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2 - A nova onda.

Ainda sem acreditar nos acontecimentos que antecederam a manhã, Beth mais uma vez procurava manter sua sanidade mental, até porque em seu ponto de vista "não tinha sido nada de mais", acreditava ser apenas uma brincadeira de mal gosto de algum de seus amigos.

Seguiu seu dia normalmente como os outros. Em seu celular, era praticamente de rotina escutar "Sweetener", um dos álbuns recentes de Ariana Grande.

Havia preparado uma maquiagem leve e básica, calçou um par de sapatos brancos da Gucci, prendeu o cabelo na forma de rabo de cavalo e partiu.

— Aurora, meus pais já foram? — Perguntou a garota, sentia falta do contato com a família.

— Sim querida, sua mãe precisou viajar. — Respondeu a mulher enquanto limpava a cozinha.

— Tudo bem, estou indo para escola. Não vou comer nada, não me sinto muito bem.

— Se não está se sentindo bem, deveria comer! — Tentou intervir na decisão da garota de sair de jejum, mas foi totalmente ignorada.

Elizabeth seguiu o caminho para escola, dessa vez andando. Sem glamour algum, ainda estava sem falar com Cristian.

Chegando a algumas quadras do colégio, acelerou os passos, fazendo com que a mesma estivesse lá em menos de dez minutos. O grupo de amigos se encontrava aglomerado em frente ao colégio, era quase de costume isso em todas as manhãs.

Elizabeth parou de andar, passou a mão em sua testa que escorria, limpando o suor e inspirou fundo inflando os pulmões com ar quente, por fim soltou. Com passos novamente acelerados caminhou até o grupo decidida a tirar satisfações.

— Escuta aqui, eu não sei qual de vocês fez isso ontem, mas eu não gostei dessa brincadeira e espero que isso não se repita! — Falava enquanto apontava para o bilhete amassado em sua mão.

— Calma Beth, o que aconteceu? — Perguntou Livie encarando o bilhete.

— Jogaram algo em minha janela ontem, e depois encontrei esse bilhete. — Finalmente foi se acalmando.

— Que porra é essa? — Tyler se assustou após terminar de ler aquelas palavras.

— Isso tá parecendo algum babaca querendo te assustar! — Selena replicou. — Eu sugiro Rachel, Lucas e a nova selvagem de estimação! 

— Se algum deles fez isso, farei com que eles implorem aos meus pés pela chance de continuar estudando aqui! — Elizabeth respondeu se aproximando de Tyler.

O rapaz puxou sua cintura e a beijou em meio a multidão voltando todos os olhares para o grupo.

— Vocês precisam tirar esse estresse! — Rodrick abriu a bolsa, retirando um pacote pequeno de lá.

— Qual é a boa? — Tyler perguntou entusiasmado enquanto se curvava para observar.

— Maconha! — Respondeu. — Vamos fumar um baseado e tudo vai ficar mais de boa.

— Finalmente alguém que teve uma ideia boa! — Selena bateu palmas mordendo os lábios.

— Guarda isso, idiota! Você sabe que as pessoas estão de olhos em nós o tempo todo! — Livie resmungou.

— Na hora do intervalo. — Rodrick sugeriu. — Não vou implorar para ninguém, mas quem recusa um convite como esse? — Rodrick abriu o zíper de sua bolsa e com um movimento rápido devolveu o pacote.

— Tudo bem. — Livie assentiu enquanto todos os outros balançaram a cabeça.

Todos seguiram até a sala de aula, onde os cadernos eram substituídos por notebooks com telas retráteis sensíveis ao toque.

A professora de geografia usava óculos redondos, um vestido cor de vinho e os cabelos presos em um coque. Seu interesse em dar aula era tal qual os dos alunos em assistir.

— Façam uma redação de pontos turísticos para se visitar em Flórida, e me entreguem. Tanto faz! — Bufou ajeitando os óculos com o dedo indicador e sentou na cadeira de rodinhas preta.

A sala de aula era totalmente branca com cadeiras azuis. A tecnologia na escola era de ponta, todas as salas tinham computadores, projetores e sistema de som amplificador.

Mas isso não impedia de que os alunos iniciassem conversas paralelas e brincadeiras desnecessárias.

— Amiga, que tal depois daqui irmos para minha casa assistir "Friends" pela milésima vez? — Lucas perguntou enquanto fazia rabiscos em seu notebook.

— Acho uma ótima ideia, que tal pedirmos algumas pizzas? — Sugeriu Rachel.

— Acho incrível, vamos fazer uma noite dos amigos, podemos chamar Jade!

— Vamos sim! — Rachel concordou com a idéia. — Mudando o assunto, como tá sendo com seus pais? — Perguntou.

— Depois que me assumi para todos eles, nunca mais foi a mesma coisa...

— Como assim, Lucas? — Perguntou.

— Meu pai não trocou uma palavra comigo desde o ocorrido... — Seus olhos encheram de lágrimas.

— E sua mãe? — Engoliu seco. — Me perdoe, eu não queria parecer insensível.

— Está tudo bem! Bem, minha mãe sempre foi mais compreensiva, dizem que mãe sempre sente. — As lágrimas começaram a escorrer dos seus olhos.

— Meu amor, fique tranquilo! Você é perfeito, e eu te amo assim do seu jeitinho! — Passou os dedos no rosto pálido do rapaz enxugando suas lágrimas.

— Eu sempre soube que poderia contar com você! Eu te amo sua maluca!

— Eu te amo! — Respondeu a amiga dando um beijo em sua testa.

— Vamos! Faltam dez minutos para o primeiro horário de Jade. — Lucas gritou.

Nesse dia, Jade precisou entrar na segunda aula, pois precisava resolver algumas coisas relacionadas aos documentos para validação da bolsa estudantil.

— Dez minutos? Meu Deus, ainda precisamos encontrar Jade! — Rachel se assustou.

— Tudo bem, a casa dela já é daqui duas quadras. — Tranquilizaram.

Caminharam até o encontro da garota que esperava sentada na calçada.

— Caramba! Que demora, onde vocês estavam? — Jade parecia um pouco estressada.

— Não é fácil sair da aula! — Lucas sorriu desconcertado. — Garota, que maquiagem incrível! — Bateu palmas.

— Obrigada! — Disse envergonhada. — Assisti alguns tutoriais, talvez seja a hora de entrarmos para o mundo das blogueiras!

Os três riram da parte dos tutoriais, sempre brincavam que eram 'influencers', assim como Elizabeth.

— Nós estamos muito atrasados! — Gargalhou.

Os três partiram correndo para a escola.

Após uma longa caminhada seguida de corridas sem direito a pausas, eles chegaram. O guarda era amigável, então não pegava no pé dos jovens por isso.

Cada um tinha um cartão credencial que usava para liberar a entrada.

— Socorro! Eu nunca corri assim, desde a maratona de 2010! — Rachel estava ofegante.

— Eu sou preparada! — Jade respondeu.

— Tá bom, agora a gente entra. Sem ninguém além do guarda perceber...

A aula de Trigonometria estava acontecendo, e os três alunos entraram na sala discretamente, na intenção de não serem notados por ninguém, mas ao ver aquela cena, Elizabeth fixou seus olhos em Jade e só sentiu vontade de prejudicar o trio.

— Professor! Sinceramente, acho injusto e tamanha falta de respeito! — Disse enquanto olhava para os três. O professor não havia notado a entrada, já que a porta já estava aberta antes e ele estava de costas escrevendo no quadro branco.

— A que você se refere, senhorita Mitchell? — Perguntou desentendido.

— Essas três aberraç... Digo, esses três alunos chegando atrasados e sequer tendo a humildade de falar com o senhor.

— Muito bom! Não esperava isso de vocês! Os três para fora agora! Não tolero atrasos e vocês sabem disso! — O professor expulsou os alunos da aula, estava no seu direito.

— Você não se cansa, garota? — Rachel surpreendeu a todos confrontando Elizabeth.

— De provar o quanto vocês são ridículos? Não, eu não me canso! — Gargalhou. — Esse lugar não é para nenhum de vocês!

— Não se cansa de ser uma vagabunda? — Rachel soltou aquelas palavras com convicção, e era de se estranhar já que a garota sempre aguentou as provocações dos populares quieta.

Lucas ao perceber que sua melhor amiga havia saído de si, segurou seu braço com força tentando acalmá-la.

— Quem você pensa que é para se dirigir dessa forma a minha pessoa? — Enfurecida, Elizabeth se levantou e mirou seu olhar nos olhos de Rachel.

— Você me dá nojo garota! — Disse Jade, completando as palavras de sua amiga. — Em menos de dois dias você só me surpreendeu negativamente.

— Duas pobres faveladas, acham que tem espaço de fala? — Livie se intrometeu também. — Acha que ligamos para o que vocês pensam? Não serão os primeiros nem os últimos a dizer isso.

— Chega! Jade, Rachel, Elizabeth, Lucas e Livie. Saiam agora da minha sala! Direto para a diretoria! — Gritou o professor irritado batendo um livro na mesa.

Os jovens enfurecidos seguiram para a diretoria. Conversando um a um com a diretora. Todos levaram uma advertência, mas a senhorita Thirdal queria conversar com Elizabeth, em particular.

— Elizabeth, você acha que ofender suas colegas de classe é uma atitude íntegra? — Perguntou a mulher irritadiça.

— Eu não vejo problemas nisso. — Revirou os olhos enquanto polia suas unhas com uma lixa.

— Não interessa o que você acha, eu dito as regras por aqui! — A diretora bateu na mesa. — Eu tenho uma papelada de coisas para resolver e tenho que lidar com brigas fúteis. Vocês tem idade o suficiente para se suportarem! — Concluiu arrumando o óculos. — E preste atenção em mim quando falo!

— Eu não sou obrigada a me misturar com faveladas! — Guardou a lixa. — Muito menos suportar desaforos de pessoas inferiores.

— Eu prefiro fingir que não escutei sua fala preconceituosa. Por enquanto você fica com uma advertência, mas na próxima, é suspensão! — Assinou com caneta preta uma folha sulfite.

— Escuta aqui, velha desgraçada! Você acha que as coisas funcionam assim? Acho que você está se esquecendo de que meus pais contribuem com altas doações para o colégio todos os anos. Eu pago a mensalidade inteira, eu te sustento. O seu salário é graças a minha família, então eu espero que você desconsidere isso. — Levantou da cadeira, rodeou a mesa e suavemente deu um beijo no rosto da diretora. — Você não gostaria de ter a sua carreira finalizada e seguir o resto de seus dias com uma vida medíocre, não é?

— E-eu... — A mulher ficou constrangida, principalmente por não poder fazer nada.

— "Eu" o que? Eu comando o que acontece aqui. Seu trabalho está em jogo. — A jovem gritou.

— Eu preciso desse trabalho... — Sua voz ficou trêmula, engoliu o choro.

— Tudo bem, então é só me deixar em paz e tudo ficará bem para você. — Tirou uma nota de cem dólares de seu bolso e colocou na mesa da diretora.

— Eu não posso aceitar isso. — Sua voz tremia, estava gaguejando.

— Fique quieta! Direi a todos que fui advertida, mas isso não vai acontecer de verdade. — Deu as costas e bateu a porta com tanta força que fez um barulho forte ecoar.

O sinal para o intervalo tocou, mas o assunto não havia sido cessado. Os burburinhos continuavam a todo vapor.

— Vocês também tomaram advertência? — Lucas perguntou as duas meninas.

— Sim, eu tomei. — Rachel respondeu.

— Eu também... —  Jade completou.

— Aquela garota é uma vaca! — Lucas gritou. — Merecia levar uma surra.

— Nos conte uma novidade. — Rachel havia se cansado de toda aquela situação de privilégio.

Na fila do lanche, os três andavam em linha reta com a bandeja na mão. O colégio tinha uma cantina, mas com eles não eram ricos como os outros, preferiam comer do que era doado.

— Bom dia senhora. O que é essa coisa amarela? — Em um dos richôs da cantina havia um caldo viscoso, então Rachel perguntou.

— Creme de milho! — Antes mesmo de a garota dar a resposta, a moça jogou sobre a bandeja.

— Agh. — Rachel torceu os dentes e o nariz ao sentir o cheiro azedo do tal creme.

— Próximo! — Gritou a moça que servia os lanches.

— Senhora, nós dois não queremos. — Antes que ela fizesse o mesmo com eles, o rapaz já apontou para o caldo reprovando-o.

— Cara, isso parece ser horrível. — Disse Rachel saindo da fila com os dois.

— Bom, preciso comer logo! Vou ir até o ginásio. Prometi ao professor que pegaria um colete para ele. — Jade disparou.

— Tudo bem. — Responderam em coro.

De forma rápida, a garota mordeu a maçã e engoliu o suco de laranja, então se levantou acenando com as mãos e correu até o ginásio, afinal, eles tinham pouco tempo de intervalo.

Com passos minuciosos, conseguiu sentir a presença de alguém, escutou algumas conversas, mas de início não deu atenção. Apenas assentiu e continuou andando com cuidado.

— Eu já bolei, ninguém pode saber que estamos aqui! Certo? — Rodrick explicou.

— Relaxa, cara! — Tyler Respondeu. — Só se vive uma vez!

— Se alguém pegar, vocês não me entreguem. — Rodrick pegou o isqueiro.

— Eu e as garotas não vamos hesitar em falar. — Selena brincou, encarando o rapaz nos olhos de maneira provocativa.

— Vai se ferrar! — Rodrick acendeu o baseado. — Quem vai ser o primeiro?

— Eu! — Beth levantou a mão se voluntariando.

— Você? — Livie perguntou boquiaberta.

— Sim, algum problema? Eu preciso esquecer a briga com as faveladas bolsistas, e a saudade de meus pais. — Tomou o "beck" das mãos de seu colega.

— Puxa, e depois solta. — Ele ensinou como se fazia. — Não prende a fumaça, ou você vai tossir muito! — Dizia enquanto bolava outro cigarro.

A garota seguiu exatamente todos os passos que foram combinados. Um a um, no total dois cigarros foram tragados.

E então, por uma fresta da porta jade finalmente teve conhecimento de quem eram aquelas vozes.

O ginásio era gigantesco, com duas arquibancadas de cada lado, traves, cestas de basquete e alguns equipamentos de educação física no chão.

O barulho naquele lugar era orgânico, fazendo tudo que era dito ecoar de forma rápida e alta.

O teto era de ferros cruzados e acabamento acústico o que abafava o eco apenas para o ambiente interno, não interrompendo quem tinha aula do lado de fora.

As paredes eram beges, e as linhas do chão eram vermelhas, azuis e amarelas. O chão era polido com cera e havia também vestiários dentro do ginásio. Nos fundos de todo esse espaço a ala da natação.

— Caralho, eles estão fumando?!? — Cochichou para si mesma. — Merda, eu preciso sair daqui.

— Porra! Tem alguém ali! — Por um descuido Jade bateu uma das portas fazendo o alarme de Rodrick disparar.

— Merda! Vai lá Beth, você consegue subornar as pessoas melhor do que ninguém! — Deu uma tragada no baseado.

Dito e feito, a garota correu para ver quem era e Jade não conseguiu escapar a tempo. Já do lado de fora, a conversa não foi nada amigável.

— Uau! Além de favelada você também está nos espionando? — Puxou o braço da garota.

— Eu só estava fazendo um favor ao professor. Não queria ter visto. — Engoliu seco, sabia de dia situação e o risco que corria vendo o que não devia.

— O que você viu? Tenho certeza de que não viu nada! — Beth rodeava a garota.

— Vocês fumando! — Por mais que não quisesse ter feito aquilo, as palavras saíram sem seu consentimento.

— Fique quieta! — Colocou a mão na boca de Jade a fim de abafar as palavras, mas seu gesto soou agressivo.

— Não encoste em mim! — empurrou a mão da rival.

— Você não vai falar nada. Eu te pago, quanto você quer?

— Eu não tenho motivos para esconder isso, você foi uma garota má desde que cheguei. — Sorriu maliciosamente.

— Eu te dou o que você quiser, comida? Roupa? Dinheiro? — Sorriu arqueando as sobrancelhas. — Gente como você costuma ser suja como eu.

Jade não conseguiu se conter, em um ato de reflexo seu corpo respondeu de forma involuntária, e sua mão se chocou com força no rosto de Elizabeth.

— O que você quer dizer com "gente como eu?" — O tapa foi forte e corajoso. — Tem alguma relação com o meu tom de pele? — Esbravejou.

— Você só pode estar ficando louca! — Tirou o cabelo do rosto lentamente, e revidou o tapa com sangue nos olhos.

— Você tem certeza que quer fazer isso? — Girou o braço e entrelaçou a menina pelo pescoço. — De onde eu venho, "gente como eu" aprende a se defender desde cedo!

— Você está me sufocando! — Elizabeth batia em seu braço com tapas afobados.

Jade soltou o braço de Beth e deu um soco em seu nariz, arrancando uma quantidade considerável de sangue.

— Dá próxima vez que você for preconceituosa dessa forma, faço você ser presa! — Deu as costas, pegou o que estava encarregada e seguiu caminhando.

Elizabeth estava furiosa, como nunca antes. Sacou o celular de seu bolso, e ao visualizar sua situação correu até o banheiro, onde ela lavou o nariz e ajeitou os cabelos.

Encarou seu reflexo no espelho e só conseguia pensar no que poderia fazer para prejudicar Jade. Uma luz se acendeu em sua cabeça e ela correu de volta ao ginásio.

— Para de fumar agora! Você tem mais disso aí Rodrick? — Perguntou enquanto segurava um pedaço de papel no nariz.

— Meu deus, o que aconteceu com seu nariz? — Tyler se aproximou dirigindo suas mãos até o rosto da garota.

— Não encosta em mim! — Gritou empurrando seu namorado.

— O que aconteceu? Pra que você quer a maconha? — Rodrick perguntou.

— Jade fez isso comigo, agora eu farei de sua vida um inferno! — Gritou furiosa.

— Calma, nós vamos dar um jeito nisso. — Selena complementou. — Você tem? — Perguntou para Rodrick.

— Tome! — entregou nas mãos da menina um pacote pequeno com o mesmo conteúdo, seco e esverdeado em alguns blocos pequenos. — Com cuidado! Não quero meu nome envolvido em polêmicas!

As três garotas saíram de cabeça erguida caminhando em passos rápidos do ginásio até a sala.

— Fiquem aí. — Beth instruiu as garotas antes de entrar na sala.

— Não, eu vou colocar na bolsa dela. — Livie deixou claro seu desejo. — Farei isso por nossa amizade!

— Amiga, você tem certeza? — Selena perguntou desconfiada.

— Mais que certeza! Me dê Beth. — Nem deixou opções para a menina, tomou o pacote de sua mão e entrou na sala.

Com passos minuciosos, abriu o zíper barulhento da bolsa de Jade e jogou o pacote de maconha. Fechou rapidamente e voltou para trás.

— Feito! — O gesto foi rápido.

— Obrigado amiga! Eu sempre soube que poderia contar com vocês duas! — Beth abraçou as duas pelo pescoço e elas seguiram andando até o refeitório novamente.

O sino tocou novamente, indicando o final do Intervalo. Todos entraram, e dessa vez a aula era filosofia.

— Lucas, Rachel, vocês não vão acreditar. — Jade estava eufórica.

— O que aconteceu amiga? — Rachel perguntou.

— Eu briguei com Elizabeth! — Deu risada.

— Aí meus deus! Isso é sério? — Lucas levantou as mãos para o alto enquanto gargalhava.

— Sim!

— E me conta, quem ganhou a briga? — Rachel estava curiosa.

— Olha só pra ela. Descabelada e com o nariz inchado. O que vocês acham?

— Cara, você é incrível. — Os três deram as mãos, comemorado vitória da "luta".

— Bom dia alunos, hoje nós iremos falar sobre os filósofos pré socráticos e pós socráticos. Alguém tem um palpite? — O professor iniciou a aula.

Rachel levantou a mão:

— Pitágoras? Platão? — Segurava uma caneta digital em uma de suas mãos.

— Correto! Nós só precisamos... — Foi interrompido por batidas na porta.

— Pode entrar. — Gritaram os alunos em coro.

A velha diretora entrou por aquela porta, com um olhar de raiva e impaciência.

— A que devo a ilustre presença da nossa diretoria? — O professor perguntou frustrado.

— Eu odeio precisar ter essa conversa, e acho que ela é realmente desnecessária, mas tudo bem! — Respirou fundo. — Recebi através de um bilhete, uma denúncia...

Os alunos imediatamente começaram a cochichar entre si, sempre que a diretora vinha até eles, significava algo sério. Selena levantou a mão.

— A respeito de que senhora diretora? — A garota já sabia, afinal colaborou com a situação.

— Alguém aqui está com drogas ilícitas na bolsa. — Engoliu seco.

— Isso é um absurdo! — Disse Tyler tentando livrar sua culpa.

— Não, não é! Vou passar de mesa em mesa conferindo as bolsas. Por favor joguem sobre a carteira todo o conteúdo de suas mochilas.

A mulher foi passando bolsa por bolsa, até chegar na última carteira da última fileira: Jade.

— Bom, como eu suspeitava: mais uma denuncia falsa! Só falta você! — Apontou para Jade.

A garota sacudiu toda a mochila, assim que deu o último tapa, o pacote rolou até parar na mesa.

— Eu não estou acreditando que isso está realmente acontecendo. — A mulher colocou as mãos na cabeça.

— Isso não é meu! Eu não sei como veio parar aqui! — Gritou desesperada.

— Se não é seu, de quem é? — Disparou a mulher.

— Rodrick, Selena, Livie, Tyler, Beth. — Respondeu assustada. — Pode ser qualquer um deles, afinal eles fazem isso sempre! E eu vi, com meus próprios olhos!

— Como assim viu? Você tem algo que comprove isso? — Perguntou a mulher.

— N-Não, eu não tenho! — Gaguejou.

— Então você é a culpada! — Gritou. — Até que se prove o contrário!

— Eu juro, nada disso é meu. — Jade começou a chorar de forma desesperadora enquanto todos pareciam chocados com aquilo.

— Assuma seus erros e pare de jogar a culpa para cima dos outros, garota! — Ordenou a diretora.

— Exatamente! Ainda por cima me acusando! — Elizabeth olhou para Jade, as duas sabiam que aquilo não era verdade, mas infelizmente Jade mexeu com a garota errada.

— Desgraçada! Manipuladora! Espero que você queime no inferno! — Jade gritou.

— Jade, saia já da sala! — Professor gritou. — Não vou permitir esse comportamento!

— Ela não fez nada! — Rachel e Lucas argumentaram. — Passou o intervalo do nosso lado!

— Até que se prove o contrário, sim ela é culpada. — A diretora deu as costas e seguiu para sua sala ao lado de Jade.

O sinal tocou, fazendo todos irem para casa, menos a garota injustiça que precisou ter uma conversa com a Diretora.

Tamanha injustiça havia sido cometida. Mas Elizabeth estava com seus dias contados. Alguém estava prestes a ceifar a vida da maldosa e impetuosa.

Chegando em casa, Beth resolveu dormir um pouco, após uma hora e meia de sono, acordou com um barulho imenso vindo do andar de baixo da casa.

Saiu para ver o que estava acontecendo. Aurora havia ido fazer compras, estava sozinha em casa.

Desceu as escadas com passos leves e cuidadosos e finalmente chegou em sua cozinha. A única coisa diferente ali, era a porta da cozinha escancarada indo e voltando conforme o vento soprava.

Não percebeu nenhum sinal de que havia alguma pessoa naquele lugar, mas ao olhar para o balcão, conseguiu visualizar uma mensagem escrita em caneta vermelha em um papel amassado.

"Melhor começar a correr, seu tempo de vida está acabando!"

Sentiu suas pernas ficando fracas, seu sangue de esvaindo e suas vistas escurecendo, suas mãos começaram a suar e ela sentiu uma tontura.

Antes de tombar como uma árvore, emitiu um grito alto e agudo de desespero e medo.
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