"Biblioteca dos Malfoys"
Notas: Era para ser amanhã a postagem, mas já estava pronto, então eu decidi postar hoje para alegrar vocês.
Tenham uma boa leitura!
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Caro Severus,
Me perdoe a demora, a noite foi extremamente corrida, e você não faz ideia do quão divertida! Mas sim, eu irei buscá-lo por volta das dez horas, daí você pode almoçar aqui e passar a tarde alegrando Cissa! Não será divertido? A comida do nosso Elfo Doméstico é deliciosa, garanto que não irá se arrepender.
Com amor,
Lúcius Malfoy.
Severus solta o ar que nem percebera estar segurando. Ele passara a noite acordado aguardando aquela maldita carta, assim como aguardando Régulos. Estava completamente cansado, exausto, deveria ter tentado se forçar a pregar os olhos, mas sua ansiedade não fora capaz de o deixar em paz por alguns segundos sequer.
E sim, ele imagina a quão "divertida" havia sido aquela noite que Lúcius tivera. Será que ele havia visto Régulos? O que será que Régulos havia feito a noite inteira? Régulos nunca dizia nada depois de voltar desses encontros, das três vezes Severus teve que deduzir a maioria das coisas e perguntar algumas poucas para ter certeza. Régulos odiava responder as suas perguntas... Severus não o culpava, pois nem ele tinha certeza se queria saber sobre essas noites... Também não queria saber sobre as destruições de vilarejos trouxas que programavam. Na próxima era certa que Régulos teria que "destruir" algumas coisas com os colegas Comensais.
Severus se joga deitado na cama e solta um suspiro. Ele deveria ou não descer para o Café da Manhã?
Régulos roncava na cama em frente à sua, tendo caído em um sono pesado no momento que Severus o colocou deitado abaixo das cobertas. Ele parecia bem, quase como se a Marca Negra em seu braço não estivesse muito mais escura pelo chamado e ardida de uma forma que ele teve que deixar o braço para fora da coberta. Tirando esse fato, não parecia que ele estivesse realmente sentindo dor.
Severus estava com fome, podia muito bem escutar a sua barriga roncando sob os protestos de sua mente. Ele não queria descer, mas sentia que precisava colocar algo em seu estômago para seu corpo não se sentir vazio. Ele achava tão estranho que a poucos dias ele não conseguia comer nada e agora sempre se encontrava louco para pôr algo em seu estômago, não importava o momento. Ele tinha certeza que logo ficaria gordo, mas ele não chegava a se importar com isso, portanto que não voltasse a como era antes de Remus Lupin o beijar.
Maldito seja!
Ele se sentia tão extremamente idiota por não saber como olhar para aquelas três criaturas irritantes. Como ele queria que o dia anterior não tivesse acontecido, quem sabe assim ele não se encontrasse tão desesperado para passar o Domingo longe de Hogwarts.
Lily estava imensamente preocupada enquanto fitava a mesa da Sonserina e a entrada do Salão Principal. Não havia sinal de Régulos e Severus. Ela sabia que era Domingo e que a maioria dos estudantes aproveitava para acordar tarde, o problema era que já se passava das nove meia e logo o Café da Manhã desapareceria. Severus não era de acordar muito tarde, e, querendo ou não, Régulos sempre estava com ele.
Eles poderiam não estar com fome, mas Lily duvidava muito que esse fosse o caso.
Ela sente alguém se aproximando por trás, então levanta a cabeça para fitar uma cabeleira castanha e olhos preocupados. James Potter também fitava a mesa da Sonserina, e era engraçado o fato de ela agradecer por não ser a única que se preocupava com o garoto de cabelos negros. Será que Sirius se importava com o sumiço de Régulos?
--Olá Evans.
--Olá Potter.
Ambos deixam que os cumprimentos preencham o silêncio que se deu início. Aquilo era levemente embaraçoso, mas ninguém fazia ideia de como iniciar uma conversa que fizesse o mínimo sentido sequer. James finalmente solta um pigarreio, se pondo sentado ao lado dela para tornar a conversa que se iniciaria só deles.
--Você sabe onde ele está? Ontem aconteceu uma coisa com Sirius onde fomos. Severus e Sirius supostamente conversaram na Ala Hospitalar, depois disso Severus saiu correndo sem falar comigo e Remus que estávamos esperando no lado de fora.--James resume os acontecimentos, não tendo certeza se deveria falar sobre o beijo para Lily. Era algo particular demais para ele sair falando por aí, mesmo que a ruiva fosse melhor amiga de Severus.
--Quando foi que eles conversaram?--Lily torna a perguntar, parecendo confusa sob o aspecto durão.
--Eu acho que ele estava voltando de Hogsmeade e viu Remus conversando com Promfey no lado de fora da Ala, então por estar curioso foi até lá ver o que estava acontecendo. Promfey pediu se ele queria entrar depois de um tempo e então ele entrou para o ver. Eu também achei estranho o fato de ele ter aceitado. Tipo, é o Sirius.
Lily meneia a cabeça, não acreditando na "sorte" de Severus por sempre conseguir bater de frente com essas coisas. Ela nem acreditava que Severus havia mesmo aceitado ver Sirius Black... Tudo estava se tornando tão estranho desde o dia que aqueles três decidiram se apaixonar por seu melhor amigo Sonserino sério e amargurado. Tudo bem que Severus não era mais tão assim, mas era difícil de aceitar todas as mudanças.
--Eu não faço ideia,--Ela começa a falar--Estou imensamente preocupada com ele, pois ele não gosta de acordar tão tarde assim. Ele deve estar fugindo de vocês, o que me preocupa. Me diga, está escondendo alguma coisa de mim? Eu posso sentir que você não falou algo.--A ruiva não sabia se havia falado tudo aquilo da forma que queria, mas naquele momento tudo valia.
Lily estava com medo que Sirius tivesse feito uma coisa com Severus, pois se ele tivesse, ela pularia no pescoço daquela criatura e o mataria. Severus estava bem, muito bem, ela não queria que tudo que ele já tivesse andado se partisse por culpa de um grande idiota.
James parece engolir em seco e pensar por um longo momento. A ruiva suspira pela demora sem sentido, e reza para que Sirius não tivesse feito nada de idiota.
--Não conta para Severus que eu te contei, pois tenho certeza que é algo particular demais para se sair contando por aí.
A ruiva arqueia uma sobrancelha. Agora ela estava curiosa. E quem era ela para negar uma "fofoca"?
--Conte, eu não irei falar para ele.--Ela não sabia se estava falando a verdade, pois depois do que acontecera a semanas atrás, ela havia colocado a amizade com Severus em primeiro lugar sempre. Ela contaria tudo para ele e pouco se importava se aquele tolo em sua frente fosse ficar magoado.
Ela nem sabia o motivo pelo qual sentia tanta raiva daquela criatura morena e de cabelos bagunçados. Deveria ser pelos sentimentos que sentira a semanas atrás, mas que agora não se faziam mais presentes em seu peito de uma forma inexplicável. Ela deveria agradecer por não sentir mais nada por ele, e ela agradecia com todas as suas forças.
O Grifinório bufa alto, como ele queria acreditar que ela não contaria para Severus! Ele não tinha certeza se realmente deveria confiar na melhor amiga do garoto que gostava, pois ele tinha certeza que a ruiva não era sua amiga e nunca iria querer ser. Ele era muito idiota para ela querer qualquer coisa com ele, ainda mais depois de tudo que ele já fizera. Nas altas noites ele se pegava pensando sobre tudo e se arrependia de uma forma drástica. Ele odiava a pessoa que era e a pessoa que fora, pois ambas eram a mesma.
--Severus supostamente beijou Sirius.--Ele solta, baixo, mas alto o suficiente para ela escutar. Os poucos segundos de coragem haviam o ajudado.
--Mas Régulos me disse que ele e Remus estavam quase namorando.--A ruiva tinha a sua boca em um perfeito O, mas não parecia lá muito surpreendida.
--Eu sei, então não faço ideia do motivo pelo qual ele beijou Sirius, mas agora não parece querer olhar para a cara de nenhum de nós. Não o culpo, pois Remus e Sirius estão em pé de guerra e ninguém gosta de ver algo assim, principalmente eu. Desde ontem estou convivendo com esse show de horrores.
Lily lança o seu olhar para onde Sirius e Remus se encontravam sentados, ambos bem separados e com faces nada felizes. Ela entendia bem o porquê daquilo, não iria ficar nada feliz se o cara que estivesse quase namorando decidisse beijar outra pessoa, ainda mais seu amigo. Se Régulos beijasse Severus, ela ficaria furiosa.
Ela automaticamente cora quando nota que havia pensado naquilo. Ela não estava quase namorando Régulos, estava?
Lily achava estranho que havia quase desmaiado ao descobrir que Severus havia beijado Remus, mas que não havia feito o mesmo o show ao descobrir que ele havia beijado Sirius. Deveria ser difícil de se surpreender depois de ter descoberto sobre o primeiro beijo. Ela não perguntaria nada quando descobrisse que ele beijou James um dia qualquer, pois provavelmente era algo que iria acontecer a qualquer momento.
Era um pouco divertido saber que Severus tinha três idiotas que fariam qualquer coisa para ele sob os pés descalços. Ela pagaria para ver eles ajoelhados feito cachorrinhos em frente a Severus.
--Eu não faço ideia do que você quer que eu diga.--Lily realmente não fazia ideia do que dizer em um momento como aquele.
--Não diga nada, eu apenas vou sentar direito e comer mais desse café da manhã delicioso. Remus e Sirius que se fodam sozinhos naquele canto.
Lily nota que ele literalmente não parecia afim de voltar para onde Remus e Sirius estavam, pois enchia seu prato de uma forma que chegava a parecer que ele preferia mil vezes ficar comendo pelo resto do dia naquele mesmo lugar para não precisar olhar para as faces daqueles dois briguentos.
Ela apenas suspira e se levanta.
Severus havia de despedido de Régulos com uma leve dificuldade depois de Lúcius ter chegado, pois o amigo estava dormindo em um sono imensamente pesado.
Lúcius havia conversado com Dumbledore e assinado alguns papéis para levá-lo para fora, o que Severus achou meio desnecessário. Ele só passaria um dia fora, não era como se fosse sair de Hogwarts para sempre.
Agora ele se encontrava ao lado de fora da fria mansão. Os olhos arregalados para aquela cena de filme de terror. Ele não fazia ideia de como alguém era capaz de morar em um local tão escuro quanto aquele. Ele tinha medo de entrar lá dentro, tinha medo de andar pelo quintal gigante (Quintais gigantes! Ele nem sabia como chamar), medo de olhar por muito tempo para aquela escuridão sem fim e medo de que o futuro filho de Lúcius fosse ter que crescer em um local como aquele. Como Lúcius havia sido capaz de crescer naquele lugar? Severus não sabia, mas ele imaginava a quão tóxica havia sido a infância daquela criatura ao seu lado.
--Vamos entrar?--Severus quase salta com a fala de Lúcius, mas consegue se manter parado, mesmo que com uma leve dificuldade.--Narcissa deve estar cansada de esperar.
Severus imaginava, pois ambos haviam conseguido demorar cerca de meia hora para saírem por causa dos malditos papéis. Dumbledore não parecia tentado a deixá-los ir, pois tentara persuadir Severus a ficar com uma expressão preocupada por um tempo gigantesco.
Severus não o culpava por ter tentado o fazer ficar, pois agora conseguia ver de cara o local terrível. Ele realmente preferia ter permanecido em Hogwarts, mas agora não tinha volta.
Eles sobem as escadas lentamente, o que Severus agradece por temer o que veria dentro daquele local. Eles adentram a mansão e Severus sobe mais um lance de escadas antes de chegar à sala de estar. Narcissa estava lá, sentada no sofá verde medonho, com algumas cobras entalhadas em algumas partes de madeira, assim como ele via na Sonserina. Aquele orgulho de casa era tão estranho. A maioria dos Sonserinos que ele via em Hogwarts tinham um orgulho que chegava a ser doentio.
--Severus!
A mulher se levanta e corre até ele com um sorriso no rosto, o puxando para um abraço muito mais do que apertado. Severus sente como se suas costas e costelas fossem quebrar.
--Olá, quanto tempo!--Severus consegue proferir quando o abraço se quebra, indo contra todo o seu corpo destruído. Narcissa conseguia ser extremamente forte quando deixava a força transparecer.
--Eu estou tão feliz por você ter vindo!--Narcissa grita para todos os quadros naquele local e até para todos os quadros no último andar. Ela também tinha uma voz imensamente alta--Mas por que demoraram tanto?
--Dumbledore me fez assinar um monte de papéis sem graça.--O ódio era bem sentindo emanando da voz de Lúcius--Ele nos atrasou demais. Mas chega disso! Vamos nos divertir!
Severus arqueia uma sobrancelha confuso. Na carta não estava escrito que eles iriam se divertir antes de ele procurar e achar o que precisava na biblioteca.
Eram duas da tarde e Severus ainda não havia entrado na biblioteca dos Malfoys. Ele se perguntava se Lúcius daria carta branca a qualquer momento para ele entrar lá dentro e tornar a procurar o que precisava. Claro que divertido jogar os jogos deles, comer da comida deliciosa do Elfo Doméstico, esquecer os marotos e não se preocupar com nada senão se divertir. O problema era o fato de que Severus conseguia ver o cansaço nos olhos de Lúcius, esse devido à noite passada, então automaticamente seu cérebro corria em direção à Régulos e isso o preocupava de uma forma gigantesca.
Os três se jogam cansados no sofá depois de uma longa rodada de dança. Seus pés estavam doendo demais.
--Lúcius, eu realmente preciso ir até a biblioteca.--Ele não poderia esperar mais, caso contrário não conseguiria encontrar as respostas que precisava. Ele não sabia o porquê de Lúcius parecer querer o atrasar.--Eu estou amando todo esse divertimento, mas pode ficar muito tarde até eu encontrar o que preciso.
Lúcius não parece ter ficado triste, pelo contrário, ele até parecia querer se jogar em sua cama e tirar um longo cochilo. Narcissa por outro lado parecia querer continuar com os jogos, mas não fala nada que pudesse fazer com que Severus mudasse de ideia.
--Claro, eu o levarei até lá e você pode procurar à vontade! Os Elfos Domésticos estavam limpando antes lá, então não parecia uma boa ideia você ir muito cedo. Então me perdoe pela demora.--Lúcius se coloca em pé ofegante, sinalizando as escadas. Severus não acreditava que ele teria que subir umas três mil escadas antes de chegar ao tão esperado destino. Ele também não acreditava que Lúcius não havia o levado lá antes por causa de uma simples limpeza.
Ele se coloca em pé, deixando que Narcissa se colocasse deitada no móvel. Ele conseguiria subir aquelas escadas, ou ele não era Severus Snape!
Severus sabia que Lúcius deveria ter ido até o quarto dormir sozinho para não ter que descer todas aquelas escadas para ficar com Narcissa, pois a biblioteca era no maldito último andar e ainda preenchia todo o espaço, sem nenhuma outra sala. Ele não conseguiria encontrar o que queria em apenas uma maldita tarde e meia. Se amaldiçoava por não ter começado a procurar no momento que chegara, mesmo que fosse entre os Elfos Domésticos.
Ele não poderia deixar que a preguiça o dominasse, muito menos que o cansaço que acometia seu corpo fizesse isso. Então ela parte a procurar, pensando em todas as seções que os livros que precisava poderiam se encontrar.
Seu pensamento central era Régulos, seu doce amigo que nesse momento deveria estar com Lily ou deitado em sua cama sem saber o que fazer. Provavelmente estava deitado em sua cama não querendo saber de colocar Lily em perigo.
Severus não achava que ele estava colocando a ruiva em perigo, pois a garota deveria saber muito bem disso apenas por ter visto a marca naquele braço branco como a neve. Lily não era boba.
James bufa em alto som, cansado daquele show de horrores. Sirius havia literalmente rosnado para Remus quando ele se movera para tomar banho primeiro que ele! Como ele odiava essa briga sem sentido dos dois.
Ele queria explodir, e sim, ele explodiria naquele momento, não queria nem saber de permanecer em silêncio. Só havia se passado um dia, um maldito dia, e ele já conseguira perder toda a paciência existente em seu corpo. Os culpados? Remus John Lupin e Sirius Órion Black.
--Vocês podem parar de agir feito duas crianças birrentas?!--Ele grita para toda a Grifinória ouvir.--Vocês estão agindo feito dois retardados o dia inteiro, são seis horas da maldita tarde de um Domingo, tal dia que deveria ser de descanso, e adivinhem! Eu não consegui descansar nada até agora por culpa de vocês!
Agora ambos os garotos poderiam muito bem se encontrarem com as orelhas caídas pelo acesso de raiva de James Potter. Eles o fitavam com os olhos arregalados e totalmente assustados em frente ao banheiro.
--Calma James, nós não queríamos...--Sirius começa a dizer, mas é interrompido por um Remus de aparência muito mais culpada que ele:
--Me perdoe cara, é que é difícil...
--Olhem para a minha cara! Ele beijou vocês dois, mas e eu? Eu poderia muito bem está agindo da mesma forma que vocês por ele nem ter pensado em me beijar, mas de qualquer maneira, eu estou sendo muito mais maduro do que você, Remus Lupin! Cara, você sempre foi o mais sensato de nós três, por que mudar isso justamente nesse momento caótico que nos acorre?
Remus parece engolir em seco, assim como Sirius. Eles não esperavam aquilo vindo de James. Eles não esperavam que estivessem agindo de forma tão idiota.
Claro que Sirius havia derrubado Remus de proposito no corredor e claro que Remus havia o derrubado no Lago Negro como troca. Sirius havia destruído a lição de Poções de Remus e Remus havia destruído sua lição de História da Magia em resposta. Eles haviam duelado no meio do corredor e pegado uma detenção de uma semana inteira também, mas isso não era nada, não é? Bem, Remus quase lançou uma imperdoável em Sirius, mas quem nunca, não é? Claro que a pior coisa que acontecera fora Remus derrubar Sirius de proposito na vassoura e esse quase fora parar na Ala Hospitalar, mas vamos lá, não era nada de mais, não é?
--Cara...--James nem deixa Remus falar, ele apenas sai batendo os pés do Dormitório, totalmente no limite por ter tido que resolver cada mínima coisinha que acontecera com Sirius e Remus no dia. Agora ele só precisava descansar a cabeça longe daquela bagunça.
--ISSO!--Severus grita para toda aquela maldita mansão assombrada, estando com um livro aberto em suas mãos logo atrás de uma pilha realmente gigantesca de outros livros. Ele não acreditava que literalmente havia sido capaz de encontrar algo, muito menos que esse algo parecesse tão incrivelmente óbvio. Aquilo só poderia ser uma pegadinha do destinado em meio a sua afobação pelo horário. Severus estava atrasado, incrivelmente atrasado para voltar a Hogwarts.
O garoto se coloca em pé, dobrando um pouco a página do livro de forma meio culpada, mas era a única forma de marcar a página já que não tinha outra forma de fazer isso. Severus aproveita para empilhar outros cincos livros em suas mãos com aquele abaixo, tendo plena certeza que se estivesse enganado, esses outros livros teriam como o ajudar.
Ele não acreditava que houvesse tido tanta sorte! Ele só esperava que Lúcius o deixasse levar aqueles livros para casa e que não desconfiasse de nada.
Ele acena com a mão, lembrando que Lúcius havia dito para ele fazer isso e os livros na mesa no centro da biblioteca gigante logo voltariam para seus respectivos lugares, e isso realmente acontece, o que Severus não consegue ver sem ficar levemente maravilhado. Se fosse assim em Hogwarts, tudo seria muito mais prático para os Elfos Domésticos, os alunos e a senhora Pince, claro.
Sem mais coisas para fazer, ele corre para fora da biblioteca, ciente do fato de que teria que acordar Lúcius para esse o levar de volta a Hogwarts. Ele só queria saber onde que ficava o maldito quarto daquela criatura... Ele pegaria detenção com Dumbledure pelo atraso, isso já estava claro, e ele não queria descer até o último andar para pedir ajuda a Narcissa, que muito provavelmente ainda dormia no sofá.
Malditas sejam as mansões gigantes dos Puros Sangues!
Lily havia passado o dia inteiro esperando que Régulos aparecesse, ou talvez Severus, mas nenhum dos dois apareceu para tornar o seu dia menos chato. Marlene não era alguém chata de conversar, mas ela ainda preferia muito mais o seu melhor amigo rabugento, mas nem tanto rabugento assim pela sua melhora nas últimas semanas, e o melhor amigo dele que a fazia sorrir de uma forma que ninguém era capaz, até mesmo Severus.
Ela se deita na cama cansada por ter escutado Marlene falar o dia inteiro sobre como tal garoto era aquilo ou tal garota só sabia se achar. Marlene conseguia ser tão chata quando queria ser, e ela ainda estava sendo, pois, as mesmas dividiam o dormitório e haviam subido até a Grifinória juntas.
Lily simplesmente estava de saco cheio.
--Marlene, pelas barbas de Merlin, eu estou cansada de escutar você falar sobre como Frank Longbotton foi idiota por ter explodido a poção na sua face e em como ele ficou bonitinho com o cabelo todo bagunçado! Por acaso você esqueceu que ele namora a Alice e que está pouco se enchendo para você?! Cala a boca e me deixa em paz!
Lily pouco se importava se havia ou não a magoado, ela apenas fecha as cortinas de sua cama, se vira e fecha os malditos olhos, querendo dormir e esquecer daquele maldito dia longe de Severus e Régulos. Ela sentia propriamente que dependia deles para se sentir bem, e ela não sabia se isso era bom ou ruim.
E ela também não queria saber naquele momento, apenas dormir e fazer de conta que aquele dia não aconteceu.
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