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˖࣪ ❛ DÉCIMA TERCEIRA TEMPORADA
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[Metas: 40 comentários]

VOCÊ SUSPENDEU MEREDITH. — Helena declarou, sentada na frente de Bailey, em seu escritório.

— Sim. — ela assentiu, largando a caneta que estava usando e sentando-se atrás da mesa.

— Você suspendeu Meredith, e agora está pedindo minha ajuda? Você está me pedindo para ajudar os médicos a cooperar com Minnick? — ela franziu as sobrancelhas, em descrença.

— Eu... Eu estou, sim. — ela exalou.

— Não! — Helena deixou escapar, quase um pouco irritada. — Você suspendeu Meredith! Você a suspendeu por apoiar Webber!

— Eu não a suspendi por apoiar Webber. — Miranda corrigiu, com um suspiro. — Eu a suspendi por se recusar a deixar Minnick entrar em sua sala de cirurgia. Eu tinha que dar um exemplo disso.

— Ah, vamos lá. — Helena inclinou a cabeça. — Você precisava saber que essa seria uma transição difícil.

— Então me ajude a tornar isso mais fácil! — Bailey quase implorou, colocando as mãos na frente dela. — Olha, eu sei que você não discorda do método de Minnick. Você tem deixado ela entrar na sua sala de cirurgia. Tudo o que estou pedindo é que você faça os outros fazerem o mesmo. Pessoas como você, elas ouvem você. Se você pedir para elas fazerem, elas farão.

— Não. — Helena simplesmente deu de ombros. — Não, eu não farei isso. E, sim, eu acho que o método de Minnick poderia ter funcionado. Poderia, se tivesse sido implementado de uma forma diferente. Agora, é tarde demais. Não está acontecendo. Quer dizer, vamos lá, nós duas sabemos que o problema aqui não é que você quer que a gente tente um novo método de ensino, é como você lidou com toda a situação.

— Como é? — os olhos de Bailey se arregalaram diante da insinuação.

— Olha, não estou tentando apontar o dedo para ninguém, Bailey. — a médica mais jovem suspirou, tentando se explicar. — Só estou dizendo que se você tivesse feito a transição mais gradual, poderia ter funcionado. Se você tivesse feito Minnick trabalhar com Webber, em vez de fazê-la assumir. Se você tivesse falado com Richard sobre ele renunciar antes que ele tivesse que descobrir por meio de seu substituto. Se você tivesse conseguido encontrar um meio termo entre os dois métodos, porque, claro, vamos tornar nosso ensino mais prático, mas também não podemos jogar os residentes aos lobos e esperar que eles voltem liderando o bando! Então, poderia ter funcionado. Agora, é tarde demais. Porque mesmo se você se desculpar e tentar reintegrar Richard, ao lado de Eliza, não há como eles concordarem em trabalhar juntos. Richard está muito ofendido e Eliza está se sentindo antagonizada. E não é justo com ninguém. Não é justo com Richard, que você, e estou lhe dizendo isso como uma amiga, desrespeitou seriamente. Não é justo com Eliza, cujo trabalho está se tornando muito mais difícil. Não é justo com os residentes, que estão perdendo o que poderia ter sido um ótimo método novo. E certamente não é justo com Meredith Grey, que você suspendeu por tomar uma posição!

Com isso, Bailey assentiu lentamente, quase assimilando a informação. Olhando para ela, Helena percebeu que ela havia entendido o que ela queria dizer. Ela sabia que Bailey se arrependia de como havia lidado com a situação.

O que ela também sabia era que Bailey não voltaria atrás em sua decisão. Ela não arriscaria ser desacreditada, não depois de ter lutado tanto para se tornar Chefe. Não, a menos que tivesse ficado sem opções.

Então, quando Bailey olhou de volta para Helena, seus olhos estavam cheios de determinação mais uma vez. — Então você está dizendo que não vai me ajudar?

— Sinto muito, e você sabe que eu te amo. Mas essa não é a maneira de fazer isso. — a cirurgiã pediátrica mordeu o interior da bochecha. — Então, sim, eu sinto muito. Estou dizendo que não vou te ajudar. Não assim.

— Mesmo depois que dia colega de trabalho foi suspensa por esse tipo de insubordinação? — os olhos de Bailey endureceram enquanto ela levantava o queixo levemente.

Com isso, Helena entendeu. Não era mais uma conversa entre amigas. Era uma conversa entre uma chefe, desesperada para fazer uma nova abordagem funcionar, e sua subordinada.

— Não é insubordinação, Chefe Bailey. Não quando você está me pedindo para fazer algo fora do escopo das minhas obrigações, como cirurgiã. Não é insubordinação, então me suspender por isso seria considerado demissão injusta. — Helena declarou, ficando mais séria, seu tom agora desprovido da gentileza habitual. — Além disso, não seria inteligente me suspender. Não quando eu sou uma das únicas assistentes que parecem tentar cooperar, não quando, e você mesmo disse, as pessoas me ouvem. Então, não, eu não vou te ajudar. E eu confio que você entenda que não é do seu interesse me suspender. — a garota se levantou, dando a Bailey um breve sorriso. — Tenha um bom dia, Chefe.

——

— Oh. — Helena deixou escapar, seus olhos se arregalando enquanto ela parava em frente a uma sala de trauma, ao lado de Arizona, Jackson e Webber. — O que aconteceu aqui?

— A vizinha disse que estava colocando arame farpado na cerca em volta da casa dela. Caiu da escada e se enroscou. — o homem mais velho contou a ela.

— Quem precisa de arame farpado? O que há de errado com as pessoas? — Arizona franziu o rosto.

— Cada vez que ela se movia, ela se machucava mais. — Webber explicou novamente.

— Ela teve sorte de não ter cortado a aorta. — Helena murmurou.

— Ei. — April correu até eles, sussurrando. — Dizem que Bailey acabou de levar Grey para sair.

— Eles a demitiram?! — perguntou Jackson.

— Suspensa. — Helena balançou a cabeça, corrigindo.

— Nós enviamos uma mensagem. Bailey enviou uma de volta... — Richard murmurou. — Ela tirou nossa rebatedora poderosa.

— O que faz de Grey nossa rebatedora poderosa? — perguntou a ruiva.

— Ela era uma das pessoas que achávamos que Bailey nunca derrotaria.

— Sim, só estou dizendo que somos todos rebatedores muito poderosos aqui. — April deu de ombros.

— Olhe o nome do hospital. Grey parece intocável. — Richard argumentou de volta.

— Bem, quero dizer, estamos falando de grandes nomes e rebatedores poderosos, então... — Jackson cruzou os braços, fazendo Helena sorrir divertida. — Só estou dizendo.

— Olha, Bailey... Vocês estão desacreditando ela, por não adotarem o novo método. Ela vai fazer o que puder para garantir que isso não aconteça. — Helena deu de ombros. — Quero dizer, ela acabou de me chamar para o escritório dela pedindo ajuda, algumas horas atrás.

— Ela fez isso? — Arizona franziu as sobrancelhas.

— Ela queria que eu tentasse convencer vocês a deixarem Minnick entrar na sala de cirurgia. — ela assentiu.

— O que você disse? — Richard cruzou os braços, na defensiva.

— Eu disse não. — ela levantou as mãos, quase como se para reivindicar sua inocência. — Vamos lá, Richard, você sabe onde eu estou aqui. Eu acho que Bailey te fez sujo, eu acho que ela te desrespeitou, te colocando no banco e então te fazendo descobrir através de Minnick. Eu acho. Eu também não acho que ela fez isso de propósito, e eu certamente não acho que o método de Minnick seja terrível. Eu acho que poderia ter funcionado, se você tivesse trabalhado junto com ela. É por isso que eu não vou ficar no caminho dela. Isso não significa que eu não entendo de onde você está vindo, no entanto. E eu certamente não vou desencorajar isso, só porque estou tentando ser profissional. Bailey pode ameaçar me suspender o quanto ela quiser... — a atendente suspirou, revirando os olhos.

— Ela o quê? — April deixou escapar, arregalando os olhos.

— Suspender você? — Arizona sussurrou, agarrando o braço de sua protegida.

— Não se preocupe. Ela não fará isso. — Helena balançou a cabeça, colocando a mão sobre a de Arizona, em segurança. — Ela só suspendeu Meredith porque não podia permitir que vocês fossem contra as ordens dela sem repercussão, sem dar o exemplo. Ela sabe que não seria justo me suspender, nem seria benéfico para ela. É uma demissão injusta e só causaria mais indignação.

— Sabe, você fica meio assustadora quando fica assim. — Jackson apontou, com um sorriso divertido. — Tudo de forma prática.

— O que posso dizer? — Helena sorriu. — Fui criada por um advogado, conheço meus direitos.

——

— Ah, minha fetoscopia está na sala de cirurgia 3, agora? — Helena perguntou a Minnick, enquanto ela consultava o conselho cirúrgico, a mulher colocando uma estrela vermelha ao lado de sua cirurgia. — Sabe, um aviso teria sido legal...

— Você teria descoberto se tivesse entrado na sala de cirurgia 2 e encontrado uma obstrução intestinal. — a mulher a interrompeu, seu tom áspero contrastando com o suave de Helena.

— Vamos lá... — ela exalou. — Você sabe que não precisa fazer isso, certo?

— Fazer o quê?

— Fazer com que as pessoas não... Gostem particularmente de trabalhar com você. — a médica mais baixo tentou expressar isso de forma gentil.

— As pessoas não gostam de mudanças. — Minnick deu de ombros, em sinal de aceitação.

— Isso é verdade. Mas eles podem gostar do portador da mudança. — Helena argumentou de volta. — Isso tornaria seu trabalho mais fácil. E eu acho que seria mais legal de fazer também, porque não pode ser legal se sentir odiado no seu local de trabalho. Mas primeiro você expulsa Richard e depois suspende Meredith?

— Suspensa? — Eliza repetiu, franzindo as sobrancelhas.

— Sem mencionar que Bailey acabou de ameaçar me suspender também. O que eu posso dizer que não é algo legal para uma amiga fazer com você, mesmo que eu confie que seja apenas uma ameaça. — a cirurgiã fetal deu de ombros.

— Eu... — Eliza começou, ainda parecendo um pouco perdida.

Com isso, Helena franziu as sobrancelhas, ambas as cirurgiãs confusas e surpresas. — Você não sabia?

— E-eu tenho trabalho a fazer. — a mulher foi embora.

— Ela não sabia. — Helena percebeu para si mesma.

——

No dia seguinte, Helena depositou beijos profundos nos lábios de Amelia, com uma mão em sua cintura, enquanto a neurocirurgiã estava sentada na pequena mesa da sala de plantão.

Afastando-se um pouco, a mulher mais baixa suspirou nos lábios da namorada. — Nós realmente deveríamos... Deveríamos parar.

— Uh huh. — Amelia murmurou, mordendo o lábio inferior. — Ou poderíamos... Não parar. — ela sugeriu, levando as mãos até o pescoço de Helena para puxá-la para outro beijo.

Soltando um gemido suave na boca da outra mulher, as mãos de Helena voltaram para sua cintura. No entanto, quando ouviram um ping, a cirurgiã pediátrica se afastou, ambas as mulheres ofegando levemente.

Enquanto Helena tirava o telefone do bolso do jaleco, Amelia choramingou. — Sério?

— É um ping de hospital. Estamos no hospital. Tenho que atender. — Helena explicou, levando a mão aos lábios, enquanto franzia as sobrancelhas para a tela. — April está assumindo como Chefe Geral? Ah, isso não é bom. Eles vão comê-la viva.

— Meredith sabe? — perguntou Amelia, recostando-se na parede.

— Provavelmente. O aviso foi enviado a todos os médicos. — Helena balançou a cabeça, pousando o telefone. — Eu deveria ir. Tenho que ver como está Mer e April.

— Ah, vamos lá... — a outra mulher suspirou, inclinando a cabeça. — Você realmente vai me deixar assim?

Movendo-se para lhe dar um último beijo, Helena se desculpou, colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha. — Nada de sexo no hospital. Você sabe disso.

— Não significa que eu tenha que gostar... — a cirurgiã murmurou, pulando da mesa.

——

— Tudo o que estou dizendo é que o chefe lhe dá uma ordem, você a segue. Você tenta fazer funcionar. — Owen deu de ombros, sentando-se no refeitório com vários outros assistentes.

— Falou como um verdadeiro soldado. — Riggs deu uma mordida em sua salada, enquanto Helena comia alguns tomates-cereja.

— Falou como um ex-chefe. — argumentou Arizona.

— Certo, em ambos os casos. — o ruivo concordou.

— Então você é neutro, é o que você está dizendo. Você é a Suíça. — Maggie deu de ombros.

— Estou dizendo que Bailey é o chefe. Isso não significa que eu seja contra Webber.

— Eu entendo isso. Eu realmente entendo. Mas o que você deve fazer quando é completamente contra a ordem que lhe foi dada? — Jackson perguntou.

— Então, você se mantém firme. Mas você tem que perceber que há uma diferença entre ser contra a política em si e ser contra a forma como ela foi implementada. — Helena deu de ombros, compartilhando seu ponto de vista. — Bailey ferrou Webber. Ela ferrou, pelo jeito que ela trouxe Minnick. Isso não significa que o método dela seja inerentemente ruim, só porque seria mais conveniente para o nosso ponto se fosse. Agora, é um pouco extremo para o meu gosto? Absolutamente. E eu deixei Bailey saber disso. Mas aposto que se Minnick não sentisse que éramos contra ela desde o começo, ela estaria muito mais disposta a adaptá-lo ao nosso hospital e aos nossos valores. — a morena deixou escapar, pegando outro tomate na boca. — E eu entendo a coisa de apoiar Webber, eu entendo, mas também não acho que seja culpa de Minnick.

— Queremos Webber dentro. Acho que isso significa que Minnick tem que ir. E daí? — Jackson deu de ombros.

Então, coloque-se no lugar dela! — Helena se endireitou na cadeira. — Quer dizer, eu não amo a mulher, mas pense nisso. Você chega a esse novo hospital, não conhece ninguém, e todo mundo parece odiar você sem nem te conhecer? Pior que isso, eles nem deixam você fazer seu trabalho...

— É, acho que isso não é legal... — Arizona franziu o nariz.

— E falando em deixar as pessoas fazerem o trabalho delas, espero que vocês não estejam dando trabalho para April. — Helena deixou escapar.

— Ela é uma vira-casaca. — Maggie murmurou.

— Ela também é uma amiga. — Owen deixou escapar.

— Sim, ela é uma amiga. Ela é uma amiga pobre, equivocada e muito confusa. — a loira estreitou os olhos. — É como quando você descobre que seu amigo votou errado.

— Você pode votar errado? — o ruivo inclinou a cabeça.

— Huh, sim, absolutamente. — Helena soltou uma risada seca, então falando com Arizona. — Mas, quero dizer, estamos realmente comparando a votação com, não sei, nossos direitos de nos casar com April aceitando um emprego?
 
— Sinto muito, mas ela estava liderando o ataque, e então Bailey balança uma pequena cenoura e de repente é 'até mais, Webber'. — a mulher de cabelos cacheados revirou os olhos.

— Tenho certeza de que há mais do que isso. — disse Owen.

— Tenho certeza de que ela pegou por causa de seu dever no hospital, não porque ela não está com Webber. — Helena balançou a cabeça, batendo levemente no braço de Jackson. — E você deveria estar defendendo a mãe do seu filho.

— Bem, não está certo o que Bailey fez. Você não pode simplesmente colocar qualquer um como Chefe de Cirurgia Geral. — Riggs compartilhou. — Keps é boa, mas Grey investiu tempo nesse trabalho. E ela merece. — ele se levantou. — Tudo bem, vou voltar ao trabalho.

Com isso, Helena ligou seu tablet, para verificar sua agenda para mais tarde, enquanto pegava a bebida de Arizona para tomar alguns goles. — Sabe, a Suíça não se envolve em conflitos internacionais. Ela serve em missões de paz e protege a própria Suíça. É isso que Helena e eu estamos fazendo.

Olhando para cima da tela, a morena franziu as sobrancelhas. — Mantendo a paz, é o que estou fazendo. Não tanto me protegendo. Vocês todos estão cientes do fato de que eu praticamente mantive este hospital funcionando, enquanto vocês estão todos em greve, certo? Vocês não vão às reuniões de chefes de departamento, eu tomo notas para dar a vocês todas as informações. Vocês se recusam a olhar as mudanças de Minnick no conselho, eu mando uma mensagem quando percebo algo. Bailey precisa que algo seja feito, ela vem até mim agora, mesmo que não seja meu departamento. Sinto muito, mas isso é tomar uma posição por si só. Estou do lado dos pacientes, de dar a eles o melhor atendimento. Alguém tem que ser racional por aqui. — então, ela se virou para Hunt. — E você não deve presumir que sabe o que estou fazendo, Dr. Hunt, entre todas as pessoas. — quando ela terminou, Helena olhou de volta para sua tela, enquanto Hunt franzia os lábios. — Espere, por que um residente está listado como o cirurgião-chefe em um caso pediátrico?

——

— Não, você não pode simplesmente deixar um residente operar uma criança de nove anos! — Helena deixou escapar, discutindo frustrada com Minnick, com Edwards ao seu lado.

— Estamos implementando a segunda fase do meu programa. — ela explicou.

— Ok, então faça isso. Mas não em uma criança! — a morena balançou a cabeça.

— Olha, ele é muito grande para a idade. — Stephanie argumentou, sua voz mais suave que a dos outros médicos.

— É uma colecistite de colo. — Minnick deu de ombros. — Um procedimento simples do qual a Dra. Edwards é perfeitamente capaz...

— Em adultos, não em uma criança de nove anos! — Helena gesticulou. — Há especificidades para cirurgia pediátrica, e você não é uma cirurgiã pediátrica. Você é uma cirurgiã ortopédica de medicina esportiva! Você não está qualificada para supervisionar isso. Eu estou entrando na cirurgia.

— Fui treinada em cirurgia geral, assim como você. E eu ensino para viver. Dei aulas para cinco lap choles no mês passado, mas se isso o fizer se sentir mais confortável, então, por favor, junte-se a nós, Dra. Campos. Eu adoraria tê-la. — ela deixou escapar, sarcasticamente.

— Que bom que estamos na mesma página. — Helena retrucou imediatamente.

— Mas apenas para observar. — Minnick avisou, enquanto as duas se encaravam.

— Vou preparar o Matty... — a residente deixou escapar, claramente desconfortável.

— Não. Você vai dar um pré-jogo aos pais. — a atendente instruiu. — Você é a cirurgiã-chefe. O que significa que eu preparo seu paciente.

— Sério? — a garota sorriu, saindo do quarto.

— Olha isso. Viu? — Minnick tentou ser brincalhona. — Quando você se deixa divertir um pouco...

— Eu preferiria que minha diversão não envolvesse colocar a vida de uma criança em risco. Mas, aparentemente, isso pode ser só eu. — Helena levantou uma sobrancelha, saindo da sala.

——

Quando Helena entrou na sala de cirurgia, com máscara e touca, Minnick olhou para ela e disse: — Ok, você pode ficar aqui com uma condição.

— Delicioso... — Helena deixou escapar.

— Isso não é sobre mim, é sobre Edwards. — ela explicou. — Ela precisa se sentir confiante. E ela não vai se sentir, se você estiver por cima do ombro dela. Você é bem-vinda para observar, mas se você acha que não consegue manter suas mãos para si mesma, você pode ir embora.

— Olha, eu não tenho problema com os residentes colocando mais mãos na massa. Eu não tenho. — Helena balançou a cabeça. — Tudo o que estou dizendo é que fazer isso em uma criança, especialmente se acontecesse sem a supervisão de uma cirurgiã pediátrica... Isso é ser descuidado. Eu nunca duvidei de Edwards, eu só não quero que ela seja colocada em uma posição onde, se algo desse errado, seria com ela.

— Não vai dar errado, Dra. Campos. É uma colecistite e ela tem duas médicas para orientá-la.

— Eu sei. — Helena assentiu. — Só estou dizendo... Que ela não deveria ser colocada nessa posição. Não tão cedo, não com uma criança.

——

— Quase lá. — Stephanie deixou escapar, quase no fim do procedimento. — Lá está o duto.

De repente, os monitores começaram a apitar, fazendo Helena soltar. — Ele está taquicárdico. A pressão dele está caindo. Edwards, você pode ver se há sangramento vindo do leito do fígado? Você está bem em fazer...

— A Dra. Edwards sabe o que fazer. — Minnick a interrompeu.

— Verificando o fígado. — a residente anunciou. — Sem sangramento, o campo parece limpo.

— Tem sangue saindo de algum lugar, então verifique a artéria hepática. — Helena instruiu, e a residente fez o que foi pedido.

— Não vejo nenhum... Não vejo nenhum sangramento. — a garota franziu as sobrancelhas.

— Vire a câmera.

— O que?

— Vire a câmera, Edwards. Verifique o resto do abdômen dele. — a cirurgiã pediátrica repetiu, sentindo a pressão da falta de tempo.

— Oh, Deus... — Minnick murmurou ao ver a cena na tela, quase congelando.

— A pélvis dele está cheia de sangue. — Helena deixou escapar, percebendo que teria que intervir. — Puxe os trocartes. Ele está sangrando muito esse tempo todo.

— Eu não entendo. Por que eu não teria visto isso? — Stephanie deixou escapar, um pouco em pânico, enquanto se apressava para preparar o paciente para ser aberto.

— A pressão dele chegou ao fundo do poço. — anunciou Minnick.

— Pendure duas unidades. Preciso de plaquetas e FFP. — Helena deixou escapar, movendo-se para o outro lado da mesa, onde Minnick estava parada, congelada. — Dra. Minnick, mova-se. Mova-se, volte para cima! — ficando no lado direito da cama, ela pediu a Bohkee. — Bisturi. Certo, almofadas de colo. Bovie e sucção.

Enquanto Helena abria Matty, Stephanie repetia. — Eu não entendo... Mais protetores de colo!

— Edwards, preciso de mais sucção, vamos. — a atendente pediu, uma quantidade alarmante de sangue saindo do pequeno corpo. — Ajude-me a obter algum controle proximal do SMA.

Helena trabalhou bem e rápido, mas era tarde demais. O garoto tinha uma lesão na artéria mesentérica, provavelmente tendo sido cortada pelo trocarte. O sangue era implacável e rápido para jorrar do corpo, mais rápido do que poderia ser reposto.

Um menino de nove anos sangrou até a morte na mesa de cirurgia naquele dia.

——

Quando as três cirurgiãs saíram da sala de cirurgia, Helena suspirou e levantou a mão para remover o gorro.

Ao lado dela, Minnick se encostou na parede, enquanto Edwards murmurava. — O que eu fiz? — ela se virou para a nova professora em busca de orientação. — Eu... Eu pulei um passo? Eu deveria ter feito algo diferente? — ma falta de resposta, ela tentou. — Quero dizer, eu... Eu matei aquele garoto?

Olhando para Minnick, Helena franziu as sobrancelhas com expectativa enquanto se inclinava para a parede. Quando a mulher começou a se afastar, ela a chamou. — Dra. Minnick. Dra. Minnick!

Atrás dela, Edwards correu para o outro corredor, os olhos de Helena alternando entre as duas antes que ela se virasse para seguir a residente.

——

Batendo na porta de uma sala de exames, Helena colocou a cabeça para dentro, pedindo. — Posso entrar?

No final da sala, Stephanie estava de frente para a parede, com uma mão apoiada na testa.

Ao entrar, Helena fechou a porta atrás de si e encostou-se nela, deixando sair. — O que você precisa?

— Ele morreu. — a residente deixou escapar, virando-se para encará-la. — Ele era meu paciente e morreu. Ele era um garotinho.

— Por que não nos sentamos?

— Não, não posso me sentar... — ela balançou a cabeça e respirou fundo.

— Edwards, isso não foi culpa sua. Você não era a médica assistente. A Dra. Minnick era e, então, eu também era. — Helena disse a ela.

— Eu era a cirurgiã chefe. Ele era meu começo ao fim. Meu paciente.

Inclinando-se para fora da porta, Helena se aproximou dela, explicando. — Um rompimento em um vaso com inserção de trocarte... Acontece. Não é comum, mas acontece. Geralmente é uma solução fácil. Mas você não pode consertar o que não pode ver, o que não sabe que está acontecendo. E você não tinha razão para suspeitar de sangramento, até que suspeitou. E, a essa altura, estávamos correndo contra o relógio. Não havia nada que você pudesse ter feito. — ela tranquilizou. — Eu sei que você se sente responsável...

— Quer dizer, eu sou a responsável. — sua voz tremeu, seus olhos se encheram de lágrimas.

— Você não poderia saber que rompeu aquele vaso. — Helena balançou a cabeça. — Havia duas médicas na sala com você, e nenhuma de nós viu. A Dra. Minnick não viu. Eu não vi. Qualquer uma das nossas mãos poderia estar naquele trocarte, não teríamos pegado. Você não poderia ter pegado. — ela tranquilizou, agarrando a mão da garota. — Não foi sua culpa. Você perdeu um paciente. Todo bom cirurgião perde. E esta pode ser a sua pior, mas não será a última. — com isso, Stephanie assentiu, como se tentasse se convencer, enquanto fungava, com lágrimas nos olhos. — Eu sei que parece que você não vai conseguir, mas você vai. Você vai, porque você é forte, e porque você vai se lembrar que isso não é sua culpa. — com isso, Edwards começou a chorar, enterrando o rosto no ombro de Helena, que a abraçou com força.

——

— Se você acha que não consegue, eu vou entrar. — Helena guiou Edwards, enquanto elas caminhavam para a sala de espera. — É importante que você fale com os pais, mas eu estarei lá se você precisar de mim.

— Acho que vou ficar bem. — ela assentiu. — Só... Como você faz isso, Dra. C? Como você para de se sentir assim?"

— Você não para. — Helena balançou a cabeça. — Você só aprende o que te ajuda a sentir um pouco menos e um pouco mais rápido.

——

— Helena. — Owen gritou, naquela noite, na sala de espera dos médicos. A mulher em questão estava de frente para o armário, pegando sua capa de chuva, para ir para casa.

— Sim? — ela se virou para responder.

— Eu te devo um pedido de desculpas. — ele declarou, fazendo Helena franzir as sobrancelhas levemente, cética. — A maneira como reagi quando descobri sobre você e Amelia... Eu estava com ciúmes. Eu ainda tinha sentimentos por ela, e eu estava com ciúmes, então eu disse coisas que eu não quis dizer e nunca deveria ter dito. Me desculpe.
 
— Você disse que eu estava 'a prendendo em um relacionamento com uma mãe de duas'. — Helena apontou, estreitando os olhos. — Você disse que ela merecia mais, porque não podemos nos casar pela igreja ou ter filhos por conta própria.

Com isso, o ruivo fechou os olhos em arrependimento. — E-eu sinto muito. Foi... Eu não tenho desculpas. Eu só sinto muito.

— Ok. — Helena assentiu, lentamente. — Agradeço suas desculpas. Espero que entenda que não estou pronta para perdoá-lo, pelo menos não ainda.

— Claro... — ele assentiu. — Claro, eu entendo.

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