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22 - Casa interna

3075 Words

Como disse, estava treinando muito e apenas passei a treinar junto de Yvan essa coisa de "casa interna".

E estes treinos não passavam de pura meditação, havia pouca coisa física como: treinar o manuseio de armas com meu pai, ir a academia com Aleh, treinar um pouco de defesa pessoal com All e combate com Edd. Já sentia falta de treinar junto de... unf.

Preciso superar isso, a terrível morte de Marcos, caso contrário não irei conseguir trabalhar junto de Yvan Lykaios.......


A ideia era simples: um tentar invadir a "casa" do outro.

Lógico que cada um dormia em sua própria cama, eu na minha casa com meu pai e ele na mansão e tentávamos invadir o sonho um do outro.

Só tinha um problema nisso, na verdade eu tinha quinhentos; começando com não querer o cara que "matou meu amigo" na minha vida muito menos na "minha cabeça" mas... vamos focar que: eu não tinha outra pessoa se oferecendo pra me ajudar e... só tinha pesadelos.

Sempre que fechava meus olhos, me via de volta ao meu antigo quarto, na mansão cor de rosa da minha mãe. Um quarto tão grande que podia chamar de aposentos, tinha meu banheiro privativo e minha empregada particular que cuidava apenas das minhas coisas.

Uma casa linda e opulenta, mas sem amor nenhum. Gelada e assustadora.

Era horrível morar ali; tanto que me apavorava com a ideia de retornar para aquele inferno disfarçado de luxo.

― Nossa... ― O tom surpreso e a voz embebida no sotaque me fizeram olhar.

Ele entrava pela porta do meu quarto, mas olhando através dela não tinha o corredor da mansão e sim parecia uma balada ou algo assim pelas luzes que invadiram o quarto.

― Ele te disse que saltar de sonho para sonho ajuda não? Ontem você falou que só tem pesadelos então... imaginei que se eu tivesse um seria mais fácil de sincronizar. ― Explica ao ver minha expressão de espanto.

Que inteligente.

Nunca que pensaria nisso.

― Isso é seu pesadelo? ― Disse meio decepcionado indo até a sacada, olhando o lindo jardim da frente. ― Deve ter algo muito pior que o meu, pra isso ser seu pesadelo. ― Murmura analisando o céu límpido e azul.

Fiquei até sem palavras.

― Como fez para invadir meu pesadelo? ― Disse tentando sair da cama, mas logo me vi presa a ela. Amarrada mesmo.

Um pânico me subiu.

Me lembrei de todas as vezes que era preparada para uma nova cirurgia. Como ela me prendia neste quarto, me dopava e levava a força até o hospital. Como me amarrava ali no pós cirúrgico para que eu não fugisse de casa...

Mas ele olhou isso tranquilamente e caminhou até mim partindo as fitas de tecido branco com suas unhas como se fossem feitas de papel higiênico macio.

― Tenho um ótimo domínio da minha cabeça. ― Explica voltando até a porta de onde veio. Seu tom foi estranho, parece que ele viu algo que não queria me dizer ou reagir. ― Vem que te explico como, afinal diferente de você eu preciso ter... Você viu o que um... Renfield faz não? Eu não sou assim porque sei me controlar muito bem.

O modo que ele falou foi pesaroso como se estivesse pensando nisso há muito tempo. Ou pelo menos desde que saímos daquela cidade infernal.

Mais do que isso.                     Ele parecia ter pressa em me tirar daquele cômodo.

Será apenas empatia pela minha dor? Ou seus olhos mágicos o ajudam a ver algo a mais agora que estávamos na mente, livre dos instintos do corpo?

― Você... sente alguma vontade ruim? ― Murmuro o seguindo porta afora.

Diferente dele, que estava como sempre usando aquele conjunto duvidosamente caro, eu ainda estava de pijamas e descalça. Será que eu teria de me trocar mesmo sendo um sonho? Não seria trocada mágicamente? Tipo simsalabim?

Me dava vergonha ficar de pijamas em um quarto com um cara. Mesmo que ele me dê um arrepio ruim na espinha; como se um predador estivesse parado bem na minha frente.

― Como aquele senhor notou eu... tenho raiva. ― Ele comenta e demoro a lembrar de quem ele falava. O senhor Van Helsing. Ainda tinha dúvidas se ele era o verdadeiro. Como poderia ser? ― Muita. ― Afirma me trazendo de volta a prestar atenção no que dizia. ― Me irrito mais fácil que o normal como se estivesse de TPM vinte e quatro horas por dia, e não desse crise de choro só explosões de raiva. O pior é que ainda tenho picos de testosterona que me faz ficar mais violento ainda, fora que minha adrenalina é mais elevada que o normal, ou seja, respirar fundo e contar até três é algo constante para conviver em sociedade.

Ele explica ficando de costas e eu vou até dentro do closet para me trocar devidamente; deve ter ficado tão desconfortável quanto eu, ou percebido meu constrangimento. Ele era muito bom em comunicação não verbal... devo dizer.

― Então você só dormiu, escolheu ter pesadelos e me achou? ― Questionei pondo a primeira peça que achei.

Só tinha vestidos ali. As roupas que minha mãe me obrigava a usar nas apresentações e festas então era uma coisa chamativa e muito sexual apesar de elegante.

Quando saí ele me olhou curioso, mas não disse nada.

― Com tudo que ouve, ter pesadelos é fácil. Mas... te achar não foi não, estamos treinando essa bosta a três dias não? ― Explica sem realmente explicar como fez para me achar.

― E você acha muito? Para ter poder mágico?

― Acho. Mas eu já nasci com os meus né. ― Da de ombros claramente me zombando. Ele já demonstrou ser bem inteligente, e pelo pouco que conversamos ele estava nesta vida de caçar caçadores e libertar os Renfields a um ano e meio; tempo suficiente pra ter aprendido alguma coisa que ele não quer me dizer. ― O que você disse é que deveríamos apenas conseguir controlar o sonho. Ter um sonho lúcido, certo? Eu já tenho isso, então facilitou muito minha parte. ― Explica abrindo a porta. ― Vem. Ele disse que invadir o sonho do outro e voltar nos faz criar uma destas "portas" automaticamente não?

― Quer que eu entre na sua mente? Sua casa interna? ― Falei pasma e ele pareceu se dar conta do que havia dito.

― Você volta pela porta e entra na sua própria casa. Que tal? ― Se corrige eu morro rindo da carinha dele.

― Ok. ― Disse ao sair pela porta.

Não sabia o que esperar, mas pelo jeito nem ele.

Como seria a mente dele? Representada na forma de uma casa........

Isso era mais íntimo do que ver ele pelado... coisa que já fiz, mas foi sem querer. Ele quem virou um lobo antropomórfico gigante e rasgou a roupa toda ok!

― Nossa.

Deixei escapar e ele me olhou.

Fiquei meio sem graça e quis voltar correndo pra minha porta; mas não nego que queria ver direito o lugar.

Olhando para trás para sair dali, tinha uma porta enorme e linda, elegante e bem trabalhada, o que demonstrava todo esse domínio dele com perfeição. Afinal ele me buscou; sua porta de fato era melhor que a minha...

Descrevendo direito o que vi pois você pode estar tão curioso quanto eu:

Quando entrei pela porta dele sai dentro de um destes raus de entrada mais elegantes que Térekin me explicou ser de pessoa mais fechadas que filtram quem faz ou não parte de sua vida, mas logo cai em uma sala linda e bem elegante com uma ampla e larga escadaria em seu centro para o nada. Aparentemente o andar superior inteiro ainda estava em construção. Aquilo até parecia uma escada de filme de contos de fadas indo para o céu...

Tudo era em branco e os móveis tinham cores vibrantes e elegantes, deixando tudo muito harmônico. Era mesmo uma casa linda, parecia feita por um decorador. O único detalhe que me surpreendeu e cativou minha atenção era que desde o hall de entrada e por todas as paredes apreciam estranhamente "nuas" como se os quadros de fotos tivessem sido arrancados todos de uma foram abrupta restando apenas as marcas nas paredes. Seria uma representação por ele ter se afastado de todos que ama para os proteger?

Nesta sala de entrada era aconchegante com muitos sofás e pufs macios e aparentemente confortáveis; dignos de uma pessoa amigável e afetuosa; na laterais tinham saletas a parte que significavam traços de sua personalidade mais marcante, com o que ele se divertia mais: a direita vi um lindo piano de calda; elegante e chique em tom de verde escuro que não entendi seu significado, ele gostava de música? Sabia tocar isso? Já a esquerda tinha uma outra saleta, esta estava vazia por algum motivo como se tivesse acabado de ser saqueada pois as marcas dos móveis ainda estavam ali.

Mas o que mais me surpreendeu ali foi que tudo estava forrado de livros.

Livros.

Esses mostravam a sabedoria de uma pessoa.

Ele tinha uma estante rica de livros em cada cômodo ali... nossa.

― Obrigada pela ajuda. ― Disse envergonhada saindo dali e voltando pela porta.

― Tudo bem. Vou tomar isso como elogio. ― Diz meio sem graça seguindo para ver a própria casa. Claramente ele viu minha cara de boba olhando tudo.

As paredes continham marcas de quadros, mas eles não estavam ali, e toda tinta estava a descascar deixando um tom preto e branco.

Lógico... ele acabou de ter um grande abalo e ter a cor de sua vida tirada de si; as pessoas que ele amava morreram de forma brutal, e tenho tudo para acreditar que os quadros eram representações das pessoas que são importantes em sua vida.

Essa eu consegui entender sem ajuda.

Voltei para o que antes era o meu quarto e me vi no meio de um shipping.

Por que um shopping? Não era para ser uma casa? Com cômodos e tudo mais?

O que isso representava? Eu sou materialista? Fútil?

― Interessante. ― Térekin diz surgindo ao meu lado. ― Não esperava?

― Por que não é uma casa? ― Pergunto na cara lavada.

― Por que você não se sente bem com a idéia de casa. Ela é seu pesadelo lembra? Você não tem casa Valery. ― Diz pontual e firme caminhando em minha direção. ― A casa de sua mãe não te dá conforto. E a que está morando é de seu pai e você ainda não sente ela como sendo sua, apesar de gostar dele; ele é um estranho para você. E você ainda se recusa a ter a mansão como moradia preferindo deixar Yvan residir nela. Não gosta e não tem uma casa. Logo sua mente repudia a forma de casa e cria outra imagem. Mas isso... não é um Shoopping. ― Murmura pensativo ao avaliar melhor sem me explicar nada.

― Entendi. Eu tenho problemas... ― Murmuro pensando por que tinha essa aparencia de Shopping e o que seria se não fosse um shopping.

― Sim. Eles ficam evidentes se pode ver sua própria mente e cuidar dela. ― Diz olhando para a porta de onde sai. Ela era pequena e frágil sendo de um vidro granulado e barato; e como se tratava da entrada de um shopping todo o restante estava coberto com papelão velho, sujo e pichado. Tão diferente da porta dele... ― Ele neste momento está limpando as paredes descascadas, lixando e cuidando. Uma forma direta de lidar com seu choque. Muito sagas. É mesmo um garoto impressionante, estou quase aceitando sua ideia de ter ele como seu auxiliar. ― Elogia como se soubesse que estava nos comparando mentalmente.

― Notei que ele tem muitos livros. ― Murmurei demonstrando minha inveja, olhando para o vasto e imenso espaço vazio da entrada e as portas que adornavam os três andares; com um teto fechado e as luzes altas que deixava tudo escuro demais.

Eram muitas portas.

Coloridas como um andar de prédio, mas com este vão largo e espaçoso no meio como um shopping.

― Sim. Eu também tomei a liberdade de vasculhar sua casa; realmente é impressionante. Yvan é uma alma rara. ― Diz ao caminhar do meu lado e logo vejo as escadas rolantes para os demais andares.

Pareciam de vidro e frágeis, ambas em tons escuros e desligadas pareciam sujas e abandonadas; envergadas e quebradas como se tivesse ocorrido algum combate ali naquela área; e algo muito grande caiu sobre ela a amassando. Uma ia até o último andar e a outra parava no segundo.

― O que tem em cada andar?

― Eu ainda não sei. Você quem deveria explorar afinal é a sua mente.

― Unf. Prefiro ir ver a casa do Yvan. ― Digo olhando as portas do primeiro andar. Tinha algo escrito em cada uma delas a mão sem placa como se fosse feita na base da preguiça e praticidade; Então me aproximei e fui ler uma a uma.

Lembranças ruins

Comida favorita

Sonhos

Medos

Lembranças base

Coisas que adora

Comidas que tem nojo

Comidas que odeia

Lembranças que dão arrependimento

Metas

Etc

Etc

Etc

Estava tudo fora de ordem e uma verdadeira bagunça sem sentido.

― Mas... eu achei que essas coisas ficavam em livros ou... sei lá.

― Claramente você deixa tudo jogado pois não sabe organizar sua mente. ― Julga olhando em volta. ― E tornar tudo muito maior do que é. ― Pontua firme voltando as escadas rolantes. E assim posso notar que todas as paredes daquele lugar estavam rachadas ou quebradas, o teto tinha infiltração e imensas rachaduras. A minha mente... estava muito danificada mesmo. ― Eu também prefiro ir ver a casa de Yvan, mas meu parceiro é você. Infelismente. ― Diz ao subir.

Que caralho!

Subi puta para o segundo andar. Como ele era insuportável!

Aquele lugar era enorme.

Por que era tão grande?

― Você tem a alma de Drácula. Por isso é tão grande, ela é mais poderosa também, foi crescendo a cada encarnação. Mas é um desperdício de espaço já que você não usa como deveria. Eu estou aqui para te ensinar como usar esse espaço todo. ― Diz como se ouvisse meus pensamentos na hora. ― Estamos na sua mente; lógico que eu ouço o que pensa. ― Pontua e me espantando. ― Esta. Nunca entre. Essa porta é minha. ― Diz apontando para a única que era diferente ali. Tinha um entalhe sujo demais para entender. ― Todos aqueles que podem me ver tem uma destas. Como por exemplo seu pai agora tem. Mas... como sua mente está assim, ela ficou suja. Quando tiver capacidade de me compreender irá ver o entalhe direito. ― Diz ao seguir viagem. ― Vou ver a casa de Yvan. Bom passeio.

E some.

Folgado é pouco!

Que ódio que ele me dá!

Respirei fundo. Contei até três e continuei a ver aquela construção com cara de shopping enorme abandonado; parecia um misto de um hospital e isso me deu arrepios.

Realmente era muito espaço mal utilizado.

Idealizava como ele poderia ficar, mas não era assim que as coisas funcionam. Eu não podia mexer e criar coisas ou mudar. Aquilo era uma representação da minha mente, e olhar e andar ali apenas me ajudou a ver como eu estava destroçada e vazia.

Como eu melhoraria isso?




E assim acordei com o despertador.

Me levanto mais cansada do que dormi afinal estava treinando, e me visto para a escola vendo que o grandão já tinha saído.

Lá encontro os três que já me contam tudo o que fizeram e seus planos. Eu evito os contar que Yvan estava comigo e assim os mantenho afastados deste perigo.

Se já tinha ele, não tinha por que arriscar suas vidas novamente; iríamos continuar sendo amigos, não tinha por que eu deixar de falar com eles. Mas este relato não se passa com foco no tempo que passo na escola ou com meus amigos. Não. O foco é na desgraça e no horror.

Assim que saí do colégio percebi uma mensagem de um número novo.

"Doguinho" era o nome anotado e demorei uns segundos para lembrar que tinha posto este nome no contato de Yvan desta forma. Ri sozinha da minha própria zombaria. Mas isso não foi por carinho.

De forma alguma.

Era um lembrete do que ele era, para não abaixar minha guarda e escrito de forma a não levantar suspeitas caso alguém leia.

*-* Tem dois malucos aqui na casa atrás de você. Disse que estava na escola, mas eles estão te esperando. /=/ Um deles é aquele agente mirim da MIB conhece ele?*-*

*-* MIB? Que?*-*

*-*Homens de preto caralho. Não conhece?*-*

*-* Não sou obrigada a ser nerd./=/ Já estou indo pra i*-*

*-* "Pra i" doeu em. Caralho, estava na escola mesmo?*-*

*-*Vai à merda.*-*

Que papo bobo.

Como podia ter um papo tão bobo com ele assim?

Me sentia dentro deste livros românticos toscos que meu irmão lia desde sempre; flertando com tom de implicância. Mas não era nada disso. Não podia me iludir por sua aparência, ele era um monstro e isso não era um flerte.

Minha vida estava longe de ser um livro de romance fofo e bobo; onde eu descrevo que fiz um coque frouxo.

Queria.

Mas não.

Era um terror, e eu não fazia coque frouxo!

Não tinha esse tom de relaxamento na minha vida, meus cabelos sempre estavam soltos e sujos de sangue, sangue de algum monstro ou de um amigo querido.

Caminhei até a mansão ouvindo músicas deixando os três para trás com suas vidas e planos. A partir de agora nos veríamos apenas em eventos normais; até que eles tivessem força para me ajudar.

Enquanto isso eu ia treinar do meu jeito.

Mas meu treino não seria nada fácil... Térekin deixou claro que eu só teria missões em campo, nada de ambiente controlado.

Mas o que mais me preocupava era minha casa interna...

Até a de Yvan era mais organizada e bonita que a minha.

Nota que ele não tem janelas ainda pois não é uma pessoa que se avalia muito, mas isso esta prestes a mudar. Mas o bom q diferente de mim e de muita gente ele n tem porão ou sótão o que explica essa vastidão de espaço já que como ele não tem pesares pode se desenvolver muito melhor.

Já a Val... tadinha. Nem caberia no desenho, por isso o dela eu apenas descrevo mesmo. Ok? Assim dou foco maior nas mudanças que tem na mente dela.

Viu q tbm n tem banheiros ou lavanderia? Ele vai se desenvolvendo melhor e vou postando nos caps sua evolução mental assim como as dela. ^_^ e vc? Fez ou pensou em como seria sua casa?

Percebeu que a palavra NOSSA foi a que ambos falaram ao passar pela porta? Eu não kkk só quando fui reler pra postar.

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