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9 - Flash Back

2698 Words

Eu não sou muito de ler quadrinhos, mas se você não é pior que eu para relações humanas com toda certeza conhece alguém que ama este gênero, e essa pessoa já deve em algum momento ter te explicado a "dor do herói", aquelas desgraças de por quem você ama em risco simplesmente por ser o super herói e atrair mais super vilões do que mel atrai insetos.

Então...

Pelo jeito eu era o maior ímã de desgraças e todos que ficarem próximos de mim estavam na linha de fogo.

Que maravilha...

Como disse, todos estavam em choque, praticamente gritando com os dois policiais babacas que vieram atender o chamado.

Jeff e Edu: uma das duplas a mando de meu pai.

Não tem o que fazer, nem todas as pessoas são legais ou nasceram para estar trabalhando na área que estão; ou pior não sabem lidar com outro ser humano. Mas pelo que meu pai dizia eles faziam bem o seu trabalho, que era praticamente responder aos chamados de emergência como este, e os defendia de suas atitudes grosseiras, pontuando que justamente por já terem visto muita coisa ruim que se afastaram do sentimento de se importar. Um tipo de válvula de proteção mental.

Dane-se isso.

Ainda são babacas. Eu nunca deixei de me importar, não importa o que eu vivenciei, o que passei e tudo o que vi. Eu nunca vou deixar de me importar!
Pode dizer que é por isso que eu sou... Mas eu não sou a única.

― E você? ― Jeff para na minha frente.

Descrevendo ele um pouco... (é vou passar a descrever a galera, até os figurantes como eles pra ajudar.) ele parecia ser mais velho que meu pai, mas isso só por que ele não era do tipo que se cuidava.

Um homem de meia idade, caucasiano com manchas de quem já ficou muito na praia na juventude estragando a pele no sol. Tem os cabelos ruivos com linhas grisalhas e um corte militar curto, seu porte é forte com um braço enorme apertado dentro da camisa do uniforme assim como sua pança.

― Você já não cansou de ouvir a mesma história? Estávamos de boas na festa e uns loucos invadiram matando geral com armas que pareciam feitas em casa. ― Respondi séria vendo que meu pai sai da casa vizinha conversando com uma equipe de investigação.

― Libere as crianças. Já tiveram traumas demais. ― Ele diz ao se aproximar da dupla que parece suspirar aliviada por não ter mais de lidar com jovens; preferindo ir ver os corpos mutilados.

Que caras mais...

Cumprimentei meu pai e sai dali, vendo que o vizinho no fim das contas era uma pessoa gentil que havia chamado a polícia não "para" nós, mas "por" nós; já que estávamos nitidamente apavorados. Eu não sei o nome dele, mas tentaria lembrar de sua fisionomia.

Se tratava de um homem negro de meia idade, trajava um moletom típico de quem está tranquilo em casa sábado a noite; e mesmo assim ainda tinha um porte de elegância sendo mesmo muito bonito. Sua pele era tão escura quanto à noite sem estrelas, quando eu conhecia alguém negro era raro encontrar alguém com a pele deste tom. Sempre achei muito bonito justamente por ser tão diferente do meu convívio, e justo por isso eles se destacavam e eu morria de inveja me achando super comum e padrão.

Pensava que seria muito difícil me destacar por ser tão comum...

Quando era criança conheci uma competidora que tinha a pele neste tom. A mãe dela sempre punha roupas claras para destacar ainda mais, além de adornar seu cabelo com detalhes claros; todos se impressionaram quando ela apareceu com os cabelos completamente brancos em contraste com sua pele ficou a coisa mais linda que já vi na vida. Tanto que Kary descobriu aquele dia que podia me contar sobre sua preferência por garotas, e não podia negar ter ficado muito impressionada pela beleza da nossa rival; que não era apenas no tom de pele ou características raciais altamente sexualisadas; a garota era linda e fim.

Mas como disse era tão difícil de ver que ao ver o vizinho lembrei dela na hora; afinal eu morei no Texas.

Ok, chega de devaneios que não levam a nada.

Eu sei.

Pareço maluca indo sozinha pela rua logo depois de passar por isso...

Mas eu estava tão fora de mim que nem pensei direito. Devaneava sobre qualquer coisa apenas para fugir da realidade e até o tom de pele de alguém me servia de caminho para fugir dos meus reais pensamentos que se resumiam ao puro caos.

Conforme caminhava sozinha pelas ruas sentindo o vento quente sobre mim, me lembrava de coisas que ocorreram como se alguém tivesse editado da minha mente e às inserido apenas agora.

Tinha sido o medo. Ele faz essas coisas, pode pesquisar.

Tinha tanta coisa acontecendo ao meu redor que eu não consegui assimilar e só agora elas pareciam se encaixar aos poucos.

Marcos, Edd e All foram heróis?

Sim. Foi isso.

Não fazia sentido. Estávamos cercados e eles... nos ajudaram.

Muitas pessoas teriam morrido se eles não tivessem conseguido fugir em meio àquele tumulto e voltar com um tipo de arma para defender a galera.

― Rápido! De isso a eles e diga para pegarem elásticos sobre a mesa do lado da porta. ― O cara da cartola apareceu para mim novamente e me deu essa instrução estranha junto de uma chave que acabei não reparando muito. Coisa que segui sem nem perceber ou pensar.

O trio estava escapando de fininho e me olharam estranhando a idéia bizarra, e eu não sei por que seguiram ela assim como eu; já que poderiam muito bem ter ido até a polícia. Mas não: parece que nessas horas "todos" jogam a lógica ralo a baixo e fazem coisas insanas e surreais, como se estivéssemos presos a porra de um roteiro mal feito!

Eles pegaram aquela chave que o homem calmamente me entregou e partiram, acobertados pelos gritos de pânico dos demais.

E eu fiquei me perguntando como eles puderam pegar e ver a chave que o cara invisível me deu? Ela já estava comigo e eu estou esquizofrênica?

Então onde foi que peguei essa chave e quando?

Por que acho que foi o cara que não existe?

De toda forma mansão que o homem da cartola indicou era muito mais próxima que a delegacia e acredito que eles estavam com muita pressa para voltar e nos ajudar; ninguém estava racional graças ao medo e creio que "ele" se aproveitou deste fato para nos manipular e nos fazer o obedecer cegamente.

O mais bizarro de tudo foi que os elásticos disparavam raios quando puxados e soltos como armas de ficção científica. Ou melhor: do imaginário de uma criança!

Estou falando sério!

Cada um disparava um raio de uma cor: azul, verde e branco. Aquilo parecia um sonho; um bem bizarro onde nada fazia sentido, sendo que os disparos não eram de energia e pareciam ter golpes de concução. Ou seja, raios que empurram e jogam a pessoa longe como em uma série de TV censurada, ao invés de queimar ou eletrocutar.

Nada fazia sentido, tanto que agora em frente a polícia os elásticos não faziam nada de mais, eram apenas elásticos; e os três pagaram de loucos assim como eu havia feito antes.

Alguém me drogou na festa. Só pode ser esta a explicação.

Os dois ocorridos estranhos foram em festas não vigiadas. Certeza de que foi tudo culpa das drogas e álcool como as pessoas estavam comentando.

Mas tinha só um pequenino problema... Eu ficar vendo esse cara! Era o tipo de coisa que todos iriam julgar como louca! Eu não tinha como contar a ninguém de novo...

Cheguei em casa indo direto para o banho, a fim de tirar todo aquele sangue humano de cima de mim; e com isso fiquei algumas horas de molho na banheira até acordar com as batidas na porta da frente; me troquei voando jogando um vestido qualquer sobre o corpo e fui atender a porta.

― Boa noite. Desculpa a demora estav... ― Abri a porta me deparando com um cara que emanava elegância e até travei a fala.

Dono de um porte inglês trajando um terno elegante com arremates mais antigos como nas séries de TV. Seus olhos me varriam de cima a baixo como se me julgasse, e eu travei por algum motivo; não era como se ele fosse o cara mais bonito que já vi na vida, mas com toda certeza era o mais elegante e deveria ter no máximo uns cinco anos a mais que eu, e fiquei meio boba sim. Não vou negar.

― Estou procurando por uma jovem com as suas descrições físicas e disseram que estaria morando nesta residência. ― Quem fala assim? ― Vim entregar-lhe estes documentos. ― Diz ao pegar uma pasta me entregando. Mas sério. Quem fala desse jeito? ― Leia com calma por gentileza. É muito importante.

Pela descrição física? Não pelo nome? Oi?

Alguém mais notou isso?

― C-certo. ― Disse pegando o envelope dentro da pasta que tinha um destes selos feitos com vela; e acabei não dando atenção ao símbolo ali.

Eu deveria dar mais foco aos pequenos detalhes; eles são importantes. Juro... que pelo menos agora que estou tentando dar foco, descrevo apenas o que for relevante; mesmo que a princípio pareça um gracejo atoa.

Dentro havia a escritura de uma casa, (que não pude deixar de perceber ser no mesmo endereço que o Térekin mandou os três pegarem os elásticos encantados) junto de outros documentos que me transferiram uma herança extraordinária.

Travei.

Não entendi nada. Como assim?

Eu devo ter feito uma cara muito expressiva pois logo ele começou a me explicar tudo.

― Desculpe-me pelos meus modos. Me chamo Sherlock Van Helsing, minha mãe era muito fã dos livros. ― Murmura claramente percebendo a cara que eu fazia com seu nome. ― Fui designado para lhe trazer estes documentos. A senhorita teve um encontro com um senhor de idade há alguns meses? Ele lhe entregou um livro de capa de couro e arremates de ouro. Este objeto é algo muito importante para todos nós.

― Ah. Desculpa, eu já vou pegar ele. ― Digo me virando para subir, mas ele pontua me chamando de volta.

― Não. Eu... não tenho o direito de pegar esta obra, muito menos de ler. ― Diz sério ainda parado a porta como se não pudesse entrar sem que eu o permitisse. ― Ele faleceu e deixou a herança para a senhorita.

Que?

Sério isso produção...? Não ficou forçado? O público vai flopar em!

Depois do choque inicial voltei à porta onde ele aguardava pacientemente.

Sério tudo era muito surreal.

― Entra. Me explica isso direito por favor. ― Digo seria e ele adentra a casa indo à sala e se sentando em um canto do sofá cruzando as pernas com toda pompa.

― Ele a escolheu como sua herdeira; e foi por isso que lhe entregou o livro. ― Diz repetitivo. ― Para saber mais que isso você terá de ler os documentos. ― Completa suspirando e apertando os dedos como se, assim se conte-se de alguma forma. ― Você leu o livro certo? Conhece o nome Térekin? ― Fiz que sim ele prosseguiu. ― E se eu contar que o livro não é um conto de fadas? Ele é um diário passado por todos aqueles que... já foram portadores, porta-voz da entidade denominada Térekin. E agora este diário sagrado está em sua posse.

― Como assim? O tio com a roupa ridícula é uma entidade? ― Falei franca e ele pareceu conter um riso.

― Suas roupas mudaram um pouco com o tempo. Mas ele só precisa ter algo marcante para ser descrito e lembrado. ― Explica olhando em volta e claramente percebendo algo que eu não conseguia ver. ― Térekin é... um ser feito da imaginação. Mas nem por isso ele deixa de ser real. Entende?

― Não.

― Pois bem. ― Murmura meio que se irritando com a minha dificuldade de assimilar. Mas fala sério! Você entendeu alguma coisa do que ele disse? ― Por muitos séculos uma pessoa guiou a humanidade contra seres que você não vai conseguir compreender ainda. Essa pessoa dizia receber ajuda e até mesmo poderes de um homem; e este homem sempre teve a mesma descrição.

― Então... os caras, os heróis do livro que eram tachados de loucos... São reais? Tudo do livro é real? ― Falei em pânico. ― O mundo é controlado por monstros mágicos e a raça humana é seu gado?

― Sim. ― Responde direto e reto sem dar a mínima para o meu pânico. ― No passado apenas o porta-voz do Terekin podia lutar e salvar a raça humana, entretanto ao longo dos séculos ele ensinou outras pessoas e cada um foi transmitindo técnicas e hoje somos uma comunidade, uma cidade, uma...

― Uma seita. ― Completei e ele me encarou; eu realmente consegui ofender ele fácil. Só não sei dizer se foi intencional ou não. ― Eu não quero ter nada haver com isso.

― Você não tem escolha! ― Ele se exalta "do nada" se levantando puto da vida comigo e eu até dou um passo pra trás. Afinal... Dane- se o feminismo sejamos lógicos, uma garota como eu não tem como ganhar de um cara desses na força. ― Se você é a nova portadora deve treinar e guiar a todos.

― Não. Eu tô bem como estou, sem ter que enfrentar monstros. Passa pra outro trouxa. ― Falei Pe da vida. Como assim esse doido queria mandar na minha vida inteira? Pelo amor. Tenha noção.

― Isso é uma grande honra e está tratando dessa forma? ― Ele grita visualmente perplexo acabando com toda a sua pose galante.

Acho que ofendi a religião dele.

Mas...

Errada eu não tô.

― Então pega essa honra toda pra você. ― Disse ao entregar os papéis, mas ele se recusou a os pegar me deixando no ar.

― Eu não posso. Você foi a escolhida. ― Sua pose era mesmo algo que refletia uma religião; isso tudo era algo sagrado para aquele homem.

Só que eu não tava nem ai.

― Mas eu "nunca" me voluntariei. Então... tchauzinho.

― Não é assim que as coisas funcionam.

― É sim! Xô! ― Grito e ele parece se enfurecer mais ainda.

― É o que deseja? Deixar que aquelas criaturas ganhem? ― Diz ofendido e um peso de culpa e senso de responsabilidade me abate.

Desgraçado.

Por que justo eu?

Bem...

O verdadeiro motivo eu ainda iria descobrir, então por enquanto não posso lhes contar. Seria um spoiler muito chato. Mas vai tentando adivinhar. Ok?
Mas resumindo de forma grosseira: A verdade é que sou eu, por que "eu" quem sou a porra da protagonista que narra isso, caso contrario era essa outra pessoa quem estaria narrando.

A verdade é que se você ainda não entendeu; eu sou a pessoa mais cabeça dura, teimosa, turrona do mundo, e se eu não queria assinar não assinei; e ele não pode me obrigar.

Que outra pessoa fosse um super herói e salvasse o mundo. Eu nem tenho capacidades físicas pra isso por conta das cirurgias! Então não iria arriscar tentar fazer isso.

Tudo que eu quero é ser normal uma vez na minha vida e ter uma vida calma longe dos holofotes que cresci. Ter amigos, e quem sabe um dia superar meus traumas e ter uma família? Conhecer a família do meu pai! Aprender o idioma dele! Me conhecer...

E com isso ele saiu puto batendo a porta do carro, reclamando ao telefone que veio até ali atoa; e eu só voltei para o meu banho remoendo tudo, sem me importar com quem ele falava.

Como assim?

Que caralho!

Mas eu iria aprender da pior forma que... O melhor que eu fazia era aceitar.

Afinal as coisas ruins iriam acontecer mesmo que eu negasse esse título, a única coisa que mudaria era eu ter poder para impedir ou não.

Tentando manter os caps mais curtos para não cansar vou cortar aqui. OK? Afinal já explicou muita coisa e apresentou um personagem muito importante.Além de ter a retrospectiva do cap anterior.

Acabei pondo desta forma para deixar mais fluido o ataque no cap anterior e mostrar o abalo emocional dela neste lembrando algo que ficou perdido entre tantas emoções. O choque causa isso.

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