2º Baconzito: Namjoon
OI, MEUS BACONZITOS!!!!! DESCULPA A DEMORA, EU NÃO NOTEI QUE FAZIA TANTO TEMPO QUE EU NÃO POSTAVAAAAA!!
Obrigada a todos que lêem a filhotinha e boa leitura!!!
#6Baconzitos
»🥓«
— Nam? — Yugyeom falou animado e surpreso com a aproximação do outro. — Meu Deus, cara, quanto tempo!
Abandonou seu prato de comida de burguês safado e se levantou para dar um abraço no cara alto e com sorriso de covinhas. Esse maluco deve ser importante mesmo, nunca vi o Yug largando comida assim, incrível. Como eu tava sobrando, né, a mais bela vela da brotheragem, fiquei só assistindo os dois conversarem porque eu não queria ter que ficar encarando o TP de Matemática Computacional.
— Já almoçou? — Meu melhor amigo perguntou depois de muitos abraços e "como que tá a tia?". O outro negou com a cabeça. — Vem comer com a gente então, ah, esse é o Jungkook.
— Ah, sou o Jungkook. — Imitei o mesmo tom distraído de Yugyeom, só que sarcástico, mas logo abri um sorriso para não parecer antipático. Juro que sou simpático. Estendi a mão e o de cabelos castanhos apertou de volta, dando aquele sorriso amplo com as covinhas. — Prazer... Nam?
— Me chamo Namjoon. — Riu baixinho com a minha pergunta. — Mas pode me chamar de Nam se você se sentir confortável.
— Nossa, pensei que eu fosse exclusivo! — Yugyeom reclamou, todo bobo de felicidade. Nem parece que estava chorando por causa de um TP até momentos atrás, fiquei até feliz porque poxa, era legal ver meu brother animado apesar de estarmos nadando num mar de bosta.
— Todo mundo me chama de Nam, Yug... Pensei que você soubesse disso. — Namjoon levantou a sobrancelha. — Vou pegar o almoço, já volto.
E lá foi ele. Yugyeom se sentou de novo, voltando a comer, com um sorriso de um canto ao outro do rosto. Ao perceber que eu o olhava como se quisesse uma mínima contextualização pra poder ouvir as conversas parecendo menos paspalho do que eu já era, resolveu fazer um resumo.
— Ele é da minha cidade, a gente estudou junto no ensino médio e se separou quando eu vim fazer faculdade aqui na capital e ele continuou lá. Fazia um tempão mesmo que a gente não se falava, é muito legal reencontrar ele.
— Pelo menos alguma coisa de boa tinha que acontecer no meio desse final de período escroto, né? — Resmunguei e o outro acenou com a cabeça animado. Talvez Namjoon realmente fosse o remédio que ele precisava nesse final de período, eu estava feliz por ele.
Logo o outro apareceu com um pratão de pedreiro na minha frente que encarei impressionado. Sei lá, as tias da cantina do Instituto de Ciências exatas eram meio mesquinhas em dar comida, mesmo que fosse arroz e feijão, então fiquei impressionado com a quantidade. Será que é porque o sorriso do Namjoon tem covinhas? Ai, eu devia dar um jeito de arrumar umas pra mim também.
— Sabe o que eu tava lembrando? — Yug falou animado assim que seu amigo de ensino médio sentou. Namjoon fez uma expressão confusa, indicando que continuasse. — Daquele dia que a gente foi fazer uma maquete de isopor e cavucou tanto ele pra fazer o laguinho de gel que o pátio do colégio inteiro ficou cheio dos floquinhos de isopor.
— Verdade, parecia que tinha nevado. — Namjoon riu alto, cobrindo a boca cheia de comida.
— E foi um cu limpar tudo porque toda vez que a gente varria os floquinhos eram tão leves que voavam... Meu Deus... — Yug pareceu perdido em lembranças, rindo alto também.
— O jeito que o professor de Geografia gritou com a gente naquele dia foi diferente...
— Só porque a maquete era pro professor de Biologia! Eles tinham uma richa, lembra? Um expôs um nude do outro...
— Que assunto pesado para um colégio de ensino médio... — Comentei, um pouco em choque com a revelação. — A piroca exposta foi de qual professor?
— Do de biologia, coitado... Não teve um aluno que não viu a foto do pau dele. — Namjoon respondeu, tentando prender o riso e comer enquanto falava.
— Também... Alguém imprimiu e colocou no mural de avisos da escola. A diretora quando viu... — Yugyeom soltou mais uma risadinha.
— E... Era bonito? — Como o viadão da mesa, tive que prestar esse meu papel de perguntar.
— Lindão. — Confirmou Yugyeom. — Queria um pau daqueles... A cabecinha era top demais. Por isso que o de Geografia ficou com mais rancor ainda, o professor de Biologia ficou ainda mais famoso e adorado pelos alunos.
— É meio errado dizer isso, mas... Alunos de ensino médio já são doidos pra sentar em alguns professores, aquela foto só deu foi mais vontade. Eu andava com um grupinho de meninas na época... E Deus, nunca ouvi tantas descrições de modos diferentes que elas queriam sentar nele. Foi quase educativo. A sede é real.
— E nenhum deles foi demitido? — Perguntei, impressionado.
— Nem... Não haviam provas reais de que o pau realmente era do professor de Biologia, nem que o de Geografia espalhou. É tudo uma teoria da conspiração. — O de cabelos castanhos explicou.
— É, mas a gente tinha bastante certeza de que era real...
— É, fontes confiáveis confirmaram, mas nada documentável. Ah... Essa época foi divertida.
Não dá nem pra contar nos dedos da mão quantas histórias eles continuaram contando da época de ensino médio, rindo. Sério, nem se eu fosse um ET com sei lá, 13 dedos em cada mão daria. Fiquei em choque, não lembro se eu tinha tanta coisa pra contar do ensino médio daquele jeito... Mas, ao mesmo tempo, fiquei felizão porque ouvir de todos os babados de uma escola aleatória de uma cidade que eu nunca nem tinha pisado o pé era infinitamente melhor do que fazer o TP de Matemática Computacional.
— Meu Deus, o TP! — Yugyeom finalmente pareceu lembrar, os pratos vazios na nossa frente faz tempo. Segurou os cabelos loiros, a própria face do desespero. O que uma graduação não fazia com a gente, né...
— Que TP? — Namjoon perguntou, olhando curioso a cara de desespero do amigo.
— O TP de Matemática Computacional... Faz uns bons dias que ele tá torando com força no nosso cu e a única reação que a gente tá tendo é ficar de 4, sem forças pra resistir. — Respondi, talvez de uma forma gráfica demais visto a risada do Namjoon.
— Ah, eu posso ajudar vocês... Eu faço graduação em Matemática Computacional, né. Sou um aluno transferido, mas não é possível que a grade e o que vocês aprendam seja muito diferente, né?
— Sério!? — Minha voz e a de Yugyeom soaram altas, em uníssono. Mas também, não tinha como não ficar emocionado ao perceber que o salvador da sua graduação esta ali, a sua frente. Umas pessoas das mesas ao redor olharam feio pra gente, mas eu olhei feio de volta porque todo mundo fazia barulho na cantina e eu não queria nem saber de reclamações.
— Sério... Tô no 6º período já... Se eu não souber talvez seja um indício que eu não deveria nem me formar. — Riu, todo simpático e humildão. O Namjoon era top, era tudo o que eu tinha a dizer.
— Como se se formar fosse o sinônimo de aprender algo... De uma forma direta significa que você sabe fazer uma prova. Alguns aprendem e outros... Não teria tanta certeza. — Farpei. Ah, eu gostava de jogar farpas no sistema de ensino, fazia parte.
— Ela faz a filosofia dela... — Yugyeom caçoou e acabei rindo junto com ele.
— É pra quando esse trabalho? — Namjoon perguntou e eu e Yug nos entreolhamos com cara de remorso porque o prazo era um tanto quanto curto.
— Segunda... — Meu melhor amigo respondeu baixinho. Era quinta.
— Ah, muito tempo então. — Namjoon riu, com a maior normalidade do mundo. Fiquei confuso porque ele não parecia o tipo de cara que deixava as coisas pra última hora, talvez estivesse só tentando acalmar a gente. — Vamos marcar um rolê... Pedir uma pizza, só pra deixar menos deprimente virar o final de semana com TP.
— Nam... — Yugyeom segurou as mãos do amigo por cima da minha mesa. — Meu cu é seu.
— Olha só como vem o hétero de Taubaté... — Debochei, observando Namjoon rir do amigo com o rosto um pouco corado.
— Se eu não olhar nos olhos dele quando ele comer meu cu não é ser gay, é só brotheragem. — Entrou no deboche e acabei soltando uma risada alta. Gay enrustido pagador de hétero no Grindr e no Tinder nunca perdia a graça.
— Verdade... Por favor, coma nossos cus, mestre. — Juntei minhas mãos com as de Yugyeom, baixando a cabeça em uma reverência.
— Vocês dois são podres demais... — Respondeu Namjoon com um tom de repreensão, mas rindo. — Não quero comer o cu de vocês, não, só pizza. Paguem a minha parte e a gente tá quite.
— Combinado. — Eu e Yug rimos.
E Yugyeom estava certo na sua animação mais cedo, o Namjoon era firmeza demais mesmo.
-x-
— Qual sabor? — Perguntei pro Yugyeom, largado ao meu lado na minha cama enquanto rolava a lista de opções de sabores de pizza no aplicativo de delivery. — Pergunta pro Namjoon aí o que ele gosta pra ele já chegar aqui com comida.
— Tá... — Yugyeom começou a digitar no próprio celular fazendo uma cara de concentrado, provavelmente para impedir que o aparelho caísse na sua cara já que estava de barriga pra cima, erguendo-o sobre seu rosto. — Não é melhor você ligar pra pizzaria, Kook? É mais rápido.
— Claro que não... Eu me cago todo fazendo ligação, gaguejo demais, é uma vergonha. Eu tenho que usar essa ferramenta de inclusão dos introvertidos na sociedade chamada aplicativos sem contato humano. E eu ganhei um cupom também, vai dar bom.
— Você nunca ligou pra pedir pizza? — Yugyeom terminou de enviar a mensagem só para se levantar com um pouco de esforço e me encarar, julgando.
— Uma vez e foi desastroso. Chorei muito. Se eu preciso ligar pra algum lugar eu peço pros meus pais. — Dei de ombros como era possível, visto que eu tava deitado sem vontade de existir.
— Ai, ai... Os tios pegam leve demais com você, como você vai se preparar pra vida desse jeito?
— E eu lá preciso ligar pra alguém? Dá pra fazer tudo pelo celular e... Se não der, eu crio um aplicativo, abro uma startup e fico rico, vitória dos introvertidos.
— Uhum... Tudo isso sem nenhum contato humano... Vai dar certo, sim. — Debochou.
— Para de reclamar de mim, ô adultão. Até parece que você liga pra pediz pizza.
— Ligo... — Parou sua frase para olhar o celular. — O Namjoon gosta de quatro queijos... Enfim, morar em outra cidade te faz ter que fazer certas coisas, né... Não tem papai e mamãe pra ajudar.
— Por que você tá sendo heteronormativo? Por que está supondo papai e mamãe? E se for papai e papai? Mamãe e mamãe? E as pessoas não binárias? Bolsonarista de merda, fascista.
— Descansa, militante, você entendeu. Eu não tenho meu papai e minha mamãe para me ajudarem. — Revirou os olhos impaciente, ele sempre ficava de saco cheio, e com razão, quando eu bancava o militante chato. Não que as militâncias sejam desnecessárias, claro, mas muitas viram ataques aleatórios em vez de conscientização e eu sou debochadinho né. Deus que me perdoe.
— Não é bolsonarista? Então quer dizer que é comunista, né? Vai transformar nosso país na nova Cuba. Vai pra rua distribuir seus dinheiros pros pobres, vai. Vida das pessoas? Mas e a economia, como fica? Vim aqui na minha Hillux dizer que se esse proletariado não trabalhar direito, vamos todos morrer de fome... Afinal, eu não posso comer minha Hillux.
— Só pede a porra da pizza, Kook. — Yugyeom tentou me chutar, mas desviei rindo.
— Poxa, você não gostou do meu teatro? Intitulei de: Uma representação passivo-agressiva, alicerçada nos exageros e no humor, da sociedade contemporânea. Vou até reservar o teatro lá do Belas Artes para expor minha performance.
— O problema é que não é humor, é deprimente. Porque é a verdade. — Deu de ombros do jeito que conseguia também, afinal, sempre bom lembrar que a gente tava ocioso na minha cama e a única movimentação possível foi o chute. — Olha... Eu gosto de calabresa.
— Vamos fazer assim... Duas pizzas grandes. A primeira metade calabresa e metade quatro queijos. A segunda metade marguerita e metade especial da casa.
— O que é o especial da casa?
— Uma pizza que em cima vem todos os ingredientes que a pizzaria tem. Ruim não deve ser.
— Você é um dragão mesmo, Kook. — Yug riu. — Mas também sou, pode pedir.
Adicionei as tais pizzas no aplicativo e concluí a compra, agradecendo mais uma vez à tecnologia que me possibilitava fazer aquilo de forma bem prática. E... Bem, e sem contato humano. Juro que eu não sou tão tímido assim! É só que não sei... Falar no telefone especialmente me deixava nervoso.
— Feito. — Joguei meu celular pro lado e rolei pra cima do meu melhor amigo, que me resmungou e me empurrou de volta para minha posição original. — O Namjoon chega quando?
— Ele disse que tá saindo de casa agora... Como ele vem de ônibus deve demorar uns quarenta minutos ainda se o busão não demorar muito para aparecer.
— Maldito transporte público.
— Maldito transporte público. — Yugyeom repetiu.
— Como foi que você e o Nam se conheceram? — Perguntei curioso depois de um tempo.
— Ah... Tipo, nos conhecer eu não sei bem. A gente meio que sempre foi do mesmo colégio, então nem lembro a primeira vez que vi ele, mas ele estava lá.
— Ui, ui, olha os amigos de infância. — Brinquei.
— Pior que não... A gente nunca conversou, que eu lembre, então não dava para considerar a gente amigo. Nos aproximamos no ensino médio mesmo. Meio que... Começaram a implicar com ele.
— Implicar com um homem daquele tamanho? Coragem, viu.
— No ensino médio a gente não era grande. — Yugyeom riu. — Os pentelhos tavam começando a crescer, aí já viu... E aí os pentelhudos do 2º e do 3º ano começaram a ficar com ranço do Namjoon porque ele participava dos mesmos grupos de estudo que eles.
— Então o homem além de anjo é gênio? — Perguntei espantado.
— Sim. Ele é muito inteligente mesmo, participava de vários projetinhos lá do colégio, mas os veteranos espalharam tanta mentira sobre ele que ninguém da nossa sala ou dos projetos falava com ele. Eu lembro muito bem o dia que eu percebi aquilo. O professor de matemática falou que o Nam tinha conquistado primeiro lugar em uma olimpíada lá, mas quando nos liberou para o intervalo, ninguém foi falar ou parabenizar o Namjoon.
— Ninguém menos você, acertei? Sou bonzão com histórias clichês.
— Infelizmente não... — Yugyeom explicou baixinho, parecendo envergonhado. — Eu fiquei com um pouco de vergonha, então só observei ele de longe com meu grupo de amigos.
— É... Realmente, em geral quem adota um introvertido é um extrovertido. — Ponderei, eu. por exemplo, era o que esperava ser adotado, provavelmente o Yugyeom também.
— Pois é. Mas enfim, depois daquele dia ficava cada vez mais clara a exclusão do Namjoon e eu nunca entendi muito bem como pessoas não gostavam de outra só por ser inteligente... Aí eu, bem o esteriótipo do adolescente descolado como você pode imaginar, vi que ele sempre trazia pão com queijo e pedi pra minha mãe fazer pão com geleia pra mim. E aí eu sentei com ele do nada, peguei metade do pão dele e dei metade do meu. A sorte é que ele gostava de geleia.
— Mamãe fez seu pãozinho? Pensei que você tinha saído do útero sozinho, roído o cordão umbilical e dado tapa na bunda do médico para fazer ele chorar, alecrim dourado e independente.
— Kook! Foco na história. Eu hein, te contei um negócio super bonitinho e você aí focado em debochar da minha cara. — Reclamou e parei um pouco de rir, porque ele estava certo.
Fiz um esforço enorme e rolei na cama, ficando de barriga para baixo e conseguindo, daquela posição, encarar o rosto do meu amigo. Levantei meu punho fechado, estendendo para ele.
— Você tá certo, tu é firmeza demais, rapaz. — Falei. Yugyeom entendeu e correspondeu o soquinho.
— Por que você tá me elogiando que nem hétero, seu viadão?
— Só deu vontade. — Ri, porque eu também não tinha muitas explicações sobre a aleatoriedade dentro de mim. — A verdade é que pensar em você e no Namjoon fofinhos dividindo pão foi demais pro meu coração de boiola e eu desviei o assunto.
— Seus mecanismos de defesa contra boiolice são ótimos mesmo, hein.
— Demais. E aí depois o quê? Vocês lancharam juntos todos os dias?
— Acertou. — O outro riu baixinho. — Lanchamos todos os dias juntos, mesmo que nenhum dos dois falasse nada porque... Timidez, né. Aí depois começamos a falar de Pokemón, e daí foi um pulo para eu ir pra casa dele passar o dia inteiro jogando no GameBoy.
— É de uma beleza imensurável ver como os laços nerds se formam.
— Para de debochar, Kook!
— Ei, eu falei sério dessa vez! — Reclamei, mas acabei rindo. Ô, paizinho, permita-me ter uma comunicação menos agressiva.
— Se você diz... Vamos assistir Chihayafuru enquanto o Nam não chega. — Sugeriu.
— Não seria melhor a gente ir tentando fazer o TP? — Levantei as sobrancelhas confuso, porque aquele papel de sabotar os trabalhos era meu.
— Ah, mas a gente vai parar de qualquer jeito pra comer a pizza. Os tios vão comer com a gente?
— Não, eles acharam outra festa para ir, acreditam? Meus pais não param em casa final de semana, fico em choque.
— Alguém da família tem que ir, né, Kook. Já que você não tá fazendo bem seu papel de jovem eles têm que fazer algo.
— O jovem moderno não quer saber de festa, ele só quer saber de Netflix e afazeres domésticos.
— Se você tá dizendo... — Ele debochou, pouco convencido.
No fim, acabamos assistindo Chihayafuru mesmo porque eu, obviamente, não era o sensato que insistia em estudar entre nós. E, fala sério, não tinha nem como comparar aquela animação linda com Matemática Computacional, até o jeito que a galera cantava a poesia das cartinhas no anime me acalmava.
Foram uns dois episódios até Namjoon chegar junto com a pizza. Na verdade o motoboy chegou antes do Namjoon e a gente já tava na porta quando vimos o mais alto chegar e assustar um pouquinho o entregador. Foi um momento engraçado.
Nem subimos para o meu quarto, fomos direto à cozinha pegar uns pratos e sentamos na mesa de jantar da sala, onde meus pais — realmente preocupados com minha saúde como um jovem — deixaram um bilhetinho fofo para eu me divertir e, quem sabe, convidar meninas também. O jeito que meus pais queriam que eu transformasse nossa casa em um motel era diferente.
A parte da pizza foi bem legal, juro. Não tem como comer pizza ser ruim e a da casa realmente vinha com uma camada grossa de tantos ingredientes que descobríamos mais um a cada mordida e isso virou um certo jogo entre a gente. Mas enfim, foi bem legal porque apesar de meio tímido de estar numa casa nova, o Namjoon realmente é maneiro pra caralho, Yug tem bom gosto pra amigos — mas eu já deveria saber isso, afinal, eu sou o melhor amigo dele.
A parte de fazer o Trabalho Prático foi menos legal por motivos óbvios, mas realmente não foi tão ruim assim porque o Namjoon realmente era um Deus. Não só desengasgou a gente na parte da modelagem matemática do problema — que basicamente era o que a gente tinha que fazer de principal no trabalho —, como também ensinou a gente a projetar e organizar gráficos no programinha que o professor tinha passado pra gente.
Ficou tão, tão lindo e tão completo que eu e o Yugyeom nos sentimos que nem aqueles alunos perfeitinhos lambe cu de professor, de verdade. E, o mais surreal de tudo, foi que o Namjoon fez aquilo tudo em tipo... Uma hora. Deus realmente tem seus favoritos. O tanto que eu e o Yugyeom ficamos quebrando a cabeça pareceu completamente ridículo.
O resto das três horas que a gente ficou em cima daquilo foi só ele tentando ensinar pros cabeça de bagre aqui como aquilo funcionava e pegando mais problemas na internet pra fazer a gente treinar as modelagens... O serviço realmente foi completo e finalmente senti que eu não ia reprovar naquela matéria. Pelo menos uma, meu pai.
— Eu sei que você disse que estávamos quites pagando a pizza, Nam... — Sim, eu tava chamando ele de "Nam" todo íntimo mesmo, não ligo. — Mas eu realmente acho que eu devo o meu cu e o de toda minha família pra você.
— O jeito que você tá doido pra dar pro Nam é diferente, Kook. — Yugyeom debochou um pouco sem forças, deitado no tapete do meu quarto com um olhar perdido, os neurônios todos completamente fritos porque ele tinha especial dificuldade em Matemática Computacional.
— Olha, eu estou levando tudo na brincadeira... Ficaria preocupado se o Kook realmente quiser que eu coma o cu dele e de toda família dele, é pertubador. — Namjoon riu, mas meio amarelo, talvez ele tenha ficado com medo real. Porra, Yugyeom, tinha mesmo que assustar nosso novo bff?
— É pra levar mesmo. Eu te levaria para um encontro antes se quisesse te dar meu cu, relaxa.
— Verdade, toda vez que o Kook leva alguém pro cinema é fatal... — Yugyeom interviu de novo, dando informações talvez demais.
— Você fala como se eu tivesse levado a faculdade inteira pro cinema.
— Não, você é introvertido demais pra levar tanta gente. O meu ponto é que toda vez que você leva o couro realmente come. Quando você chega na aula no dia seguinte a sala inteira fica com o cheiro de rosca queimada. — Riu e eu prendi meu riso também, querendo manter a pose de revoltado.
— Ai, cala a boca, hétero homofóbico. — Retruquei. — Vou ligar pra central de cancelamento do Twitter.
— Gente, sem querer interromper a conversa sobre rosca e tal... — Namjoon interviu, olhando pro celular. — Já interrompendo, claro. Mas depois do período de provas vai ter um rolê meio urbano na praça municipal. Vai ter roda de rima, flash tattoo, essas coisas...
— Ih, começou o tiete... — Yugyeom zoou e fiquei sem entender.
— Talvez... Talvez eu goste muito de um dos caras que participa das rodas de rima. — Explicou Namjoon, completamente envergonhado. — Tipo, gosto dele de um jeito completamente hétero, claro, mas assim... É que o flow dele é muito bom.
— Vamos, parece ser legal. — Ri um pouco com a timidez do Namjoon e acabei deixando aquela passar sem debochar dele porque a gente mal se conhecia. Mas nas próximas vezes, é claro, não deixaria barato.
Enfim, todos nós concordamos em ir, afinal, nada melhor do que fazer algo para comemorar o fim das provas. E, como vocês já podem perceber, eu só sei terminar capítulo enunciando que foi lá que eu conheci mais um dos Baconzitos. Mas o que eu posso fazer se é verdade?
Mas o fato é que aquele rolê pra mim foi o epicentro de todos os Baconzitos, porque não tinha nenhum outro jeito de um introvertido que nem eu conhecer tanta gente assim. Eu só vou pras festinhas da faculdade e pro cinema, como vocês já devem ter percebido.
E é isso, o terceiro Baconzito aparece por lá, até a próxima.
»🥓«
Quem vocês acham que é o próximo baconzito??? ESSA TÁ FÁCIL.
Podem deixar que eu não vou demorar pra voltar! O próximo capítulo já tá pronto e eu estou escrevendo ela enquanto planejo Empresário irraaaaaaaaaaa. Espero que estejam gostando das aleatoriedades dos nossos nerdzinhos militantes!
Vocês podem me encontrar no twitter como @/domesticranger ou na tag #6Baconzitos. Não deixem de deixar seu voto, por favorzinho!!!
Beijinhos de luz e até a próxima!
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