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5º Baconzito: Hoseok

Oi oi oi, meus Baconzitos lindos!!! Dessa vez não esqueci de postar kkkkk Postando 18:36 porque SEIS baconzitos, sou doida

Queria agradecer aqui por todo mundo que acompanha, pelos comentários e por surtar comigo sobre essa bebê lá no Twitter! É super importante pra mim e amo vocês!!

A playlist pode ser encontrada aqui nos comentários ou na bio!

Boa leitura! #6Baconzitos

»🥓«

Hoseok, o 5º Baconzito, apareceu na nossa reunião na quinta feira seguinte. Pareceu meio acanhado ao ser recepcionado por todo mundo lá na porta da minha casa, todos os olhares sobre ele. Evitou encarar a gente, virando o olhar para Jin que sorria ao seu lado.

— O que você falou pra eles? — Perguntou desconfiado. — Se você tiver dito que eu sou um tequileiro stripper que nem da última vez eu vou chorar.

— Eu não falei nada, não! — Jin se defendeu, parecendo muito ofendido com a acusação. A poc se fazia de sonsa também, que gracinha. — Eles que são estranhos, não estão acostumados a falar com gente diferente. Você tem que falar baixinho pra não espantar eles.

Acabei rindo com Jin tratando a gente como um bando de bicho do mato, mas era uma colocação justa até. Não tinha sequer um extrovertido naquele grupo ainda, as únicas possibilidades da gente ter uma interação social decente era uma roda de rima pros rappers, uma exposição de projetos de matemática computacional pra Namjoon, três corotes pro Yugyeom e um cinema para mim. Pelo menos éramos introvertidos bem diversificados.

— E aí, galera, eu sou o Hoseok. Eu faço dança e não sou um tequileiro stripper. — Riu da fala do Jin, mas cumprimentou a gente com a voz alta. Definitivamente era um extrovertido. — Cês tão bem?

Todos nós concordamos com a cabeça, tentando indicar de alguma forma coletiva que estava tudo bem. Olhei o cara de baixo a cima, tentando assimilar o "estudante de dança" em seu visual. Acho que eu tenho a visão errônea de que estudante de dança só faz balé, e nem sei de onde tirei isso.

Mas os tênis exageradamente grandes e coloridos, a calça esportiva preta tipo aquelas de escalada e a jaqueta meio verde limão por cima da camisa branca não parecia bem o visual de um bailarino. Ai, acho que eu sou preconceituoso mesmo, provavelmente seria estranho se bailarinos andassem por aí de meia calça e sapatilha, né?

— O que ele veio fazer aqui mesmo? — Kidoh, o delicado, perguntou de forma desconfiada.

— Então, ele é um monstro em hip-hop dance. — Jin colocou orgulhoso a mão no ombro do outro, como se estivesse o exibindo. — Não tem ninguém mais ideal que ele para fazer que vocês tenham mais atitude corporalmente falando. Agora a gente pode entrar? Minhas pernas são belas demais para se desgastarem ficando em pé.

— Você vai dançar pra gente? — Perguntei esperançoso, curioso em saber mais sobre o tal hip-hop dance. Hoseok sorriu, todo fofo, e fiquei bobo com quão simpático ele parecia. Sei lá, eu só era amigo de cavalos até agora — e uma poc, né, o Jin, mas ele era uma poc cavala — e fiquei esperançoso de finalmente conhecer alguém bonzinho de verdade.

— Pelo que entendi, não. Vou ver um ensaio dos meninos e dar sugestões de como eles podem causar mais impacto com a postura deles. — Explicou com um tom de pena por ver a esperança em meus olhos. — Mas se estiver curioso a gente acha um espacinho pra dançar...

Logo fomos pro quintal, que era mais espaçoso que o meu quarto. Acho que até dava pra fazer no meu quarto se todo mundo ficasse apertadinho, mas só de pensar nos rappers derrubando sem querer meus consoles ou minhas action figures fazia um frio subir pela minha coluna. Portanto, o quintal era mais seguro.

O único contra do quintal é que era uma área comum da minha casa, o que significava que meus pais participariam também. Eles normalmente ficavam na sala assistindo filme e tomando uma cerveja com o fim do expediente deles, porém, conhecendo eles, eu tinha certeza absoluta de que achariam jovens aleatórios rimando no quintal deles um programa mais interessante.

Dito e feito, assim que todo mundo se arranjou no quintal — os rappers no meio dele, desviando da horta da minha mãe e o resto de nós sentado pra assistir — meus pais apareceram de dentro de casa. Apoiaram com tranquilidade suas cadeiras perto da gente e sentaram, tomando mais um gole de seus latões, como se nem estivessem alí.

— Oi, tia, oi, tio! — Yugyeom cumprimentou feliz, ele amava meus pais. Meus pais sorriram pra ele porque também gostavam do jeito que o Yugyeom era a garantia que eu não fosse perdedor sozinho e excluído na faculdade.

— Prazer, senhor e senhora Jeon, Obrigado por cederem a casa de vocês, espero que a gente não faça muita bagunça. — Jin sorriu, todo pagando o adulto responsável. Ai, ai, aposto que meus pais caíram naquela ladainha com facilidade. — Vocês são tão educados, não é à toa que Jungkook é um bom menino do jeito que é...

Revirei os olhos com o lerolero desnecessário, mas meus pais caíram no papo mole do publicitário. O resto do pessoal cumprimentou meus pais tímidos e eu ri porque eu tinha certeza que meus pais deviam estar se sentindo celebridades com tanta gente falando com eles, sorrindo. Não, eu não sei como eu sou introvertindo tendo os pais mais extrovertidos do mundo.

E logo Verso Reverso começou a ensaiar, a batida da música deles sendo tocada por um alto falante ridículo em forma de sapo que eu tinha desde criança, segurando frascos de xampu e condicionador para fingir que tinham microfones. Às vezes Hoseok pausava a música pra dar algumas dicas e se sentava de novo, observando se os outros melhoravam.

"Aqui... Nessa parte você pode fazer um bouncing no mesmo lugar, porque ela é rápida e fica mais fácil você acompanhar e dar mais impacto..."

"Coloca esse peito pra fora, finge que cê é um pombo! Como que cê vai peitar o sistema todo caquético, parecendo um velhinho? O sistema vai rir docê."

"A mão que não segura o microfone podia fazer alguma coisa, hein... Cês estão segurando pão debaixo do braço, é? Desgruda ele do corpo, misericórdia. Faz uns movimentos, umas pausas, debocha, mostra o dedo do meio, só não fica parado."

"Cês são zebras por acaso? Parem de andar em grupo, cada um pode ir em uma direção, interajam com a plateia. Se for pra se juntar, se juntem no meio... E andem! Ficar no mesmo lugar o tempo todo é tedioso."

Com cada exemplo, ele ia e demonstrava o que queria dizer ele mesmo para os rappers pudessem entender facilmente. Quando ele roubava o xampú de alguém e acompanhava a batida, mesmo que fosse desconhecida pra si, fingindo que era um artista, ele roubava completamente a cena. Jin estava certo, postura corporal era realmente muito necessário, Hoseok apagava com facilidade a presença dos outros só com os movimentos certeiros.

— Ai, tão jovens e tão revoltados... — Suspirou papai ao abrir mais uma latinha de cerveja. — Lembra quando a gente era assim, amor?

— Uhum... E pensar que a gente se conheceu em um protesto... — Mamãe suspirou, toda militante romântica. A história de amor dos meus pais era engraçada, mas eles se lembravam daquilo tantas vezes que confesso que ficou um pouco monótono pra mim.

— Sabia que você era a mulher da minha vida quando tacou aquele ovo podre no policial que queria me prender e saiu correndo. — Meu pai, bêbado nostálgico, puxou minha mãe para um beijo breve.

Afastei meus olhos porque assistir aquilo parecia estranho, mas percebi que exceto os rappers e Hoseok, que estavam trabalhando, o resto todo assistia a cena. Agora o meus pais eram entretenimento, é mole...

— Foi uma ação em conjunta, você que conseguiu proteger o cara que ia se foder injustamente em primeiro lugar... Temos que usar os privilégios pra alguma coisa, né? — Minha mãe suspirou novamente e depois ficou quieta, talvez pensativa porque nosso mundo, apesar de tudo, não tinha mudado tanto assim.

Meu pai respeitou o silêncio dela e voltou a observar os rappers ensaiando. O grupinho sentado observou por mais um tempo pra ver se eles conseguiam prolongar o entretenimento que era assistir meus pais, mas logo perceberam que não ia mais rolar.

O Verso Reverso, por sua vez, tentavam acatar as sugestões de Hoseok — até Kidoh, que sempre era relutante, parecia se esforçar ao ver sentido nas palavras do outro —, mas era mais difícil do que parecia. Tudo neles parecia um pouco travado e desengonçado, mas ainda estava melhor do que antes.

— Não se preocupem em conseguir fazer as coisas de primeira, vão ter mais ensaios... — Hoseok acalmou eles em uma pausa para beber água, apoiando a mão no ombro do titio Hyowon. — Consciência corporal é algo que vem aos poucos mesmos e cês tão tendo que pensar em muita coisa agora. Logo fica natural e vão ter espaço pra prestar atenção em outros detalhes.

E, bem, era aquilo que eu tinha dito mesmo, Hoseok era gente boa demais. Se eu tivesse todas as habilidades que ele demonstrou ter só de corrigir os outros eu seria um nojo. Acho que Deus realmente dá habilidades apenas a quem merece, porque tanto Hoseok quanto Namjoon eram humildões e eu seria insuportável de esnobe se fosse fodão que nem eles.

Depois do ensaio meus pais convidaram o pessoal para tomar cerveja com eles. E foi assim que as saídas pro barzinho viraram saídas na minha casa, com meus pais, Hoseok e Jin agregados. Ai, ai, meus pais pareciam estar se divertindo demais com aquilo tudo e já estavam animados para comprar o CD do Verso Reverso quando saíssem. Pensei em tentar explicar pra eles que não tinha bem um CD, e sim Spotify, mas preferi deixar eles sonharem. O resto fez o mesmo.

Depois do ensaio que foi possível perceber a amizade entre Seokjin e Hoseok, agarrados um no outro que nem carne e unha. O dançarino ficou meio triste depois de umas latinhas de cerveja, o olhar perdido por aí enquanto Seokjin, mais animado do que o normal, o balançava de um lado pro outro.

E alguém, acho que foi um dos meus pais, mas não lembro muito bem, cometeu o erro de perguntar para Jin como tinha conhecido Hoseok. Sério, assim que os olhos do platinado se arregalaram de emoção já dava pra saber que ia ser longo...

— A gente se conhece desde que éramos dois catarrentos. — Contou alto demais e parecendo emocionado. Passou o braço pelo pescoço do Hoseok, que parecia impassível em ser sufocado e mais triste ainda. O álcool realmente tem efeitos interessantes nas pessoas. — Lembra quando eu cuspi em você, Hobi?

— Foi no meu tênis novo... Ele era de rodinha, fiquei muito triste. — Hoseok comentou, a sua expressão de tristeza combinando com a fala mesmo que a vontade de todos fosse rir.

— Eu tava morto de inveja, queria um tênis daquele. — Jin riu, parecendo um pouco envergonhado do seu eu criança. — Ainda bem que o tio que cuidava da gente na hora do recreio fez com que eu pedisse desculpas pra você... Você chorou tão tristinho que me senti mal na hora. Kim Seokjin teve sua primeira lição de empatia naquele momento, aos 6 anos.

— Demorou, hein... Seis anos sendo uma criança insuportável é muita coisa... — Kidoh alfinetou. Supreme Boi, ao seu lado riu bobão, amaciado pelo alcóol.

— É verdade, mas antes tarde do que nunca, né? — Jin deu de ombros antes de puxar Hoseok pra mais perto e dar um beijo em sua bochecha. — Se eu sou perfeito do jeito que eu sou hoje, é por causa desse magricela aqui.

E ele continuou a contar tudo sobre a amizade dele com Hoseok, mesmo que só tivéssemos pedido pra ele contar o começo. Bem, não há como calar a boca de uma poc bêbada empolgada, não é mesmo? Pelo menos foi engraçado, ele contou vários podres e queria que Hoseok estivesse consciente para comentar sobre toda a exposição, mas ele desistiu de viver e dormiu em cima da mesa da minha cozinha no meio da primeira história ainda.

E não sei muito mais o que se passou porque logo depois eu segui o exemplo de Hoseok e bodei também. E aí pra saber o que mais aconteceu só perguntando pra quem ficou acordado, meus pais são uma boa alternativa, porque eles têm uma capacidade incrível de tomar muita cerveja sem ficarem triloucos.

Infelizmente só tiveram duas quintas até a primeira apresentação oficial deles, anunciada tanto no site — que ficou lindão, pimposo, bucetudo — quanto nas redes sociais. Hoseok conseguiu fazer um pequeno milagre com os rappers tímidos e, apesar de ter muito a se evoluir ainda, no último ensaio eles pareciam bem convincentes com a pose de revoltado deles.

E caralho! Deu bom, deu bom demais! Eu lembro que até mesmo eu, que estava ali só de enfeite, senti um frio na barriga quando chegamos juntos no parque que nos conhecemos, bem do lado da lagoa. Fazia sentido a estreia ser ali, né, os fãs já reconheciam aquele lugar.

Os salgadinhos do coffee break realmente atraíram uns curiosos que nunca tínhamos visto na vida, eu, Namjoon e Yugyeom aproveitamos para distribuir pra eles uns panfletos falando sobre a estreia e as redes sociais do Verso Reverso. Metade deles ficou com vergonha de ser pego comendo o salgadinho e realmente ficou pra ver a apresentação, a outra metade devia dar um cursinho de cara de pau, eu assistiria de boa.

E depois foi a apresentação, felizmente não precisaram utilizar minha patética caixa de som de sapo porque Jin, com a quantidade de contatinhos que tinha, acabou descolando aquilo pro grupo também. E fazer no parque foi uma ótima ideia, porque todos os transeuntes que estavam ali à toa e viam a aglomeração chegavam mais perto pra ver também — e recebiam um panfleto porque nenhum dos nerds em ação estava de brincadeira no trabalho.

A única parte triste foi que eu só pude ouvir o Verso Reverso, concentrado no trabalho que me foi incubido de converter novos fãs — panfletar não era o tipo de trabalho que combinava muito comigo porque eu era meio tímido, né, mas eu tava tão desesperado em ser útil de alguma forma que eu dei um jeito. Tiveram dois momentos que eu vi os quatro de relance no meio da multidão e porra... Eles estavam maneiros demais, se eu fosse o sistema meu cu até daria uma trancada.

E não fui só eu que achei isso, já que quando terminaram de apresentar as músicas autorais de sua mixtape a plateia simplesmente ovacionou eles. Tipo, não foi clap clap top hein, foi CLAP CLAP CARALHOOOO FIU FIU PORRAAAA. Desculpa, juro que da próxima eu acho uma forma melhor de explicar uma ovação.

Envergonhados, os rappers se apresentaram como Verso Reverso e explicaram que a mixtape poderia ser encontrada no Spotify e na iTunes pros burgueses iphonistas. Sempre tem os revoltados contra o sistema de iPhone, né? Além disso passaram as redes sociais, tudo tão direitinho que mesmo apenas ouvindo de longe, eu sabia que o Jin estava morrendo de orgulho.

Deu bom de verdade mesmo. Os seguidores nas redes sociais explodiram, as reproduções nas plataformas de stream de música do nada apareceram e o Verso Reverso começou a receber vários convites para se apresentar em eventos urbanos pelo direct. Não só se apresentar, mas receber dinheiro por se apresentar. E aquilo era doideira máxima. Jin realmente não estava mentindo quando disse que faria o grupo explodir.

Infelizmente — principalmente pro Namjoon —, não pudemos acompanhar a maioria das apresentações porque o final do semestre estava se aproximando e comendo nosso cu de colher. É foda essa vida de ter que escapar da reprovação o tempo todo.

Até mesmo as quintas feiras de ensaio foram capitalizadas pelo Jin, que resolveu que elas começariam a ser feitas no parque para poder atrair atenção de mais gente. A ideia aparentemente deu certo, mas confesso que tanto eu quanto meus pais sentimos saudades da bagunça que era ter aquele tanto de gente aleatória e diferente no meu quintal. Meus pais ficaram tão tristes que toda quinta eles colocavam a mixtape pra tocar na hora de jantar, mesmo que eu achasse pouco condizente comer tranquilamente ouvindo sobre comunidades passando fome.

Pra não dizer que não fizemos nada além de chorar para a graduação, tínhamos algumas atividades eventuais como mudar o banner principal do site, colocar links de redirecionamento para campanhas novas que o Jin criava no Instagram e mudar as fotos do Verso Reverso porque o platinado já tinha tirado umas 50.000 melhores. O site ficou lindão, a primeira coisa que você via quando abria ele era um gif fenomenal dos meninos apresentando concentrados em um parquinho infantil de noite, a imagem toda meio amarelada por causa dos postes de iluminação contrastando com a pintura colorida do trepa trepa que estavam em cima.

— Sabe, eu estou calculando se vale à pena parar de estudar e reprovar em tudo... — Yugyeom perguntou sonolento enquanto programava a modelagem de uma equação. Eu, do lado, era o rastreador de erros.

— Faltou fechar uma chave aqui. — Apontei, orgulhoso por minhas habilidades inúteis porque qualquer compilador fazia o mesmo. — Não vale à pena, Yug, porque você vai ter que refazer tudo isso. A não ser que você queira abandonar o curso e virar Uber, aí rola.

— Eu não sei dirigir... — Choramingou, mas continuou programando. Namjoon já estava dormindo todo torto em minha cama, completamente exausto.

— Então vamos passar por isso, bebê... — Dei um beijo na sua bochecha pra lhe provocar e Yugyeom simplesmente me afastou com um afanão, resmungando alguma coisa. — Eu termino o código, você já fez muito. Dorme um pouco.

— E você? — Ele perguntou no meio de um bocejo.

— Eu tomei duas xícaras de café de manhã, você sabe que eu tenho dificuldade pra dormir quando isso acontece. Pode ir dormir, eu vou só terminar o código e também vou dar um oi pro Morfeu. Aí amanhã quando a gente estiver descansado a gente estuda.

— Só mais uma semana... — Yugyeom gemeu fraquinho tentando se incentivar e, vendo que poderia finalmente descansar, seus olhos fecharam-se de vez. — Obrigado, Kook, eu te amo.

— Também te amo. — Ri, apesar de estar preocupado com o nível de exaustão do meu melhor amigo.

Yugyeom me puxou pela nuca e me deu um selinho de leve antes de se arrastar para a cama, enterrando a cara no meio das bolas do Namjoon, que estava ocupando o espaço que meu travesseiro normalmente fazia. O mais velho entre nós não pareceu perceber aquilo, dormindo tão pesado que eu só sabia que não estava morto porque roncava.

— Hétero de Taubaté de merda... — Resmunguei comigo mesmo enquanto eu me apoiava na cama com o notebook no colo para terminar de modelar a equação. Pelo menos a gente já sabia como fazer isso mais ou menos depois daquela ajuda monstra do Namjoon quando eu conheci ele.

Não que eu estivesse puto com Yugyeom nem nada, seria na verdade até engraçado contar isso pra ele dia seguinte porque com certeza ele ia surtar e passar uma semana sem olhar pra minha cara direito de tanta vergonha, mas era meio lamentável pensar que a única boca que me beijou em todo esse tempo foi do meu melhor amigo hétero bêbado de sono. Só queria que o semestre acabasse e eu pudesse ficar com alguém em uma festinha, sério mesmo.

Demorei mais uma hora mais ou menos para terminar o código e ir dormir. Encontrei com minha mãe, outra coruja, enquanto eu ia ao banheiro escovar os dentes e dar um mijão antes de me entregar ao sono. Quase dormi no corredor mesmo com o beijo que minha mãe me deu na testa e com o cafuné nos meus cabelos, eu era muito o bebezão dela. Aquilo pareceu me dar a força necessária para terminar a semana de avaliações.

Com a benção da minha mãe, me joguei por cima dos meus dois outros amigos, já apertados na minha cama de solteiro e apoiei meus pés confortavelmente na bunda do Yugyeom antes de dormir tranquilamente. Queria ter sido acordado tranquilamente também, mas foi com um chute na cara.

— Ih, desculpa. — Namjoon pediu enquanto eu tentava me situar onde estava, sonolento e com um leve gosto de sangue na boca além daquele gosto de morte que ficava depois de muitas horas dormindo.

Eu resmunguei alguma coisa e voltei a dormir até acordar de novo sem nenhum pé no meu rosto. Eu já estava sozinho no meu quarto, então raciocinei que os outros dois já tinham descido pra tomar café com meus pais e me levantei para fazer o mesmo.

Não, eu não contei pro Yugyeom sobre o selinho porque depois de pensar melhor, seria péssimo se ele ficasse me evitando justo na semana de provas. E, bem, não vou me delongar muito sobre o nosso sofrimento porque não é realmente interessante, o ponto principal é que sobrevivemos e não reprovamos.

Dito isso, contei sobre o selinho logo no nosso primeiro almoço comemorativo no RU pós provas. Comecei a gargalhar alto assim que vi meu melhor amigo engasgar com o pedaço de carne não identificado que tinha como opção de proteína junto com linguiça de origem desconhecida.

— Você tá levando esse negócio de brotheragem a sério mesmo... — Namjoon debochou quando Yugyeom conseguiu se livrar do pedaço de comida na garganta. — Hétero, porém dá selinho em homens.

— Ele realmente não olhou nos meus olhos.— Me juntei à brincadeira. — Então acho que a heterossexualidade está intacta.

— Meu Deus, por que eu fiz isso? — Yugyeom afundou o rosto nas mãos, morto de vergonha.

— Como você tem coragem de falar algo assim, Yug Hernandes? — Fiz um tom de voz dramático e tentei imitar sem sucesso um tom latino, ainda bem que eu não vivia de fazer novela mexicana. Segurei a nuca do meu melhor amigo, tentando fazer com que ele se virasse pra mim. — Você me beijou porque me ama... Seu amor é tão passageiro assim?

— Não foi um beijo! Foi um selinho. — Tentou se defender, fugindo dos meus beijos. — Ai meu Deus... Será que eu não sou hétero?

Me afastei dele, percebendo que o assunto tinha ficado um pouco mais sério. Repousei minhas mãos nos ombros dele.

— Você se sente atraído por homens? — Perguntei.

— Não... — Ele respondeu em um muxoxo. ainda desviando o olhar envergonhado.

— Você sente vontade de ficar com alguém que não seja mulher?

— Não...

— Então você é hétero, relaxa. — Consolei-o, dando uns tapinhas nas costas. Será que se eu brincasse com ele seria menos pior? — Parabéns, você recebeu seu certificado de heterotop. Você é o respeitável detentor da característica "ser igual o resto dos caras da Computação"! Não que você não possa se descobrir de outra sexualidade em algum momento, mas não é um selinho no seu melhor amigo que vai macular sua orientação sexual.

— Vocês são fofos. — Comentou Namjoon, comendo sua almoço todo entretido.

— Desculpa, Kook... De verdade, não sei por que eu fiz isso. — O loiro pediu fraquinho novamente.

— Relaxa, foi engraçado. Você só tava doido de sono, provavelmente não estava mirando minha boca. — Ri.

Logo todos nossos celulares, que estavam apoiados na mesa surrada do RU vibraram em conjunto, fazendo com que pegássemos eles curiosos. Mensagem coletiva daquele jeito só significava uma coisa: Verso Reverso.

— Caralho, que foda! — Namjoon foi o primeiro a se pronunciar. — Nem acredito que eles conseguiram isso!

— Esse evento é importante? — Perguntou Yugyeom, tão confuso quanto eu ao saber que o Verso Reverso foi convidado a apresentar no UrbanFest.

— Pra caralho! É um puta evento de fim de ano, o maior de todos eles. Eu acho que vou me mijar de emoção. — O estudante de Matemática Computacional falou e, por algum motivo, não duvidei da veracidade daquilo e, portanto, não ri. — Sempre soube que eles iam ficar famosos!

E vou parar por aqui porque o 6º Baconzito logo aparece. Como, quando e onde vocês que lutem pra saber dessa vez, eu sempre dou informações demais. Enfim, até a próxima! 

»🥓«

Só falta um Baconzito agora, então é fácil!!! Vocês acham que ele é o quê do Hoseok?

E aí, gostaram do capítulo? Qual foi a parte favorita de vocês? Acho que a minha foi os pais do jungkook todo pimposos e felizes assistindo o ensaio kkkkkkkkk sou rendida por uma família

Bem, espero muito que tenham gostado! Se quiserem conversar comigo sou a callmeikus no Twitter também e estou sempre olhando a hashtag #6Baconzitos!

Beijinhos de luz e até próxima sexta pro nosso último Baconzito!!!!

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