por um longo instante, antes de a preocupação o dominar.
--O que foi? Você está doente? É um problema de saúde familiar? Ou... Ou...
--Calma... Não, não é um problema se saúde familiar nem nada do tipo.--Sirius tenta acalmar Severus, mas ele estava tão nervoso, mas tão nervoso, que a vontade de voltar atrás e dizer que era uma doença quase tomou conta de seu corpo. Não poderia dar um pé atrás agora, ainda mais depois de tantos anos.
Deveria pensar em James e Remus como seus melhores amigos, talvez irmãos... Mas aquela relação deles não tinha a ver com amizade. Como Sirius gostaria de não soar completamente idiota ao dizer as palavras que estavam na ponta de sua língua.
--Bem, então o que é? Estou curioso, fala.--A voz de Remus ecoa e Sirius acaba engolindo em seco. Era agora ou nunca.
--Não é um sentimento de agora, vem desde a escola, para ser sincero. Eu descobri logo depois de notarmos que nós três estávamos apaixonados pelo Sev.--Severus arqueia uma sobrancelha... Já sabia que a qualquer momento um deles soltaria a bomba.--Bem, é estranho, talvez vocês dois me achem maluco... Mas... Mas... Eu sinto muito mais do que uma amizade por vocês dois... Não é carnal, é algo muito mais forte. E, bem, acho que já entenderam... Podem, por favor, não me acharem doido?
Aquilo parece deixar James e Remus em uma bolha. Severus apenas olhou de um para outro, sentindo a atmosfera do sexo se desfazer de forma lenta e irritante. Com muito cuidado, James sorriu.
--Você se lembra naquele dia?
--Que dia?
--Aquele dia que demos aquele selinho no Beco Diagonal... Que eu tinha caído e você foi me ajudar a levantar.
Sirius pisca, um pouco perdido. Como poderia ter esquecido daquele dia? Ele havia quase morrido por culpa de sua curiosidade de meia tigela. Depois daquilo nunca mais tornou a abrir baús suspeitos.
--Me lembro, claro... Mas o que tem a ver?
--Bem... Você acabou me dizendo naquela noite que estava confuso em relação aos seus sentimentos, logo depois de eu dizer que você estava com tensão sexual por ter me visto nu... Se lembra?--Sirius meneia a cabeça.--Você disse que iria tentar entender o que estava sentindo primeiro, mas depois disso o assunto foi esquecido. E, bem, eu acho que foi um erro nós deixarmos esse assunto parado por tanto tempo... Porque... Porque...
--Você também sente algo.--Remus completa para James, que o olha por um longo tempo.--E eu também sinto algo... Mas, ao contrário de Sirius, nunca deixamos isso em jogo.
Sirius solta o ar que nem percebera estar segurando. Ele não esperava por aquilo, mas Severus esperava. A essa altura o ex Sonserino fitava a cena com olhos extremamente abertos, imaginando o desfecho da situação.
--Vocês... Estão falando sério?
--Bem... Na minha parte—James solta um risinho sem graça.--... Estamos nessa relação a anos, somos amigos desde os 11... Nós vivemos na mesma casa, passamos pelas mesmas dores, estamos namorando o mesmo cara perfeito.--Severus teve que rir.--Eu acho que tinha que surgir algo a mais, não? Bem, a gente não precisa ter medo disso...
--James está certo.--Remus toma a palavra.--Não sei quando o amor surgiu... Mas, na minha parte, acho que sempre esteve aqui, sabe? Não há motivo para fingirmos que ele não existe e que nunca existiu... Fico feliz que tenha sido você a tomar a coragem para falar. Tudo bem para você, Sev?
Severus dá de ombros.
--Estava esperando um de vocês tomar coragem para falar. Agora, se já terminaram de falar que sentem o mesmo, que tal voltarmos ao o que estávamos fazendo?
Com um riso, James se jogou para frente e tomou os lábios de Sirius, deixando os de Severus para Remus. Sirius, que não estava esperando pelo toque de James, quase tem um mini infarto quando o companheiro começa a massagear seu corpo. Sem querer ficar muito atrás, Sirius devolve os toques com vontade, tratando de pegar o pênis do mais alto e masturbar de uma maneira lenta e provocante.
Enquanto isso, Remus mordia e chutava a boca de Severus com extremo cuidado. Suas mãos vagavam pelo corpo do namorado de forma lenta e provocante, enviando arrepios por todo o seu corpo. Severus abre as pernas de forma inconsciente, dando passagem para Remus descer seus toques até o buraquinho apertado logo abaixo do pênis ereto e expelindo pré gozo. Ele toca lá e simula uma penetração com seu dedo médio, apenas para provocar o namorado. Severus piscava lá embaixo, querendo muito mais.
A boca de Remus desce até os mamilos eretos e ele toma o direito na boca, Severus joga a cabeça para trás e abre a boca em um O perfeito. Remus gira a língua pelo mamilo amarronzado e, com seus dentes, ele pega delicadamente e puxa. Severus geme de forma rouca e suas mãos voam até o cabelo de Remus, o amassando e puxando.
Oh, era tão bom!
Logo atrás deles, Sirius se sentia estranho.
James o presenteava com toques gostosos, que faziam ele jogar a cabeça para trás e gemer de uma forma deleitosa. Sirius tinha suas pernas abertas e James bombeava seu pênis enquanto Sirius bombeava o dele. Os toques de James pareciam tentados a descer até outro lugar e Sirius engolia em seco só de imaginar o que James queria. Merlin, ele não poderia negar, queria sentir algo lá.
Com sua própria mão e de maneira pouco envergonhada, Sirius segurou a mão esquerda de James e a levou até lá. O que era para ser sexo com Severus, agora se transformava em sexo entre ele e James.
James não pôde evitar seus olhos de parecerem confusos. Com muito cuidado ele mexeu seus dedos ao redor do buraquinho e, com ajuda da água, ele partiu a colocar o médio com cuidado. Sirius fez uma careca, nunca nem havia colocado um dedo dentro de si para saber qual era a sensação. James precisaria ser carinhoso, de preferência.
Ele começou a o movimentar, o girou, foi rápido, depois devagar e, em alguns momentos, achou ter acertado um lugar que fazia Sirius gemer com mais afinco. Depois colocou mais um dedo e o abriu da mesma maneira.
Já para Severus e Remus, as coisas não estavam sendo tão carinhosas. Remus movia os dedos de forma frenética e não podia esperar o momento que entraria em Severus. O ex Sonserino, que antes pensou em torturar os três, agora estava sendo torturado. E, Merlin, por mais que quisesse o pênis de Remus com todas as suas forças, não podia evitar amar aquela tortura gostosa.
Os dedos, volta e meia passavam por sua próstata e Severus tentava evitar gemer alto para Remus não o torturar acertando em outro lugar. Mas Remus sempre percebia quando Severus estava gostando muito mais e mudava a direção somente para ver a expressão irritada que se apossava do rosto de seu amor.
Cansado das preliminares, Remus retirou os dedos e beijou a testa de Severus. Ele segurou as coxas do ex Sonserino e as colocou ao redor de sua cintura. Seu pênis pincelou a entrada de Severus, que gemou em desgosto. Queria que ele entrasse logo, de preferência.
Remus levou a boca ao ouvido de Severus, enquanto seu pênis provocava o buraquinho necessitado. Da sua forma mais enlouquecedora, ele falou:
--Na próxima eu irei lamber todo o seu corpo, assim como o de James e Sirius, mas agora a única coisa que eu quero é que você grite, está bem?
E Severus jogou a cabeça para trás e abriu a boca em um O perfeito, soltando um gemido maior do que indecente. James e Sirius logo atrás não notaram, perdidos demais na maneira que seus corpos se encontravam desejosos.
Remus havia entrado com força no interior de Severus e, ao invés de deixá-lo se recuperar, arremetera cada vez com mais força no interior apertado. Severus chegara a ver estrelas, mas não eram as do céu, que brilhavam de forma angelical acima de seus atos pecaminosos. Eram as que seu cérebro criara ao desmaiar por um curto segundo de tanto prazer.
Ele abraçou a nuca de Remus e, de sua forma mais quente, se pôs a gemer em seu ouvido. A água saia para fora da banheira conforme os quadris colidiam, e o barulho da água se mesclava ao som dos corpos batendo e aos gemidos deleitosos de Severus.
Sirius agora olhava para James como se o repreendesse. Estava com as pernas abertas e o esperava se posicionar para entrar. Não sabia a dor que sentiria, mas rezava para se tornar bom depois de um tempo. Nunca se perdoaria se sua primeira foda com James fosse ruim.
E o de cabelos bagunçados entrou, com cuidado e um carinho que Sirius não esperava. Claro, James não era nenhum animal e, se estivesse no lugar de Sirius, desejaria todo o cuidado do mundo.
Ele se move, primeiro lentamente e depois aumenta a velocidade. Gira o pênis no interior apertado e procura a próstata, quando a acha, ele tenta sempre tocá-lo aí. Sirius abraçava James e gemia baixinho em seu ouvido. A água não se mantinha parado ao redor deles. Às vezes ele arriscava um olhar para Severus e Remus e se perguntava se Remus também transaria com ele daquela forma (a forma selvagem) se um dia desejassem (o que aconteceria, claro).
Depois de mais umas estocadas e um grito rouco pela parte de Severus, ele e Remus chegam ao clímax. A água da hidromassagem ondula mais ao redor deles. E Sirius, que tinha a boca aberta e a testa suada, se perguntou se deveriam ter pensado melhor sobre transar na hidromassagem. Não seriam eles a tirar aquela água...
Com mais algumas arremetidas, ele chegou ao clímax, assim como James. Sirius geme mais alto ao senti os jatos de sêmen em seu ânus e, por incrível que pareça, ele gostou. Como nunca havia pensado em ser passivo?
Os quatros se sentam ofegantes. A água não estava mais nada limpa e parava de ondular aos poucos, se acalmando depois da cena que presenciara. Aquela água não era mais tão inocente assim, Sirius imagina como se tentasse descontrair o cérebro bagunçado.
Foram tantas sensações.
--Isso foi...--Ele tenta se forçar a achar as palavras, mas nada que dissesse seria o suficiente. Ele havia mesmo feito aquilo?--Isso foi... Uau.
James soltou um riso sem graça. Por Merlin... Aquilo havia sido impressionante, até. Nunca havia cogitado transar com Sirius até aquele dia.
--Presumo que agora deveríamos arrumar as coisas.--Severus puxa o assunto que deveriam ter tido muito antes de transarem.--Lily e Régulos pagaram esse hotel caríssimo para a gente por um motivo. Passarmos dias aqui! São as nossas férias, há a porra de uma praia a alguns poucos metros de distância... Então, por favor, vamos arrumar as malas e organizar as coisas em seus devidos lugares.
Sirius iria dizer que estava muito dolorido para arrumar o maldito quarto gigantesco de hotel, mas Severus se pôs a falar novamente:
--Mas... Primeiro... Eu quero discutir algo com vocês que ando pensando desde o fim da guerra.
Remus arqueia uma sobrancelha. Severus estava falando de uma forma estranha.
--O que é, Sev?
Olhando de um para outro, um pouco nervoso pelo pedido que iria fazer, Severus jogou tudo para o alto.
--Eu quero adotar! Quero um menino e quero uma menina... Sabe, nós estamos prontos, tenho certeza...
James, Sirius e Remus ficaram abismados por poucos segundos, mas quando recuperaram os sentidos eles sorriram abobados. Filhos... Sim, eles queriam filhos... Eles queriam muitos filhos.
--Só um menino e uma menina?--James teve que falar.--Por que não dois meninos e três meninas... Talvez o oposto... Meio que eu quero mais do que dois.
Esse, com toda a certeza, era o James que eles conheciam. Se aquela desgraça tivesse a oportunidade de adotar um abrigo inteiro de cachorros, ele adotaria. Na realidade, Severus conseguia ver James facilmente como dono de uma ONG de animais.
E James amava crianças... Bem, Severus não diria não se ele tivesse a oportunidade de adotar cinco. Mas havia um problema, eles eram quatro homens vivendo num amor um pouco estranho aos olhos do mundo. Era um obstáculo a se atravessar.
--Bem... Teremos que ver o tempo, já que nossos trabalhos podem intervir na atenção.--Severus começa.--E tem o fato de que estamos nessa relação que aos olhos do mundo pode ser nojenta. Então teremos que pensar em tudo antes de adotarmos.
Remus puxou Severus para mais perto e beijou sua cabeça.
--Teremos dois, ao menos, antes dos 25. Tenho certeza que eles serão menos rabugentos por sermos heróis de Guerra.
Havia o fato de serem heróis de Guerra a se contar. Claro que isso ajudaria na situação.
--Eu já disse que amo vocês?--Severus se aconchega nos braços de Remus.
--Depois de todo esse tempo, é um milagre que você ainda não tenha nos levados para a extinção, Sev.--James brinca e, como resposta, recebe um monte de água na cara.
--Não seja idiota! Eu amo vocês demais, e sempre, sempre, sempre, sempre, amarei.
Os sorrisos que se abriram nos rostos dos três, foram os mais sinceros que haviam dado em todos aqueles anos. Passaram por muitas dificuldades, dificuldades que poderiam tê-los levado facilmente à morte. Gostavam de dizer que o amor que sentiam um pelo outro que havia os mantido vivos... O que era verdade, claro. Eles se amavam, e sempre se amariam. As pessoas poderiam não entender, mas isso não era um problema. Eles tinham um ao outro, e sempre teriam.
--A gente também te ama, e sempre amaremos.--Remus massageia os cabelos bagunçados e molhados de Severus. E, sem notar, um sorrisinho surge nos lábios do mais novo, que ficava cansado conforme o carinho se intensificava.
--Sempre.--Remus se vê concordando e, com um olhar para James, o outro também concorda.
--Sempre.
Não havia ninguém que pudesse negar o amor que os quatro sentiam um pelo outro. Eles não sabiam que algo poderia crescer tanto até se verem juntos. Fora algo que crescera lentamente, até se intensificar em uma causa. Desabrochara como uma flor, crescera como uma árvore e se tornara o ar que respiravam.
Eles se amavam.
E sempre se amariam.
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