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Capítulo 3

   Tínhamos passado a semana toda tentando pensar em algo que fizesse com que fôssemos notadas, não tinha boatos de que fôssemos trigêmeas, as pessoas achavam interessante essas coisas, e quando falei para a minha colega de classe que se sentava ao meu lado, ela me olhou como se eu fosse uma mentirosa e não falou mais comigo. Tyessa conseguiu já na primeira semana com que nossos pais a colocassem em uma aula de dança, então a tarde, três vezes na semana, ela ficaria ocupada fora de casa enquanto eu tinha que aturar Allycia e seu novo surto de tentar a todo custo me maquiar. Tínhamos tentado chamar a atenção do trio maravilha no Colégio, mas foi inútil até cumprimentar com um “oi”, eles não olhavam pra ninguém e nem te davam a chance de conversar com eles, era mesmo bizarro ter isso em uma escola pública. Também nos perguntamos qual o sentido deles estudarem ali se eram herdeiros, não fazia o menor sentido.

    No sábado de manhã, como as lindezas das minhas irmãs acordavam tarde, eu fui obrigada a sair pela vizinhança e procurar uma padaria para comprar pão, minha mãe estava fazendo café e meu pai estava no banho, deixando a missão para uma menina de 15 anos que nunca tinha andado naquele bairro. Achei a padaria três ruas depois da nossa, não tinha muita curva, então não foi difícil achar o caminho de volta. Eu estava me aproximando da casa antes da minha quando a porta abriu e um cachorro grande saiu desvarado pela rua, na porta tinha uma senhora e me chamava com os dedos para eu ir até ela, arregalei os olhos, parecia um filme de terror já que eu nunca tinha visto ninguém sair de nenhuma casa até então. Não que a gente ficasse na rua vigiando, mas era estranho. A moça continuou chamando e eu não tive outra escolha a não ser ir até ela, já pensando que ia dar alguma merda.

— Por favor, eu preciso correr atrás do spark, mas estou com um mingau no fogo, você pode olhar pra mim, por favor? — e a senhora de mais ou menos 50 anos pegou a coleira do chão e saiu em disparada atrás do cão que devia estar longe a essa altura. A porta estava aberta, então olhei bem lá pra dentro a procura de algo estranho, mas não vi nada. A casa era bonita, com piso de madeira, parecia com a nossa antes da reforma, mas os móveis, o chão e as paredes estavam bem conservadas. Lembrei do mingau e corri para a cozinha, já estava transbordando na panela, então eu desliguei o fogo.  

— Que merda é essa? — dei um grito ao ouvir uma voz masculina no silêncio daquela casa que antes eu pensava ser mal assombrada, só pelo fato de nunca ter visto ninguém, como pensava das outras casas também. Eu olhei para a direção da porta da cozinha com o coração tão acelerado que parecia que ia sair pela boca. Lá estava um menino alto, de cabelos grande e molhados caindo nos olhos e de cueca, arregalei os olhos e me virei de costas, se eu não estivesse ficando louca, aquele era o Mark, líder do Triboys.

— Desculpa, eu já estou saindo, sua mãe me pediu para desligar o fogo.

— Minha mãe te pediu o que? Está mentindo? Você invadiu a minha casa? — eu não tinha virado ainda, estava tentando ir até a porta de costas, mas ele estava bloqueando ela.

— Está ficando louco? O seu cachorro fugiu e ela foi atrás dele. — eu disse, chegando mais perto da porta e tentando não olhar, esperando que ele saísse da frente para eu passar e correr pra casa com o meu pão.

— Spark fugiu de novo? Que droga. — ele saiu da porta e foi em direção a um corredor, respirei fundo e fui em direção a porta, mas eu estava muito nervosa e não conseguia correr, igual acontecia nos filmes de terror. Mark já estava de volta quando eu alcancei a porta, ele tinha colocado apenas uma bermuda, continuava sem blusa e eu poderia ter feito uma careta para o seu corpo branco feito leite e esquelético. Ele era bem estranho.

— Quando você ver a porta de alguém aberta, vê se não sai invadindo, como soube que eu morava aqui? — ele perguntou, parado na soleira da porta, e eu parei a uma distância boa em sua varanda.

— Invadindo a sua cara, você é surdo? Sua mãe que pediu para desligar o mingau do neném. — eu tive que rir da minha própria zombaria a ele e saí correndo, para ele não me acusar de mais nada. Entrei em casa e tranquei a porta.

— Espero que tenha aprendido a fabricar o pão com o padeiro. Você se perdeu, Stacy? Falei que era só ir reto. — minha mãe reclamava antes mesmo de me ver entrar na cozinha, minhas irmãs já estavam esperando na mesa também, junto com nosso pai.

— A moça da casa ao lado teve um problema com  o cachorro, ela teve que correr atrás dele e pediu para eu desligar o fogo da panela dela. — eu me sentei ao lado do meu pai. Eu poderia contar a história verdadeira, mas não precisaria do detalhe de que tinha um garoto lá, de provavelmente 17 anos, só de cueca.

— Então você entrou na casa dela? Como é lá dentro? — Minha mãe esqueceu a minha bronca e ficou curiosa,  enquanto servia o café, ela me olhava com curiosidade.

— É normal, igual era a nossa. Mas tá tudo limpinho.

— Talvez eu possa me tornar amiga dela, temos que ter amigos no bairro.

— Ela é uma senhora estranha, eu pensava que a casa era abandonada. – confessei.

— Eu também achei, Stacy! — disse Tyessa, mordendo seu sanduíche natural. Queria eu só comer coisas saudáveis e leves como ela.

— Ela mora sozinha? — olhei para Ally, que tinha feito a pergunta, não dava para eu piscar pra ela, todos iam ver, então dei de ombros, fingindo que não sabia. Quando estivéssemos a sós eu contaria tudo para minhas irmãs, elas não iam acreditar.
 
     Terminamos o café da manhã e ajudamos nossa mãe a arrumar a casa, papai teve que ir procurar um mecânico para ver algum problema no carro. Depois da faxina, subimos para tomar banho e fazer lição de cada, mesmo que não tivesse nenhuma, meus pais gostavam que a gente lesse algo, eles diziam que ler era bom e ajudava a deixar o cérebro sempre funcionando. No almoço, mamãe e Tyessa fizeram uma comida e lamber os dedos e meu pai já tinha voltado da oficina, então comemos juntos e depois fomos assistir algum filme em família. Já era quase 17h quando a companhia tocou e Ally foi atender, meu pai e Ty dormiam e nossa mãe estava costurando alguma coisa, era o passa tempo dela. Vi quando Ally apareceu silenciosamente na sala e começou a fazer gestos para eu me levantar sem que nossa mãe percebesse. Quando fui até ela, percebi que estava eufórica, quase sem conseguir sussurrar o que tinha para dizer.

— Você não vai acreditar quem está aqui na nossa porta! — eu me afastei dela, olhando para seu enorme sorriso e já sabendo quem era. — Mark disse que queria falar com você, polo menos eu acho, ele descreveu você como a menina do cabelo curto e alta. Tyessa não é alta, então deve ser você.

— Vou lá, fica e disfarça a mamãe.  — empurrei ela pra sala e saí para a varanda, onde encontrei Mark de moletom e tênis da Nike, ele tinha um estilo parecido com o meu, reparei. Fechei a porta e me aproximei dele, me distanciando da porta para não fazer barulho.

— O que você quer? — perguntei.

— Você se mudou pra cá a muito tempo? — ele enfiou as mãos no bolso do casado e balançou a cabeça para o cabelo sair dos olhos, o que foi inútil, já que o cabelo voltou pro mesmo lugar.

— Faz um mês. — me virei pra rua, quando um carro passou.

— Nunca tinha visto vocês, eu acho. — ele se virou pra rua também.

— Vocês nunca saem de casa?

— O que se tem de bom para fazer do lado de fora? — ele deu uma risada baixa.

— Achei que sua casa era vazia.

— Por falar nisso, não pode contar para ninguém no Colégio que eu morro aqui, tá bom? — ele virou pra mim e tirou o cabelo dos olhos, me dando total visão agora das suas íris azuis, me perguntei porque ele não cortava essa franja enorme e deixava esses olhos a mostra para fazer mais inveja ainda no ppessoa que idolatrava ele no Colégio.

— Como você sabe que estudo lá? Achei que não reparava em ninguém. — falei, surpreendida por ter sido notada.

— É, eu te vi, o gorro chamou a atenção. — ele apontou para o gorro vermelho na minha cabeça. — Achei bonito.

— Obrigada. — eu fiquei tímida, só porque ele era mais velho e elogiou algo meu, porque eu não via nada de interessante nele, a não ser seus olhos e seu lugar na hierarquia do colégio. — Por que ninguém pode saber que você mora aqui?

— Todos pensam que moro com o meu pai, ele é rico e sou herdeiro dele, que você já deve saber, mas eu não quis morar com ele, preferi morar com minha mãe. — ele chutou o ar, parecendo uma criança de 5 anos.

— Entendo.

— Posso contar com você para guardar o segredo? A outra menina também, se poder falar com ela. — ele apontou com queixo para a porta. Me lembrei que meus pais poderiam aparecer a qualquer momento.

— Ah, aquela é Ally, minha irmã. Somos trigêmeas. Tyessa está dormindo. — não sei porque eu estava contando tudo isso para ele.

— Trigêmeas? Aí você está duvidando da minha capacidade mental. Se ainda não sabe, Selton, John e eu somos os mais inteligentes do colégio todo.

— Então estuda um pouco mais sobre placentas, senhor inteligente. Tenho que ir. — deixei ele me olhando na varanda e entrei. Espiei a sala e vi minha mãe dormindo também, quando me viu, Ally foi acordar Tyessa para subirmos as três e fofocar escondidas. Tyessa levantou mal-humorada e seguiu a gente até o quarto de Ally, nos sentarmos na cama e contei para elas desde o incidente hoje cedo com o mingau até a nossa conversa agora pouco. Mais uma vez deixei de fora a parte da cueca, eu ia contar, mas estava com vergonha de falar, era indecência de mais.

— Não acredito! — disse Tyessa, com a boca aberta e os olhos arregalados.

—Ele é bem bonito. — comentou Ally.

—Não achei, mas os olhos azuis dele são hipnotizantes. — pensei em como ele jogou os cabelos pra trás para olhar no fundo dos meus olhos.

— Irmã, porque você não perguntou o por quê deles não falarem com ninguém do colégio? — perguntou Tyessa, de repente, colocando a mão na minha perna, que estava cruzada em cima da cama de Ally.

— São muitas perguntas que precisamos fazer, não hora não pensei e não dava pra ficar batendo papo com ele ali, né?

— Agora que vocês são amigos, vai poder saber de tudo, pra gente poder imitar eles. — se empolgando, Ally começou a agitar as mãos na minhas frente.

— Amigos uma ova, ele só veio pedir um favor, com medo de ser descoberto. — apoiei a mão no queixo, pensando.

— Perfeito, Stacy! Agora ele te deve um favor também! — a mais inteligente das irmãs disse, eu a olhei sorrindo e me joguei em cima dela.

— Tyessa você é um gênio!

— Sai de cima de mim. — ela gritou, rindo.

— Agora falta eu. — Ally também se jogou em cima da gente e começamos a rir. — Agora saia que vocês vão bagunçar a minha cama toda.

— Me deu até urticaria esse lençol. — brinquei, pulando da cama rosa e correndo para o meu quarto. Agora eu só tinha que arrumar um jeito de falar com o senhor rei do pedaço e seus amigos reis também.
 
   No domingo, fiquei propositadamente na varanda quase a manhã toda, pretendia ficar a tarde também, para ter uma chance de ver Mark e tentar falar com ele. Um carro parou na frente de sua casa e vi um menino por a cabeça pra fora e gritar o seu nome, o menino parecia com John, então imaginei que os meninos sabiam onde ele morava. Claro que sabiam, eram amigos desde o fundamental, então vi quando Mark saiu de casa correndo e reclamando para o amigo não gritar mais o seu nome, ninguém me viu sentada na escadinha da varanda. Como ele tinha saído, resolvi não ficar de guarda na porta, eu tinha mais o que fazer, arrumar uma roupa pro colégio amanhã. Tivemos que doar muitas roupas nossa antes de nos mudarmos, então os nossos guarda-roupas estavam precários de peças para escolher, minha mãe combinou de levar a gente em um outlet no mês que vem.

Antes do jantar, eu tinha conseguido pegar apenas uma calça jeans preta e um casaco da roxy branco, meu dois casaco pretos estavam na secadora. Também separei meu par de Nike branco e azul em alguns detalhes, para combinar eu separei uma touca preta. Jantamos com Tyessa contando sobre sua aula de dança, ela estava fazendo em um lugar ali próximo de onde morávamos e nosso pai buscava ela quando saía de seu trabalho. Ally e eu não tínhamos muito o que falar, só contei que eu estava pegando firme nas matérias em que eu não era muito boa e Ally contou que estava fazendo vídeos de maquiagem para o YouTube. Nossos pais pediram para ver a conta dela depois, coisa de pais preocupados com o que os filhos fazem na Internet, eu os entendia bem.

Na segunda-feira, meu pai nos deixou na frente do colégio e foi embora, como sempre entramos sem nenhum aluno ter o menor interesse pelas três garotas que entravam juntas e de cabeça erguida, tentando imitar os reis do colégio. Fiquei tentada a falar que Mark morava ao lado da minha casa, mas não podia fazer essa inveja a ninguém, precisava fazer uma troca justa com eles. Foi como eu imaginava, ele fingiu que eu não era ninguém no colégio, passou por mim pelo corredor com seus amigos e nem se quer desviou o olhar para mim. Sempre que eles passavam as meninas suspiravam e se abanavam, ou prometiam a si mesmas que um dia iam casar com um deles. Ao que parecia a maioria das pessoas aqui tinham estudado nesse colégio desde o fundamental, que era na parte da tarde, porque até mesmo as meninas do 1° ano conheciam eles, seus gostos, manias etc. Elas pareciam fazer deles sua religião, sabiam cor preferida, suas aulas, que horas eles faziam educação física... Eu até pensei que Selton ou John tivessem um corpo escultural, já que eu tive o azar de ver o Mark sem camisa e sabia que ele era só osso, mas consegui vê-los na quadra um dia, jogando basquetebol, os outros dois eram esqueletos da mesma forma.
 
Quando estava voltando do colégio, de ônibus, as meninas e eu começamos a levantar alguns pontos antes, ainda não tínhamos acertado descer mais próximo de casa, já tínhamos descido longe duas vezes. Hoje resolvemos prestar ainda mais atenção e conseguimos descer perto da padaria, que ficava a 3 ruas da nossa. Fomos caminhando e conversando, até que paramos como estátua ao ver os Triboys na nossa frente, eles estavam caminhando na direção da casa de Mark, não tinham percebido que estavam atrás deles.

— Vamos falar com eles. — Ally sussurrou, quando voltamos a andar tentando não arrastar o pé no chão para eles não nos verem ainda.

— E vamos falar o que? — eu perguntei, ficando nervosa porque ainda não tínhamos visto os três juntos fora do colégio e não sabia se Mark tinha falado aos outros dois sobre a minha pessoa.

— Stacy, você vai ter aula de educação física quando? — Tyessa falou alto, para os meninos ouvirem. Três pernas longas pararam e se viraram pra trás, Mark mais rápido que os outros, parecia assustado.

— Então nos seguindo? — disse Selton, ele ainda tinha o sotaque do seu país, então ele falava de um jeito fofo.

— Ah, vocês falam? — a corajosa e abusada da nossa irmã Tyessa perguntou, colocando as mãos na cintura. Estávamos os 6 parados na calçada, nos encarando.

— Quem disse que não falamos? — John disse, erguendo a sobrancelha, ele estava de óculos e seu habitual cabelo loiro bagunçado, estava engraçado, ele não usava óculos na escola, me deu vontade de rir ao reparar ele e foi isso que fiz. — Qual é o problema?

— Essa é Stacy, minha vizinha. — Mark falou aos amigos e apontou pra mim. — E essas são irmãs dela, depois conto melhor a situação para vocês.

— Meu nome é Tyessa, muito prazer. — minha irmã pensou em estender a mão, mas recolheu de volta, imaginando que eles não fossem fazer o mesmo.

— E o meu é Ally, todo mundo no Colégio só fala de vocês! — Ally sorria para os meninos, e John pareceu achar ela engraçada, pois lhe ofereceu um mínimo sorriso. Tyessa me cutucou para eu falar algo.

— Posso falar com você? — eu disse a Mark, sentindo a cara esquentar com vergonha pois seus amigos olharam dele para mim.

— Pode, vamos na frente. — ele apontou para frente e foi caminhando ao meu lado, enquanto seus amigos e minhas irmãs caminhavam alguns passos atrás da gente.

— Então, eu tenho uma proposta pra você. — comecei falando, evitando olhar pra ele.

— Dinheiro pelo seu silêncio? Imaginei que fosse dizer algo assim. — ele começou a por a mão no bolso de trás e eu fui pra cima dele, impedindo sua mão de pegar a carteira.

— Não! Eu não quero dinheiro algum, seu garoto maluco. — me afastei dele rapidamente quando vi suas sobrancelhas erguidas enquanto seus olhos miravam minhas mãos em seu braço.

— Então vá logo direto ao assunto, Stacy do sotaque engraçado. Você veio de outro Estado?

— Isso, vim. Mas então, eu queria propor um acordo. Eu não conto a ninguém que você mora aqui nesse bairro e em troca vocês nos ensinam a ser popular como vocês. — ele parou de andar e John bateu com o corpo nas suas costas, fazendo Ally rir alto.

— Ensinar a ser popular? — ele jogou a cabeça pra trás e começou a rir, seus amigos estavam sorrindo também, parando ao lado dele e ficando na mesma posição que antes, de frente para nós três.

— É uma ameaça? — perguntou Selton, com semblante que mostrava estar claramente desinteressado.

— Claro que não. Se você pensar, já vão sair do colégio mesmo, então vocês saem e a gente entra. — disse Tyessa, olhando para o trio. Eles se olharam, pareciam ponderar as informações, depois olharam para nós três da cabeça aos pés.

— Vocês querem ficar no nosso lugar como TriGirls? — perguntou Mark, quase que zombando da nossa ideia.

— Não sei se eu usaria esse nome. — falei, fazendo careta.

— Trigêmeas Aleu. — disse Tyessa, as duas mãos fazendo um arco no ar como se estivesse lendo o nome no ar.

— Ah, eu achei cafona. — disse Ally, eu olhei para os meninos com impaciência.

— Vão nos ajudar ou não? — perguntei.

— Vamos fazer uma reunião e depois entramos em contato com vocês.  — dito isso, os três cavaleiros magricelos e altos se viraram ao mesmo tempo e caminharam para a casa de Mark, nos deixando pra trás.

— Meu Deus, como eles são exagerados.

— Temos que aprender a ser assim, Stacy. — nós três rimos e fomos pra casa, nossa mãe deixava nosso almoço pronto no freezer e só precisávamos por no micro-ondas.

Ficamos falando sobre nosso encontro com os meninos a tarde toda, hoje Tyessa não tinha aula de dança, então pintamos as unhas uma da outra. Eu sempre gostava de pintar a minha de preto, Ally pintava de rosa a maioria das vezes e Tyessa sempre mudava a cor, ela gostava de ousar e pintar colorido as vezes. Depois do jantar, eu estava na minha mesa de estudos com o computador ligado e fazendo a lição de casa, a mesa era grande, então tinha muitos livros e cadernos espalhados por cima dela, meu computador piscou na barrinha em cima com um e-mail novo. Corri pro corredor e gritei minhas irmãs para virem ao meu quarto, o e-mail era de John, não sei como havia conseguido o meu, mas nem liguei para isso enquanto lia a carta formal que solicitava o nosso comparecimento no pub em um lugar que eu não conhecia para começarmos as aulas do esquema de “Como ser popular” como ele havia escrito no corpo do e-mail.

— Gente, eles são mesmo importantes, conseguiram o e-mail de Stacy em menos de um dia. — comentou Tyessa.

— O que vamos dizer para nossos pais? Eles não vão nos deixar ir a esse pub.

— Eles falaram que era amanhã sem falta as 14h e que se a gente não aparecesse haveria punição. — disse Ally, lendo o e-mail de novo.

— Punição, duvido, dou um golpe de karatê neles. — Tyessa fechou as mãos em punho, socando ar.

— Deixa eu pesquisar o pub. — digitei o endereço que ele deu e achei fotos do lugar, era um lugar que vendia cerveja e tinha máquinas de jogos e karaoke.

— Nossos pais nunca vão deixar. —disse Tyessa, desanimada e se jogando na minha cama.

— Podemos dizer que vamos a uma lanchonete, somos adolescentes, não fica longe e aqui é um bairro tranquilo.

— Então você pede, Stacy! — disse Ally, jogando a bomba pra mim.

— Você que vai pedir, você é a preferida, Allycia. — falei. Se existe um irmão que não achava que o outro era o preferido, que atire a primeira pedra.

— Stacy tá certa, Ally. — Tyessa se sentou na cama e ficamos esperando Ally se decidir, até que por fim ela revirou os olhos e jogou as mãos pro alto.

— Tá bom. Vamos. — descemos juntas para dar apoio a ela, nossos pais assistiam TV na sala e ficamos de pé perto do sofá em que estavam.

— Pai, mãe. Podemos ir a uma lanchonete amanhã depois da escola?

— Vocês três paradas dessa jeito parecem até que estão aprontando. — disse minha mãe, olhando para suas conhecidas filhas.

— Onde fica essa lanchonete?

— Perto daqui, pai, a gente deixa o nome da rua anotado em um papel. — disse Tyessa, sabendo que seria capaz de Ally dizer exatamente o endereço do pub.

— Todo mundo do colégio frequenta esse lugar. — falei, a gente raramente mentia para os nosso pais, mas estávamos encurralados e não íamos fazer nada de mais a não ser conversar com os meninos. Meus pais pensaram por um instante, meu pai já tinha se decidido e olhou para nossa mãe, ele sempre cedia a quase todos os nossos pedidos,  então mamãe que dava a palavra final.

— Vou deixar, mas quando eu chegar quero as três em casa, e se eu ligar me atendam no primeiro toque. — respondeu minha mãe, erguendo um dedo de aviso. Agradecemos e subimos a escada correndo e rindo, tínhamos entrado nessa cidade com o pé direito, tudo estava dando certo.
 
  No dia seguinte, no Colégio Church, fomos totalmente ignoradas pelos três meninos, como de costume. Mas era muito estranho falar com eles fora daqui e não poder dizer nem um “oi” pra eles aqui dentro. Tivemos prova hoje então eu consegui me concentrar na aula ao invés de pensar na nossa reunião no pub para jovens que bebiam. Me perguntei se eles bebiam bebida alcoólica enquanto íamos a pé para o tal pub, Tyessa tinha colocado no GPS e viu que não íamos andar muito, mas estávamos acostumadas, já que no interior onde morávamos a gente andava bastante para ir a algum lugar. Os meninos já estava lá, encostados na parede do lado de fora do pub, parecia que estavam pousando para uma foto de revista.

— Chegaram na hora combinada, meus parabéns. — Selton fez uma reverência e os meninos sorriam, o que era bem raro de se ver, no colégio pelo menos.

— Por aqui. — John andou na frente dessa vez, não entrando no pub, mas nos levando para a lateral da rua, onde abriu a porta de uma lanchonete qualquer normal e esperou todos entrarem.

— Não entendi. — franzi cenho ao olhar para a lanchonete de mesas brancas e balcão grande que vendia petiscos, lanches e refrigerante.

—Falamos para vocês que era no pub como um teste, para testar sua coragem e ver se conseguiam convencer os pais de você. — falou Mark, todo orgulhoso de si e imaginei que a ideia tinha sido dele.

— Sentem-se. — Mark puxou uma cadeira pra mim, John para Ally e Selton para Tyessa, fiquei surpresa com o cavalheirismo deles.

— Mark vai pagar hoje. — John disse, sorrindo para o amigo, após todos estarem sentados.

— Nossos pais nos deram dinheiro. — disse Ally, enfiando a mão no bolso e tirando algumas notas amassadas. Coloquei a testa na mão de vergonha.

— Guarde seu dinheiro, somos herdeiros, lembra? — John piscou para ela, que sorriu tímida. Será que eles sempre falariam isso? Se eram herdeiros porque não andavam de limousine por aí? Me perguntei. Reparei que Mark me olhava enquanto mexia nos anéis de prata em seu dedo, ele parou de olhar só quando a garçonete veio pegar nossos pedidos. Todos optamos por milk-shake de morango e batata frita.

— Começando pela Stacy. — Mark me assustou ao falar e apontou na direção da minha cabeça. — Tire a touca.

— Eu? Porque? — fiquei sem entender, o que minha touca tinha a ver com aquela reunião?

— Ah não ser que tiver frio de nevar, o que não acontece por aqui, você não usará mais touca no colégio.

— Protesto, eu gosto, é como se fosse um acessório.

— Mas tenho certeza que você fica mais bonita sem isso. — esticando o braço longo e sendo rápido, Mark tirou o gorro da minha cabeça e escondeu em baixo da mesa. Passei as mãos no cabelo curto para arrumar e vi que os três me examinavam.

— Sem touca, com certeza. — disse Selton. Fiz cara emburrada e comecei a devorar as batatas, por acaso eles iam dar uns de esquadrão da moda, agora?

— Nós vamos ajudar vocês, mas lembrem que ser popular não é imitar. É ser, vocês precisam ser. — John falava, fazendo gestos com as mãos. — Mark contou que vocês são trigêmeas, o que ainda é confuso para mim, vocês nem parecem ser irmãs, muito menos trigêmeas. Mas considerando isso, Selton pensou em algo bem legal, que vai tornar vocês únicas.

— Na verdade, isso vocês já são. — disse Selton, tomando a frente da reunião agora. As meninas bebiam suas  bebidas enquanto escutavam ele atentamente, e eu reparei que Mark olhava pra mim toda hora, o que me deixou desconfortável. — Mas precisamos que as outras pessoas saibam, porque ser gêmeos é algo que desperta curiosidade.

— E vocês são trigêmeas. — Mark enfatizou a última palavra.

— Exatamente, então eu pensei que vocês poderiam começar a usar roupas combinado.

— Ah não, minha mãe já fez isso quando éramos bebês, que cafona. — disse Ally, jogando as costas pra trás e se encostando na cadeira. Concordamos com ela.

— Calma, crianças, escutem o papai aqui. Não é usar as roupas exatamente iguais, vocês só vão pro colégio usando uma cor predomina igual, por exemplo, as três vão usar uma peça na cor rosa.

— Sim! — Mark chegou o corpo pra frente e apoiou os braços na mesa. — Por exemplo, hoje vocês vão se arrumar para o colégio e a cor do dia é rosa, então Stacy vai de saia rosa, Ally de blusa rosa e Tys.... como é seu nome mesmo?

— Tyessa. — minha irmã respondeu.

— Isso. Tyessa de short rosa. É só um exemplo.

— Só um exemplo mesmo, porque Stacy não gosta de usar saia. — falou Ally e eu quis pisar no pé dela, pois Mark olhou pra mim de jeito estranho que eu quis sair correndo.

— É uma pena. — ele disse. — Mas seu estilo é legal, eu gostei. Desde que não use a touca.

— Mas ela gosta, então ela decide se vai usar ou não. — interveio Tyessa, notando o meu desconforto.

— Só estávamos dizendo para vocês poderem chamar atenção, isso implica em mudar algumas coisas. — John roubou uma batata da mão de Ally enquanto falava.

— Tudo bem, eu não vou usar no colégio. — revirei os olhos e terminei meu milk-shake.

— E mais uma coisa para finalizar a reunião de hoje. — disse Selton, dando ênfase no “hoje” nos dizendo que as aulas não acabavam por ali. — Não pensem que vão conseguir isso ainda este ano, pois ainda estamos lá, vamos treinar vocês no decorrer do ano para que possam nos substituir, ou tentar, no ano que vem.

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Boa tarde, pessoal! Tudo bom? Apesar de estar muito mal de una gripe, consegui soltar mais um capítulo hoje.

Uma leitora deu a ideia de fazer sempre quebra de parágrafo e na fala também, eu não tenho o costume de fazer quebra sempre, mas fiz o máximo possível nesse, vocês acharam que fica melhor de ler assim?

Agradeço desde já a quem poder dar uma opinião. 🥰

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