24. sob as asas de lúcifer.
Finalmente, Charlie levantou os olhos para o espelho e a viu refletida, sua presença silenciosa como um julgamento mudo. Ele não disse nada, apenas encarou Mary através do vidro, com a dor e a frustração estampadas em seu rosto. Ela continuou observando, imóvel, sem saber o que faria a seguir, o cheiro de sangue e o som da respiração pesada de Charlie dominando o espaço entre eles.
O reflexo dela se aproximava em silêncio, os olhos dela passando de seus cortes ensanguentados para a agulha que ele segurava, trêmula em suas mãos. Sem uma palavra, Mary tomou a agulha de seus dedos, sentindo o calor do sangue dele em seus dedos.
Ele manteve os olhos fixos no espelho, observando-a pelo reflexo enquanto Mary, agora em seu papel inesperado, começou a costurar os ferimentos em suas costas. Cada ponto que ela fazia era preciso, firme, como se estivesse em uma espécie de transe. A dor de Charlie parecia acalmar enquanto ela trabalhava, mas seu olhar não deixava o dela, nem pelo vidro que os conectava naquele momento.
Mary costurava em silêncio, sentindo a tensão do corpo dele sob seus dedos, o sangue manchando suas mãos, e se perguntou, quase como um sussurro em sua própria mente, se conseguiria continuar com aquilo.
Cuidar de um homem como Charlie, quebrado, perdido, talvez cruel — alguém cuja escuridão ela enxergava claramente, mas que, de algum modo, a puxava para dentro de seu mundo.
A cada ponto, o silêncio entre eles se tornava mais pesado. Charlie não dizia nada, mas a forma como ele a observava pelo espelho era como se estivesse pedindo algo, algo que talvez nem ele mesmo soubesse.
Mary se perdeu por um momento ao observar o olhar de Charlie pelo espelho, o reflexo mostrando olhos escurecidos pelo desejo e pela dor. A atmosfera era pesada, quase sufocante, mas ela se deixou levar pela intensidade do momento.
Suas mãos subiram lentamente até o pescoço dele, seus dedos tocando sua pele ferida, e acariciando o contorno do seu rosto. O toque suave era um contraste com a violência das palavras e ações que haviam compartilhado.
Ela se inclinou para mais perto, e o som do seu suspiro preencheu o espaço entre eles, fazendo com que Charlie estremecesse. Seus lábios encostaram no pescoço dele, e ela sentiu a respiração dele se acelerar, os músculos tensos sob seus dedos. Seus dedos enredaram-se nos cabelos dele, puxando-o levemente para trás, enquanto ela pressionava um beijo delicado, mas cheio de intensidade, em sua pele.
O silêncio do quarto era quebrado apenas pelo som da respiração de ambos, e o espelho refletia um jogo de poder. O beijo no pescoço dele era um gesto que misturava provocação e consolo, como se Mary estivesse testando os limites daquela relação, enquanto, ao mesmo tempo, tentava acalmar algo em Charlie — ou em si mesma.
Mary deslizou suas mãos lentamente pelo tecido da calça de Charlie, sentindo a textura do pau endurecido sob seus dedos. A tensão no ar era interminável e cada movimento dela parecia aumentar ainda mais a eletricidade entre eles. Ela estava muito perto dele agora, os corpos separados apenas pela fina camada de roupa que ele ainda usava.
Ela deixou seus dedos passearem pelo tecido, quase em um gesto casual, mas seus olhos focavam no reflexo de Charlie no espelho. Ele continuava a observar tudo em silêncio, os músculos do rosto tensos, mas seus olhos traíam a mistura de sentimentos conflitantes que ele carregava.
Mary mantinha a calma exterior, ela apertava o pau dele entre a mão e notava bombear seu sangue com intensidade, como se a única coisa que ele quisesse era entrar nela.
Mary, mantendo seus olhos fixos no reflexo de Charlie no espelho, deslizou lentamente o pau de Charlie para fora da calça tendo a visão completa do seu membro grande e ereto em seus mãos. Ela movimentava sua mão quente para cima e para baixo lentamente.
O silêncio na sala parecia pesado, quebrado apenas pelo som de suas respirações e gemidos baixos.
Ela se inclinou levemente, aproximando seus lábios de seu ouvido, sussurrando com uma calma perigosa. —— Seja forte, Charlie... me mande embora.
Charlie permaneceu rígido, as mãos apertando os lençóis da cama, sem responder, mas seu olhar escurecido refletia a luta interna. A voz dela o atraía, e o toque invasivo de Mary destruía cada pedaço de controle que ele tentava manter.
Charlie jogou a cabeça para trás, um gemido profundo escapando de seus lábios enquanto se deixava envolver pelo cheiro e toque de Mary.
Mary continuou a massagear e mastubar Charlie com uma mistura de ternura e intensidade, suas mãos deslizando sobre o pau dele, cada toque carregado de significado. Ela explorava a textura de seus músculos, sentindo a tensão sob seus dedos, a luta interna que ele enfrentava refletida em cada respiração profunda que ele dava.
—— Você está tão perdido —— ela murmurou, observando o jeito como ele fechava os olhos, permitindo-se sentir. O desejo a consumia, mas havia também um impulso de cuidar dele, de aliviar a dor com prazer.
Charlie virou a cabeça levemente, buscando o olhar de Mary no espelho. —— Não sei se posso ser salvo —— ele respondeu, a voz rouca, quase um sussurro. —— Não quando você é a única coisa que me mantém aqui.
Ela sentiu uma pontada no coração, um misto de compaixão e desespero. —— Você tem que me mandar embora, tem que manter longe —— ela disse, a firmeza de suas palavras contrastando com a suavidade de seu toque.
—— E se isso for tudo o que eu quero? —— ele questionou, sua voz carregada de um desejo primal que misturava amor e obsessão. A tensão entre eles aumentava, e Mary sentia que estava em uma linha tênue, entre ajudar Charlie a encontrar redenção e se perderem na escuridão.
Mary continuou a tocar o pau de Charlie, movimentos rápidos enquanto ele gemia rouco a olhando pelo espelho. Seu pau pulsando fortemente como se o sangue estivesse preso, tudo aquilo doía muito, aquela dor o agradava como nada nunca o agradou na vida.
A dor que Mary causava nele o dava vontade de viver.
Charlie segurou os lençóis com força, as dobras do tecido entre seus dedos revelando a sensação de prazer que o dominava. O contraste entre a suavidade dos lençóis e a rigidez de seu corpo.
Quando Charlie se permitiu gozar, ele gemeu baixo jogando a cabeça para trás aliviado. Seu gozo escorrendo pelos dedos de Mary que ainda segurava seu pau pulsando fortemente de desejo.
Mary observou sua mão coberta com o sémen e o sangue doa machucados de Charlie. Ela sentiu um arrepio percorrer seu corpo, uma mistura de temor e desejo.
Com um olhar fixo no espelho, ela se viu refletida. Ela levou os dedos à boca, sentindo o gosto metálico do sangue misturado com sémen, enquanto a imagem de Charlie a encarava, quase como se ela estivesse oferecendo um pacto silencioso entre eles.
—— Somos pecadores —— Charlie murmurou, a voz baixa e carregada de emoção.
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