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Tenebroso Espírito

Numa certa noite de verão, Henri e sua esposa, Elizabeth, passeavam por entre as casas de New Jersey trocando juras de amor sob a luz do luar. Voltavam de um dos restaurantes da localidade calmamente, sem o menor indício de pressa. Eis que, entretanto, Henri para frente aos portões de um cemitério.

_ O que foi? - pergunta Elizabeth, vagamente assustada.

O homem não responde. Mantém os olhos fixos no horizonte, fitando algo bem no centro mais obscuro do lugar, por entre as medonhas catacumbas.

_ Henri? - chama a esposa mais uma vez, tocando no ombro do marido para que o mesmo lembrasse de sua presença.

No instante em que o contato dos lindos e suaves dedos de Elizabeth se dá na manga cor de vinho da camisa do rapaz, Henri volta o rosto em sua direção.

A mulher abafa um grito. Os olhos do marido estão cobertos por um tipo de névoa espessa, que deixa a cor verdinha de sua íris num tom sombriamente opaco.

_ Não toque em mim. - ordena uma estranha voz que emana do rapaz.

Elizabeth sente as batidas de seu coração aceleradas, as pernas virando gelatina e o desespero chegando lentamente.

Aquela não era a voz de seu jovem marido! Pelo contrário. Após terem sido ditas, as palavras se arrastaram monstruosamente pela noite, para depois serem tragadas pelo cemitério.

_ O que...? - é o que ela consegue balbuciar.

De repente, um forte ruído invade seus ouvidos, fazendo-a fechar os olhos e levar as mãos à cabeça em seguida. Ao recuperar-se, porém, entra em estado de choque. Seus marido está caído no chão com os olhos arregalados, já sem a névoa cobrindo-lhe o olhar.

Antes mesmo que a moça abaixe-se, entretanto, a voz de Henri soa fraca por entre seus lábios.

_ Corra...

Já com lágrimas desesperadas escorrendo-lhe pelas bochechas, Elizabeth adentra o cemitério a toda velocidade, desviando de forma ensandecida das catacumbas gigantescas que pareciam multiplicar-se a cada passo.

Não demorou muito para que a jovem se sentisse extremamente perdida. Decidiu parar e olhar para trás, na esperança de ainda enxergar os enormes e sombrios portões de ferro no horizonte do cemitério. Infelizmente, eles não estavam lá.

Havia dezenas de túmulos que se alastravam por cada canto que seus belos olhos azuis podiam avistar. A brisa fresca beijava seus cabelos negros e tocava seu pescoço de forma amedrontadora.

Naquele lugar, nada a ajudava na difícil missão de permanecer calma e com os pensamentos em ordem. Muito menos o que encontrou encarando-a de forma soturna assim que se virou.

_ AHHHHH! - berrou, sem conseguir conter o terror que subiu-lhe subitamente pela garganta.

Um gato, repousado na cruz de uma enorme catacumba bem atrás de Elizabeth, fitava-a com olhos penetrantes e perversos. Com o grito da moça, entretanto, assustou-se e saiu correndo.

O coração da mulher parecia tentar abandonar de todas as maneiras possíveis seu peito. Em pânico, a jovem virou-se para o lado e correu, sem saber ao certo onde iria chegar, além de não ter certeza de que queria chegar a algum lugar.

Correu, correu e correu. Correria mais, se algo não a tivesse paralisado.

_ O que...? - balbuciou.

Um ruído de galho quebrando invadiu a noite silenciosa e chegou sombriamente aos ouvidos da moça, fazendo-a empalidecer e parar instantaneamente. Foi possível para Elizabeth sentir a cor se esvaindo de sua face.

Sem saber ao certo o que fazer, fechou os olhos e concentrou-se em não prestar atenção alguma no espaço ao redor. Infelizmente, não deu certo.

Um sopro gélido tocou sua nuca, fazendo-a instintivamente abrir os olhos e voltar-se para trás.

Um vulto cruzou seu caminho no instante exato em que se posicionou frente a um enorme mausoléu que parecia ter se materializado ali.

Elizabeth gelou.

_ Meu deus... - sussurrou, na tentativa inútil de acalmar-se por ouvir a própria voz.

_ Aproxime-se... - algo sussurrou em seu ouvido.

Mais uma vez, a mulher voltou-se para trás, apavorada.

Não havia nada ali, o que parecia ser impossível. Tivera sido capaz de sentir o hálito quente de quem houvera murmurado aquela palavra entrando em contato com a pele de seu rosto.

Quase chorando, a jovem vira novamente para encontrar o mausoléu. Pela segunda vez, um vulto cruza seu campo de visão.

Desta vez, a vontade de desmaiar quase toma o coração da mulher. Entretanto, motivada pelo pensamento de que apagar ali, naquele lugar, seria péssima ideia, Elizabeth mantém-se de pé.

_ Aproxime-se... - soou a mesma voz, fazendo-a arrepiar.

As pernas da moça pareciam não corresponder ao estímulo desesperado de correr que seu cérebro enviava. Pelo contrário! Lentamente a jovem aproximava-se da terrível construção a sua frente.

As paredes eram de um tenebroso branco, encardido pelo tempo. Dos cantos da construção, milhares de teias de aranha pendiam do teto, dando ao lugar um magnífico ar de halloween. Infelizmente, aquilo não era uma festa...

O corpo de Elizabeth se retesou ao cruzar a porta da construção. Ao involuntariamente adentrar o local, náuseas invadiram-lhe o estômago.

Um cheiro fétido invadia seu nariz, fazendo-a querer sair dali o mais rápido possível. Suas pernas, entretanto, continuavam conduzindo-a mais adentro do recinto, como que guiadas por outra pessoa. Ou por outra alma...

_ Pare. - soou aquela mesma voz de antes, agora, entretanto, mais distante da moça.

Instantaneamente, Elizabeth parou.

_ Não desmaie. - ordenou autoritariamente, parecendo aproximar-se. - Caso o faça, as consequências serão terrivelmente piores que todo o medo que sentiu hoje.

Como em um transe, a cabeça de Elizabeth moveu-se lentamente para cima e para baixo, concordando com seja lá quem fosse.

De repente, uma forma materializou-se bem a frente da moça, fazendo-a querer realmente desmaiar. Lembrando-se da ordem, entretanto, manteve-se de pé.

O ser a sua frente parecia vagamente humano - ou ter sido humano um dia. A forma tremeluzia próxima demais da mulher, como se não fosse sólida.

Elizabeth quis afastar-se, mas seus pés postavam-se como chumbos no chão.

_ Não. - soou mais uma vez a voz, que agora ficava clara que surgia daquilo que Elizabeth resolveu considerar um espírito. - Não se afaste. Serei breve e prometo que não a machucarei. Quer dizer... Não se me ajudar.

_ Ajudar? - a voz de Elizabeth saíra incrivelmente fina e trêmula, transparecendo todo o medo que estava sentindo.

_ Todas as noites você deve ir até a janela de seu quarto e alimentar com leite e biscoitos o gato que estará sentado no parapeito de sua varanda. - o espírito começou a instruir. - Fará carinho em sua cabeça por sete minutos depois que o leite chegue ao fim.

_ P... Por quê? - quis saber Elizabeth, incerta se deveria perguntar.

_ Caso o gato não apareça, - continuou a voz, ignorando o insignificante murmúrio da mulher. - não deixe comida na janela. Apenas aguarde a noite seguinte, pois ele aparecerá. Entendido, minha querida?

Aquele "minha querida" tivera paralisado Elizabeth. Infelizmente, a moça não conseguiu reagir.

Uma forte dor se alastrou por seu abdome, fazendo-a jogar-se no chão e apertar os olhos, no intuito de amenizar a sensação.

_ Entendido? - perguntou novamente o espírito.

_ S... Sim. - murmurou a moça.

_ Ótimo! - a voz ficava cada vez mais distante. Elizabeth não abriu os olhos de imediato. - Abra os olhos. - ordenou por fim.

A mulher sentiu como um beijo em sua bochecha e, ofegante, arregalou os olhos. A seu lado, Henri estava sentado, observando-a com um sorriso lindo nos lábios.

_ O que...? - cochichou ela, até se dar conta de que estava em seu quarto, repousada em sua cama, com o dia brilhando lá fora.

Quando encarou a janela, teve a impressão de avistar um gato olhando-a fixamente. Assustada, esfregou os olhos, mas não havia nada lá.

_ O que aconteceu? - perguntou, encarando o marido.

_ Quando passamos em frente ao cemitério, ontem à noite, você ficou paralisada. Seus olhos ficaram meio enevoados e sua pele empalideceu. Depois desmaiou, e eu a trouxe para casa. - explicou ele.

O coração de Elizabeth acelerou. O rapaz riu, contrastando com a careta de medo que sua esposa fazia. Em seguida, Henri se levantou e saiu do quarto.

***

Naquela noite, o gato apareceu. E na noite seguinte também. A mulher fazia sempre o que lhe fora ordenado, sem sequer ponderar a ideia de não fazê-lo.

Na décima segunda noite, entretanto, o animal não apareceu.

Com certo receio, Elizabeth afastou-se da janela e sussurrou:

_ Hoje ele não virá...

_ Foi procurar alimento e carinho em outra janela, minha querida. - soou aquela mesma voz de dias atrás, que jamais saíra dos pensamentos da moça. - Amanhã ele retornará...

Uma forte tontura invadiu os sentidos de Elizabeth e ela desmaiou.

Quando acordou no dia seguinte, estava deitada em sua cama, com a TV ligada a sua frente. No topo da tela, em letras enormes e chamativas, uma terrível manchete - acompanhada de uma reportagem detalhada - invadia assustadoramente os pensamentos da moça:

"Mulher é encontrada morta em seu apartamento, ao lado da janela. Espalhados por seu corpo, dezenas de arranhões foram encontrados. A causa do ocorrido é desconhecida."

Um sopro quente tocou a nuca de Elizabeth. O sussurro já esperado veio logo em seguida:

_ Ela não alimentou o gato...

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