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19 - Na toca dos leões

3037 Words


Já que não podia sair dali, me sentei em uma cadeira e vi que haviam trazido um livro enorme e pesado com uma capa de couro escrito Térekin.

Até tentei abrir para ler e me distrair um pouco, mas mesmo sem uma fechadura as páginas pareciam coladas como se não passasse de um bloco único e não um livro.

― Muito bem. ― O médico particular trazido apenas para cuidar dela (vinte e quatro horas) durante sua recuperação entra na sala mais uma vez checando seu estado.

Eu a levei a um hospital próximo e comum, mas ela logo foi transferida de helicóptero para este que ficava não sei onde.

O que ela era afinal?

Por que a tratavam como se fosse mais importante que a rainha da Inglaterra?

Fiquei apenas olhando seu rosto desacordado.

Tinha algo estranho com ele.

Ela era bonita sim, muito, mas havia algo errado com essa beleza toda. Algo... anormal. Plastificado. Me sentia olhando para uma boneca de porcelana.

Dava agonia.

Tudo ali era muito estranho; os cuidados médicos, ela...

― Onde estou? ― Sua voz soa fraca olhando em volta.

Já haviam tirado a faixa de seu rosto e ela deveria estar totalmente recuperada afinal estava ali por causa do tiro que recebeu; não entendia o motivo de a manterem ali ou o porquê de ainda estar tão mal.

Eu realmente não compreendia nada e claramente aquele médico avaliava outra coisa; e logo se foi.

― Yvan? ― Disse me olhando confusa voltando a olhar em volta e parando os olhos no nada. ― Onde estou? Sério? ― Murmura como se reclamasse com alguém que estava aseu lado, virando o rosto irritada. ― Eu não acredito que fez isso. Espera! ― Se alarma se sentando e olhando para o nada. ― Como assim "não foi você"? Então quem foi?

― Que roubou o pão? ― Brinquei a chamando atenção e logo ela me olhou envergonhada, por ficar batendo o maior papo com o nada.

― Me desculpa eu... estava falando com ele. ― Aponta para o ar dando a entender que tinha alguém bem alto ao seu lado. ― Térekin disse que não foi ele quem esquivou a bala e me salvou. Que ele não tem poder de se intrometer assim, caso contrário teria feito muitas coisas. E até salvar seu antigo parceiro.

― Esse Térekin... o que ele é?

― Eu não sei. ― Murmura pensativa como se tivesse já feito a mesma pergunta inúmeras vezes. ― Meu amigo chama de "parasita mágico." ― Diz como se risse de algo que não podia ver. Pelo jeito ele não gostava desse apelido. ― Completa voltando a me olhar. ― Mas o que faz aqui?

― Não me deixam ir. ― Murmuro olhando o teto.

― Eu... sinto muito. ― Seu tom parecia verdadeiro então a olhei.

Ela tinha olhos vermelhos.

Quem tem olhos neste tom?

Claramente não era uma humana.

― O que você é? De verdade. ― Imponho direto e ela parece se espantar com a minha pergunta.

― Sou humana. Pelo menos sempre fui.

― Eu também achei que era. Cresci sendo até descobrir que essa minha vantagem em força na verdade eram poderes, e fui caçado graças a estes olhos coloridos. Você também não sabe o que é? Seus olhos também não são normais.

― Meu olhos? ― Diz ao se virar desesperada procurando por um espelho.

Buffo e vou até o banheiro arrancando da parede e trago para ela.

― Eles estão com... um brilho vermelho. Desde quando? ― Se apavora olhando no espelho como se visse algo aterrador. Mas era só a cara dela ali. ― Meus olhos sempre foram castanhos acinzentados. Meio apagados e simples, mas comuns. E eu amava eles assim... ― Diz apavorada como se essa mudança fosse algo muito importante para ela. Estava quase chorando.― Não. Não! Meus olhos não. ― Começou a chorar do nada.

Eita.

Essa mina é loca.

― Calma. ― Eu não tinha o que dizer; não estava entendendo nada.

Se ela chorasse por qualquer uma das coisas que passou ok. Mas pela mudança da cor dos olhos?

― Finalmente despertou senhorita. ― O médico adentra a sala uma segunda vez.

Era um homem de meia idade, caucasiano com características miscigenadas que desconhecia, seus olhos eram afinados e escuros e seu nariz mais avantajado e arredondado. Talvez tivesse origem havaiana.

― Sou seu médico particular, minha querida. ― Diz ao apontar para o crachá preso a seu avental. ― Fico muito feliz que tenha se recuperado do disparo. Deve estar se sentindo fraca ainda. ― Diz ao fechar as gotas do sangue que era posto nela e pegar seu braço tirando o acesso. ― Ficará conosco mais um pouco até estar recuperada. Tudo bem? Já deve saber onde está. Certo? "Ele" te contou quando acordou?

― Sim. ― Respondeu meio receosa com uma pessoa falando de modo tão tranquilo sobre seu amigo imaginário. E pior acreditando e tratando com total naturalidade. ― Ele disse que estou mal por ter usado milagres.

― Milagres?

― Sim é... ― Diz parando e olhando para o nada como se ouvisse a explicação de alguém. ― Como assim? Ok. Você resumiu toda a explicação e apenas disse milagre por que estávamos sem tempo. Milagre não existe? Como assim? E o que foi aquilo então? Aff. Ok.

― Então usou de poderes que não estava pronta. Entendo. ― O homem sorri calmo e feliz. ― Uma pessoa muito estimada está chegando para lhe explicar algumas coisas e tirar suas dúvidas. Tudo bem?

― Claro. Demorou! ― Diz animada passando a mão nos cabelos e o amarrando usando ele próprio e assim o homem sai do quarto nos deixando sozinhos de novo. ― O que foi? ― Me encara.

― É... que eu sinto o cheiro das pessoas. Igual um cão mesmo. ― Murmuro meio envergonhado. Era sempre complicado explicar este sentido apurado que tinha as pessoas. ― Sempre tive isso. É como olhar e analisar, mas com meu nariz. E este doutor... ele tinha dois odores. Como pode isso? Não misturar e ainda sim manter os dois como sendo o cheiro dele? Ele também não é humano?

― Isso eu não sei. Você tem mais chances de saber isso que eu. ― Comentou pensativa e aparentemente preocupada. ― Mas... achei muito... Fofo.

― Que?

― Você é um doguinho. Isso é fofo. ― Sorri claramente zombando. ― Menos quando fica com três metros. Aquilo dá medo. Mas me diz... como? Lycantropos não são assim. Como você faz isso? Se transformar no meio de uma tarde sem lua ou nada. ― Questiona seria e na real eu nunca tive de explicar essas coisas antes.

― Eu sei lá. Entendo tanto das minhas habilidades quanto você das suas. ― Dou de ombros e ela sorri.

Um sorriso honesto de alegria.

― Você é como eu? É isso não. Foi jogado nessa merda toda e só quer que tudo acabe para ter uma vida normal. ― Diz ao abraçar as pernas, voltando aquela expressão triste. ― Eu não quero ser uma heroína e salvar o mundo das criaturas. Não quero ser a esperança do mundo. Só quero ser normal. É egoísmo? Por que seria? Por que justo eu?

― É por isso que estão te dando tanta importância? ― Pergunto e ela apenas acena que sim com a cabeça. ― Que bosta. ― Murmuro sem ter muito como completar e ela estranhamente ficou feliz com isso; e logo em seguida um homem adentra a sala sendo acompanhado dos dois agentes da MIB de antes.

Este era claramente mais velho e seu caminhar cansado demonstrava o peso da idade, mas ainda reluzia vivaz e altivo esboçando um largo sorriso amistoso.

Ele parecia o próprio sol.

Emanava uma energia boa e quente, muito acolhedora.

― Muito prazer minha jovem. Já deve ter ouvido falar de mim. ― Afirma orgulhoso como uma criança que tirou o primeiro lugar em alguma atividade da escola, e vem contar a seus pais. ― Sou o próprio em pele e osso famoso "Van Helsing"! ― Se apresenta ao abrir os braços como um avô que pede um abraço ou um pavão se exibindo. ― Vim lhe conhecer pessoalmente. Nunca imaginei que ele fosse escolher a terceira alma. Mas as coisas não estão indo bem.

― Terceira alma? ― Pergunta confusa (com lógica) e ele se senta olhando para seus guarda costas os espantando como moscas.

― Eu sei me virar. Xô. Anda. Me deixa conversar em paz. ― Ordena e eles olham para mim. ― Ele está quieto. Vão tomar um sorvete. ― Diz como se falasse com duas crianças e eles saem do quarto, como filhos revoltados com o pai idoso que não se comporta. ― Meus meninos são muito preocupados. Mas vamos às explicações. ― Diz ao respirar fundo e começa a falar:

*** Como já deve ter lido nesta extensa e crescente obra que está em seu poder, Térekin não é somente o nome que ilustra sua capa, mas também a forma como o ser ou entidade se apresenta a quem pode vê-lo; um ponto a se destacar é que este nome foi dado pelos primeiros contatos e nem mesmo foi ele quem o criou, assim como toda a sua aparência; a única coisa dele mesmo são as cores que o comportam.

Mas a verdade é que ele não pode escolher qualquer um para ser seu parceiro, apesar de poder ser visto a todos que for corretamente descrito.

Sabe por que o nome trindade familiar?

Sabia que Drácula não é o primeiro Lospheratu? E nem foi o criador da raça?

Ele apenas é o mais famoso de todos eles. Sua criadora é Carmilla e é por isso que todos são homens, eles são seu harém e seu exército particular; assim como o próprio Drácula fazia parte.

Mas volto a falar dela depois.

Vamos focar na trindade familiar.

Drácula o lorde empalador, "filho do dragão" tinha uma linda esposa e um filho problemático. Mas o lorde não estava feliz com o que tinha e seu dever era manter o terreno limpo dos inimigos e em sua época as guerras eram constantes; e foi assim que... segundo as histórias, ele buscou por mais poder e foi o primeiro ser humano a encontrar Térekin e o levou para sua vida.

Mas o homem corrompeu o poder e não o conteve.

Vendeu não somente sua alma ao ser imaterial, mas a de sua esposa e filho.

Com isso seu único filho converteu-se em uma besta imortal semelhante às criaturas que o garoto tanto amava. E sua esposa revoltada com a atitude do marido se voltou contra a humanidade e suas motivações egoístas usando seus poderes para ajudar todas as mulheres que na época eram tratadas como pertencentes de seus maridos, pais e irmãos.

Logicamente que depois do Sufrágio muita coisa mudou, mas as famosas bruxas feitas na época da desigualdade ainda existem até hoje e como este tipo de problema ainda se mantêm firmes em vários locais do mundo, milhares de mulheres ainda são convertidas todos os anos.

Já sobre os Lycantropos a coisa estava fora de controle até o "papai aqui" conseguir prender o primordial abaixo desta cidade; e graças a "mim" agora estamos começando a conseguir controlar seu volume.

Agora voltando a falar sobre Carmilla e Drácula... a coisa se complica.

Quando ele se converteu no que é hoje e u destaco que ele "não é um vampiro" logo se tornou o favorito da abelha rainha Carmilla, e ela o deu todo poder que poderia; mas entediado com os séculos sem fim, ele foi dormir assim como ela tinha ido depois de o dar o controle. E agora a raça está livre sem um líder específico.

Mas por que estou falando isso tudo?

Eu não falei que ele vendeu três almas? Pois bem; estas são livres para reencarnar e apenas estas são as pessoas que ele, Térekin, pode transmitir seus poderes ao longo dos anos pois graças ao acordo elas ainda pertencem a ele.

Ele sempre deu prioridade à alma calma e bondosa da primeira bruxa, pegando em segundo plano a alma agitada e violenta do primeiro Lycantropo. Mas ele nunca. Jamais! Você é a primeira. ***

Ele explica tudo com um sorriso nos lábios gesticulando e encenando como em um teatro, todo feliz e ela apenas fica perplexa. Quem não ficaria?

― Por quê? ― É a única pergunta lógica a ser feita mesmo.

― Bem... ele acha que esta alma é muito volátil. Toda vez que tentou pactuar com o dono dela, coisas terríveis aconteceram e ele logo trocou para outro parceiro. ― Explica se contradizendo já que ele tinha "acabado de dizer" que o cara "nunca" tinha feito pacto com as pessoas com essa alma e agora dizia que dava bosta se tentava. Sim, eu pego esses detalhes. Vem não. ― Ele diz que é muito rebelde e nunca o obedece. E por isso as coisas saem de controle quando ganha poderes, assim como foi no passado. Só que não temos nenhum registo do que ouve. Mas... não temos escolha. Nêmesis tem um novo projeto e... as demais almas estão fora de cogitação.

― Onde estão? ― Impõe revoltada, apertando os lençóis.

― O senhor que lhe entregou este livro era o dono da alma da bruxa. Ele estava aposentado e seu cargo passou a ser de Alex. ― Ele diz com um tom de peso, acariciando a barba já bem grisalha média e bem cortada que tinha. ― O garoto foi treinado por meu filho mais novo e seu melhor amigo, e com isso evoluiu muito rápido. Ele era promissor e eliminou muitas covens e extirpou dezenas de múmias e outros seres. Mas... Alex era violento demais e sua sede de sangue estava preocupando a todos, incluído seu antecessor, Sebastian, o senhor que te entregou o livro. ― Diz voltando o olhar a janela pesaroso. ― Quando este percebeu que tinha o risco de perder tudo e ser trocado de volta para o velho ou você, ele tentou garantir seus poderes e armou para que o próprio Nêmesis matasse vocês dois. E pelo jeito Térekin fez sua escolha e salvou você.

― O senhorzinho está morto? ― Disse sentida quase chorando.

― Sim. Infelizmente Nêmesis pode trocar de corpos como um parasita, e assim que terminou de atacar a casa dele, ele apareceu na sua festa. ― Explica com os olhos frios de um médico que tem de constantemente contar à família sobre um falecimento. ― Ainda estávamos ocupados com o ocorrido e não pudemos prever para onde ele foi.

― Trocar de corpo? Parasita? Que?

Obrigado por fazer todas as perguntas que eu queria!

― Veja bem. ― Ele se ajeita na cadeira como se o que fosse dizer agora fosse mais importante que tudo até este momento. ― Nêmesis emana um gás caso por um milagre consiga rasgar seu traje ou quando ele mesmo abre as válvulas de sua máscara. Esse gás é nada mais que seu próprio corpo que está em constante combustão. E quando uma pessoa respira isso ela fica contaminada. ― Explica sério olhando fundo nos olhos da garota. ― Assim como Térekin ele não tem um corpo material e usa o das pessoas que contaminou. E desta forma ele pode trocar de um para outro quando tem vontade. Pode ser para escapar de um caçador poderoso, ou pegar um enquadramento melhor de uma cena. Trocar de cenário ou o que for que a criatura deseja.

― Entendi. E... o que quis dizer com projeto. Por que agora?

― Não sabemos por que ele inventou isso agora. Mas Nêmesis age como se fosse um cineasta; já deve ter aprendido que cada criatura tem um modo de agir e quanto mais forte mais presa a seus "tics" ela demonstra estar. Correto? Sabendo disso: ele filma tudo que faz e cria filmes e estes podem ser assistidos por qualquer um e até são distribuídos aqui na cidade dos caçadores para estudarmos e tentarmos entender a criatura. ― Diz ao respirar fundo e eu me pergunto como ele conseguia falar tanto sem tomar nem um gole de água. ― Recentemente ele lançou um trailer dizendo que sua próxima obra será o fim da humanidade. Que a trindade familiar irá voltar, etc. Ele nunca mente em seus trailer. Faz parte de seu modos operandi alertar para que tentemos o deter, e agora ele irá tentar extinguir toda a raça humana.

― Por que? O que ele ganha com isso?

― Nada. Um bom filme para seja lá quem vê isso. ― Suspira pensativo. ― A teoria é que ele cria isso para a sua raça imaterial. E que existiram outros seres antes da raça humana e agora chegou nosso fim. Que não evoluímos dos macacos ou viemos de Adão e Eva. Que tudo que sabemos foi forjado. Mas... tudo isso não passa de teorias.

― E de onde veio toda essa teoria? ― Pergunta seria e o velho passa a mão nos cabelos pensativo.

― Eu vou lhe enviar os documentos. Será muito mais fácil para ambos, e se tiver dúvidas você pode me perguntar. O que acha?


Bem este cap explicou muita cosia.

A parte religiosa será mostrada melhor em outro cap de Glossário assim como terá uma parte 2 do bestiário e pretendo fazer o passado mostrando essa historia da trindade mais detalhadamente.

Quis fazer a primeira aparição deste cara ser pela ótica do Yvan por um motivo: ele é o tipo de pessoa que o Yvan gosta e se fideliza; por isso que ele não tinha mestre, ele só não tinha visto uma pessoa que achasse digna disso, ele não é diferente de um Renfild sua diferença é que ele tenta ser, ele não quer ser um monstro e seguir seus instintos.

A síndrome do príncipe encantado que ele diz é referente a caras que realmente não resistem a meninas ditas como problemáticas. É um oposto ao básico clichê de se apaixonar e atrair por Bad Boy, eles sentem uma atração e querem ajudar essas garotas a melhorar de vida sempre pensando que podem fazer a diferença em suas vidas e as salvar.

Meu próprio irmão tem essa merda. Eu sou bem contra romantizar este tipo de coisa como fazem com as meninas que curtem Bad Boy e prefiro ir no clichês de fazer gostar do garoto nerd e fofo. Mas ai vai de cada um.

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