Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

11. má fé.

                         Mary estava imóvel no corredor estreito, os papéis de Megan presos entre seus dedos, esperando em silêncio enquanto o som da água do banho do padre Charlie ecoava pelo convento. Sua mente vagava, as sombras de seus próprios pensamentos a envolvendo. De costas para a porta aberta do banheiro, ela ouviu o som da água cessar, os movimentos suaves de Charlie se preparando para sair. Momentos depois, ele surgiu, uma toalha amarrada em torno da cintura, gotas de água ainda escorrendo pelo peito definido.

Charlie permitiu que Mary o observasse por um instante, os olhos dela involuntariamente descendo por seu corpo, mas ela se forçou a desviar o olhar antes que ele notasse o que ela realmente via. Ainda assim, a tensão no ar era palpável. Ela estendeu os papéis para ele, tentando ignorar o calor que sentia subir por seu pescoço.

Ele pegou os artigos sem uma palavra, leu-os rapidamente, e então fez uma careta. —— Isso não está aprovado —— disse ele, o desdém em sua voz claramente audível. —— Os leitores não querem saber de detetives ou teorias. Eles querem o crime, o sangue, a depravação.

Mary, sentindo uma faísca de provocação surgir em seu peito, levantou uma sobrancelha. —— Você gosta da depravação, padre Charlie?

Charlie a olhou diretamente nos olhos, sua expressão séria, mas algo escuro brilhava sob a superfície. Ele deu um passo em direção ao seu quarto, ainda pingando da água do banho, e disse com uma voz baixa e cheia de algo mais profundo, —— Me diga você, Irmã Mary, que gosta de observar os outros.

Ele a deixou parada no corredor, atônita e em silêncio, enquanto sumia na penumbra do próprio quarto.

Os olhos de Mary escureceram com aquele sentimento familiar e perigoso que rastejava por dentro dela. Sem hesitar, ela caminhou com passos rápidos e decididos pelo corredor, até chegar à porta do quarto de Charlie.

Sem esperar por uma resposta, Mary começou a falar com uma voz carregada de um misto de convicção e desafio. —— A depravação é natural do ser humano, padre. Deus nos fez assim, com desejos, por um motivo. Ele nos deu esses impulsos.

Charlie se virou lentamente para encará-la. Por um momento, o silêncio pairou entre eles, como se ambos estivessem à beira de algo inominável. Ele suspirou profundamente, passando a mão pelos cabelos molhados. —— Eu entendo você, Mary... mesmo que eu não queira. —— A confissão escapou de seus lábios como um segredo sombrio que ele não conseguia mais segurar.

Charlie se aproximou, mantendo uma postura séria, mas havia algo mais nos seus olhos, uma vulnerabilidade escondida. —— Por eu cuidar do meu corpo... —— Ele parou, as palavras saindo com um peso. —— Alguns bispos mais velhos dizem que é vaidade. Que o tempo que dedico ao corpo é um sinal de pecado. —— Ele citou a Bíblia, quase como uma defesa. —— Mas as Escrituras dizem que nossos corpos são templos de Deus. Precisamos cuidar deles, honrá-los.

Mary o olhou, seus lábios se curvando em um sorriso lento e perigoso. —— Você cuida do seu corpo, padre, porque sabe que ele é um templo. Mas eu acho que... talvez você saiba que ele também é uma arma.

Os olhos de Charlie escureceram por um breve segundo, e ele desviou o olhar, como se estivesse tentando controlar uma tempestade dentro de si. Mary deu mais um passo em direção a ele, o ar entre eles carregado de uma tensão quase palpável.

—— O que você realmente quer, padre? —— Mary perguntou, sua voz um sussurro tentador.

Charlie fechou os olhos por um momento, como se estivesse lutando contra a resposta que queria dar.

Charlie fechou a porta com um movimento lento e deliberado, o som da madeira se encaixando em seus batentes ecoando levemente pelo quarto. Mary, sem tirar os olhos dele, se sentou em uma cadeira próxima, cruzando as pernas de forma quase casual, mas havia algo profundamente calculado em sua postura. Ela observava cada movimento dele, os músculos sob a toalha tensionando à medida que ele se apoiava contra a porta.

Ele respirou fundo antes de começar a falar, a voz grave e carregada de um peso que parecia crescer dentro dele. —— Os bispos... eles estão discutindo isso no Vaticano —— ele começou, com um tom que misturava frustração e ansiedade. —— As mudanças radicais que podem acontecer com a Igreja... com o que ensinamos. Eles falam sobre sexo, sobre o estilo de vida. Coisas que, para muitos, são proibidas. Mas estão considerando... —— Ele fez uma pausa, como se a própria ideia fosse dolorosa.

Mary perguntou, sua voz suave, mas cheia de uma curiosidade quase venenosa. —— Estão tentando mudar o que é pecado ou o que sentimos sobre ele?

Charlie não respondeu de imediato. Ele passou a mão pelo rosto, como se tentasse afastar os pensamentos que o assombravam. —— Não é tão simples assim... Não se trata apenas do pecado em si, mas da maneira como nós, padres, nos relacionamos com isso. O mundo mudou. A Igreja... a Igreja talvez precise mudar também. Há tantas tentações, tanto... desejo. E para alguns, essa mudança seria uma forma de controlar melhor essas forças.

Charlie a olhou, uma mistura de desconforto e reconhecimento em seu rosto, como se finalmente visse Mary de forma clara pela primeira vez.

Charlie aproximou-se de Mary com uma pressa contida, os dedos começando a desabotoar sua camisa branca com movimentos nervosos. À medida que os botões se soltavam, a renda delicada do sutiã de Mary foi revelada, e ele continuou a falar com uma frustração latente, as palavras saindo entre dentes cerrados. —— A Igreja... está morrendo, Mary. Essas antigas tradições, essas regras que nos prendem... Os bispos estão até considerando acabar com o celibato. Estão com medo, com medo de perder o controle sobre os fiéis.

Mary observava tudo em silêncio, os olhos semicerrados, enquanto suas mãos permaneciam soltas ao lado do corpo, como se o que ele fazia não a afetasse diretamente. Ela inclinou a cabeça, a sombra de um sorriso nos lábios, e respondeu com uma voz baixa, cheia de certeza. —— Isso é impossível, padre. Você não entende? Os fiéis... eles são movidos pelo desejo do proibido. Eles só procuram a Deus porque há algo que não podem ter, algo que é negado. É o que mantém a fé viva. Se o proibido não existisse, por que eles procurariam redenção?

As palavras de Mary atingiram Charlie como um golpe sutil. Sua respiração ficou pesada, e ele parou de desabotoar sua camisa, como se, por um breve momento, estivesse processando o que ela acabara de dizer. A confusão e o tormento em seu rosto ficaram ainda mais evidentes. Em vez de continuar, ele caiu de joelhos ao lado de Mary, sua mão deslizando lentamente até sua coxa, como se buscasse algum tipo de conforto físico no meio de todo o caos espiritual que sentia.

Seus dedos traçaram a curva da perna dela, hesitantes, quase como uma oração não dita. O quarto parecia encolher ao redor deles, e o ar ficou pesado com a tensão do momento. Charlie ergueu os olhos, a expressão agora um misto de desespero e anseio, como se estivesse à beira de uma revelação ou um colapso.

—— Eu... não sei mais o que é certo —• ele murmurou, os olhos fixos na coxa de Mary. —— Talvez você tenha razão. Talvez seja o desejo que nos conduz. Talvez a fé esteja... em tudo isso.

Mary, ainda com o ar de superioridade, observou-o sem dizer uma palavra. Ela sabia que ele estava se perdendo, que algo nele estava cedendo, mas não precisava dizer mais nada. As palavras já haviam sido ditas; agora, restava ver até onde ele iria com aquela luta interna.

Charlie continuou ali, de joelhos, suas mãos ainda explorando lentamente a coxa de Mary, cada toque carregado de um desejo reprimido, mas também de uma culpa devastadora.

Mary, com os olhos tomados por uma escuridão que revelava algo profundamente perturbador, abaixou-se lentamente até Charlie. Seus movimentos eram calculados, cada gesto carregado de uma intenção que ia além da simples sedução. Ela pegou a mão de Charlie, hesitante e trêmula, e a guiou, colocando-a no meio de suas pernas, sentindo a tensão que percorria o corpo dele, um conflito quase palpável entre o desejo e a culpa.

Ela se inclinou mais, seus lábios quase tocando a orelha dele, e sussurrou com uma voz baixa, sedutora e ameaçadora ao mesmo tempo.

—— No fim das contas, padre... quem vence? O pecado ou o pecador?

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro