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3º Baconzito: Yoongi

OI, BACONZITOS!!!! IRRA, JÁ VOLTEI!!! Aliás, acho que vou conseguir manter a postagem semanal, preferem sexta ou domingo?? Me respondam, please!

Muito obrigada a todo mundo que lê! De verdade!

Agora Teoria de Bacon tem playlist! Toda de rap, principalmente nacional, vocês podem encontrar na minha bio!

Boa leitura! #6Baconzitos

»🥓«

— Ai meu Deus! Ai meu Deus! — Gritou Namjoon de um jeito que eu nem sabia que suas cordas vocais eram capazes e colocou a mão em cima do peito. — É ele! Caralho, é ele! ISSO, AGUST, DESTROÇA O FLOW DO FILHO DA PUTA CARALHOOOOOOOOOOO.

— Ele tá... Exaltado, né? — Falei alto perto do ouvido do Yugyeom, tentando impor minha voz no meio da barulheira ao nosso redor. Meu melhor amigo, por sua vez, rachava de rir ao assistir o Namjoon entrar em combustão.

— Falei que o macho era tiete desse outro macho. — Deu de ombros, ainda rindo. Mas também, Namjoon animadão daquele jeito era de fato um espetáculo à parte.

Caso você ache que eu não posso opinar sobre o Namjoon, queria deixar claro que eu posso sim, tá? Se passou um tempinho desde a última vez que escrevi e tudo mais, então eu já era parceirão do gênio computacional.

Eu, Namjoon e Yugyeom tínhamos horários bem parecidos, e gostos também. Então foi meio que natural que começássemos a almoçar no Restaurante Universitário juntos — a maior representação de lealdade e amizade existente — além de sairmos juntos. Deles saírem, né, porque eu ficava em casa mesmo já que o fato dos meus pais serem de boas fazia minha humilde residência ser o local ideal pra ficar à toa assistindo anime ou jogando algum jogo multiplayer aleatório que aparecia na promoção na Steam ou na PSN.

E é por isso que eu digo, nunca vi o Namjoon exaltado daquele jeito. Eu nunca tinha visto ele gritando, nunca mesmo. Não gritou nem quando foi morto no Overwatch pelo mesmo adversário jogando de Hanzo três vezes seguidas, sem poder ultar nem nada. Aquilo era incrível.

Eu, enquanto assistia o outro impressionado, me aproximava um pouco mais do Yugyeom porque estávamos no meio de uma plateia meio agressiva. Eu levei um monte de empurrão e cotovelada de vários outros machos que gritavam e se empilhavam para enxergar melhor os dois homens que se encaravam marrentos no meio da roda, ambos segurando os microfones nas mãos escondidas sob os braços cruzados.

Sinceramente, quando o Namjoon tinha comentado antes sobre o evento achei que ia ser um rolê bem legal no parque, que eu iria descolar uma tatuagem de henna e talvez assistir a tal roda de rima longe, sentado e de boa. Programa família. Ledo engano, a gente mal tinha chegado e Namjoon nos enfiou no meio da muvuca.

— Tô achando que esse Agust que o Namjoon gosta é aquele magricela de cabelo platinado ali. — Yugyeom, tão confuso quanto eu sobre o que estava acontecendo, apontou pro tal cara.

Encarei e, sendo honesto, achei o tal Agust engraçado. Ele era pequeno e magrelo, a blusa branca larga deixando ele mais franzino ainda. Era quase um ponto de luz, porque não bastava os fios serem cinzas, ele era meio branquelo também. Parecia uma piada vê-lo encarar de frente um cara altão e troncudo que era supostamente seu adversário.

Um cara que parecia um MC ou talvez o mediador naquela roda de rima anunciou o começo do round, colocando uma batida pra tocar. O cara altão mexeu a cabeça, como se estivesse estalando o pescoço e deu uma risada debochada olhando o adversário de cima.

— Caralho, eu já teria me cagado todinho... — Falei pro meu único confidente Yugyeom, já que Namjoon tinha atropelado um monte de gente pra chegar nas fileiras da frente. — Olha o tamanho do braço do cara, parece minha coxa...

— Se ele espirrar em mim eu vôo por uns dois quilômetros, certeza. — Yug concordou, como o bundão que ele era.

Agust D? — O bombadão levou o microfone até sua boca, segurando o cabo deste com a outra mão e cutucando o peito do magrelo, que o encarava impassível. — Agust D Merda, deve ser. Um bracinho desses não segura nem uma pena, imagina segurar meu flow. Eu deveria ter é pena porque vou te mandar pro chão.

"Corre pra saia da mamãe, subnutrido, a roda aqui é só dos amigo. Até cabelo de vovô você tem, como quer me convencer que é tipo o Eminem?"

A multidão gritou um "Ouuuuuuuuu" enquanto o outro se afastava dando de ombros, como se tivesse terminado a briga ali, todo convencido. Não entendi muito bem, porque eu mal compreendi o que ele quis dizer, falando com a boca tão grudada no microfone que as palavras ficavam inteligíveis.

Rimar pena com pena é lamentável, não fez nem um verso que presta e se acha admirável. — O baixinho segurou o microfone com confiança, avançando no outro como se tivesse o dobro de tamanho que realmente tinha. — Meu verso é rico, irrestrito, eu surfo no flow e você aí todo convicto. Não se preocupe, meu amor, não levo seu xingamento a mal porque sei do teu temor.

"Deve ser triste precisar falar merda do meu visual, porque tu sabe que meu rap é fora do normal. Nem improvisar tu sabe, quer um dicionário pra parar de alarde? Escolhe umas palavras bonitinha, te juro dar uns minuto pra conseguir preparar melhor a próxima ladainha."

— UOOOOOOOOOOOU! — A voz do Namjoon foi a mais alta de todas no coro zombeteiro que ocupou o ar abafado após o magricela soltar um sorriso de deboche pro outro e se afastar, fingindo derrubar o microfone. — ACABA COM ELE, AGUST!

E a disputa se seguiu por mais uns dez minutos, o bombadão por algum motivo parecendo cada vez mais engasgado com as próprias palavras e o Namjoon cada vez mais eufórico. Por um momento eu temi pelo meu mais novo amigo, ele parecia poder morrer do coração tamanho o surto, mas apesar do rosto vermelho e respiração ofegante de tanto gritar ele parecia firme e forte.

Só comecei a ficar interessado mesmo quando no meio da disputa, o tal do Agust D parou de usar as rimas como ofensa e fazer algumas críticas que eu não tinha nenhuma base para avaliar, mas que pareciam pertinentes sobre o meio do hip-hop na cidade. Pois é, gente, militudos que nem eu são atraídos por militância, me desculpem.

A plateia gritou diversas vezes o nome do Agust D quando o MC finalizou o tal round e começava a citar os próximos. O magricela olhou o outro parecendo desinteressado e levou o microfone novamente até sua boca.

— Não vou participar de mais de round nenhum, não, porque quero fazer rimas que vão além de xingar os piolhentos da roda. — Riu baixinho, o tom parecendo mais simpático do que agressivo de alguma forma. — Me incluindo na parte dos piolhentos, claro. Vou fazer rap com meus meninos ao lado da lagoa da estátua daqui uma hora, cola se tu quiser trocar umas ideias e rimas.

E, simples assim, devolveu o microfone e sumiu da roda como se fosse um fantasma. Namjoon, que não era bobo, segurou nossas mãos e começou a nos arrastar para a direção que o cara tinha ido depois de conseguir se desvencilhar da multidão que ainda se reunía para assistir os próximos competidores e rounds da roda de rima.

— Ele é incrível, não é? — O maior entre nós suspirou todo orgulhoso sozinho enquanto nos arrastava e nem esperou nossa resposta para continuar. — Ele é o Agust D, nome artístico, no caso. O nome do cara é Min Yoongi, veio do interior pra fazer rap na capital e trabalha como caixa de supermercado enquanto nenhuma mixtape dele e do grupo dele não faz sucesso.

— Lançou a braba. — Yugyeom riu. — Sabe a biografia inteira do cara.

— E a cor da cueca, você sabe? — Brinquei.

— Cinza. — Namjoon respondeu de prontidão e acabou corando ao perceber meu olhar assustado pra ele ao saber essa informação. — É que a calça dele é meio larga, dá pra ver a cueca...

— Tá bom, Nam, a gente vai fazer vista grossa dessa vez. — Yugyeom consolou o outro.

O nosso amigo parou de nos arrastar silenciosamente — morto de vergonha — ao alcançar o tal Yoongi. Ele estava na fila de uma barraquinha que vendia espetinhos e uma carranca tomou seu rosto ao virar e perceber Namjoon atrás de si.

— Tu de novo? — Reclamou. — Caralho, todo dia essa porra.

— Não precisa ficar com vergonha, você sabe que sou seu fã. — Namjoon por algum motivo respondeu com um sorriso. Eu já tava pronto pra dar um soco no magricela pela falta de educação com meu amigo quando eu vi ele ficar vermelho que nem um tomate. — Fofo.

— Fofo é meu pau, caralho. — Retrucou de novo o Agust, tentando manter a expressão firme.

— Essa afirmação fica por sua conta, não posso opinar. — Namjoon riu mais uma vez, completamente bobão e feliz de estar falando com seu ídolo. Ídolo este que parecia ter sérios problemas em receber elogios, achei complicado esse rolê de querer ser famoso e não saber se comunicar direito.

— Ah... — O rapper todo cheio de si pareceu sem palavras e virou o rosto.

— O round de hoje foi muito bom, Agust. — Namjoon trocou o assunto. — É sempre bom ouvir as rodas de rima que você participa, sai da mesmice de sempre. Trouxe até meus filhos pra assistir.

E, dito isso, deu um empurrão em mim e Yugyeom, fazendo com fôssemos para frente e o olhar do magricela repousasse demoradamente em nós, parecendo confuso. É, de fato eu e Yug, com muita cara de nerd, não parecíamos muito o tipo de pessoa que frequentaria aquele evento.

— Começou cedo, hein. — Yugyeom debochou. — Pra ter filhos do nosso tamanho...

— Quem diria que o Nam tem esse ímpeto por engravidar... — Entrei na brincadeira quando vi que Namjoon começava a rir alto da gente.

— Grandes demais teus filhos mesmo. — Yoongi fez uma careta ao nos olhar dos pés a cabeça antes de se voltar pra frente pedir seu espetinho, resmungando. — Por que gente alta só anda com gente alta?

Que saco, eu estava começando a achar o rapper marrentinho fofo. Ele todo chateado com nossa altura era engraçado. O mais baixo de nós três era eu, então a presença de Yoongi fazia com que eu me sentisse grande finalmente.

— Papai, eu quero três espetos... — Yugyeom fez uma voz manhosa e fininha perturbadora e segurou o braço do outro, que tentou espantá-lo com a outra mão.

— Bom pra você. Compra com a própria mesada, filho, eu te eduquei tão bem financeiramente. — Namjoon, como sempre, respondeu à altura.

— Mesquinho... — Yugyeom bufou antes de pedir a comida e eu fazer o mesmo.

A realidade foi que Yoongi tentou despistar a gente enquanto esperávamos a comida e tudo mais, bem tsundere, mas não chegou a dar certo porque ele mesmo tinha falado onde estaria depois... E ele que lutasse, aparentemente, porque quando pegamos a comida já fomos pra lagoa da estátua.

Quase enterrou a cara em algum lugar quando Namjoon sentou ao lado dele no gramado desgastado por receber muitas bundas jovens, seguido por mim e por Yugyeom. Os outros caras do grupo dele, por outro lado, pareciam mais de boas. Não que fosse difícil ser mais expansivo do que o Yoongi.

Eram outros três caras, dois que pareciam ser mais ou menos da nossa faixa etária e que se apresentaram como Supreme Boi e Kidoh e outro um pouco mais velho, o Pdogg. Cada nome estranho que aquela galera de rima inventava.

E foi bem maneiro, confesso. A gente passou uns dez minutos rindo com eles sobre o cu doce do Agust D mesmo não tendo intimidade nenhuma com o moleque e depois eles começaram a trocar ideia sobre qual tema eles iam debater daquela vez e aquilo do nada ficou profundo de um jeito que eu, mimadinho privilegiado, nunca saberia entender. Algumas outras pessoas que eu nunca vi na vida se juntaram à roda também, animadas com o grupo e debatendo como amigos de longa data.

Enquanto os caras soltavam palavras rimadas e ritmadas com tranquilidade, completamente o oposto da força e agressividade que as mensagens passavam, criticando a precariedade de vida e marginalização de cada uma de suas comunidades, da capital ou não, Namjoon começou a rabiscar em um bloquinho de notas. Não sei da onde veio o bloco de notas, acho que ele tirou do cu. Muito nerd, credo.

— O que é isso aí? — Yoongi olhou curioso, tão curioso que pareceu até mesmo se esquecer que ele era todo metido a revoltadinho. Antes que Namjoon pudesse responder, puxou o bloquinho rapidamente pra si, virando o corpo para o outro lado para que o outro não pudesse recuperá-lo enquanto lia o que quer que Namjoon tivesse anotado. — Hm... Belas rimas.

— Namjoon rimou? — Yug perguntou, tão surpreso quanto eu. Provavelmente estava com a mesma ideia que a minha de que aquilo era sei lá, uma epifania que ele teve sobre alguma chave que faltava fechar nos nossos códigos.

— Namjoon rimou? — Perguntei no mesmo tom enquanto o outro ficava tímido.

— Rimou. — Confirmou Yoongi, ainda encarando com seriedade as anotações. — E será que por trás da esperança de mudança, por trás dessas palavras bonitas trazemos alguma verdade ou só tentamos acalmar nossas mães aflitas? Será que negamos, fugimos, aceitamos a violência tão presente, que nem enxergamos todos seus ramos?

— Não fala alto! Que vergonha. — Namjoon tentou recuperar com mais vontade ainda o bloco, mas Yoongi simplesmente lhe entregou.

— Então fala tu.

— Eu? Claro que não. — O nosso amigo ficou vermelho, eu e Yug só conseguimos encarar aquilo tudo com curiosidade. — Não sei fazer isso.

— Teus versos têm ritmo. — Yoongi falou sério. — Só segue o ritmo deles, sem pressão. Tenta.

— Hm... — Namjoon coçou a nuca, completamente encabulado. Sua voz tremia, mesmo que grande parte do grupo já estivesse um pouco alheia, cada rodinha conversando suas próprias coisas. — E será que por... Por trás da... Ai, caralho. E será que por trás da esperança de mudança... Por trás dessas palavras bonitas...

"Será que trazemos alguma verdade ou só tentamos acalmar nossas mães aflitas? Será que negamos, fugimos, aceitamos, a violência tão presente, que nem exergamos todos seus ramos? Ai... Nem uma conclusão isso tem, esse texto tá vago.,,,"

— Você pensa demais, cabeção. Minhas definições de vontade de dar pra você foram atualizadas. — Segurei seu braço, empolgado e impressionado com o primeiro rap tímido do meu amigo, Yug compartilhava a mesma animação. — Caralho, meu amigo sabe escrever códigos e versos.

— Nam, sua existência nesse mundo é injusta. — Yug concordou. — Deus tem seus favoritos mesmo, que errado...

— Foi bom mesmo. — O tal Yoongi comentou, parecendo genuinamente impressionado. Os outros três de seu grupo acenaram com a cabeça, concordando. — Tu deveria colar mais com a gente.

— Mas eu sempre colo com vocês. — Namjoon saiu de seu transe de vergonha só pra debochar. — Sou fã de vocês, cara.

— É verdade. — O tal Supreme Boi falou. — Mas vamos pro bar depois daqui.

E fomos pro bar, de fato.

E colamos mais com eles, de fato.

Pelo menos eu acho que colamos com eles mais do que o Namjoon fazia normalmente, porque pelo que eu entendi o nosso amigo só via as apresentações deles em eventos do tipo mesmo, mas agora o nosso crânio era um brother oficial. Brother tão oficial que toda quinta de noite ia pro barzinho de estimação do grupo. Isso tudo por causa do seu bendito bloquinho de notas, melhor forma de ser notado pelo ídolo.

Apesar de eu e Yugyeom continuarmos sendo nerds introvertidos nada líricos nem criativos, a gente tinha meio que essa posição de brother honorário por causa do Namjoon. Dessa forma, a gente tinha o direito de colar nos rolês mesmo sem saber rap.

E era bem legal porque dava pros meus pais uma sensação boa de que eu tava aproveitando a vida — eles ficam emocionados quando eu saio pra beber —, e até eu mesmo estava com aquela sensação boa. Acho que o Yug também curtia, porque significava menos tempo no mesmo apartamento que o insuportável do ukulelê. E, fala sério, os caras eram maneiros demais.

E foi meio que isso aí, o 3º Baconzito daquela parada era o Yoongi, acho que já deu pra perceber. Mas demorou uns bons dois meses bebendo todas as quintas para o 4º Baconzito interceptar a gente no bar, clamando ser a salvação do grupo de rap do flop,

»🥓«

E aí, o que acharam???? Ai, eu amo o Guinho Agust D com sua rodinha de rima! E não deixem de checar a playlist, tem um monte de música maneira!

Algum palpite sobre o próximo Baconzito? Hihihi

Aproveitando o espaço, a gente tá vivendo um momento muito crucial, tanto no nosso país quanto no mundo. Não deixem de apoiar as causas como #BLACK_LIVES_MATTER e #BlackLivesMatter, tanto fora, quanto dentro do país. É foda ver esse tanto de merda acontecer, mas precisamos ser politizados e fazer nossa parte, assine petições, suba tags, informe-se sobre o assunto, converse com seus familiares!

Enfim, é isso, espero muito que tenham gostado do capítulo e beijinhos de bacon!!

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