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"Culpa"


Severus não tardou a abrir os olhos, assustado, se pondo sentado rápido demais para a sua pressão aguentar. Ele estava na enfermaria, com o suor ensopando os lençóis. Ele se lembrava do que havia acontecido, pelo menos antes de ter desmaiado... Ele não sabia como ainda estava vivo e com todas as suas funções funcionando. Aquilo havia realmente acontecido?

Sua respiração estava inquieta e o coração não parecia tentando a se acalmar. Ele deveria saber que aquelas cicatrizes tinham que significar algo, mas por que tinha que significar aquilo? O garoto por quem estava apaixonado era um lobisomem! Uma criatura sanguinária das noites de lua cheia.

Severus tenta se colocar de pé, mas acaba por desabar no chão ao lado de sua cama. Estava tremendo demais, as suas próprias pernas não conseguiam se manter de pé por esse exato motivo. Por que tinha que estar tão assustado?

Merda, merda, merda, merda.

Ele não sabia o que fazer, falar, sentir sobre tudo aquilo. O seu coração estava despedaço, se sentia traído e enojado.

--Sev... Você me assustou...

Severus sente uma mão em seu ombro e arregala seus olhos institivamente. Ele sabia quem era a pessoa atrás de si, mas não tinha coragem o suficiente para olhá-lo. Como poderia fitar os olhos de quem... O salvou? Severus não tinha certeza do que acontecera depois de desmaiar... Ele queria ter, mas não tinha.

--Ei, eu sei... Olha, eu sei que foi terrível, eu queria poder voltar do tempo e impedir que isso acontecesse... Mas, Sev... Apenas...

--Não precisa dizer nada...--Severus consegue proferir, se sentindo um lixo naquele chão. Ele não poderia olhar para a face de James.--Está tudo bem com você?

Um completo silêncio se instala entre eles. Severus poderia estar à mercê da preocupação... Será que James havia se machucado? Ele pulara para protegê-lo... Remus poderia... Não! James não estaria acordado caso Remus tivesse o mordido.

--Mais ou menos...--A resposta finalmente vem.--Você desmaiou... Fiquei preocupado.--Havia insegurança na voz de James, uma insegurança palpável. Por que ele estava inseguro?--Você quer ajuda para levantar?

Severus finalmente vira seu rosto, focando os olhos negros nos castanhos que agora se encontravam avermelhados. James estava machucado, com a face arranhada e a perna direita dobrada de uma forma que o peso de seu corpo sobrava para a perna esquerda... James havia mesmo corrido ao seu resgate, e no caminho se machucara. Severus tenta não se senti culpado, mas falha miseravelmente.

--Eu levanto sozinho...

Severus se coloca em pé, com os olhos tentando focar em qualquer coisa, menos na pessoa parada em sua frente. Severus não fazia muito ideia do que deveria sentir, mas entre culpa, medo, ansiedade, tristeza... Parecia que ele estava mil vezes mais voltado para a culpa. Claro, havia sido sua culpa seguir as vozes dos três, havia sido a sua culpa que James teve que salvá-lo... E provavelmente o que viria a acontece nos próximos dias também seria sua culpa.

--O que aconteceu depois que eu desmaiei?--A pergunta escapa de sua boca e os olhos de James o encarram com piedade.

--Não foi sua culpa, okay? Eu e Sirius tentamos impedir, mas no final das contas acabou por...--James trava, não sabendo como poderia falar aquilo à Severus, que parecia tão abismado com tudo aquilo. Afinal, como eles não perceberam que o mais novo namorado havia os seguido? Eles poderiam ter impedido o que aconteceu, mas agora era tarde para lamentações.

--O que aconteceu?--Severus exige, ansioso. Ele não entendia o porquê de James ter travado justamente na hora que ia falar o que ele queria tanto ouvir.

--Bem...--James respira fundo.--Quando Remus pulou e me machucou por eu ter me colocado na sua frente, Sirius foi forçado a o... Bem, digamos que o morder e... e...

--Vocês são animagos...--Severus profere, baixo, assustado, talvez abismado. Ele havia visto o cervo se transformar no James e, se Sirius havia supostamente mordido Remus, então ele era o grande cachorro negro, o dono do rabo que fizera ele adentrar o buraco. Aquilo era tão... tão... James e Sirius eram bons em Transfiguração, então Severus não sabia o porquê de estar tão... tão... tão o quê? Admirado? Orgulhoso? Por que ele estaria orgulhoso?

--Sim, eu e Sirius nos transformamos por Remus... Ele não nos ataca.

Severus meneia a cabeça, pensando no quão profunda era a relação dos três. Por mais que ele tentasse, duvidava que um dia fosse realmente entender aquela profundidade.

--Certo, continue falando. O que aconteceu com Remus? Sirius o machucou feio?

James respira fundo novamente, como se o que fosse falar em seguida fosse a pior coisa do mundo.

--Eles brigaram no chão, rodaram no chão... Não foi só Remus que se machucou... Eles fizeram isso até que Remus notou que era Sirius abaixo de si... Às vezes, mesmo com a poção Matacão, é fácil perder os sentidos, porque ela apenas ameniza os efeitos da licantropia... Ou, talvez, a poção simplesmente não tivesse feito efeito antes de Remus notar que estava quase matando Sirius...

Severus engole em seco, a menção da palavra matando, não havia o agradado.

--Como assim? E que horas são?--Severus pergunta com a voz fraca, quase como se estivesse com dificuldade para reunir as palavras.

Severus olha ao redor e cai com seus olhos na janela já aberta, finalmente parecendo notar que estava claro lá fora. Ele havia ficado desmaiado por quanto tempo?

--São oito da manhã...--James soa.--E Sirius está bem, para dizer a verdade é provável que ele acorde logo...

--E Remus?--A pergunta se solta de suas cordas vocais institivamente.

Severus não sabia o porquê de estar se preocupando com um lobisomem. Ele não sabia o porquê de estar se preocupando com os três. Tinha algo de nojent... Do que Severus estava falando? Por que exatamente ele pensava naquilo como nojento? Ele estava tão confuso. Não era de se estranhar... Mais uma pitada de informação e ele morreria.

--Remus está bem.. Está acordado e melhor que Sirius... Acho que para ele foi mais um susto. Lobisomens são fortes, ele quase não sentiu nada...

--Eles estão aqui?--Severus não sabia como conter a ansiedade. Ele odiava saber que havia sido pego de surpresa, mas a culpa em seu ser era enorme para se importar se Remus era um lobisomem repugnante ou não.

--Sim, eles estã..

--Onde?

Severus não se contém, começando a andar pela enfermaria em busca dos leitos corretos. Seu coração estava acelerado de tanta preocupação. Por que ele tinha que ser assim? Ele precisava ver Sirius para saber se ele estava bem mesmo... E ele também precisava saber como não havia notado algo estranho em Remus. Ele havia ido tão bem nas aulas de licantropia no terceiro ano, então como não notara? Ele era tão cego assim?

--Calma!--James o segura, o impedindo de continuar andando feito um maluco sem direção--Eles estão mais lá para trás, eu o levo.

O maior coloca as duas mãos em seus ombros, o guiando em direção aos últimos leitos da enfermaria, onde Remus geralmente ficava depois da lua cheia. Mas Severus de repente trava, fazendo com que James quase caia para trás e machuque sua perna mais do que já estava.

--O que foi... Severus?--Sua pergunta vem cheia de preocupação, mas o mais baixo nem nota.

Severus, meio tenebroso com a pergunta que acabara de surgir em sua mente, lança seus olhos aguados para os castanhos avermelhados depois de um longo tempo de silêncio. James, confuso, arqueia uma sobrancelha.

--Você disse que Remus quase matou Sirius... Isso significa que...

James se apressa a responder, não sabendo muito como lidar com aquela situação:

--Não sabemos... Promfey não consegue ter uma ideia exata antes da próxima noite de lua cheia... Ele estava em forma animaga... Então... Eu não sei.

James parecia perdido, como se falar daquilo fosse uma luta. Severus parecia mais perdido do que o próprio James apenas por pensar do que a sua ideia de girino havia proporcionado.

Severus não diz mais nada durante todo o resto do percurso até os últimos leitos. Apenas permanece com os pensamentos correndo soltos e as lágrimas contidas... Ele não fazia ideia do que faria. Estava apaixonado por um lobisomem e a outra pessoa que gostava poderia se transformar em um lobisomem... Ou seja, se ele fizesse de conta que não se importa e aceitasse continuar com eles, estaria namorando dois lobisomens. Aquilo era nojent... Argh! Ele não conseguia terminar a palavra.

James abre as cortinas de dois leitos lado a lado. Remus, que ao ver Severus não tardou em arregalar os olhos, estava no leito grudado à parede... Já no leito ao lado, Sirius dormia profundamente, com ataduras por uma boa parte de seu corpo. Severus sente o coração pesar... Por que havia sido tão tolo? Aquilo não teria acontecido se ele não tivesse sido idiota.

--Se... Severus...--Remus profere, e Severus o olha de forma perdida. James ainda estava com as mãos em seus ombros e com o corpo pressionado contra as suas costas. Era até que gostoso ficar daquela forma com alguém muito maior do que você.--Eu... Eu...

Remus abaixa o rosto, fitando as cobertas. Severus entendia o motivo pelo qual ele se encontrava perdido, também não sabia o que falar naquela situação. Seu coração estava apertado por não dizer frases como: "Eu não me importo...", "Sirius ficará bem, eu tenho certeza.", "Eu continuo apaixonado por você, não importa a sua doença...", "Está tudo bem, não há motivo para se preocupar com meu amor por você" . O problema é que seu orgulho não permitia... E ele não tinha certeza se se importava ou não com a condição de Remus Lupin.

Ele provavelmente morreria se simplesmente pulasse fora de algo tão bom, mas (que merda de "mas")...

--Você está bem?

Severus chega a se assustar com a voz de Remus. Ele meio que esperava que o completo silêncio predominasse por uns bons minutos.

A sua resposta soa fraca, e Severus não consegue olhar para o rosto do licantropo. Ele sabia que Remus notaria que ele não estava bem de verdade.

--Sim... E você?

--Você não está bem!--Remus responde rápido, a voz perfeitamente rouca de cansaço.--É óbvio que você não está bem!

Remus parecia que iria chorar, então quem sabe a sua voz não estivesse rouca somente pelo cansaço, mas sim por que ele estava segurando as lágrimas em sua frente. Severus já se sentia cansado de se sentir culpado... Era tanta culpa ao mesmo tempo. Seu coração pesava.

--Re...--Severus respira fundo, reunindo toda a coragem que tinha dentro de seu corpo para se dirigir diretamente à pessoa em sua frente.--Remus, eu posso não estar bem, mas acredite, não é sua culpa...

--É óbvio que é a minha culpa...

Severus suspira, ele não sabia como falar com Remus justamente em uma situação como aquela. Faltava pouco para os olhos do licantropo transbordarem e, se eles transbordassem, os de Severus acabariam fazendo o mesmo. James ainda segurava seus ombros, com força, mas, mesmo assim, com delicadeza. Severus sentia que ele também fosse acabar chorando, mas não tinha certeza...

--É a minha culpa,--Severus foca nos olhos de Remus. Aqueles olhos estavam tão vermelhos....--Pois fui eu que segui vocês sem permissão... Eu queria saber onde estavam indo então seguir a voz de vocês... E... Bem... Eu acabei gerando toda essa merda. Eu sinto muito... Eu não sei como pedir desculpas... Nem sei o que estou sentindo... Eu... Eu...

Já era, Severus estava chorando, e não era pouco. O aperto de James se intensifica e seus braços rodeiam a cintura magra com força. Agora ele estava abraçando Severus por trás, com a cabeça enterrada nos fios negros enquanto tentava transmitir um pouco de conforto.

As lágrimas de Severus puxam as de Remus, que começam a deslizar pelo rosto cheio de cicatrizes de forma silenciosa comparado aos soluços que Severus agora emitia. Não era possível saber se James choraria naquele momento, seu rosto estava impassível. Ele tentava entender o que acontecera enquanto fitava a imagem de um Sirius desacordado... Ele sentia uma dor gigantesca em seu coração, pois o susto foi enorme. No calor do momento, enquanto ele tentava puxar um Severus desacordado para fora do túnel, foi como se ele estivesse perdendo uma parte de seu coração. Seus dois melhores amigos estavam em uma luta vida por vida, onde no final um poderia muito bem morrer... E, nesse caso, seria Sirius a morrer. O coração de James ainda estava em farelos... Imaginar perder Sirius era um pesadelo. Nunca mais poder ver aquele cabelo, aquela confiança, aquela idiotice, aquela personalidade, aquele corpo e... Aqueles lábios? Porra, James estava indo longe demais com os pensamentos, eles nem faziam sentido.

Quando as lágrimas de ambos finalmente parecem chegar ao fim, James deixa de abraçar Severus e o leva até a beirada da cama de Remus, onde ele o coloca sentado. Os dois se fitam, e James continua com os olhos em Sirius ainda desacordado.

--Eu não o julgo por ter nos seguido... Eu faria o mesmo.

Severus meneia a cabeça. Ele sabia, óbvio, que qualquer um teria seguido por mera curiosidade, mas ainda assim havia sido ele o responsável por todo esse transtorno.

--É... Mas eu poderia ter simplesmente voltado para o castelo e perguntado o que vocês estavam fazendo no dia seguinte.

Remus solta um risinho baixo, tal risinho que poderia ter ou não amenizado o clima. No final das contas, não amenizou, só o tornou pior.

--A curiosidade deixaria?

Severus não responde, apenas dá de ombros, deixando que o silêncio se instalasse entre os presentes. James parecia paranoico, com os olhos ainda presos em Sirius.

--Minha licantropia o incomoda?

Severus não esperava por aquela pergunta, pois como esperar? E qual resposta dar? Ele foca seus olhos novamente nos de Remus, perdido. Ele estava torcendo para Remus não o forçar a dizer algo sobre aquilo... Ele não tinha a resposta, nem fazia ideia do que deveria dizer. Ele ama... ELE AMAVA Remus Lupin, mas como poderia namorá-lo se Remus não passava de uma criatura repugnante?

Ele é salvo de ter que dar a resposta quando um murmuro vem da cama de Sirius e um James afoito corre em direção ao leito. Os olhares de Severus e Remus focam na figura de um Sirius Black mexendo a cabeça no travesseiro, com o olhar completamente perdido. Ele literalmente havia acordado apesar da aparência de alguém que estava em coma.

--Re... Remus...--Sirius começa a murmurar, meio desnorteado.

Remus, apesar de machucado e completamente cansado, se levanta rápido da cama e anda até ficar com a cabeça em cima da de Sirius. Ele tinha um olhar culpado e uma maldita vontade de tirar todas aquelas mordidas na pele de seu melhor amigo.

Ele não acreditava que havia feito uma besteira daquelas... Se Sirius se transformasse na próxima lua cheia, o que era muito provável, ele jamais se perdoaria. Se tivesse tentado se forçar a voltar a si e não tivesse cedido à natureza, Sirius poderia estar de pé como James.

--Eu estou aqui, não se desespere.

Remus pega a mão direita de Sirius, a segurando com força e carinho. O moreno agora tinha seus olhos abertos e fitava os de Remus de forma aliviada, já Remus o fitava de forma assustada e culpada. Naquele momento todos sentiam culpa, uma culpa que os cegava.

--Eu não queria ter feito o que eu fiz...--Remus tenta começa a se desculpar, mas Sirius o cala com um bufar.

--Não foi somente a sua culpa, foi culpa de todos nós.

Os outros três presentes arqueiam as sobrancelhas confusos com aquela fala. A culpa não podia ser de todos, tinha que ser de somente uma pessoa, e parecia que todos queriam se culpar.

--A culpa foi minha, na verdade.--Severus aparece no campo de visão de Sirius, que acaba com seus olhos iluminados. Ele não achava que fosse ver Severus novamente tão cedo, mas agora estava tão aliviado por vê-lo em sua frente e parecendo bem fisicamente.

--Severus, a culpa não foi sua.--Dessa vez James que fala, cansado.--Sirius está certo por dizer que a culpa foi de todos nós. Nós não lhe demos uma explicação quando simplesmente sumimos e ainda por cima nos atrasamos para irmos com Remus até o túnel. Se nós tivéssemos dito a você que iríamos fazer qualquer coisa, quem sabe você não tivesse nos seguido...

--Eu estava no pátio,--Severus o interrompe.--Eu acharia estranho se vocês dissessem que iriam ir conversar com um professor e de repente ouvisse vocês conversando pelo terreno e visse que estavam indo em direção ao salgueiro lutador. Óbvio que eu os seguiria daí. Se todos têm culpa, então eu tenho a maior parte dela.

Os presentes suspiram. Eles sabiam que não conseguiriam convencer Severus que a culpa do que havia acontecido não era dele, o Sonserino era teimoso demais para seu próprio bem.

Barulho de passos são escutados, o que deixa os quatro atentos antes de madame Promfey aparecer. Ela arqueia uma sobrancelha irritada para os três de pé, provavelmente se perguntando o porquê de não estarem em suas camas, mas isso muda para uma expressão de alívio quando ela vê que Sirius estava acordado.

--Vocês três,--Ela aponta para James, Remus e Severus.--Vão para suas camas, eu preciso os medicar.

Ninguém poderia dizer não para aquela expressão severa. Se não a obedecessem, madame Promfey poderia muito correr atrás dele com um chinelo.

Severus suspira, acenando para os três antes de andar calmamente em direção à sua cama. Ele tinha muito a pensar, mas ele não queria ter que pensar naquelas coisas. Ele amava Remus, tinha um carinho gigantesco por Sirius e nunca desejaria perder James. Ele precisa daquelas três antas, mas... Como lidaria com o fato de que muito provavelmente acabaria namorando dois e não apenas um lobisomem?

Ele esperava chegar a uma ideia certa do que faria logo, e do que pensava sobre a licantropia de Remus... Ele exigiria a resposta para a pergunta, e Severus não poderia simplesmente dizer que o achava nojent... Argh! Sabendo que o amava de qualquer jeito. 

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