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04. No caminho do pecado.



Irmã Megan frequentemente recebia convites do Padre Charlie para almoçar fora do convento. Ele sempre parecia interessado no que ela escrevia no jornal católico local, elogiando seus artigos sobre fé e os crimes que assolavam a pequena cidade. Para Megan, esses momentos eram especiais, uma rara oportunidade de sair do confinamento das paredes do convento e discutir suas ideias com alguém que parecia compartilhar de sua curiosidade intelectual. Além disso, não podia negar o quanto admirava o padre — sua inteligência, dedicação e a forma como ele cativava as pessoas ao redor. Seus encontros, embora formais, carregavam um tom de cumplicidade.

Dessa vez, no entanto, Megan fez algo diferente. Quando recebeu mais um convite para o almoço, ela decidiu chamar Mary para acompanhá-los. Megan havia começado a notar o isolamento da jovem e pensou que isso poderia ajudá-la a se integrar, além de oferecer uma oportunidade para conhecer melhor a noviça.

A lanchonete era simples, com mesas de madeira polida e grandes janelas que deixavam entrar a luz suave do fim de tarde. O aroma de café e frituras se misturava no ar, criando uma sensação acolhedora. Mary, Megan e Charlie sentaram-se juntos em uma mesa de canto, os lanches já servidos à frente deles — hambúrgueres, batatas fritas e refrigerantes que exalavam um calor reconfortante. Megan e Charlie engataram imediatamente em uma conversa animada, e a mesa rapidamente se encheu não só de comida, mas de discussões acaloradas.

Eles falavam sobre os crimes que abalavam a cidade, um tema que parecia fascinar Megan tanto quanto a Charlie. Havia um possível psicopata religioso, alguém que deixava simbologias bíblicos nas cenas dos crimes, criando uma atmosfera de mistério e medo. Megan, sempre atenta às nuances da investigação, descrevia em detalhes as conexões que encontrava nos assassinatos e as referências às passagens mais sombrias das escrituras.

—— Os jornais estão especulando se ele age sozinho ou se é parte de algum culto —— Megan comentou, sua voz acelerada pela excitação. —— As vítimas foram encontradas com marcas que remetem à purificação espiritual. É como se ele acreditasse estar fazendo uma obra divina.

—— Um fanático —— Charlie respondeu, a expressão grave. —— É assustador pensar que ele pode estar em qualquer lugar, escondido à vista de todos.

Mary, que até então permanecera em silêncio, absorvendo a conversa com interesse, olhava para os dois enquanto falavam com tanta intensidade. Ela se sentia desconfortável, deslocada em meio ao entusiasmo deles sobre algo tão sombrio. Ao mesmo tempo, não podia negar que o tema a intrigava.

De repente, Megan se levantou da mesa, interrompendo o fluxo da conversa. —— Desculpem-me, preciso ir ao banheiro. Volto já.

Um silêncio incômodo caiu entre eles de novo, mas desta vez, havia algo diferente. Um peso. Uma conexão que, de alguma forma, parecia mais clara agora, mais próxima, mesmo que nenhum dos dois quisesse admitir.

Megan voltou rapidamente, trazendo de volta sua energia entusiasmada. Mary, com um sorriso ligeiramente sarcástico, inclinou-se na cadeira e, enquanto olhava para os dois. —— Vocês parecem realmente gostar de serial killers, hein?

Charlie riu de maneira despretensiosa. ——É, confesso que sou um fã desses casos. Acho fascinante tentar entender a mente de pessoas tão... diferentes. —– Megan concordou com um aceno rápido, ainda com a mente voltada para os detalhes das investigações que mencionara antes.

Mary tomou um gole do refrigerante, seus olhos vagando distraídos pela lanchonete, como se não desse muita importância à conversa. Mas então, Charlie a surpreendeu com uma pergunta. —— E você, Mary? Tem um assassino favorito?

Ela parou por um momento, como se pensasse na resposta certa, mas a verdade já estava na ponta da língua. —— Ted Bundy —— disse ela com uma suavidade calculada, observando a reação de Charlie.

Charlie ergueu as sobrancelhas, visivelmente curioso. —— Por quê? O que você vê nele?

Mary inclinou a cabeça levemente, um brilho enigmático em seus olhos. —— Ele era... fascinante. Inteligente, carismático, e ninguém nunca suspeitava dele. Acho intrigante como alguém pode esconder tanto mal por trás de um rosto tão comum.

Charlie ficou em silêncio por um momento, processando as palavras dela. Ele a observava com mais atenção agora, como se tentasse entender de onde vinha esse fascínio. —— Então, é isso que você acha interessante? A habilidade de manipular e enganar?

Mary deu de ombros, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. —— Acho que há algo de intrigante nas pessoas que conseguem ir tão longe sem serem pegas. Não estou dizendo que ele era uma boa pessoa, claro, mas ele tinha uma... habilidade. E o mundo foi atraído por isso, pelo que ele representava, o mal disfarçado de normalidade.

Charlie a estudou por mais um instante, os olhos dele avaliando cada palavra. Era como se ele tentasse ler além do que ela dizia, entender as camadas que Mary escondia sob aquele comentário aparentemente inofensivo. Megan, no entanto, apenas riu.

—— É verdade, Mary —— Megan disse, descontraída. —— Bundy era um enigma. A maioria das pessoas nunca suspeitaria de alguém como ele.

Mas Charlie não parecia tão descontraído.

Ele se recostou na cadeira, ainda com aquele olhar curioso, e lançou a Mary uma última pergunta, meio brincalhona, mas com uma pitada de seriedade. —— Você acha que todos nós temos um pouco de Ted Bundy dentro de nós? Ou é algo que só alguns poucos conseguem esconder?

Mary apenas sorriu, um sorriso que não dava nenhuma resposta clara. —— Acho que todos nós temos algo que escondemos. A diferença é o quanto deixamos os outros verem.

(...)

Mary caminhou de volta ao convento em silêncio, o som de seus passos ecoando pelos corredores vazios. Quando finalmente chegou ao seu quarto, sentiu uma onda de alívio por estar sozinha novamente. Fechou a porta devagar, escutando o som da chave girando na fechadura, garantindo que ninguém entraria.

Com movimentos lentos e calculados, ela começou a desabotoar sua roupa, os dedos deslizando pelos botões da blusa com a mesma precisão que sempre usava para esconder o que estava por baixo. Quando o último botão se soltou, o tecido caiu de seus ombros, revelando o sutiã de renda vermelho que não contrastava com a atmosfera rígida do convento.

No centro de seu peito, pousado entre os seios, estava o pequeno colar com uma cruz prateada. O símbolo sagrado brilhava levemente na luz fraca do quarto, como se estivesse fora de lugar em seu corpo. Mary olhou fixamente para a cruz por um longo momento, a expressão em seu rosto mudando de serenidade para algo mais sombrio. Havia uma sensação incômoda crescendo dentro dela, algo que ia além de culpa ou pecado — era como se a cruz pesasse mais do que deveria, como se o próprio objeto rejeitasse sua presença ali.

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