"Não custa tentar"
Régulos havia tido uma noite péssima, muito pior do que a de Lily. Ele não havia se deitado somente com a pergunta que não queria calar: Por que havia beijado ela? Mas havia se deitado com a mão sobre a Marca em seu braço esquerdo com outra pergunta que corria solta por sua mente: E se descobrissem? O que acontecia consigo e com Evans se descobrissem que ele havia a beijado? Evans era Nascida Trouxa, tinha pai, mãe e irmã a aguardando em casa todas as férias. E se algo acontecesse com ela por culpa de um misero beijo, esse que ele havia dado sem pensar muito a respeito?
Régulos leva às mãos ao rosto e o massageia fracamente. Era melhor ele esquecer, mas como conseguiria apagar de sua mente a sensação perfeita de ter os lábios macios da ruiva grudados aos seus? Como poderia esquecer a maravilhosa sensação de ter as mãos dela postas em seus ombros? Como poderia esquecer que ela havia correspondido o beijo com a mesma vontade dele?
Se Régulos continuasse pensando, ele muito provavelmente explodiria.
Pensar pouco é ruim, mas pensar muito é pior. Ele precisava se levantar e ir para as aulas. Fora apenas um beijo, sem significado algum. Ponto final.
--Então vocês querem que eu deixe vocês saírem para irem nas livrarias do Beco Diagonal? Por quê?
Remus respira fundo e lança um olhar de soslaio para Sirius ao seu lado. Como mentir descaradamente para um diretor? Essa era a pergunta que não queria calar. Ambos não faziam muita ideia.
--A biblioteca de Hogwarts não tem o que procuramos. Nós precisamos estudar mais a fundo se quisermos bons resultados nos N.I.E.Ms.--Sirius toma a palavra.--Você entende, não entende?
Dumbledore dá levemente de ombros, seus olhos analisando os dois estudantes como se pudesse ler suas mentes. Bem, Sirius e Remus temiam que Dumbledore realmente invadisse suas mentes para ver o que eles estavam tramando.
--Eu posso arrumar um dia para vocês irem...--Remus engole em seco diante do olhar questionador de Dumbledore--Mas acreditem, eu sei que vocês não querem ir pelos N.I.E.Ms.
Remus lança outro olhar de soslaio para Sirius, notando que o mesmo também lançava um em sua direção. Era difícil de enganar alguém como Albus Dumbledore, com tantos anos de estudos e sendo um dos bruxos mais famosos do mundo bruxo atual.
--Nós queremos ir pelos N.I.E.Ms, senhor. Por qual outro motivo nós iríamos?--Sirius toma a palavra, com seu corpo posto ereto de uma forma que até Lily Evans e talvez, Severus Snape, poderia acreditar. Mas quem estava em sua frente não era Lily Evans, muito menos Severus Snape. Era Albus Dumbledore, alguém muito difícil de ser enganado.
Os olhinhos os observam por um curto tempo, antes de um sorrisinho surgir em seus lábios pequenos.
--Não sei.--Era fato que Dumbledore estava mentindo.--Tenham um bom dia, rapazes.
Sirius e Remus chegam à mesa da Grifinória e se põem sentados ao lado de James que, pensativo, mexia os ovos em seu prato de um lado para o outro, mas sem comer.
--Tudo bem, James? Está estranho desde ontem.--Sirius puxa assunto, deixando uma batidinha no ombro do de cabelos bagunçados.
--Sim, eu estou bem, apenas pensando. Estou preocupado, muito preocupado.--Aquela não era a completa verdade, mas também não era mentira.
--Todos nós estamos. Promfey deve não querer tirá-lo da enfermaria, é a cara dela não permitir que ele saia de lá até está cem por cento bem.--Remus fala, tendo a absoluta certeza de que James estava preocupado com Severus.
--A questão é: Quanto tempo vai demorar até que Severus esteja cem por cento bem?--Dessa vez Sirius que fala, cantando uma curta vitória ao ver que em sua frente havia bacon.
--Muito tempo, ele é simplesmente magro demais e quando a gente olha fundo em seus olhos negros, é quase como se não houvesse luz alguma. Severus está afundado na escuridão, Promfey irá manter ele preso na enfermaria até que ele consiga tirar a si próprio de lá a força ou não. Será à força, claro.
Nem James e nem Sirius conseguiram negar a fala de Remus. Aquela era a completa e única verdade. Demoraria muito para que eles conseguissem ver Snape.
--Será que Promfey deixaria que a gente entrasse se Snape deixasse?--James não havia pensado muito a respeito antes de dizer aquilo, então fica surpreso ao contestar que realmente havia perguntado algo com uma resposta tão óbvia.
--Não custa tentar...--Remus começa a dizer pensativo.--Mas é estranho pensar que ele deixaria a gente entrar, tipo, se isso realmente acontecer por algum milagre.
--Por que a gente não tenta?--Sirius pergunta, mexendo o bacon em seu prato com os talheres.--Tipo, depois das aulas...
Os três estavam tramando um plano que com toda a certeza daria errado. Nunca que Severus Snape deixaria que eles entrassem para vê-lo na enfermaria.
De qualquer maneira, não custava tentar, não é?
Lily amaldiçoava seu azar. Amaldiçoava sob os protestos de Afrodite.
--Régulos!
Era a segunda vez que Lily trombava com Régulos no corredor, no dia consecutivo a aquele beijo que haviam dado. As bochechas de ambos não poderiam estar mais coradas enquanto recorriam seus livros do chão.
Como eles haviam trombado um com o outro novamente? Lily estava atrasada para Poções e Régulos também estava atrasado para Poções, isso porque ambos haviam passado a noite em claro. Por tal motivo, estando correndo de direções diferente, se bateram na frente da sala com a porta já fechada.
--Eu peço desculpas...--Régulos começa a falar.--Por ontem e por agora.
Lily não sabia se ele estava pedindo desculpas pelo beijo ou pela batida do dia anterior. As testas de ambos ainda doíam.
--Por que você me beijou...
--Quer falar sobre isso agora?
--Se não for agora, será quando?
Ambos se fitam por um tempo indeterminado, antes de Régulos desistir com um suspiro.
--Me encontre depois das aulas no pátio, mais precisamente no banco ao lado daquela cerejeira. A gente conversa para tentar nos entender, mas eu já peço desculpas.
Lily meneia a cabeça positivamente, se colocando em pé com uma leve dificuldade devido o peso dos livros que carregava. Alguns daqueles eram de Régulos.
--Consegue pegar os seus livros aqui?
--Claro.
Slughorn ficaria irritado com o tamanho atraso de dois de seus melhores alunos, ainda mais quando esses se encontravam em sua prateleira.
Eles não faziam nem ideia do que estavam fazendo, mas tinham uma certeza gigantesca de que era o melhor que poderiam fazer. Eles aguardavam Promfey da porta da enfermaria, com uma ansiedade dos diabos correndo soltas por suas veias. E se Severus dissesse sim?
--Pois não, meninos?
Os três arregalam os olhos com a aparição súbita de Promfey, não estavam preparados para isso.
--Olá, Promfey!--Remus começa sabendo perfeitamente bem que James e Sirius não saberiam como falar.--Nós queríamos saber se você nos deixaria entrar para ver Severus Snape se ele permitisse.
Promfey arqueia uma de suas sobrancelhas.
--O que os faz pensar que ele diria sim?
Os três suspiram.
--Nada,--Remus começa.--Nós apenas estamos testando.
Promfey não iria mentir, ela estava terrivelmente curiosa. Aqueles três estavam apostando pesado.
--Certo, eu irei perguntar para ele, logo trago a resposta.
A mulher adentra a enfermaria novamente, deixando os três sozinhos com seus pensamentos inquietos. Era muito nervosismo para três pobres almas.
Severus se encontrava deitado, seus olhos presos no teto logo acima de sua cabeça. Ele pensava sobre sua vida, ao mesmo tempo que tentava esquecer o enjoo que sentia devido ao almoço que Promfey o fez comer. Ela estava tentando de tudo para fazer a comida permanecer em seu estômago depois que descobrira sobre o transtorno alimentar de Severus. Severus não mentia ao dizer que as poções que ela estava o fazendo digerir eram terríveis.
As cortinas que davam para o seu leito são abertas lentamente, não assustando o mais novo por muito pouco. Promfey começa a o fitar com um meio sorriso.
--Olá Severus, está se sentindo enjoado?--Havia uma ponta de esperança na voz da mulher mais velha.
Severus suspira.
--Tenho a impressão que eu irei vomitar se ter que me colocar de pé.
O suspiro de Promfey sai cansado.
--Okay, veremos isso depois, agora eu tenho uma pergunta para você.
--Pergunte.
--Potter, Black e Lupin estão na frente da enfermaria, eles perguntaram se eu os deixaria entrar caso você permitisse. Então, permite?
Severus se prende nos três sobrenomes ditos por Promfey. Então aqueles três estavam preocupados consigo? Era óbvio que sim. Severus não mentia ao dizer que se sentia até que feliz com a menção do que eles queriam, sentia até uma sensação estranha em seu peito. O que era aquilo? Qual era a sensação? Até em sua barriga havia algo. Parecia que milhares de borboletas batiam contra seus tecidos musculares.
--Então?--Promfey volta a perguntar, notando preocupada que o mais novo ainda não havia respondido.
Severus não sentia vontade de ver os três, ainda mais por causa dos sonhos que estava tendo. Era vergonhoso pensar que tinha sonhos eróticos com aqueles três. Mas, estranhamente, se sentia mais envergonhado em pensar nos sonhos fofos que havia tido com os três nos últimos dois dias. Se lembrava vagamente das carícias de Black em seu cabelo no sonho da noite anterior.
Severus cora e isso não passa despercebido pela mulher.
--Eles estão esperando, tudo bem se disser não.
Aquilo era tão idiota. Ele não queria, mas ao mesmo tempo queria os ver. Ele se sentia um tolo por sentir aquela sensação estranha em seu peito e barriga.
--Eu deixo um entrar.--Fala sem pensar, surpreendendo a si mesmo.
Promfey arqueia uma sobrancelha.
--Qual?
Severus não sabia o que estava fazendo. Por que ele era tão idiota?
--Lupin.
A mulher estava surpresa, para ela era óbvio que Severus não aceitaria a entrada de nenhum dos três. Havia ficado seriamente confusa ao vê-lo hesitar tanto e ainda corar antes de dar uma resposta.
Será que ele estava começando a gostar de um deles? Será que era Lupin? Dos três, o único que ela nutria um afeto maior era Remus Lupin.
--Certo, eu irei permitir a entrada dele, okay?
Severus observa a mulher andar em passos calmos até a porta antes de soltar o ar que nem notara ter prendido. Merda, ele havia permitido a entrada de Remus Lupin.
Mais uma vez, eles se assustam com a aparição súbita de Promfey na soleira da porta.
--Então,--James toma a palavra.--Ele permitiu?
Promfey definiria aqueles olhares lançados em sua direção como de três sem tetos em busca de esmolas. Tinha um pouco de pena dos dois que não ganhariam nada.
--Ele permitiu a entrada de um de vocês.
Os olhares desaparecem quase que instantaneamente, sendo trocado por três olhares assombrados e confusos ao mesmo tempo. Eles pareciam não esperar por algo assim. Promfey não os culpava.
--Ele permitiu a entrada de um de nós? Esperávamos que ele não permitisse a entrada de nenhum.--Sirius diz totalmente perplexo.
--Se vocês esperavam que ele não fosse permitir, por que vieram aqui?
--Tínhamos uma pontinha de esperança.--Os três dizem ao mesmo tempo, se assustando com o som das próprias vozes.
--Certo, então pode entrar senhor Lupin, ele está no aguardo.
Remus lança um olhar para Sirius e James antes de não pensar duas vezes na questão de seguir Promfey. Ele tinha a leve impressão de que teria que aguentar dois amigos ciumentos por dias consecutivos depois de ter dito o triunfo de conversar com Severus Snape.
Ele só esperava que Sirius e James não fossem idiotas o suficiente para esquecê-lo na próxima Lua Cheia.
Severus precisava que suas bochechas voltassem ao normal logo, Lupin ainda nem havia adentrado a enfermaria direito e Severus já se encontrava totalmente corado. Por que ele tinha que ser assim? A vontade de vomitar só estava piorando.
--Severus, ele está aqui, posso deixá-lo entrar?
Severus leva um susto ao ver Promfey o fitando com um carinho gigantesco no olhar. Ela bloqueava a passagem de uma pessoa, ou melhor, Lupin, parado logo atrás dela. Severus suspira e meneia a cabeça. Era melhor arrancar o curativo de uma vez, ele sempre dizia isso.
--Claro.
--Certo, eu estarei na salinha ao lado.
A mulher sai andando deixando Severus sozinho com um dos personagens de seus sonhos "aterrorizantes". Lupin não parecia saber o que fazer parado feito um idiota a metros de distância.
--Olá Lupin.--Por algum tipo de milagre, Severus consegue puxar assunto.--Tudo bem?--A qualquer momento ele vomitaria.
--Ah, estou bem, obrigado.
Severus nota com pesar que ele ainda não tivera coragem de andar até o leito. Por que ele estava parado tão longe? Severus parecia necessitar de sua proximidade. Malditos sejam os sentimentos! Severus se sentiria tolo pelo resto de sua vida.
--Pode chegar mais perto, eu não mordo.--Lupin parece se assustar com o pedido, mas não hesita ao andar até a cama de Severus, parando a um metro de distância.--Pode se sentar também, eu não vou dar um chilique, não me sinto ameaçado.
Lupin anda até o pé da cama, se colocando sentado de forma dura. Não era tão simples para ele entender o porquê de Severus ter permitido a sua entrada. Sentia até medo de James e Sirius por isso.
Um silêncio estranho se coloca entre eles, fazendo ambos corarem. Severus estava muito enjoado- Lupin estar aí só piorava a situação,- sujaria todos os cobertores e pagaria mico.
--Então, por que você deixou que eu entrasse?
Severus cora no maldito momento da pergunta, fazendo Lupin corar também. Era claro, Remus sabia a resposta. Severus gostava dele, embora não entendesse o maldito motivo.
--Não sei... Eu sentir que era... O certo? Não sei, estou tão perdido.
Remus entendia. Sentimentos são uma bagunça difícil de entender, ele mesmo ainda não entendia os dele o suficiente, mesmo que soubesse com todas as suas forças que mudaria o mundo por aquela criaturinha encolhida nos cobertores pasteis.
--Está tudo bem, eu entendo. Mas vamos lá, tem ideia do tempo que ficará ainda aqui?
Severus dá de ombros.
--Se depender de Promfey, até o dia que uma comida ficar no meu estômago. Eu estou a pouco de vomitar aqui. E para você ter uma ideia, eu comi um prato cheio de macarronada.
--Eu não faço ideia do que dizer.--Remus diz instantaneamente.--Eu não queria que você tivesse que passar por algo assim...
Severus suspira no mesmo momento que dar de ombros.
--Fazer o que? Mas agora me conte uma novidade, algo feliz, por favor.
Remus sorri feliz ao notar que ele tinha uma ótima notícia para contar ao Sonserino.
--Eu tenho uma ótima. Sirius e eu formos conversar com Dumbledore sobre podermos sair para ir nas bibliotecas do Beco Diagonal e ele disse que iria procurar um dia, claro que a gente mentiu dizendo que era para os N.I.E.Ms, quando na verdade é para a marca de Régulos. O problema é que eu tenho a leve impressão de que Dumbledore desconfia que não é pelos N.I.E.Ms.--Ele não tinha a leve impressão, ele tinha certeza.
Severus solta um riso que faz a barriga de Remus explodir em borboletas.
--Essa é uma notícia magnífica, espero que vocês encontrem algo. Até eu havia começado a pesquisar, mas eu não encontrei nada antes de vir parar aqui. Eu até pensei em pedir acesso à biblioteca de Lúcius, no caso a dos Malfoys, mas acabei não tendo tempo.
O rosto de Remus se ilumina por um curto segundo.
--Nossa, a biblioteca dos Malfoys é a mais antiga das famílias tradicionais, seria de extrema ajuda.--Claro que Remus não iria admitir que ele havia pensado em pedir para Severus realmente mandar uma carta para Malfoy sobre isso no dia anterior.
--Eu imaginei que você fosse gostar da ideia. Eu irei pedir quando Promfey me liberar daqui, então realmente espero que seja logo.
Remus ri baixinho.
--E eu espero que quando você sair daqui, consiga comer sem vomitar. Quando suas bochechas estiverem gordinhas, ficará mais lindo ainda corado.
Os dois coram antes de Remus terminar de falar. Merda, Remus não havia pensado bem antes de soltar aquela cantada. De qualquer forma, ele havia soado sincero.
--Desculpa, eu não quis assustá-lo.
--Não me assustou, para dizer a verdade eu até gostei.--Severus não sabia o motivo pelo qual estava caindo nos encantos de Remus Lupin, mas ele tinha uma vontade gigantesca de pular em seus braços, mesmo sabendo que vomitaria tudo que comera em suas costas se fizesse tal coisa.
--Eu fico imensamente feliz de saber disso, porque eu tenho muitas coisas que gostaria de falar para você.
--Então fale.--Severus não sabia onde estava se metendo. Por que ele estava agindo feito um sedento de carinho?
--Certo. Você já leu minhas poesias, mas ainda não escutou tudo o que eu tenho a dizer sobre o que eu sinto por você, então vamos lá. Quando estou ao seu lado, sinto como se meu mundo brilhasse em cores multicoloridas, porque quando você não estar por perto, tudo não passa de cinzas.
Severus cora até o último fio de cabelo. Lupin era muito fofo, fofo demais para ser considerado real.
--Eu não sei o que dizer, mas fale mais, por favor.
--Okay. Eu amo quando chove, porque eu sinto seu cheiro por todo o lado, então consigo imaginar como se você estivesse comigo ao invés de afastado.
Severus sentia que as borboletas iriam explodir sua barriga.
--Mais...
--Quer mais? Não diga que você realmente gosta das minhas poesias sobre você.
Severus revira os olhos.
--Você tem talento, eu querendo ou não.
Severus mal notou quando seus olhos grudaram dos caramelos em sua frente, enviando ondar elétricas pelo corpo de ambos.
--Quando eu olho para os seus olhos,--Lupin começa a falar depois de alguns segundos.-- Meu mundo deixa de ser pequeno para se tornar gigante, pois eu imagino tantos lugares onde eu poderia levá-lo, tantos lugares onde eu poderia amá-lo, que eu sorrio só de imaginar, então imagina viver. Você não faz ideia do tamanho do amor que eu sinto por você.
Aqueles olhos eram tão brilhantes, tão magníficos. Severus estava preso, tão preso que nem notou quando o lupino começou a aproximar o rosto do seu, cada vez mais perto da explosão de sentimentos do menor. Severus lambe os lábios sem pensar, com seus olhos indo e vindo dos caramelos até seus lábios.
--Eu acho você tão perfeito...
Lupin estava a centímetros de distância de sua boca, só mais um pouco e Severus sentiria o sabor dos lábios em sua frente. Ele não sabia antes, mais suplicava por aquele toque.
--Me beija...--Foi apenas um sussurro, mas foi o suficiente para Remus escutar.
--Certeza?
Severus não sabia o porquê de Lupin estar esperando para se deixar levar. Severus suplicava por aquilo.
--Por favor.
Os lábios grudam nos seus, forte, rápido, sedento. As barrigas de ambos explodem em milhares de borboletas quando a dança começa. Severus leva as mãos às bochechas do lupino, sentindo que a vontade gigantesca que tinha de vomitar agora não passava de uma vontade gigantesca de tê-lo cada vez mais perto de seu corpo.
Lupin tinha gosto de chocolate, Severus nota ao deixar que o outro entrasse com a língua em sua boca. E também sabia beijar como ninguém, nota quando começa a passar as mãos nos cabelos claros. Aquilo estava tão terrivelmente perfeito.
Lupin tinha suas mãos na cintura do menor, o pressionando enquanto dançava com sua língua. Ele havia esperado tanto por isso que agora era irreal o fato de estar beijando os lábios finos que tanto pediu para ter nos seus.
A falta de ar se faz presente e contra gosto eles são forçados a se separarem. Ambos estavam corados, mal acreditando no que havia acontecido.
Ambos ficam em silêncio, se encarrando sem saber o que deveriam dizer.
--Ainda está com vontade de vomitar?--Remus pergunta a primeira coisa que aparece em sua mente e se surpreende ao ver o menor negar.
--Não, estranhamente eu não estou mais. Essa deve ser a poção que a Promfey tanto procura para a comida permanecer em meu estômago.
Lupin ri e Severus cora mais do que estava. Estranhamente, ele estava achando Lupin muito mais bonito depois do beijo. Deveria ser um efeito dos hormônios.
--Então eu deveria beijá-lo mais vezes, não acha?
Severus não consegue segurar seus olhos quando eles reviram.
--Sim, eu acho que sim.
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