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"Comece a falar"


Remus tinha seus olhos perfeitamente abertos enquanto os amigos lhe explicavam sobre tudo que havia acontecido. Esse era o ruim de não querer perder aula, você tendia a não ter a oportunidade de passar por momentos raros e inacreditáveis como aquele que James e Sirius passaram.

--Não creio que eles voltaram a serem amigos tão facilmente, não precisamos fazer nada!--Remus diz perplexo. Não era possível saber se ele estava feliz pela volta da amizade ou irritado por não ter conseguido fazer proveito de alguns de seus planos mal formados.--Foi tão rápido!

--Isso é bom.--James diz.--Snape não continuará tão triste, só precisamos ter certeza que podemos ajudar Régulos da melhor forma possível, assim quem sabe conseguiremos algo dele, como a amizade ou o respeito, não sei, qualquer coisa vale.

Esse era o ruim de sentir coisas tão profundas por Severus Snape. Você era forçado a se contentar com pouco, porque nunca receberia mais que isso.

--E como vocês esperam conseguir isso?--Remus pergunta com paciência.

Os garotos suspiram, um fitando o outro com atenção. Como conseguiriam? Régulos já tinha a Marca Negra, era basicamente que um pertence de Voldemort.

--Daremos um jeito, eu não posso deixar o meu próprio irmão nesse inferno. Antes eu nem estava tentando tirá-lo de lá, eu basicamente que entreguei ele a isso, eu irei me culpar eternamente se não fizer nada para tirá-lo agora, para impedi-lo de apontar a varinha em minha direção futuramente.

James e Remus engolem em seco pela melancolia presente na voz de Sirius. Aquilo doía de se escutar, era como se o amigo estivesse afundando no Lago Negro e ninguém conseguisse puxá-lo de volta, pois a Lula não queria que o fizessem, então puxava-o para baixo, cada vez mais fundo na imensidão negra.

--Sim, nós iremos ajudá-lo, iremos matar Voldemort e se essa for a única forma de livrar Régulos dele.--James diz, pouco notando que tanto Remus, quanto Sirius, haviam estremecido diante do nome de Você Sabe Quem.

--É assim que se fala, James.--Remus diz com sua voz orgulhosa, mas também, claramente assustada pelo nome proferido por James antes.


Severus se encontrava parado em frente a Lúcius, esse com suas sobrancelhas arqueadas enquanto aguardava silenciosamente que o Malfoy começasse a falar. A essa altura faltava certa de quatro dias para o aniversário do mais novo, então Lúcius não se encontrava com vontade de causar uma briga.

--Sabe, Severus, eu entendo o porquê de você ter dito aquelas palavras, não estou mais magoado, apenas entorpecido e um pouco assustado por seu uso de palavras. Eu não me sinto como um fantoche ou algo parecido, eu não preciso seguir tudo que meu pai quer que eu siga, se eu não acreditasse em tudo que o Lorde das Trevas diz, eu já teria me desertado assim como Sirius Black e Andrômeda, irmã da Narcissa.

Severus engole em seco, medindo o que diria a seguir.

--Sabe, eu sinto muito por tudo que eu disse, eu estava irritado e o fato de você estar lá me fez acreditar que eu deveria descontar em você. Mas eu também tenho outro motivo pelo qual pedir para conversar com você, esse tem a ver com Régulos.

Lúcius levanta uma sobrancelha.

--Comece a falar.

Severus abraça seu próprio corpo ao cruzar os braços, fitando o rosto de Lúcius como se procurasse alguma emoção. O Malfoy se encontrava totalmente impassível.

--Eu sei que você sabe o que aconteceu com ele, então eu estou aqui para pedir que você não fale, não tente fazê-lo lembrar de ter recebido a marca, não o chame para qualquer evento envolvendo Comensais e seja gentil o suficiente para fazer de conta que ele não recebeu.

Lúcius abre a boca, procurando palavras para proferir, mas ele não consegue. Severus havia dito aquilo com tanta convicção, tanto carinho e severidade, assim como preocupação, que havia desmoronado as barreiras de Lúcius. O mais velho havia sido ensinado a não demostrar sentimentos, assim como a não os entender. Não seria muito esperto da parte de Lúcius dizer algo sobre como Régulos era ingrato por não está feliz com a Marca no braço.

--Certo, eu não irei chegar perto de Régulos, pode ficar tranquilo.

Severus suspira aliviado.

--Muito obrigado por entender.

Lúcius meneia a cabeça antes de levar a mão direita ao bolso do casaco grosso que vestia, tirando de lá dentro um pacotinho pequeno, que com um aceno de varinha, se transforma em uma embalagem grande.

--Eu vou embora mais cedo, Narcissa não está se sentindo muito bem e eu tenho outros assuntos para resolver no Ministério, então eu quero entregar a você o meu presente para o seu aniversário agora, se não for muito incomodo.

Lúcius estende o pacote para Severus, que o pega levemente envergonhado. Estava sendo terrível com Lúcius e mesmo assim ele estava lhe dando um presente.

--Nossa, não precisava, eu realmente estou sendo terrível com você e mesmo assim...

--Eu entendo o porquê de você ter dito tudo aquilo, então não se preocupe comigo me sentir magoado ou não, está tudo bem, okay?

Severus suspira triste. Lúcius estava preso até a lama nos Comensais da Morte e claramente gostava de tudo aquilo, não era como se aí houvesse tanto de Abraxas, já que Lúcius realmente concordava com aquilo sem ter uma voz por trás. Estava em sua expressão, da forma que sorria ao falar sobre Voldemort. Aquilo não vinha apenas de Abraxas.

--Você vai hoje?

Lúcius meneia a cabeça.

--Na realidade, Dumbledore já me liberou, então eu irei agora.

Severus meneia a cabeça levemente, olhando para o embrulho verde em suas mãos. Era uma caixa quadrada, imensamente pesada por sinal.

--Eu devo abrir agora ou...

--Espere eu sair, de preferência.

Severus larga a caixa no chão com cuidado, então anda até Lúcius com os braços abertos.

--Um abraço?

Lúcius revira os olhos antes de abrir os seus braços, pegando Severus em um abraço apertado e caloroso, que dura alguns segundos antes de ser separado pelo maior, que claramente parecia triste e embaraçado. Bem, aqueles alguns segundos haviam valido à pena, mesmo que brevemente.

--Irei manter as cartas, espero que as responda sempre, okay?

--Okay, irei sentir saudade.

E com um sorriso, o maior sai pela porta do Dormitório, onde suas coisas magicamente desaparecessem com o dono.

Severus queria que Lúcius saísse do inferno que havia se metido, mas não parecia que o maior queria isso. Para Severus, as coisas pareciam não ter muita cor.


Os marotos andavam pelos corredores de cabeça baixa, os três totalmente perdidos em seus pensamentos enquanto andavam em direção ao Salão Principal para o jantar. Claramente não pareciam tentados a chegarem lá muito cedo.

Um pigarreio é solto logo atrás deles, que se param e levantam as cabeças confusos antes de se voltarem para a pessoa logo atrás de seus corpos cansados. Os três arqueiam as sobrancelhas para o garoto baixo e claramente assustado que havia pigarreado.

--Snape...--James diz o sobrenome baixo, como se não acreditasse que Severus havia pigarreado para chamar a atenção deles.--Tudo bem?--Era como se seus pensamentos estivessem travados.

O garoto magro abre a boca, mas a fecha novamente como se não estivesse certeza no que diria. Estava claro que quando havia dito para si mesmo que conversaria com os garotos, a pedido de Lily, diria as exatas palavras que se encontravam na ponta de sua língua, mas pelo visto estava mudando de ideia no último minuto.

--Eu estou sentindo como se devesse algo a vocês agora que irão ajudar Régulos.--Começa, as palavras saindo inseguras de sua boca.--Então eu quero agradecer.--Severus suspira, se virando para não ter que olhar nos rostos deles.--Nunca pensei que diria isso.--Sirius se retém a rir pela última frase sussurrada pelo mais baixo.

--A gente também nunca pensou que você diria isso.--James toma coragem para dizer.--A gente também nunca pensou que gostasse de você antes da Amortentia nos dizer. Também nunca pensamos que iríamos nos meter com Sonserinos, muito menos que estaríamos tão presos em seus olhos.

Remus quase que teve certeza de ver as bochechas de Severus corarem, mas ele vira o rosto antes que pudesse ter a sua tão sonhada certeza.

--Claro, por um momento eu até havia esquecido que vocês tinham esse amor estranho por mim. É sério, como isso funciona?

Parecia que ele estava seguro de estar perto deles em um corredor vazio e sozinho, mas não, ele estava a passos de distância e tremia, mesmo que fracamente.

--Nós não fazemos ideia de como isso funciona, um dia achávamos que o odiávamos e no outro isso já não era mais verdade.--Remus começa a falar.--A questão é que nós precisamos do teu perdão, mesmo sabendo que isso a gente não terá nunca, porque sempre fomos péssimas pessoas e lhe causamos dor e sofrimento por muito tempo.--A voz de Remus saia tão melancólica quanto a de Sirius quando falara de Régulos no dormitório deles. Era o suficiente para James e Sirius se sentirem agoniados.--A gente realmente sente algo muito grande por você, o que é deveras irônico, mas é verdade.

Severus engole em seco, levando seus olhos para seus sapatos como se não fosse capaz de olhar nos olhos de Potter, Black e Lupin. Claramente, nunca sentiria algo romântico por aqueles três, então já estavam sofrendo o suficiente pelas dores que causaram em si no passado, não tinha motivo para piorar as coisas para aqueles três.

--Olha, vocês sabem que o sentimento não é reciproco para nenhum dos três, não sabem?--Os marotos engolem em secos, concordando com as cabeças.--Mas, quem sabe, um dia eu possa perdoá-los e até dar a minha amizade, mas não é certo que aconteça, okay?

Bem, ter Severus conversando com eles, sem sair correndo, já era uma pequena vitória e um passo até o perdão, então não era algo perdido.

--Certo, está de ótimo tamanho, Snape.--Sirius diz com um carinho genuíno, que causa uma tremedeira pelo corpo de Severus.--Onde está Régulos?

--Não quis sair do dormitório dele, então eu vou pegar algumas coisas e levar para ele comer.

Para ele comer... A cada dia que passava, Severus parecia ir desaparecendo entre as roupas. A um tempo atrás elas pareciam cair tão bem em sua posse magra, mas hoje era como se olhassem para um cadáver. Aquilo era péssimo de se ver.

--Nós gostaríamos de ajudá-lo a conseguir comer, nós não fazemos ideia de como ainda está de pé. Ontem mesmo você mal tocou no sanduíche, nós também temos certeza de que você vomitou o que comeu depois.--James diz com a voz tremula. --Por favor, nos diga como ajudá-lo.

Severus revira seus olhos, suspirando logo em seguida.

--Não há forma de vocês me ajudarem, eu não consigo comer, meu estômago não aceita, ninguém pode fazer nada a respeito disso.

E o garoto parte em direção ao Salão Principal, deixando os três garotos com os corações nas mãos enquanto olhavam para o corpo magro demais que desaparecia aos poucos no corredor.

Será que havia uma possibilidade de eles conseguirem ajudar Severus com tudo de ruim em sua vida? Será que havia alguma forma de ajudá-lo a conseguir comer, a não se sentir tão péssimo e traumatizado? Havia alguma forma de eles fazerem o mais baixo se apaixonar por eles? Havia alguma forma de ele os ver como se fossem criaturas boas e gentis ao invés de terríveis?

Tantas perguntas giravam por suas mentes, que chegava a ser trágico.


Severus só havia aberto o presente de Lúcius quando fora se deitar para dormir. Havia convencido Dumbledore a colocar Régulos em seu dormitório, assim poderia ficar mais perto do amigo destruído e ter certeza que ele não iria cometer nenhuma loucura, assim como ele próprio já tentara algumas vezes.

Lúcius havia dado para Severus cinco volumes dos mais variados livros sobre poções, o que fizera um sorriso gigante se fazer nos lábios de Severus. Ele estava querendo esses livros faz tempo, e havia comentado com Lúcius sobre eles em Junho, era um milagre que o mais velho havia se lembrado.

--Severus?

Severus levanta sua cabeça para fitar Régulos deitado na cama em sua frente, todo embrulhado nas cobertas.

--O que?--Pergunta com carinho.

--Não vai dormir? Desliga essa varinha.

E com um risinho, Severus coloca os livros ao lado da cama, sussurrando um nox antes de se deitar embaixo das cobertas grossas aí postas pelos elfos.

Que amanhã fosse um dia muito melhor, por favor.

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