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27 - Mito do frango

4121 Words

Yvan simplesmente capotou.

E James com toda calma do mundo, saiu do carro e o recolheu da calçada e entrou comigo na casa com toda sua elegância inglesa.

― Ele foi envenenado? ― Perguntei o óbvio me sentindo meio burra, e ele faz que sim com toda finura o levando até aquele banheiro no andar de cima, próximo a escada; ligando a banheira e o pondo dentro dela.

Ele parecia com dificuldade de erguer Yvan, mas em momento algum perdeu sua compostura e elegância...

Yvan se debatia e suava muito, seu organismo parecia lutar contra o contágio. Podia ver as bolhas repulsivas de carne tentarem tomar seu corpo.

Era grotesco e assustador.

Cai sentada no chão do banheiro pensando que ele poderia ter morrido tentando me ajudar. Tudo bem que eu ainda tinha tudo contra ele, mas se ele não tivesse literalmente me carregado...eu estaria morta ou transformada.

Não posso ser tão ingrata.

― Não precisa ficar assim. ― James diz olhando para mim, se mantendo sério. ― Ele é um Henfield extremamente forte, não morreria com tão pouco, só ganharia uma nova aparência e talvez habilidades. ― Fala de uma forma tão coloquial e ríspida que parecia carregar um ódio pessoal de Yvan; assim como eu mesma tinha nutrido as minhas amarguras pelo rapaz. ― Essas coisas não morrem fácil; você já viu um grupo deles. Então sabe bem disso.

Eu não tinha o que responder; afinal mesmo me ajudando ainda não tinha uma boa relação com ele, e guardava muitos ressentimentos recentes. Então apenas permaneci calada e fiquei olhando ele sair do banheiro.

― Meu irmãozinho virá verificar o item escolhido; e irá trazer o carro de volta. ― Mantém o timbre frio me deixando sozinha ali.

Olho para Yvan e ele está desacordado na banheira como se dormisse um bom sonho. Então me tranquilizo e saio dali.

Eu não sabia o que fazer ou o que dizer.

Me troquei em um dos quartos tomando um demorado banho pra parar de tremer; e pedi uma comida. Hábito que adquiri com meu querido e amado pai. E fiquei comendo sozinha na sala com calma vendo as missões futuras tentando prever que tipo de coisa poderia acontecer; afinal Dorian tinha dado isso como forma de treino a Alex que já era muito mais poderoso que eu.

E logo o ouvi descer as escadas.

― O cheiro tá ótimo. ― Comenta algo claramente vago porque estava sem assunto. Respiro fundo e vou para o lado dando espaço pra se sentar junto comigo e comer.

― Você deve estar exausto. Pedi uma pra você. ― Apontei para a mesa de centro e ele pegou a vasilha dentro da sacola plástica e se sentou junto a mim vendo o que eu estava fazendo.

Era um clima estranho e desconfortável...

― Obrigada. Por me ajudar. E salvar minha vida lá.

― Tá brincando? Você arrasou com a arma. ― Pontua abrindo a vasilha e vejo seu nariz se mover novamente de forma aparentemente involuntária. Era mesmo fofo isso. ― Formamos uma boa dupla. ― Completa entretido com a comida.

― Formamos mesmo. ― Tento sorrir.

Mas era difícil.

Era muito difícil aceitar "essa vida", meu pai me dava todas as dicas que podia e eu adorava as aulas com Cédruick. Ele era um fofo! Mas... aturar a presença de Yvan era difícil demais.

Meu corpo se arrepiava e não conseguia parar de olhar suas garras e presas; imaginando que ele poderia me matar a qualquer momento.

Mas ele tinha seus motivos para me ajudar, e eu tentava me apegar a isso.

E assim começou meu convívio diário com um cara que eu mal conhecia. Onde já vivi isso antes? Sim, no começo deste ano com meu pai. Mas ele era um gigante legal e muito fofo, não um mosntro que tentou me matar e matou meu amigo bem na minha frente...

oOoOoOo

Yvan tinha uma mania engraçada: sempre que tinha de fazer algo como se exercitar, estudar ou ia cozinhar (Por que por algum motivo ele gostava deste trabalho. Vai entender.), punha fones e ficava a ouvir música; mas ele se empolgava tanto que do nada estava mais dançando do que fazendo o que ia fazer. E eu me pegava com um sorriso besta vendo isso.

Como podia ser tão bobo?

Nunca convivi com uma pessoa tão... feliz. Como ele conseguia manter essa alma de criança com tudo que passou? Com o que somos obrigados a fazer? Como ele conseguia ser feliz e dançar despreocupado em meio ao inferno?

Não posso negar que ele tinha muita resiliência...

E ao término do fim de semana voltei à escola.

O lugar onde a minha vida deveria ser normal, onde deveriam ter supervisores e pessoas responsáveis. Mas desde o primeiro dia você já deve ter percebido que não tinha nada disso... O pequenino David apanhava sem ter nenhum tipo de ajuda de ninguém ou apoio de amigos.

Ok eu sei que acabei não contando quase nada do colégio até agora, mas foi para não misturar as coisas... Eu falei que ainda estou aprendendo esse lance de contar histórias, não sou uma Green que nasce com isso como um dom nato.

Resumindo:

Aquele professor maldito continuava a tentar me assediar, e mesmo que isso parecesse ser o menor dos meus problemas ainda era um deles. E como eu tinha muito medo de ele aprontar algo, nunca voltava sozinha ou ia sozinha para a escola; um dos colegas do meu pai me levava e buscava e na escola estava sempre com um dos três populares, mas isso não é uma coisa que dá certo pra sempre...

Neste dia o casal faltou por um motivo particular, e o Edd teve de ir embora mais cedo por outro motivo particular e eu fiquei sozinha. Daniel não é da minha turma e como é o presidente do clube de jornalismo estava sempre bem ocupado e não tinha como ficar me acompanhando.

Estava dentro da escola, um lugar que deveria ser seguro estudando para a prova do dia seguinte e esse professor apareceu.

― Sabe. Eu estou cansando do seu jogo. ― Falou com um tom que já me pois em alerta. Levantei o rosto tirando a atenção do livro e vi que ele estava com os olhos presos em mim, desatando o nó da gravata. ― Vamos parar com essa arrogância. Eu conheço muito bem garotas do seu tipo.

― Do meu tipo? ― Falo pondo a mão no meu bolso ligando para Yvan e sinto a arma que meu pai havia me dado. Uma dúvida cruel me domina.

Ele era o único que eu sabia que estava livre e próximo para chegar a tempo. Eu não queria mesmo ter de usar a "outra opção" que a cada segundo ficava mais e mais convidativa, por conta do medo que ia me dominando.

― Sim. ― Afirma com esse tom galante que só me faz sentir nojo.

Me levantei querendo ir embora dali.

Olhei em volta e a biblioteca estava vazia.

Estava próxima a janela em uma mesa bem iluminada atrás dos armários próximo a porta principal grande e aberta; ou seja todos que passassem no corredor ou lá fora pode nos ver. Ele não podia fazer nada comigo ali. Podia?

― Você é do tipo que gosta de provocar. ― Diz me pondo contra a parede segurando meus ombros me impedindo de sair.

― Entendeu errado. É tão impossível para você entender que eu "realmente" não quero! O que eu digo pra deixar isso claro? ― Tento o empurrar, mas ele me segura com mais força.

― Não seja ridícula. ― Se aproxima tentando me beijar, mas eu viro o rosto sentindo um forte nojo de seu hálito de menta; e já ponho a mão no meio da cara dele o empurrando.

― Fica longe de mim! ― Grito forte para qualquer um que estivesse perto ouvir. ― Você é nojento!

― Você é lesbica por acaso? ― Questiona como todo machista idiota que toma um fora. Por que por algum motivo uma mulher não pode negar eles se não for esse motivo. ― Eu já curo isso pra você...

― Que? Não! Fica longe de mim!

― Você só precisa de um trato bem dado pra parar com essa arrogância.


― O que está fazendo professor? ― Mal reconheci a voz calma que o interrompeu.

Olhei e percebi ser o pequenino e frágil David encrenqueiro.

Ele estava diferente. Os cabelos mais longos ainda, cobriam mais seu rosto escondendo boa parte de sua expressão e as roupas estavam sujas e mal cuidadas.

Estava cada dia mais preocupada com ele. Eu tinha de conseguir falar com ele.

― Não se meta garoto. Isso é um assunto entre esta aluna e eu. ― Ele pontua meio que expulsando o menor que ignora a ordem e entra na biblioteca encarando o professor.

― Eu ouvi ela falar não. ― Pontua firme o peitando. ― Eu sei o que o senhor faz com as alunas. Mas se elas querem é diferente... Valery não quer... Deixa ela em paz.

― Está me acusando sem provas, garoto. ― Fala grosso indo até David. Ele não podia bater nele assim podia? Talvez inventasse que David fez algo para ser punido como uma suspensão ou detenção.

― Sem provas? ― O menor sorri de modo nefasto, e isso enfurecia o professor que vai na direção dele agarrando seu braço como se ele fosse uma simples criança impertinente.

Corri até ele tentando o fazer soltar, mas... ainda continuava muito fraca. Tinha de usar mais a academia e treinar a força das mãos.

― Solta ele! Para com isso! ― Grito de forma inútil, esse homem parecia incapaz de ouvir qualquer coisa que não fizesse parte de sua fantasia.

― Entendi... vocês são amiguinhos. ― O tom que usou foi sórdido olhando para mim e David. ― Mesma laia... faz sentido. ― Eu não entendi o olhar que o menor deu com essas palavras, mas ele parecia furioso. Até chegou a fazer o professor o soltar por instinto.



― Nossa. que cheiro de adrenalina. ― Mas logo a forte voz de Yvan rompe a cena. ― Bora? ― Ele olha pra mim e corro até ele, pelo menos tento.

― Quem seria você meu jovem? Sabe que está em um terreno particular? Não é aluno daqui. ― O professor me segura quase abrindo meu pulso de tanta força e dominância.

― Pelo que sei a biblioteca é aberta à comunidade. ― Ele diz entrando impondo que o professor não podia o expulsar dali. ― Solta ela ou te faço soltar. ― Ameaça sem nem fazer de conta e posso ver suas presas reluziam com a luz da janela em meio ao sorriso de satisfação que esboça.

Com isso o professor simplesmente me solta e dá um passo pra trás. E eu corro até o David olhando que ele estava com os olhos presos em Yvan de uma forma que não consegui entender.

― Você conhece essa garota? ― O professor tenta repor a postura intimidadora, mas se mantém longe de Yvan.

― A chatinha aqui é minha namorada. ― Mente vendo o olhar de medo do professor aumentar. ― Se eu souber que você fez algo... ― Deixa em aberto saindo e vou junto dele.

― Namorada?

― Caras assim só respeitam a posse de outro homem. ― Explica andando dando de ombros. ― Ele não ia ligar se fosse o baixinho, mas agora não vai mais te importunar.

― Valeu cão de guarda. Mas ele não ligou do meu pai ser da policia. ― O provoco um pouco incomodada com essa situação de ser resgatada, olhando David que ficou parado no mesmo lugar nos olhando sair e voltando a olhar para o professor. Me pergunto se aproveitava para falar com ele nessa hora ou se corria logo dali com o Yvan. ― Obrigada por vir... isso não estava no nosso acordo. ― Ponho a mão no bolso sentindo o cano frio e penso que foi mesmo a melhor forma de resolver.

― Não preciso apenas ajudar o que está dentro do nosso acordo, eu não sou um monstro como você acha. ― Pontua caminhando à minha frente mas posso ver ele olhar de soslaio para David. Que troca de olhares entre eles era essa?

Deveria ou poderia perguntar?

Unf... De fato Yvan não parecia ser uma pessoa má. Não foi ele quem matou Marcos, foi o priminho dele, mas mesmo assim... Era muito difícil pra mim superar a primeira impressão que tive.

oOoOoOo

Sherlock tinha vindo no dia seguinte da missão ou seja ontem; ele trouxe o carro e ficou analisando a pelúcia com o uso de luvas e umas pinças; todo cuidadoso, mas aí veio o Cedrick e pegou o brinquedo com as mãos e eu quase me matei de rir da cara do Sherlock.

A dinâmica dos dois era no mínimo hilária. Me sentia vendo uma citycom!

― Só eu acho esses dois uma típica dupla? Destas que posam na abertura na série um de costas para o outro como opostos. ― Ele comenta com um sorriso bobo nos lábios olhando os dois debatendo condutas e posturas.

― Concordo. ― Dou risada vendo que pensávamos muito parecido. ― E nós dois? ― Pergunto ainda olhando a dupla debatendo sobre a pelúcia e sua importância tentando entrar em um conceito comum. ― Um... é muito parecido com o outro. ― Comento e ele me olha ficando sério. ― Fomos criados no luxo e riquezas, mas obrigados a viver "nisso" porque dizem que somos especiais... mas só queremos viver uma vida normal.

― Neste ponto ...

Mas antes que ele possa completar a frase, os dois cobram a nossa atenção:

― Eu não sei o que o desgraçado está planejando, pelo que consegui entender este "treino" temático que ele preparou para fortalecer Alexander, é recolher os fragmentos da Bruxa primordial. ― Cédruick pontua mostrando algo e não dá pra prestar atenção. ― Ele sabe de algo e está de complô junto do Nemesis. Todos sabemos que ele tem um contrato com o cara.

― Contrato? Dá pra rolar aquele diálogo expositivo ou tá muito difícil? ― Comento tentando manter o humor.

― Claro. ― Cédruick diz saudoso se sentando próximo de nós na academia. ― Você já conhece a trindade familiar correto? A bruxa primordial já foi detida a muito tempo com a ajuda do segundo "porta voz"; mas ela se mostrou realmente imortal então foi fatiada em treze pedaços em um ritual; e além disso cada um recebeu um lacre diferente. ― Diz ao ir até a pelúcia podre a pegando. ― Aqui dentro reside o coração da bruxa. Dá pra sentir que ainda bate forte e saudável mesmo sem ter um corpo a anos. O poder dela é mesmo incrível. ― Completa com um tom feliz e cheio de animação ao passar a mão pela fresta de costura pegando nas mãos o coração pulsante que tinha em sua composição plantas e flores saindo dele.

Uma flor tão linda.

Com pétalas grandes em forma de coração, cada uma em um tom de vermelho as deixando magicamente belas. Um buquê perfeito que brotava do coração da bruxa parecia acalmar minha alma e trazer paz de uma forma estranha de se ver.

Não tenho capacidade de descrever como era belo, as pétalas e todas as flores eram indescritíveis e acho que um artista teria dificuldade de replicar.

Mas o mais estranho é que não senti nojo ou repulsa, o que seria normal. Me senti acalentada vendo aquilo. Depois fiquei um pouco triste como se me desse saudades de alguém que nunca conheci. Muita saudade.

Faz sentido. Se eu tenho a alma do Drácula esse seria o coração... da minha esposa. Não?

― Está bem? ― A voz forte de Yvan me tira de meus devaneios. E assim percebo que estava lacrimejando.

― Não sei... Foi estranho. ― Respondo voltando a olhar Cédruick que guarda o coração como estava. Me preocupava com o tal lacre, mas ele deve saber o que fazia. ― Pode repetir sobre o Nemesis por favor? ― Pergunto a fim de me distrair e ele sorri e torna a falar. Que homem lindo meu deus. Que sorriso encantador...

― É muito simples; como já expliquei: criaturas seguem regras próprias, ex um Renfield "sempre" tem seu mestre, então ele não faz nada por vontade própria. E o grande inimigo não é diferente disso, ele age como um cineasta e você pode fechar contratos com ele, ou seja: se ele achar que você é interessante ele te dá atenção e você pode fechar um acordo e só assim ele não te mata. Dorian é muito interessante e não tem por que Nemesis já não ter feito vários contratos ao longo dos anos e renovando ou modificando.

― Deixa ver se entendi: Você pode pedir qualquer coisa desde que ambos estejam de acordo? Então se ele o tal de Nemesis planeja destruir a raça humana, o Dorian por já não ser humano pode ficar fora disso ele só quer garantir. ― Yvan diz e Cedruick já olha com desgosto, não querendo falar com ele.

― Sim... ― Responde desgostoso, apertando aqueles lábios bem delineados, finos e com uma sutil covinha.

― Então aquela seita queria invocar o Nemesis para tentar um acordo? ― Pergunto pensativa me lembrando do que falaram.

― Ou ser contaminado. O que é burrice. É muito difícil ser tão interessante para conseguir um contrato. ― Pontua meio impaciente como se lembrasse de algo, ou várias coisas que passou. ― O Sherlock acabou sendo contaminado quando éramos crianças, mas ele ainda não tinha "direitos" a um contrato pois a criatura não acha ele interessante o suficiente. Entende? Uma coisa não tem relação com a outra. ― Pontua sério com seus olhos fixos em mim, e aquela franja leve movendo sobre seu rosto. ― Se contaminar é algo que pode acabar acontecendo se entrar em contato com a fuligem que escapa de seu traje pois seu corpo está em chamas; já o contrato é algo que ele deseja fazer. ― Completa caminhando e acabo parando os olhos sobre seus sapatos, tinha uma cruz de metal em cima de cada um; grande e aparentemente pesada toda entalhada. Como não notei eles antes. Tudo nas vestes dele parecia feita com algum significado; acho que tinha coisa demais para perceber em seu traje. ― Não dá pra saber o que faz Nemesis se interessar. Sabemos que ele chama de "protagonistas" ou "figurantes" como um cineasta que separa as pessoas em níveis de relevância perante a obra que ele filma; mas não dá para saber o que ele te considera, ou como mudar essa visão.

Me senti estranha com essa pontuação pois meu transtorno faz com que eu olhe o mundo de uma forma semelhante a isso.

― Bem, se for chutar a Valery seria uma protagonista não? ― Yvan diz ignorando os olhares de profundo ódio que Cedruick desferia a ele. ― Ela tem o contato com Térekin e é ela quem é a grande fodona. Se não for ela não sei mais quem seria.

― E você planeja ser o parceiro da protagonista pra ficar vivo? ― Acusa com desgosto; ele parecia tentar buscar os motivos de Yvan estar ali.

― Não. Eu só sou fiel a minha mestra perfeita e linda. ― Responde com um tom tão irônico que chego a me achar feia. Pera... ele me acha feia? Jura? ― Você não tá aqui por que quer ser o tutor da protagonista?

― NÃO ME ACUSE CRIATURA! ― Pela primeira vez vejo Cedruick vociferar e seus cabelos se movem com um vento inexistente no ambiente fechado e seus olhos brilham com uma magia desconhecida pra mim. Posso ouvir Yvan rosnar e me ponho entre os dois antes que desse merda.

― Calma! Calma passou! Sem brigas, estamos do mesmo lado. ― Grito realmente me pondo entre os dois que nem me olham. ― Cedruick dá pra parar de pegar no pé ou pegar leve com o Yvan e ser menos... racista?

Racista? ― Ele grita e desta vez olha pra mim. ― Ele é uma coisa! Isso não é racismo, é conhecimento. Valery. Não está aprendendo nada? Criaturas são criaturas, não existe exceção!

― Mas ele não está aqui seguindo o que vocês falam. Ele tem vontade própria. Cadê o mestre dele? ― Pontuo e ele bufa indignado com minha insistência em defender o maior.

― Não sabemos, ele pode fingir muito bem para seguir as ordens de seu mestre. ― Pontua andando para os lados irritado. ― Não podemos confiar em criaturas, entenda isso de uma vez!

Eu não tinha como garantir a consciência de Yvan assim como não tinha como provar a minha própria... o dilema da inteligência artificial me dominava.

― Relaxa, ele é um caçador... ― Diz sério como se fosse uma ofensa ao mais velho.

Eram dois lados, não tinha como negar isso. Mas quem estava certo? Os caçadores sempre são os legais nas obras; mas eu sei o lado do Yvan da história... E se simplesmente sempre foi questão de ângulo que se conta? Mas... e se for mentira como Cedruick acusa e ele esta obedecendo seu mestre e me enganando para se aproximar de mim?

Não adianta não conseguia confiar em Yvan...Mesmo querendo e tentando muito não dava; me sentia tão racista quanto Cedruik. ele dava medo e fim.

oOoOoOo

Caminhávamos na rua juntos e eu pensava no porque ele era tão legal comigo, por que veio me ajudar na escola e no que Cedruick falou sobre ele estar fingindo por ordens de seu mestre...

— Obrigada. — Digo ao abrir a porta de casa o vendo seguir o caminho até a mansão sem dizer nada.

Entrei e fui contar no grupo o que havia acontecido e lógico que todos ficaram bem indignados, Daniel e David não faziam parte do grupo, por algum motivo Edd continuava implicando e querendo distância do menor... Estranho. Tentava falar sobre, mas ele resumia a implicância de ele ser um "mané" perdedor e não querer se misturar.

*-* Já falei. Ele queima nosso filme. /=/ Notou que ele anda fedorento? /=/ Não sei por que você quer andar com ele. Mas eu não sou obrigado a conviver com ele.*-*

Era um argumento lógico.

*-* Menina! Já passou da hora de você contar o que tá rolando para o seu pai! Anda fala com ele hoje mesmo.*-*

Katy estava pasmada com a atitude do professor e como ninguém tinha feito nada contra ele, depois de eu ter procurado a direção da escola e os seguranças do lugar.

*-* Entendo. Que foda você ta passando por isso. Por que não me contou antes? /=/ Na real não adiantava nada falar na escola. Eles não vão fazer nada. /=/ Se continuar assim ele vai ir pra cima de você. /=/ A não ser que esse namoro falso cole e ele tenha medo do cara. Mas ele pode pensar em se "livrar" de você depois. Sacou? /=/ Mesmo que seu amigo faça algo depois... pode ser perigoso ele acreditar que sairia impune./=/ Mas o que eu aconselho é: assusta ele. Você anda armada não? Aponta pra cara dele. Duvido que te dedure. Vai ficar muito mais claro, se ele não entende "não é não" fica com "não é bala".*-*

No privado Daniel tentava me ajudar e acalmar, mas a naturalidade que ele tratava o assunto de apontar a arma para o cara e todo o ocorrido e até o risco de o professor tentar abusar de mim e me matar depois, me dava medo.

O que será que ele ja passou para pensar assim?

— Pai... — Digo depois de ele chegar e tomar um banho.

Estava jogado na cama de pijamas olhando o teto com cara de cansado, imaginei que podia estar conversando com o irmão.

— Me chamando de pai? — Se senta, olha para o lado ri e depois olha pra mim. Ele não escondia mais sua "esquizofrenia" de mim. — O B.O. deve ser grande. O que houve pequena? — Diz preocupado.

— Um professor ta me assediando. — Contei de uma vez e ele arregalou os olhos coloridos.

— Um... professor? — Se levanta pasmo. — Ele usa um cavanhaque?

— Com um perfume nojento.

— Isso eu não sei. Mas qual o nome dele?

— Martin, não sei o sobrenome, o povo chama ele de Gambit. — Digo tentando lembrar o sobrenome dele. Porcaria de dissociação! Só atrapalha minha vida!

— Ele está morto. — Pontua sério me olhando.

— Como? — Me indignei. Ele era um fantasma? Só me faltava essa! — Ele tentou me atacar hoje na escola. Um amigo me salvou... — Não podia citar Yvan então me calei.

Mas por que não?

Por que algo em mim continuava defendendo Yvan? Não tinha motivo nenhum pra isso!

E o que mais importa: Como assim aquele professor maldito estava morto?

Ele acabou de tentar me atacar a poucas horas!

Mito do frango faz referência a pessoas que acreditam que só porque é frango é mais saudável. 

O nome do professor foi referencia a obra FRIENDS da autora @danielamello123 

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