12 - Medos e Alegrias
3408 Words
Voltamos para a sala e o deixei respirar um pouco.
Ele passou um tempinho no banheiro pondo as tripas para fora, antes de conseguir me descrever o que havia visto no quintal; enquanto eu me removia entre as piores ideias possíveis.
— Calma. Não chora. — Ele diz ao sair do banheiro e vir até a sala se sentando no sofá ao meu lado. Foi a primeira vez que ele realmente foi gentil. — Eu sei como você deve estar apavorada, mas a verdade é que não sabemos se seu pai tem algo haver com tudo isso. — Pontua tentando organizar as ideias. — Os tais guerreiros que tentam proteger as pessoas... Ele não é mal. Muito provável que o emprego de policial o ajude na fachada.
— Faz sentido. — Murmuro tentando me acalmar. Entretanto, sabia bem que ele só estava preocupado comigo; tinha noção de tudo que passei. — Mas o que te fez passar tão mal?
— Sobre a boneca. — Ai que ódio dele! Quando eu falo de uma coisa ele muda pra outra! — Eu vi uma garotinha abraçada a ela. Um fantasma... muito provavelmente, era a dona da boneca, muito provavelmente, pois sei que esse tipo de espírito vingativo e sofredor causa um mal às pessoas que entre em contato. — Explica o pouco que entendia. — Agora do mascarado eu... senti como se ele fosse pura luz. Não entendi isso.
— E ontem? — Já que ele não falaria das estátuas e ficaria escapando do que eu perguntava... vamos tentar.
— Unf. Ontem... — Murmura ao passear os olhos sem realmente olhar para lugar algum. — Senti que estávamos sendo observados e seguidos. E isso me deu agonia. Então parei de falar.
— Entendi. — Não sabia o que dizer.
Minha cabeça estava rodando de perguntas e ideias.
— Mas sobre as estátuas... eu... não sei como explicar. Não sem te deixar apavorada. — Foi bem estranho ele ter todo esse zelo comigo, até dei uma afastada. — Pois olhando para ele eu... pelo menos nunca senti algo maligno. Digo o chefe de polícia.
— Bem... seja o que for aquelas estátuas; pode ser que ele saiba o que é mas... que não seja o culpado; ou poderiam já estar aqui e ele nunca deu atenção.
Eu sei, eu estava sendo otimista, ou pelo menos me forçando a ser. Afinal ele era tudo que eu tinha.
— Mas... você realmente quer que eu te conte o que vi nas estátuas? — Ele pergunta e apenas faço que sim com a cabeça, então ele suspira e reflete como contar isso é muito provável sobre as demais coisas que via e sentia.
Mas antes que ele pudesse tomar coragem e me responder, meu pai chega em casa, espalhafatoso como sempre.
Tomei um baita susto, pois não o esperava a essa hora. Ele costumava chegar muito tarde, principalmente agora que estavam investigando o incêndio na prisão.
― Cheguei. Ta em casa pequena? ― Sua voz não era aquela voz imponente e autoritária, muito menos trovejada. Mas era uma voz forte e muito dominante sim. Ecoava na casa toda. ― Opa. To atrapalhando o casalzinho ai? ― Brinca na cara de pal como sempre. Mas logo para os olhos sobre Daniel e tem uma troca de olhar como se um reconhecesse algo no outro que eu não podia ver.
― Tenho que ir. ― Daniel diz se levantando já indo sair, mas meu pai põe a mão em seu ombro o fazendo sentar de um modo nada delicado e o magrelo desmonta sentando no sofá de novo.
― Não precisa. Estão falando de quê? ― O grandalhão até tenta disfarçar, mas seus olhos arco-íris param sobre a boneca nos braços de Daniel com certa curiosidade.
― Ciúmes? ― Pergunto tentando brincar e mais uma vez tirar o clima pesado, mas ambos me olham como se eu fosse burra em entender algo que não estava rolando ali e minimizar a um mero romance. ― Não tá mais aqui quem falou... ― Murmurei me levantando. ― O Magrelo... digo Daniel é o capitão do clube de jornalismo da escola, e vai me dar uma ajuda com pontos se eu o ajudar com as notícias. ― Murmuro explicando já que eles não iriam me explicar o que rolou e que troca de olhar foi aquela. ― Como entrei depois não posso simplesmente integrar a um clube porque os desgraçados dos professores não deixam...
― A junta educacional são um bando de monstros. ― Ele diz com um tom de desprezo e nojo. ― Eu não posso peitar eles se não é provável que eles tirem meu cargo. Mas no meu clube posso dar essa ajuda por fora, afinal... ― Ele para de falar; com toda certeza estava se referindo àquele professor idiota que fica me assediando por conta das minhas notas. Mas... não queria preocupar o meu pai.
Na real... Eu ficava me perguntando sobre contar isso ao meu pai.
Pensando o que ele faria; se resolveria ou traria mais problemas. Ele era uma pessoa tão boa, não queria dar trabalho, queria conseguir resolver isso sozinha; mas caso não desse conta eu iria pedir socorro e contar tudo sim.
— Ta certo. Só tome cuidado. — Murmura ao seguir seu caminho. Parecia bem cansado, então imaginei que seria esse o motivo de ter chego cedo; e também por não alastrar o assunto.
Perguntaria para ele dia seguinte.
Mas o que eu falaria?
Iria abrir o jogo?
― Olha só isso! ― Assim que cheguei a escola no dia seguinte Aleh me puxou de canto.
Minha cabeça ainda estava no papo do dia anterior; Daniel parecia ter algo a me dizer e não sabia como chegar no assunto.
Além daquela troca de olhar bizarra, e meu pai ter chego justo na hora certa bem mais cedo que o horário que ele costuma chegar.
― Está me ouvindo, Val? ― Ela volta a me cobrar atenção. ― Como você é avoada e distraída mulher. Foco aqui. Olha. ― Diz me mostrando a tela do aparelho.
Ela tinha descoberto que havia um site literalmente falando que você poderia encomendar a morte da pessoa que odiava, e nem sequer pedia dinheiro; apenas o nome e foto assim como da pessoa que queira que morra, para uma identificação. Lembrei na hora de dois desenhos japoneses que Katy gostava... mas isso não vem ao caso; o ponto é que muita gente parecia estar entrando nessa achando ser apenas uma brincadeira, justamente pelo site não estar cobrando nada.
Mas estava...
Aquilo era o feitiço de uma bruxa que tirava de você sua maior qualidade e ainda ganhava a vida da pessoa indicada por você, ou seja, se você era uma boa mãe logo se tornava um monstro como a minha, se você era o melhor da turma em matemática virava um vândalo que não quer saber nem de estudar, se você é uma pessoa amorosa com todos... Deu pra entender?
Como eu sei de tudo isso?
Simples. Sai pelo corredor e mostrei o site ao Daniel e Aleh foi comigo curiosa com a minha reação.
Ele nem se importou em me explicar na frente dela e ouvir suas zombarias, mas eu fiquei muito intrigada de como raios ele sabia sobre isso apenas olhando um site; e pior. Por que eu fui até ele diretamente como se soubesse que ele poderia me responder.
― Você não acreditou nessa merda né? ― Ela diz me acompanhado para a sala. E eu queria muito dizer que não. ― Eu realmente não entendo você. Por que fica andando com "essa gente"?
― Vai começar? Já disse e já expliquei... ― Mumrurei já sem interesse nem pra perder a paciência com esses comentários.
Sentei na carteira e fiquei remoendo.
As pessoas estavam morrendo, matando umas as outras achando ser algo bobo; uma brincadeira inocente em um site.
― Como estão os casos? ― Perguntei assim que o vi chegar em casa.
Eu estava naquela linda academia particular com espelhos em todas as paredes; e pude ver a enorme viatura chegando: como não manjo nada de carro; fui e perguntei pra ele que carro era este, e simplesmente ele me respondeu que era uma Mitsubishi pajero dakar.
Sem entender nada, joguei online e descobri que simplesmente era o carro mais "caro" da categoria para servir de viatura, isso porque esse monstro de metal era o mais barra pesada da lista servindo até para fazer rali em montanha... é mole? Qual o salário que pagam nesse fim de mundo pra polícia? Nem onde eu vivia no Texas tinha esse tipo de coisa, as viaturas eram uns carros normais e bobos e também tinha umas motinhas teco teco.
Ele não tinha o costume de me contar nada, então apenas tira a farda e pendura no chapeleiro de seu quarto chutando os coturnos dos pés e me olha de soslaio.
― Pra que essa dúvida pequena? Não são assuntos para uma adolescente que passou o diabo. ― Pontua procurando um moletom fofinho na gaveta pois o dia estava bem frio. ― Vai viver sua vida, ser feliz e me dar trabalho e dor de cabeça. Não tem nada que possa fazer pra me ajudar.
― Eu sei mas...
― Acredite. Quando um civil se mete muito em assunto da polícia, só dá bode.
― Entendo.
E assim segui para o meu quarto.
Não tinha como o forçar a me contar o que estava ocorrendo, ou como estavam os casos que trabalhava. Eu entendia que desejava me proteger do assunto, assim como eu tentava não o importunar com o que ocorria comigo e tentava resolver tudo sozinha.
Deitei na cama remoendo meus pensamentos...
Nossa relação estava ótima, a cada dia descobria gostos em comum com ele, como ter o mesmo suco favorito entre outras comidas e bebidas; entendia bem suas atitudes para comigo. E ia conhecendo as pessoas de sua vida, como seu convívio com os colegas de trabalho; Jeff e Edu por exemplo eram pessoas que comprovaram que nem todos amavam ele.
O fumante nojento o odiava pelo fato de ter feito valer a lei de proibição de se fumar em ambientes fechados, assim como por culpa dele o prefeito impôs que era injusto para as pessoas que não fumavam, esse direito que os fumantes tinham de ter mais pausas. E assim o homem não perdia a chance de mal dizer meu pai.
Até porque ele era o chefe. E sempre se fala mal do chefe.
Eu de fato, não queria saber sobre suas peguetes e namoricos, passando bem longe deste assunto enquanto ele se via no direito de fazer piadinhas sobre mim, junto de Katy, que pegou amizade fácil. E com isso entendia bem outras pessoas que não gostavam dele por esse porte chamativo, que fazia suas esposas terem um micro infarto.
Pensei em o perguntar melhor, sobre as estátuas e tudo mais durante nosso próximo treino de defesa pessoal. Mas sabia que isso era apenas uma nova forma de adiar o que era óbvio. Fingir que não percebia nada.
— Qual é das estátuas bizarras no fundo da casa? Não parece seu estilo. — Disse direta ao descer as escadas, sabendo pelo cheiro de café, que ele estava na sala esperando terminar de coar.
Ele deita a cabeça do encosto macio me olhando em silêncio, abrindo aqueles braços enormes sobre o encosto, como se fosse um adolescente espaçoso.
— Nem sei. Já estavam aqui quando comprei e não achei de bom grado tirar. — Comenta honesto se levantando e passando por mim para pegar seu café. — Seu amigo disse algo delas? Tem alguma ideia do que seja? — Pergunta mais direto do que eu. — Se é de algum tipo de culto ou se tem algum significado?
— Ele...
Não sabia o que dizer. Definitivamente não esperava esse questionário direto.
Mas o que eu diria a ele?
Que o magrelo vomitou e passou mal, por que tem habilidades especiais? Ele iria acreditar nisso?
— Seu amigo é um bom detetive certo? — Comenta ao me tirar dos pensamentos de propósito. — Chame-o um dia que estou em casa, quem sabe posso ajudar. Pois realmente nunca tive interesse naquilo.
— Ok. Acho que não se importar não parece algo errado. — Digo pensativa, logo ligando para Daniel. Não conseguia simplesmente deixar pra lá todos os assuntos em aberto. — Oi. Perguntei e ele falou que já estavam lá quando comprou a casa, e só não ligou para elas.
[ — Interessante. E faz sentido, muitas pessoas não se importam nem com o que tem em um sótão antes de comprar ou se já tem móveis na casa. Ter estátuas no quintal é o de menos. — Me responde ao atender rápido, e pelo seu tom posso saber que estava andando. — Eu lembrei que já vi algo semelhante, mas foi em uma foto. Minha tia me mostrou, ela tem essa foto de uma viagem que foi, e as estátuas aparecem de fundo. Foi um lugar turístico como este aqui.]
— Entendi. — Estava no meio da resposta quando o folgado do meu pai puxou o telefone e começou a falar com Daniel. — Mas que porra!
— Calma. — Pisca pra mim indo falar ao telefone. — Oi. Sim, sim. Então o que você viu de mais? Fiquei bem preocupado. Que!? Jura? Nossa... ok. Eu vou investigar isso. Muito obrigado. — E assim desliga, devolvendo o aparelho. — Sabe pequena. Você tem um talento, pra fazer amizades.
Ele sorriu e eu não soube como reagir a isso.
Mas depois deste dia o Magrelo se fez de idiota e não comentou mais destas coisas comigo. Parecia querer me proteger de algo, ou ter muito medo de algo.
Mas eu não iria só deixar isso pra lá, tinha muita coisa que eu queria saber e precisava entender.
— Você é teimosa mesmo... — Bufa ao me ver sentar do seu lado na cantina. — Mas me diz: acredita em algo que o tal mensageiro do nome engraçado falou?
— Eu... Você vai rir seu eu disser que acredito? — Sinto minhas bochechas corarem.
Mas queria perguntar se meu pai interviu. Se o falou algo, e por isso ele deixou de conversar "destes assuntos" comigo.
— Não. — Responde seco ao virar a garrafa de suco. — Ok eu te explico o pouco que sei. — Suspira rendido. — Eu aceitei o que me contou sobre o mundo, pois fez sentido com o que vejo. Mas... sempre me disseram que eu tenho esquizofrenia e veja coisas.
— Meu pai aceitou que você viu algo nas estátuas e foi investigar. Tinha uma equipe no quintal hoje verificando as estátuas. — Falei de uma vez, mas ele nem se abalou. Não mudou em nada sua sempre fria expressão de nada.
— éerio é? — Murmura pensativo, ao fitar o nada de forma contemplativa. — Ok eu te conto em detalhes tudo que vejo, se me contar o que conseguir sobre as investigações do seu pai. Digo em mais detalhes; pois tem muita coisa acontecendo sempre e nunca sai em lugar algum.
— Fexado! — Dou um pulo feliz.
Mas essa alegria dura pouco para variar, pois logo posso ver as pessoas me olhando de soslaio e rindo de forma maldosa. É...
Eu me incomodava de como meus amigos falavam, mas na real eles eram meus amigos e diziam aquilo para me ajudar. E melhor ainda, falavam para mim. Não sobre mim, e nem pelas costas.
Na maioria das vezes, eu realmente não me importava com o bullying e essas coisas triviais, existiam mais coisas na minha vida do que um bando de pessoas que eu não conheço pensava e falava de mim. Mas... ainda era humana e esse tipo de coisa doía sim.
Ainda mais com toda dificuldade que estava tendo na escola...
— Tomie? — Ela comenta depois de meu desabafo.
Tinha me acostumado a passar na loja da família de Anhanguera depois das aulas para revisar as matérias, já que ela estudava em casa e tinha outros métodos de ensino e mais paciência comigo.
— O pior que eu acabei gostando dos mangás. — Respondo, ao ver suas anotações e passar a limpo algumas cópias.
Mas logo os olhos violeta da albina param como se estivesse em um transe poderoso. Ela morde os lábios tentando se conter e quase se esconde atrás do balcão onde conversamos e debatemos a matéria antes da mãe dela chegar.
Olho na direção que ela estava paralisada, e percebo ser Daniel que entrava ali tão distraído que nem me viu.
— Magrelo! Tá fazendo o que aqui? Sua família não tem a loja deles? — Brinco ao indicar que ele estava olhando a concorrência, e mostrar que o conhecia para ela. E ela quase infarta.
Ele me olha lentamente por desinteresse, mas como é educado vem até mim. E ela ja começa a mudar de cor.
— O que faz aqui?
— Perguntei primeiro.
— Ok. Não é um rival pois mercadinho de bairro serve para o bairro. E a loja deles é de... aff. Por que eu to me explicando pra você mesmo? — Murmura ao ajustar a toca e se esconder, ao notar os olhos violeta sobre si. — E eu passei aqui aquele dia que te deixei em casa, e vi que tinha umas coisas que não tem no meu bairro. Só isso. Filha de policial mesmo em... Ta no sangue ser chata?
— Um reconhece o outro né. E eu to aqui por que essa alma boa aqui me ajuda com as matérias. — Digo ao apontar para Anhanguera, que quase entra pra dentro da alma.
— Ela tem paciência com você? É uma alma boa mesmo. — Diz ao voltar a olhar o que ele veio pegar.
— Fala sério. Me pede o numero dele, que eu do. — Brinco e ela me olha em pânico perdendo completamente o dom das palavras.
Tava tão divertido.
Mas ele não demora em pegar o que queria ali.
— Hoje vai ter um temporal. Se prepare. — Diz de forma causal e olho pra fora, não vendo uma nuvem no céu.
— Ok. — O vejo pagar com o cartão dando atenção a seu sobrenome por um segundo. — Jura que seu nome é verde? — Tento não rir.
— Green é verde em inglês, já Grimm é sombrio, horrível... em sei lá que idioma. — Responde sem um pingo de paciência comigo. — Olha só quem fala do sobrenome dos outros. — Completa grosso como sempre.
— Combina contigo. — Brinco ainda escorada no balcão, esperando que ele reagisse a ela; mas o "filho de uma boa mãe" parece uma parede sem emoções. — A tradução do nome da Anhanguera também não é legal. To pensando um apelido. Me ajuda?
— Como? Nem conheço ela, poxa... — Responde sem graça ao pegar suas coisas, que eu nem olho porque estava me divertindo muito com a cara dela. Mas logo ele olha para elea brevemente. Vitória! — Paty. —- Diz sem mais nem menos e sai andando.
Olho pra ela.
Não tinha nada de patricinha nela.
— Você tá bem? Por que nunca me disse que era afim assim dele?
— E eu lá sabia que tu conhece ele? — Ela quase grita. — Você viu que ele parou para me analisar um pouco e pensar um apelido? Que lindoooo.
— Calma a piriquita. Ele falou algo nada haver.
— Como? — Diz indignada. — Eu amo a ideia de patricinha. Sempre quis um quarto todo rosa e ficar montada vinte e quatro horas. Só não tenho essa grana! Ou tempo.
— Poxa... seu eu soubesse tinha te dado tudo. — Murmurou pensativa. — Meu pai disse que a desgraçada da minha progenitora fica querendo me enviar presentes para que eu me vista melhor. Posso aceitar e te dar tudo.
— Sim! Por favor! — Ela literalmente pula sobre mim, e eu acabei sorrindo.
Mas como ele sabia disso?
Até esse momento eu tinha dito para mim que tudo que eu via era esquizofrenia, e que ele também era louco. Afinal, eu até estava à base de remédios e ele passou boa parte da infância internado em clínicas mentais.
Mas aquilo... saber sobre algo de alguém que ele nunca viu ou conversou...
Uma arte para ajudar a imaginar o Danny.
Ok... desisti e vou deixar quem quiser ver essa obra como um Harém com os gostosos pra todo lado. Masss é uma obra de horror e o foco não está em romance ok? Sim eu já sei quem vai ser o par romântico dela, mas tá longe de ser o meu foco, mas calma que vai ter esse conteúdo pra quem gosta sim.
Senti que a personagem precisava de uma amiga q n fosse longe como a Katy e por conta disso estou acrescentando momentos e dicas relevantes.
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