Como previsto, Dumbledore deu uma semana de detenção para Severus. Claro que isso foi depois do jovem irritado perder vinte minutos respondendo suas perguntas preocupadas. Severus não conseguia entender de uma forma significativa o porquê de Dumbledore parecer tão preocupado com ele.

Já no Dormitório, Severus largou os livros sobre a cama, sob o olhar curioso de Régulos Black. Como o mais novo não ficaria curioso? Severus havia sumido por uma tarde inteira e muito mais.

--Onde você estava?

Severus olha para o garoto de pernas cruzadas na cama, observando sua expressão cansada, como se ele não tivesse dormido nada, mesmo que Severus soubesse que ele havia dormido bastante por estar com o cabelo todo bagunçado e o pijama fedendo a suor. Deveria ter acordado a pouco.

--Olá meu amigo, eu estava na Mansão Malfoy!--Severus não consegue evitar que sua voz saia totalmente animada. A felicidade corria solta por seu corpo.--E você não faz ideia do que eu conseguir!--Ele queria gritar para o mundo todo que havia encontrado algo.

Régulos arqueia uma sobrancelha, a sua expressão estando levemente assustada. Quando Severus beijou Remus Lupin, ele havia ficado imensamente feliz, tanto que parecia que iria derreter de felicidade, mas não tanto quanto naquele momento. Agora parecia que ele iria perfurar o teto de tanta felicidade.

--O que você encontrou?

Severus anda saltitante até a cama do mais novo, então se coloca sentado ao seu lado, o sorriso gigante ainda presente em sua face enquanto fitava o mais novo. Régulos se perguntava se ele iria contar logo, ou se ficaria sem falar até aquele suspense atingir altos níveis. Régulos odiava suspense, não era o tipo de livro que ele procurava na biblioteca.

--Me conte logo!--Régulos não estava com muita paciência. Severus às vezes o testava.

--Certo, não se estresse, Reg!--Severus também não gostava de esperar quando alguém tinha algo para contar, mas naquele momento apenas queria brincar um pouco com a paciência do garoto, mesmo que isso o estressasse.

--Conta de uma vez, criatura!

Severus solta um risinho baixo antes de soltar a bomba na cabeça do garoto estressado:

--Eu encontrei um feitiço que pode ser capaz de livrá-lo da Marca Negra! Só que eu ainda não tenho muita certeza, mas é quase certo!

Os olhos de Régulos se arregalam e brilham, como se uma felicidade esquecida se projetasse neles. Severus observa ele ficar dessa forma por um longo tempo, quase como se estivesse quebrado, o que não deixa de preocupá-lo depois de um tempo. Será que havia quebrado o amigo? Severus era bom em quebrar as coisas, mas não queria quebrar o melhor amigo depois de achar ter encontrado o que ele precisava para ter uma vida feliz.

Aliás, quem iria querer quebrar uma coisa? Nem um surto de raiva você quer quebrar as coisas, apenas quebra por achar ser algo satisfatório, quando na realidade, só causa prejuízo e dor de cabeça depois do surto.

--Régulos, fala alguma coisa, está me preocupando com esse silêncio todo.

O mais novo balança a cabeça, como se saísse de seu estado de torpor. Então seus olhos de repente ficam aguados, e lágrimas teimosas partem a escorrer por sua face. Severus se vê preocupado, pensando se havia falado algo errado para Régulos ter começado a chorar daquela forma repentina.

--Régulos, por que está chorando?--Preocupação irradiava por sua voz.--Eu falei algo errado?

Régulos se mantém calmo por uns longos segundos somente para fitar a face de Severus, focando na dúvida que corria solta por aqueles olhos negros como a noite. Havia algumas estrelinhas brilhando dentro deles também... Eles eram tão lindos.

--Eu estou chorando de felicidade!--A sua voz soa embargada, mas ao mesmo tempo alegre.--Severus, eu não acredito que você conseguiu!

Os braços de Régulos o puxam de repente, assustando o mais velho quando a cabeça vai de encontro ao ombro do outro. Régulos estava o abraçando forte, enquanto as lágrimas desamparadas manchavam o suéter surrado que Severus vestia no dia.

Nenhum deles acreditava que algo havia sido encontrado, mas felizmente Severus tinha quase que certeza de que havia encontrado o que precisavam. Bem... Quase... Prestem atenção no "quase".

Persistência era o nome do que tivera, e por Régulos ele iria até o fim do mundo se precisasse. É para isso que melhores amigos servem, não? Estar aí para ir até o fim do mundo por você, mesmo que isso custe a própria vida.

E se a pessoa realmente te ama, ela faria o mesmo, não faria?

Fica a reflexão.

James adentra o Dormitório caindo de sono. Havia quase que rolado escadas abaixo quando seus olhos ameaçaram se fechar no pior momento possível. Agora, a única coisa que queria era se deitar na cama e ter uma bela noite de sono em completo silêncio. Que Merlin deixasse isso acontecer, pois se dependesse de Sirius e Remus ele não conseguiria.

Como eram 10 horas da noite, Sirius e Remus ainda se encontravam perfeitamente acordados, cada qual sentado em sua respectiva cama e com os olhos brilhando em expectativa para James, como se esperassem que ele não estivesse mais irritado com a forma como agiram. O problema era que James ainda se encontrava perfeitamente irritado com aquelas antas.

--Onde estava?--Remus é o primeiro a tomar a palavra.--Ficamos preocupados.

James apenas revira seus olhos e torna a andar até seu malão de uma forma lenta e cansada. Ele queria tanto não ter que catar seu pijama e escovar os dentes antes de se jogar no colchão e ter a sua noite de sono tão esperada.

--Não importa onde eu estava, já estive ou estarei.--Ele torna a falar de forma seca antes de adentrar o banheiro.--Eu apenas precisava fugir de vocês e ainda preciso. Então calem as bocas, suas antas fedidas!

Ele pouco se importou com os olhares tristes de ambos antes de fechar a porta do banheiro com um baque extremamente forte. Sirius e Remus mereciam a forma fria como James estava os tratando por um tempo indeterminado. Ele pouco se importa se havia motivos ou não para agir daquela forma, apenas estava irritado, muito irritado!

Lily pulou em cima de Severus e Régulos na manhã de Segunda-Feira, mal acreditando que eles literalmente se encontravam em sua frente. O dia anterior havia sido um pesadelo e o momento quando acordara não havia sido melhor, com Marlene a estressando pelo o que fizera no dia anterior. Ela havia se estressado de uma forma gigantesca com a garota.

--Vocês estão vivos!--Ela briga com eles.--Ontem eu os procurei por todos os lados e não consegui achar em algum sequer!

Severus automaticamente se sente culpado, ele não havia nem pensado em avisar Lily, mas também não parecia estar dando a atenção merecida para a ruiva nos últimos dia, não havia nem contado sobre o beijo que dera em Remus e sobre o que dera em Sirius. Nossa, ele teria que contar tudo nos mínimos detalhes para a satisfazer, sentia até medo da reação que ela teria com tais notícias. Ele tinha tanta bomba para jogar nela!

Severus mal acreditava que teria que ver aquelas três criaturas naquele dia... Aquilo era um pesadelo, com toda a certeza.

--Lily, eu tenho algumas coisas para contar.--Ele começa a dizer, claramente ansioso.--Você pode se sentar na mesa da Sonserina?

A garota imaginava o que Severus queria contar para ela, quer dizer, ela tinha uma breve ideia de que envolvia os dois beijos que ele dera e o que fizera no dia anterior. Era claro que ela não negaria a chance de escutar sobre os beijos nas palavras dele, pois muitas vezes os outros tendiam a deixar passar coisas essenciais, como os detalhes, e elas precisava dos detalhes. Se haviam sido bons, se haviam sido ruins, se foram nojentos e etc. Ela precisava de todos os detalhes possíveis! E ela claramente estava muito mais ansiosa para escutar sobre os beijos do que sobre o dia anterior do melhor amigo.

Régulos parecia levemente incomodado ao lado de Severus, como se temesse algo. Então ela acena para ele, já sabendo o motivo de seu incomodo. O sinal deixava claro que ela não contaria sobre o fato de Régulos já ter dito uma boa parte do que Severus contaria. Sonserinos eram tão desconfiados!

--Claro, eu sento.--Ela não deveria estar pensando direito.

A garota não negaria a chance de se sentar com eles. Estava sentindo saudade por causa do maldito dia anterior, pois ela havia odiado aquele dia com todas as suas forças. Estava acostumado a tê-los por perto, então fora uma verdadeira tortura.

Ela se coloca sentada em um lugar vazio na mesa das cobras, se sentindo meio mal por estar sentada em um lugar onde a maioria parecia a odiar por ser Nascida Trouxa, ainda mais pelos olhares que acaba recebendo depois de se pôr naquela mesa. Parecia que todos os olhares do Salão estavam voltados para ela.

Bom dia respeitado público! Hoje recebi a triste notícia de uma garota Nascida Trouxa suicida, que se pôs sentado na mesa da Sonserina sabendo que assim a sua morte seria rápida e indolor. Abaixo uma foto dessa brilhante guerreira.

Com mais notícias, Rita Skeeter.

Os garotos não tardam em se colocarem sentados um de cada lado do corpo da ruiva, que sorri feliz por tê-los por perto, assim se sentia muito mais segura. Não era como se fosse morrer apenas por estar aí, era? Olhando para os rostos de vários Sangues Puros, era claro que ela poderia muito bem levar um Avada Kedrava.

--Não precisa ter medo, Lily.--Régulos diz com um de seus brilhantes sorrisos. Ele parecia estar bem, essa era uma notícia maravilhosa!--Se alguém tentar fazer algo com você, eu mato.

Lily não evita um riso que se solta de sua boca, recebendo vários revirares de olhos dos Sonserinos sentados ao seu redor. Por que eles tinham que ser tão... Qual era a palavra certa? Lily tinha várias. Chatos, antigos, medonhos, preconceituosos... Lily sabia que na Grifinória, tanto quanto na Corvinal, vários alunos também mantinham a crença de Sangue Puro acima de tudo, mas na Sonserina tudo parecia ir aos extremos. Na Grifinória quem mantinha a crença não se mostrava, na Corvinal isso dependia da pessoa, mas na Sonserina os alunos não tinham medo de deixar na cara que eram preconceituosos, e isso era um pesadelo para os Nascidos Trouxas de Hogwarts e também para os Sonserinos que não mantinham as mesmas crenças. Ela agradecia por não ser todos, pois ela conhecia alguns que poderia até colocar em um potinho e guardar. Tipo o Reg.

--Régulos falou por nós dois, Lily.--Severus torna a falar, a tirando de seu estado de torpor. Ela nem havia percebido que entrara no fundo de sua mente.--Agora você está pronta para me escutar?

Lily não tarda a balançar a cabeça positivamente, recebendo um sorriso gigante como resposta.

Ótimo, agora ela escutaria tudo de primeira mão.

Só faltava a pipoca!

--Severus está bem!--Sirius grita em completa felicidade quando se pôs sentado na mesa da Grifinória, mas automaticamente seu rosto atinge uma expressão confusa ao ver a pessoa sentada ao lado de Severus e de seu irmão.--Mas o que a Evans está fazendo na mesa da Sonserina?

Remus, que também se colocava sentado, franze as sobrancelhas ao ver a ruiva.

--Parece que ela não tem medo da morte.

--Ou, ela deve saber que ninguém irá machucá-la com Severus e Régulos ao lado dela.--Um James mau humorado se senta ao lado de ambos, os assustando, pois eles tinham certeza que ele iria sentar o mais longe possível.--Ela confia neles.

Sirius e Remus ainda não haviam convencido James de que estavam arrependidos pela idiotice de ambos. No dia anterior haviam tentado se reconciliar, os dois, quando James gritou com eles e sumiu castelo a dentro. Foi desesperador, mas conseguiram apesar dos apelos.

--Ainda irritado?

James lançou o seu olhar mais mortal para as faces ruborizadas de medo das duas criaturas irritantes.

--O que vocês acham?

Sirius e Remus engolem em seco, não tardando a desviarem os olhares da face de James de forma rápida, logo os lançando em direção à mesa da Sonserina, onde Severus mantinha uma conversa atenta com a ruiva e Régulos a fitava com admiração. Sirius não acreditava que seu irmão poderia sentir algo por aquela ruiva sardenta de olhos verdes penetrantes. Tudo bem que Evans era linda, mas ele não imaginava seu irmão com ninguém em particular.

--Pontas,--Sirius sai de seu estado de torpor para focar em Remus, esse que dirigia a fala à James.--Você tem muitos motivos para estar de mal com a gente, e eu sei que o principal é o fato de Severus ter beijado eu e Sirius, mas não ter feito o mesmo com você.--James grulhe irritado.--Mas sabe de uma coisa? Estar irritado com a gente não vai resolver os seus problemas, então por favor, nos perdoe!

James arqueia uma sobrancelha de forma sarcástica para Remus, esse que se encolhe automaticamente. Como evitar sentir medo quando o seu corpo é fraco e há um cervo irritado em sua frente?

--Que pedido de desculpas fajuto!--Ele se coloca em pé, não olhando para eles, o que claramente era péssimo. Remus havia atirado no escuro e errara feio.--E agora, se me dão licença, eu vou comer longe de vocês.

Sirius e Remus prestam atenção nos passos de James enquanto ele anda para longe, ambos mau acreditando que ele realmente iria continuar agindo daquela forma por um tempo indeterminado. Tudo bem que eles mereciam, pelo menos em parte. O problema era que sem James por perto para os ajudar a passar pelas coisas complicadas daquele amor conflituoso que sentiam por Severus, as coisas ficavam difíceis. James era quem os animava.

--Espera,--Sirius chama a atenção de Remus que já havia abaixado a cabeça para a comida em seu prato, essa que não estava chamando a sua atenção.--James está andando em direção à Sonserina...

Remus arregala os olhos para o que estava vendo. Por que aquela criatura estava andando em direção à Sonserina, mais precisamente para Severus? Será que a culpa havia sido dele por justamente ter falado com ele daquela forma?

Se James morresse... Ai Merlin! Isso não aconteceria, mas... Um suspiro cansado se solta de Remus. James era mais complicado de se lidar do que Sirius.

--Certo,--Lily torna a falar quando Severus termina a sua longa e conturbada história sussurrada.--A sua narrativa foi incrivelmente detalhada. Você beijou Remus Lupin, depois beijou Sirius Black, agora só falta James Potter.--Severus revira os olhos, levemente incomodado.--E sobre a última parte do que contou, você realmente encontrou um feitiço capaz de retirar a Marca Negra de Régulos?

Severus havia lançado um feitiço sobre eles para ninguém escutar o que conversaram, mas claro que eles ainda cuidavam sussurrando, já que o feitiço poderia muito bem vir a falhar e eles não queriam correr o risco de todos da Sonserina ficarem sabendo sobre os beijos e a Marca Negra no braço de Régulos. Régulos se tornaria um alvo fácil de interesseiros e Severus sofreria um preconceito rígido por ter beijado dois caras, mesmo que esses tivessem o sangue puro.

--Eu ainda preciso ter certeza, mas é quase certo...

--E Severus ainda precisa conversar com Sirius, James e Remus para falar que ele encontrou, mas claro que ele está com medo de chegar perto deles.--Régulos não podia perder a chance de incomodar Severus com aquilo.

--Régulos, se coloca do meu lugar, você tem ideia da vergonha que eu estou sentindo?--Agora Severus estava falando alto.--Eu tinha um perfeito, beijei o estupido e agora devo ter perdido o perfeito.

--Olha, um deles está vindo até aqui agora mesmo, então eu desejo sorte.

Severus arregala os olhos assim como Lily quando ver James Potter se parando logo ao lado deles. O que ele estava querendo aí? Não era como se Severus fosse sair correndo, porque não era Sirius nem Remus, então ele até que estava a salvo. O problema era que Potter deveria saber de tudo de uma forma incrivelmente detalhada.

--Por que eu não consigo escutar o que vocês estão falando?--Essa é a primeira coisa que ele torna a falar.

Severus arqueia uma sobrancelha, então o feitiço havia funcionado.

Ele pega a varinha e a gira no ar, sentindo um puxão em sua barriga quando o feitiço se rompe. Potter torna a ficar confuso, sua mente pequena tentando processar o que havia acontecido para os três terem feito caretas incomodadas.

--Olá Potter, tudo bem?--Régulos é o primeiro a conseguir falar algo, pois Severus não parecia com vontade, tampouco Lily.

--Mais ou menos. Por que você sumiu ontem?--James dirige a pergunta prontamente para Severus, esse que se assusta levemente.

Okay, era óbvio que aquelas antas haviam notado o sumiço, eles viviam grudados em seus sapatos. Não era novidade. No fundo Severus queria nunca os ter conhecido, mesmo que seu coração acelerasse sempre que eles se encontravam perto, que nem naquele momento com James pertinho de seu corpo.

Era normal ele querer abraçá-lo?

--Ontem eu fui na mansão Malfoy e eu encontrei o que procurávamos.--Severus espera que James entenda com aquelas palavras, já que ele não queria lançar o feitiço nos quatro novamente apenas para falar que havia encontrado um feitiço para tirar a Marca Negra de Régulos.

James atinge uma expressão confusa e Severus bufa. Por que ele achava aquela lerdeza fofa? Tudo bem que ele não havia dito algo muito fácil de entender, mas... Bem, estava um pouco na cara com o "procurávamos".

--Entendeu?--Régulos decide ajudar.--Severus encontrou um feitiço que pode retirar aquele negócio daquele lugar.

James decide não entender novamente, mesmo que estivesse na cara, o que faz os dois garotos e a garota revirem os olhos e suspirarem irritados. Eles mereciam.

--Severus encontrou um feitiço que pode retirar aquela marca daquele lugar.--Lily diz por fim, o que faz aqueles olhos irritantes arregalarem. Finalmente, aquela anta havia entendido.

--Meu Merlin,--Agora ele estava sussurrando.--Isso é fantástico.

--Sim, isso é.--Régulos diz.--Agora vai lá na Grifinória e fala para meu irmão e Lupin que eles deverão nos encontrar depois das aulas na árvore que Severus tanto ama.--Severus arregala seus olhos. Ele não queria ver as três antas juntas justamente no lugar que tanto amava.--Entendeu?

James meneia a cabeça rapidamente, feliz de uma forma estranha, pois ele não tinha muito a ver com aquela situação, já que a marca não estava no braço de nenhum de seus amigos. Era felicidade por ele não ter mais que procurar, provavelmente.

--Certo!--Ele leva seu olhar para Severus.--Fico imensamente feliz por você estar bem.--E elle lança uma piscadela, o que não passa despercebido para toda a Sonserina.

Então ele sai correndo em direção à Grifinória, deixando um Régulos feliz, uma Lily maliciosa e um Severus de bochechas coradas totalmente ansioso para trás.

Merda!

Ele não queria ver aqueles três juntos para ter que explicar sobre o feitiço que encontrara, era demais para ele! Deveria estar preso em um pesadelo para ter que arcar com aquilo... Por ter que estar se apaixonando por as três antas.

Culpava Régulos, mesmo não sabendo o porquê. Quem sabe porque era muito mais fácil culpar qualquer outra pessoa do que a si mesmo, pois ele sabia que não estava somente irritado e ansioso por Régulos ter dito para Potter falar a Remus e Sirius que deveriam ir até aquela árvore depois das aulas, mas também por tudo que havia acontecido até aquele momento.

Ele rezaria para não gaguejar com os três em sua frente.

Que Régulos e Lily o ajudassem.