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˖࣪ ❛ DÉCIMA TERCEIRA TEMPORADA
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NÃO, AMELIE, É isso que estou dizendo. — Helena falou com a namorada, ao telefone, recostada no carro, no estacionamento do hospital. — Ele me pediu para não contar à Jo. Foi uma das últimas coisas que ele disse e então ele... Ele simplesmente foi embora. E agora, vou ficar presa num carro com ela, e com ela a noite toda, então como posso simplesmente... Não contar?

Eu... Eu não sei... — a outra mulher admitiu, ao telefone. — Só... Olha, fique segura hoje.

— Ei, eu vou. É uma garota de dezesseis anos. Uma criança. Eu vou ficar bem. — Helena tranquilizou, virando-se enquanto andava um pouco.

Bom, ela também está em uma prisão de segurança máxima, então... — a neurocirurgiã argumentou.

— O que significa que haverá muita segurança. Eu ficarei bem. — ela assentiu, embora soubesse que não poderia ser vista. Quando viu Bailey e Jo se aproximando dela, com suas jaquetas Grey Sloan, ela avisou. — Olha, elas estão aqui. Eu tenho que ir, ok?

Ok. Só... Me prometa que você tomará cuidado.

— Eu vou. Você não tem nada com que se preocupar. Agora, vá dormir um pouco, e obrigada por tomar conta das meninas para mim.

Quando a chefe e a residente se aproximaram dela, Helena sorriu para elas. — Prontas?

———

Como a estrada ao redor delas estava escura como breu, Helena tomou um grande gole de café, sem tirar os olhos da estrada.

— Ainda podemos dar meia volta. — argumentou Bailey, sentando-se no banco da frente.

— Bailey, não podemos. — ela quase repreendeu.

— Todos nós tivemos um longo dia. — ela quase murmurou, sua voz mais suave do que o normal.

— Eu sei. Mas eu tenho que ver essa paciente e essa foi a única janela de tempo que nos foi oferecida. É agora ou nunca. — a cirurgiã fetal justificou.

— Wilson? Tem certeza de que está bem? — a mulher mais velha fez o check-in.

Olhando para uma foto em seu telefone, Jo soltou. — Eca... Uh, você sabe, eu não quero falar sobre isso.

— Quero dizer, com tudo o que está acontecendo, com Karev...

— Não há nada que eu possa fazer sobre isso. O que quer que aconteça no julgamento amanhã acontece, então eu só... Eu quero fazer isso, hoje à noite. — ela soltou, focando novamente em seu telefone. — Deus, isso é tão nojento.

Com isso, Helena trocou um olhar de cumplicidade com sua mentora, então soltou, com um suspiro. — Vamos nos concentrar apenas nesta noite. E então... Bem, na manhã seguinte podemos todos conversar sobre isso, ok?

Enquanto Jo mostrava a Bailey a foto que ela estava olhando, a Chefe de Cirurgia soltou. — Oh. Agora, isso é...

— Um crime contra Deus. — a residente riu. — Ah, esse aqui tem pés.

Jo. — Helena repreendeu, os olhos ainda na estrada.

— O que? Não é um bebê. É uma massa de pele e células... Como um tumor. — ela deu de ombros.

— Vamos parar de falar sobre sintomas e vamos começar a falar sobre o paciente. — solicitou a médica assistente.

— Kristen Rochester, 16, 31 semanas de gravidez. Ultrassonografia preliminar mostra provável síndrome TRAPS.

— Sim, é difícil dizer com certeza, já que a máquina de ultrassom deles é uma porcaria.

— Olha, todos nós sabemos que os presos geralmente não recebem os melhores cuidados médicos, muito menos sozinhos em prisões de alta segurança. Mas nós temos nosso ultrassom portátil e nossa máquina de ablação fetal. — Helena argumentou.

— Isso é mais fácil de lidar em nosso hospital que não é um lixo... — Bailey murmurou.

— Bem, não é possível para nós transportarmos essa paciente, e você sabe disso. Então, nós apenas... Vamos nos concentrar em dar a essa garota o melhor cuidado que pudermos, nas condições que temos. — Helena assentiu, batendo levemente no volante, ansiosamente.

———

— Não quero passar mais tempo aqui do que o necessário. — Bailey disse, se mexendo, no elevador. — Fazemos isso rápido, depois damos o fora.

— Fazemos isso bem, mesmo que isso signifique não fazer rápido. Ela é como qualquer outra criança. — Helena argumentou, ficando na frente dela.

— Não, ela não é.

— Não, ela não é. — ela admitiu. — Mas você consegue imaginar?

— Não. — Bailey a interrompeu.

— Só estou dizendo, ser tão jovem e estar aqui, além de grávida... Nós deveríamos oferecer a ela toda a humanidade que podemos dar a ela. Eu não acho que há muito disso por aqui... — ela suspirou, revirando o pescoço.

Não consigo imaginar.

— Bailey... — Helena quase raciocinou.

— Eu nunca me colocaria na posição de estar aqui. — ela balançou a cabeça.

— Ninguém pretende estar aqui. — Jo compartilhou, recebendo um olhar de seu Chefe. — Só estou dizendo, você fica com fome e desesperado, ou quebrado e desesperado, e coisas acontecem.

— As coisas não acontecem simplesmente com você. Você acontece com as coisas.

— Exceto quando acontece. Exceto quando... Não sei, você tenta se defender e acaba machucando alguém seriamente, ou você se envolve na confusão de outra pessoa ou, não sei quando um avião simplesmente cai do céu com você dentro. Às vezes, coisas simplesmente acontecem com você. — Helena deixou escapar, o elevador de repente ficou em silêncio.

———

Ao chegarem à área de entrada da prisão, Helena cumprimentou o guarda atrás do balcão, com um pequeno sorriso. — Oi. Como você está esta noite?

— Nome? — ele perguntou secamente.

— Helena Campos. Estas são...

— Nome da presa?

— Kristen Rochester.

— Bolsa. — ele apontou para a mala que trouxeram consigo.

— É tudo equipamento médico. — ela assentiu enquanto Jo lhe passava a bolsa.

— Fique de costas para a parede.

Com as sobrancelhas erguidas, Bailey fez o que foi pedido, as outras mulheres a seguiram, como ela pediu. — E agora?

— Em Orange eles revistam as pessoas. — Jo deu de ombros.

— Eu não vou ser revistada. — indignada, a mulher mais velha virou-se para sua ex-aluna. — Lena!

— Bailey, nós nem somos presas. Não vamos ser paradas e revistadas. — Helena soltou uma risadinha. — Jo, pare de assustá-la.

— Desculpe, desculpe. — uma mulher de terno soltou, caminhando até os três médicos. — Obrigada por terem vindo. Amanda Joseph, advogada de Kristen. Vamos lá passar.

— Passou por aqui? — Bailey sussurrou para Helena, alarmado, que apenas deu de ombros.

— Eu represento a detenta Kristen Rochester, e estou acompanhando essas médicas para entregar o atendimento médico ordenado pelo tribunal. Deixem-nos passar. — com isso, a guarda simplesmente olhou fixamente por um momento, antes de repetir. — Agora.

Com isso, ele se levantou, pegou uma caixa de plástico transparente e a estendeu aos médicos. — Pertences pessoais, celulares, chaves, armas...

— As pessoas realmente levam armas para uma prisão? — Helena franziu as sobrancelhas.

— Tantas pessoas... — ele assentiu, antes de instruir Jo, no começo da fila. — Braços para fora.

Ele a apalpou, fazendo o mesmo com os outros três médicos. Depois de confirmar que eles não estavam escondendo nada, ele entregou a cada um deles um cartão, preso a um cordão. — Passe de visitante. Mantenha-os com você o tempo todo, você não poderá sair sem eles.

O quê? — Bailey gritou.

— Segure o distintivo em frente ao seu rosto e olhe para a câmera. — ele instruiu, apontando para o pequeno dispositivo de vigilância sobre a porta.

Ao entrarem pela porta, Amanda explicou. — Deveríamos ter acesso imediato à Kristen, mas nunca se sabe.

— Nunca se sabe? Por quê? — Bailey perguntou.

— Porque o Dr. Eldridge já está puto que você esteja aqui. Você está fazendo uma cirurgia cara e extravagante. Tratamento especial deixa os outros todos irritados, sabia. — ela explicou, enquanto eles começavam a descer o corredor, depois de passar pela segunda porta de segurança. — Eldridge te empurra, você empurra de volta.

— Não é literalmente empurrar, certo? — Bailey confirmou.

— Ah, eu cuido disso. Eu aguento um empurrãozinho. — Jo assegurou.

— Bem, fale por si mesma. Eu não malho, não tenho os músculos necessários para empurrar. — Helena franziu as sobrancelhas para a mulher mais jovem, então se virando para seu chefe. — Mas ninguém está empurrando. — quando ela notou Bailey segurando o passe de visitante perto do peito, ela sorriu, divertida. — Você está convencida de que alguém vai tentar roubá-lo, não é?

— Ei, alguém poderia! E de repente, ela está lá fora. — Bailey deu de ombros.

— Olha, eu sou a primeira pessoa a ficar irracionalmente ansiosa, às vezes, mas vamos lá. Eles estão trancados em celas. — Helena tentou acalmá-la.

— Eu ficaria presa lá dentro. Ninguém me conhece, ninguém confia em mim, meu registro diz que estou presa por roubo ou pior. Então, quem vai me ouvir quando eu estiver gritando que houve uma confusão horrível? — ela se virou para os médicos. — Ninguém! Ninguém escuta. Eu nunca arrumo meu cabelo, meus dentes estragam. Eu morro aqui.

— Então estamos sendo otimistas. Entendi. — Helena assentiu.

———

— Eu tenho regras básicas. Rochester é selvagem, e eu não tenho tempo para costurar você se ela te atacar. — Eldridge explicou, enquanto os levava para sua cela. — Rochester não tem permissão para iniciar contato.

— Temos permissão para tocá-la, mas ela não pode nos tocar? — perguntou Helena, enquanto caminhavam atrás do médico local.

— É. E não seja um herói e conte a ela qualquer coisa sobre sua condição. Me conte. Más notícias a deixam irritada.

— Isso a deixa irritada? — Bailey repetiu, alarmada.

— Se ela entrar em trabalho de parto hoje...

— Esse não é o plano. — explicou a cirurgiã fetal.

— Se ela entrar em trabalho de parto hoje, ela terá 24 horas com o bebê, no máximo. Depois, ela volta para a geração pop. — Eldridge estabeleceu.

— 24 horas? — as sobrancelhas de Helena se ergueram. — Só isso?

— Mas ela é a mãe do bebê. — argumentou Jo.

— Ela é uma criminosa violenta com uma sentença a cumprir, e eu não posso abrir mão da cama.

Enquanto Helena lançava um olhar para a advogada, ela deu de ombros. — Eu não faço as regras.

— Pelo menos acenem com a cabeça, assim saberei que todos me ouviram. — a médica pediu.

— Entendido. — Helena assentiu.

— Aqui estamos.

Quando o grupo parou em frente à cela, Jo notou uma placa na porta, lendo em voz alta. — K-10? O que é isso?

— É para presos especialmente perigosos. Assassinos, membros de gangues validados...

— Qual delas é ela? — os olhos de Bailey se arregalaram.

— Isso é confidencial. Ela é menor de idade. — a advogada avisou, antes que a médica da prisão pudesse responder.

— Isso significa que ela não pode circular livremente com outros internos, para a segurança deles. — a médica finalizou.

— Ótimo. — Helena murmurou baixinho.

— Rochester. — Eldridge bateu no vidro. — Companhia.

Quando a garota olhou para cima, isso fez o atendente sorrir levemente, tranquilizado ao ver o quão jovem a garota ainda parecia. — Viu? Só uma criança. — ela sussurrou para seus colegas.

— Você sabe como é. — a médica avisou. — Nada de toques, nada de movimentos bruscos.

— Boa noite, Kristen. — Helena sorriu para ela, indo até a porta. — Eu sou a Dra. Campos e estes são minhas colegas, Dra. Wilson e Dra. Bailey. Como você está se sentindo esta noite?

— O bebê está com muita fome. Posso comer alguma coisa? — sua voz era suave, com seu pedido.

— Você comeu seu lanche de gravidez há uma hora. Não repetiu, você sabe disso. — Eldridge negou.

— Por favor? Estou com muita fome.

— Não é mesmo possível dar outro lanche para ela? — Helena tentou, sentindo pena da adolescente.

— Não há extras para dar.

— Sério? Você está deixando uma mãe grávida passar fome? Você vai ficar assim? — a mãe grávida em questão argumentou.

— Eu vou.

— Ok, então. — ela assentiu enquanto um guarda se aproximava para abrir a porta.

Quando elas entraram, Eldridge e Amanda primeiro, as cirurgiãs ficaram andando atrás delas. No entanto, quando Kristen pulou em cima da médica da prisão, elas recuaram para um canto, claramente assustadas.

Em sua cama, Kristen estava em cima da outra mulher, o som de um osso quebrando ecoou pelo quarto antes que os guardas separassem as duas.

— Eu disse a ela que estava com fome! — gritou a adolescente, enquanto a médica no chão levantava seu dedo quebrado.

— Só uma criança? — Bailey murmurou para Helena.

———

Por mais que Amanda tenha garantido as cirurgiãs que Kristen não as atacaria, pois elas tinham uma ficha limpa, Helena ainda se sentia ansiosa enquanto se preparavam para o ultrassom.

— Eu não mordo. — a garota disse a ela, enquanto colocava suas luvas. — Quer dizer, eu mordi. Mas... Não posso agora. — ela assentiu em direção às algemas que prendiam seus pulsos à cama.

— Ok... — Jo murmurou, perto da máquina, enquanto Bailey saía para cuidar do dedo de Eldridge. — Estamos prontas.

— Tudo bem. — Helena tentou dar à garota seu melhor sorriso. — O que você acha de darmos uma olhada no seu bebê, agora, Kristen?

— Ela sempre fala assim? — perguntou a detenta a residente.

— Sim.

— Assim como? — Helena franziu as sobrancelhas.

— Como se você fosse me levar para casa, me dar sopa e um cobertor. — Kristen descreveu, fazendo Helena soltar uma risadinha.

— Tudo bem. Tudo bem se eu tocar na sua barriga agora e começar o exame, Kristen? — Helena confirmou, como era de costume dela. Com um pequeno aceno de cabeça, a garota deu seu consentimento, como o médico avisou. — Agora, você vai sentir um pouco de gel frio, e esta varinha na sua barriga.

Quando Helena começou o exame, Kristen soltou. — Eu não acho que ela goste da sua coisa. Ela continua chutando.

— Ela definitivamente está se movendo. — Helena confirmou, apontando para a tela. — Aqui estão os dedos das mãos e dos pés dela.

— Ótimo. Não quero que ela seja uma aberração. — ela deixou escapar, fazendo Helena sorrir com o tom típico de adolescente.

— E aí está o nosso problema.

Com um escárnio, a garota desviou o olhar. — Eu nem quero ver isso. Não acredito que aquela coisa monstruosa está aí com meu bebê. É como um...

— Gêmeo acardíaco. Foi quando...

— É, eu sei. — ela interrompeu o atendente. — Eu fiz um guarda pesquisar no Google e me mostrar. O jeito que ele está sugando o sangue do meu bebê me lembra, tipo, um...

— Um vampiro? — Jo deixou escapar.

— Sim. Sim, é tão nojento! — ela franziu o nariz.

— Então, você tem alguma pergunta? — perguntou a médica morena.

— Sim. Quando podemos começar?

— Assim que colocarmos o bebê na posição, estaremos prontas. — Jo respondeu.

— Então vamos lá. Assim que eu entrar em trabalho de parto, minha mãe vai vir aqui. Certo? — ela perguntou a Amanda.

— Sim, quando você entrar em trabalho de parto. — ela confirmou.

— É, eu sei. Só ligue para ela agora. Porque assim que vocês me derem o remédio ou o que for para começar o trabalho de parto, ela já deve estar aqui.

— Kristen, não é isso que vai acontecer hoje à noite. — Helena tentou explicar.

— É a lei! — ela gritou. — Eu pego a mão da minha mãe quando estou em trabalho de parto. Para segurar na mão e cagar.

— Não foi isso que eu quis dizer. — Helena balançou a cabeça.

— Eu... Eu pensei que a Dra. Evil tinha explicado isso para você. — Amanda deixou escapar.

— Dra. Evil? Isso é uma piada? — ela zombou.

— O bebê não vai nascer hoje. — Helena deixou escapar.

— Hoje, vamos cortar a conexão entre a massa e o bebê, para que o coração do seu bebê não precise mais trabalhar dobrado. — completou Jo.

— Mas a Dra. Evil disse que não foi cirurgia.

— Bem, é um procedimento. — a médica mais baixa assentiu. — Você ficará acordada o tempo todo, pois usaremos uma sonda para entrar em sua barriga, por uma pequena incisão.

— Você quer cutucar minha barriga com uma coisa de sonda gigante?! — ela franziu as sobrancelhas. — Não. Não, não, não, não. Eu quero meu bebê! Eu quero fazer meu parto! — ela gritou para sua advogada. — Por que você não me contou isso?

— Kristen, eu não sou médica. Eu te contei tudo que eu sabia. Nada mudou. Esta é a maneira mais segura e melhor para chegarmos ao nosso objetivo. Qual é o nosso objetivo?

— Para ter um bebê saudável, para que minha mãe possa adotá-la e eu possa vê-la o tempo todo quando eles visitarem. — a menina repetiu, então se virando para Helena. — Você tem certeza? Nenhum bebê hoje? Ainda há uma chance, certo?

— Uma chance muito pequena. — Helena disse a ela.

———

— Então, eu tenho que ir. — Amanda disse as três médicas, que estavam na sua frente, no corredor.

— O que? Por quê? — Helena perguntou.

— Lá embaixo. Uma pequena emergência com outro cliente precisa da minha atenção. — ela explicou.

— Que tal focar sua atenção em impedir que sua cliente K-10 nos mate?! — Bailey gritou.

— Ela não vai nos matar. — Jo argumentou.

— Ah, ela vai quebrar nossos dedos. — ela revirou os olhos.

— Um dos meus clientes puxou uma faca para um médico no pronto-socorro, ok? — a advogada explicou. — Eu tenho que ir. Agora.

— Ok, ok, vai. — Helena assentiu.

— Mas... — Bailey tentou.

— Você vai ficar bem. — ela saiu, enquanto Helena abria novamente o prontuário da menina.

— Aquela advogada é a única pessoa que aquela garota escuta. Ela é a sussurradora K-10... E agora, ela simplesmente nos abandonou. — Bailey reclamou, enquanto Helena falava com Jo.

— A posição do bebê está bloqueando nosso acesso aos vasos do gêmeo acárdico. — Helena explicou. — Então, Jo, o que fazemos?

— Nós giramos o bebê externamente.

— Exatamente. — ela assentiu.

— Espera, você quer colocar as mãos em uma criminosa violenta? Empurrá-la e cruzar os dedos para que ela não empurre de volta?! Não! — a Chefe soltou.

— Temos que fazer isso. Além disso, ela está mais calma agora. — Helena deixou escapar.

— Porque a advogada a acalmou e agora ela se foi! — ela argumentou.

— Ela parece tão esperançosa... — Jo suspirou.

— Claro, sobre transformar sua cela de prisão em um berçário. — Bailey zombou.

— Há programas de creches na prisão, onde eles ensinam a você a ser pai, deixam você passar tempo com seu bebê. — a residente informou. — Talvez ela pudesse entrar em um.

— Uh, ela está acorrentada à cama agora, porque ataca pessoas que a incomodam. — a mulher argumentou. — Você acha que um bebê chorando não vai incomodá-la?!

— Bailey, vamos lá! — Helena quase repreendeu.

— O que?

— Como eu não sabia que você se sentia assim? — ela franziu as sobrancelhas. — Quero dizer, uma coisa é ter medo, outra é fazer esse tipo de suposição e julgamento a torto e a direito.

———

— Ok, vamos fazer força na sua barriga para podermos mover seu bebê e ter acesso ao gêmeo acárdico. — Helena explicou, indo para o lado da cama.

— Vai doer?

— Um pouco, desculpe.

— Eu não, idiota. — ela deixou escapar, suavemente. — Vai machucar o bebê?

— Não. Ela não sentirá nada. — Jo assegurou.

— Você vai sentir minhas mãos na sua barriga e depois muita pressão, ok? — Helena avisou. — Lá vamos nós.

Ao aplicar pressão, a menina soltou sons de dor, como Jo observou. — Ainda coberta. Este bebê não quer se mover.

— Ai! Ai! Pare! Pare com isso! — Kristen pediu, fazendo Helena tirar as mãos dela.

— Ok. — ela assentiu. — Este é seu corpo, Kristen. Se em algum momento você precisar parar, me diga, e eu pararei, contanto que seja seguro para mim. Apenas me avise quando estiver pronta para começar de novo, ok?

— V-você pode pelo menos tirar essas algemas? — ela pediu, fazendo Helena olhar para o guarda.

— Sinto muito, isso não depende de mim. — a médica morena se desculpou quando o guarda balançou a cabeça.

— Fui ao tribunal para te trazer aqui, e você é uma inútil! — a cabeça do presa caiu de frustração.

— Vamos tentar de novo, o que você acha? — Helena perguntou, recomeçando após receber um aceno de cabeça.

— Deus! Que diabos?! — ela gemeu.

— Tudo bem, vamos falar de outra coisa. Qual é seu plano de adoção, com sua mãe? — a atendente perguntou, tentando distrair a menina.

— Não vou te contar sobre isso.

— Está bem. Então, que tal eu te contar algo sobre mim? Sabe, eu também sou mãe. Tenho duas meninas. — Helena começou.

— Campos. Eles querem uma de vocês lá embaixo. — Eldridge veio até a porta.

— É urgente?

— Não sei, pergunte você mesma a ela. — ela deu de ombros.

— Quem? Amanda? — Helena tentou obter mais informações, enquanto continuava pressionando.

— Eu não recebo mensagens. — ela simplesmente foi embora.

— Jo, você acha que pode ir verificar isso enquanto eu termino aqui? — Helena pediu, e a garota assentiu antes de sair.

———

— Então, estou tentando montar o balanço para poder realizar os sonhos da minha caçula, mas não consigo, de jeito nenhum, entender o manual de instruções. — Helena falava com a adolescente enquanto trabalhava, numa tentativa de distraí-la.

— Você não tem um marido para fazer isso por você? — a garota perguntou, um pouco surpresa.

— Não, não mais. Ele faleceu, alguns anos atrás. — ela deixou escapar, olhando para o monitor enquanto tentava mover o bebê.

— Eu tinha um balanço quando criança. O balanço mais chique do bairro. — ela compartilhou.

— Isso parece legal. — Helena sorriu para ela, então a avisou. — Mais pressão.

— Era. Sabe, eu cresci em Bainbridge Island, ter o melhor swing do quarteirão significava muito. Minha mãe gostava de assar caçarolas e eu fui para uma escola particular só para meninas. — ela relembrou.

— Como foi isso? — ela perguntou, verificando a posição do bebê.

— Muitos blazers, poucos meninos. — Kristen deu de ombros. — Mas era uma boa configuração. O balanço, as caçarolas, uma sala enorme com uma TV. Era um balanço muito bom. E, no verão, minha mãe me levava para um lugar de sorvete na praia. Nós fazíamos cambalhotas até escurecer e ficarmos congelando e com areia. Porque na frente das outras mães da escola preparatória, ela usava pérolas, mas... Na praia, ela nem usava maquiagem. Essa é a minha favorita. De qualquer forma, meu bebê vai ganhar caçarolas, o balanço, a sala grande, as cambalhotas na praia, tudo isso.

Com isso, Helena sorriu largamente. — Parece muito legal.

— Você quer saber como vou chamá-la?

— Claro.

— Ellie. — admitiu Kristen, com um sorriso.

— Isso é lindo.

Quando a médica sentiu uma mão descansando em seu cotovelo, ela olhou para a garota, que avisou, de repente mais séria, como se tivesse acabado de perceber o que tinha compartilhado. — Se você contar a alguém que eu disse toda essa porcaria, eu te mato.

———

— Ok. — Helena deixou escapar, saindo do quarto, encontrando Jo e Bailey no corredor. — Eu movi o bebê, podemos prosseguir com o procedimento. Por que eles precisavam de nós lá embaixo?

— A mãe da Kristen está aqui. — a residente disse a ela, fazendo a mulher sorrir.

— Ótimo. Você contou a ela como está a filha dela?

— Eu tentei, mas... Helena, ela não está aqui pela Kristen. Ela está aqui pelo bebê.

— O quê? — Bailey deixou escapar.

— Ela vai adotar o bebê, mas nunca vai levá-la para visitá-la. Ela não quer ter nada a ver com a filha. — Jo explicou, balançando a cabeça em frustração. — Quero dizer, ela consegue fazer isso?

Com os olhos arregalados de surpresa, Helena lutou com uma resposta. — Oh... Deus, eu acho? Ela está adotando-a legalmente, então depois que o bebê nascer e ela assinar os papéis, ela pode tecnicamente fazer o que quiser.

— Eu odeio pessoas. — Jo zombou.

— Espera, nós... Nós contamos a ela? Nós contamos a Kristen? Porque isso vai matá-la. — a cirurgiã pediátrica mordeu o interior da bochecha dela.

— Temos que contar.

— Não, não temos. — Bailey discutiu com Jo. — Não é nosso lugar, e não é da nossa conta.

— Então ela vai dar à luz aquele bebê e nunca mais vê la? — perguntou Jo.

— Ela deveria saber... Helena suspirou. — Ela deveria, mas... Quero dizer, qual é a alternativa? Ela a entrega para alguém que nunca conheceu e ainda não consegue ver o bebê? E se contarmos a ela agora, quando ela já está com dor...

— Se minha mãe estivesse me abandonando, eu gostaria de saber o que estava acontecendo. — a residente disse a eles com firmeza.

Enquanto Bailey balançava a cabeça para Helena, que lhe lançou um olhar, a cirurgiã-chefe decidiu. — Não contamos a ela agora. Não podemos contar a ela. Quando você dá à luz sabendo que não verá seu bebê crescer, é... É impossível. Não podemos contar a ela.

———

O procedimento ocorreu conforme o planejado, os vasos foram separados com sucesso. No entanto, quando estavam terminando, a bolsa de Kristen estourou.

Agora, de pé na sala de espera, Helena informou a mãe da presa sobre a situação.

— Ela já está em trabalho de parto? — a mulher deixou escapar. — Não é muito cedo?

— Ela está com 31 semanas, o que não é totalmente a termo, mas é tempo suficiente para sobreviver. — Helena assentiu, tranquilizando-a.

— Eu nem tenho um berço ainda... — ela agarrou seu colar de pérolas, fazendo a médica se lembrar de sua conversa anterior com Kristen.

— Sabe, sua filha tem permissão para ter você no quarto com ela durante o parto.

— Você disse a ela que eu estou aqui?

— Não, não, fizemos como você pediu. Mas ela está perguntando por você. — a cirurgiã tentou mais uma vez. — Então, se você pudesse vir comigo, para vê-la, tenho certeza...

— Estou bem onde estou. — ela recusou, indo sentar-se em uma das cadeiras da sala de espera.

Com isso, Helena fechou os olhos, quase como se tentasse se convencer a deixar para lá. Então, com um pequeno suspiro, ela se sentou ao lado da mulher. — Kristen precisa da mãe. Ela vai ter um bebê.

— Eu disse que estou bem onde estou.

— Ela é sua filha. Ela precisa de você. — Helena tentou mais uma vez.

— Você tem uma filha, Dra. Campos? — perguntou a mulher.

— Sim. Duas.

— Bem... Fique de olho nelas. Preste atenção. Não sei para quê, porque Kristen era... Perfeita. Ela era linda. Eu nunca poderia ter imaginado. — ela aconselhou. — Só... Preste atenção. Ela é alguém que eu nem reconheço agora. É melhor que o bebê nunca a tenha conhecido em primeiro lugar.

———

— Estou de volta. — Helena anunciou, colocando suas luvas de volta, enquanto entrava na sala. — Como estamos indo?

— Eles estão separados por cinco minutos. — Eldridge disse a ela.

— Eu odeio isso! Eu odeio isso! — Kristen gemeu, de dor.

— Eu sei, eu sei. Sinto muito. Mas você está indo muito bem. — Helena tranquilizou.

— Não é isso. São as algemas. — ela soltou, enquanto Helena olhava para seus pulsos cortados e machucados. — Amanda ligou para minha mãe? Ela está a caminho?

— Não estou ciente disso. — Eldridge disse a ela.

— Você está mantendo-a longe de mim.

— Não, não estou.

— Eu tenho o direito. Ela tem o direito de estar aqui. Ligue para Amanda. Eu quero Amanda! — ela exigiu.

— A Sra. Joseph não está disponível. — a médico disse a elas, fazendo a adolescente admirar Helena.

— Por que você está deixando ela fazer isso?! Por que ninguém nunca me conta nada? — ela gritou.

— O pulso dela está disparado. Você precisa se acalmar, Kristen. — Jo encorajou.

— Eu sei que você sabe. — ela olhou para a médica assistente. — Onde está minha mãe? Me diga!

— Ok, precisamos baixar seu pulso. Então, respire fundo, ok, Kristen? Respire fundo. — Helena tentou.

— Por que você não me conta? — ela praticamente implorou, com lágrimas nos olhos.

Com isso, Helena trocou um olhar com Jo, que assentiu em encorajamento. — Ela está lá embaixo, Kristen.

— Helena! — Bailey repreendeu.

— Dra. Campos. — a médica da prisão alertou.

— Ela não quer ser enganada. — Helena explicou, olhando para elas antes de se concentrar novamente na garota. — Ela deveria saber.

— O quê? — a paciente sussurrou.

— Sinto muito, Kristen. Sua mãe está aqui, mas ela se recusa a te ver.

———

O parto em si foi bem descomplicado, sem dúvida a única coisa simples em toda a situação. Helena tinha convencido Eldridge a tirar as algemas de Kristen, e Jo e Bailey seguraram suas mãos enquanto ela empurrava.

Agora, Helena segurava o bebê, levando-o para mais perto de Kristen, que levantou uma mão. — Leve-a embora. Eu não quero vê-la.

— Tem certeza de que é isso que você quer? — Helena verificou.

— É. — a paciente declarou para a parede. — Eu não sou a mãe dela. Eu não posso ser a mãe dela de jeito nenhum. Eu não sou ninguém. Apenas a leve embora.

— Kristen, ela é tão linda. Tem certeza de que não quer olhar, nem por um momento? — ela confirmou novamente.

A menina ficou em silêncio, Helena assentiu em compreensão enquanto levava o bebê para sua própria cama. No entanto, quando o recém-nascido chorou, Kristen mudou de ideia. — Eu quero segurá-la.

— Ok. — Helena assentiu, movendo-se para passar o bebê para o adolescente. — Ok.

Enquanto a menina segurava sua filha perto, ela sussurrou. — Eu quero que você fique bem, ok? Ouça sua avó, não seja como eu. Eu te amo, Ellie. Seja boazinha. Por favor. — com isso, os olhos de Helena se encheram de lágrimas, enquanto ela continuava. — Eu sou sua mãe. Lembre-se de mim. Ok? — então, ela olhou para as médicas. — Ok. Estou pronta.

— Você tem certeza? — perguntou Jo, indo pegar a recém-nascida.

— Sim, por favor, leve-a. — enquanto a residente segurava o bebê, levando-a para fora do quarto, Bailey a seguiu, apenas Helena ficou para trás.

Quando o lábio inferior da adolescente começou a tremer, seus olhos se encheram de lágrimas, Helena instintivamente a abraçou. — Oh, venha aqui. — enquanto a garota enterrava a cabeça em seu ombro, Helena esfregou suas costas, tranquilizando-a. — Ela vai ficar bem, Kristen. Ela vai brincar no seu lindo balanço, no seu quarto grande. Ela vai crescer dando cambalhotas na praia. — a garota soluçou em seu ombro, enquanto continuava. — E ela vai sentir sua falta, todos os dias. Mas ela vai ficar bem.

———

Depois, Helena ficou de pé no banheiro da prisão, de costas para a porta, enquanto respirava fundo algumas vezes. Algumas lágrimas rolaram por seu rosto, enquanto ela esfregava o peito em círculos.

— Ei. — Bailey entrou na sala. — Estamos prontas para ir, quando você estiver.

— Sim. Sim, só um segundo. — a garota deixou escapar, fungando, enquanto se apressava para enxugar as lágrimas.

Mesmo que ela não pudesse ver o rosto da outra médica, a Chefe franziu as sobrancelhas com o fungado, então soltou. — Você quer falar sobre isso?

— Não. Não, desculpe, eu realmente não sei. — Helena balançou a cabeça, virando-se para encarar o mentor. — Isso só... Trouxe muita coisa.

— Henry?

Com um aceno de cabeça, apertando os lábios em um sorriso triste, ela confirmou. — Henry.

— Venha aqui. — Bailey estendeu os braços, abraçando Helena. As duas se abraçaram por um momento, a mulher mais jovem respirou fundo antes de se afastar.

— Bailey. Precisamos contar para Jo. — ela deixou escapar.

— Eu sei. Nós iremos.

———

O silêncio no carro de Helena era pesado, quase palpável, no retorno para casa. A viagem durou algumas horas, o sol começou a brilhar no veículo, conforme se aproximavam do hospital.

Enquanto a motorista reajustava as mãos no volante, Bailey respirou fundo perto dela, bem antes de Jo falar. — Talvez não seja tão ruim. Talvez ela fique bem.

— Talvez. Ela é forte. Ela é uma garota forte. Talvez. — Helena assentiu, quase tentando se convencer.

— Não. Ela não vai... Ficar bem. — Bailey simplesmente deixou escapar, lentamente. Então, ela se virou para trás, colocando a mão no joelho de Jo. — Você estava certa. Coisas acontecem com as pessoas.

— Eu não quero estar certa. — ela balançou a cabeça lentamente, Helena olhando para ela pelo espelho retrovisor.

— Karev, ele veio me ver, ontem à noite. Ele me disse...

— Eu não quero estar certa. — a residente repetiu, com lágrimas nos olhos.

— Só me escute. Karev...

— Eu não quero estar certa. — ela tirou a mão da Chefe de sua perna.

— Jo... — Helena tentou.

— Pelo amor de Deus, eu não quero estar certa! — ela gritou, à beira das lágrimas. — Eu quero que haja algo bom. Eu quero que o mundo seja bom. Por uma vez, eu quero ver o sol e ser feliz. Por uma vez, eu quero estar errada. Então, apenas... Pare de falar.

Com isso, Bailey suspirou, virando-se para encarar a estrada mais uma vez. Houve um momento de silêncio, antes de Helena se decidir. Agarrando a mão de seu mentor, ela soltou, calma e claramente. — Ontem à noite, antes de sairmos, Alex foi ao promotor e fez um acordo judicial. Ele vai para a prisão. Sinto muito, tentei impedi-lo.

Respirando fundo pela boca, Jo pediu. — Pare o carro. Pare o carro, vou vomitar.

Parando o carro, Helena viu a menina mais nova abrir a porta, ouvindo-a vomitar na beira da estrada. Ela trocou um olhar com Bailey, seus próprios olhos cheios de lágrimas, antes de repetir. — Eu tentei pará-lo.

— Eu sei. — Bailey assentiu. — Ele me contou.

Quando Jo voltou para o carro, batendo a porta, Helena perguntou, sua voz suave. — O que você precisa?

— Vamos. Só dirija o carro. — Jo pediu.

— Jo, ele me pediu para não te contar, até esta manhã. — ela se desculpou. — Eu teria contado, e eu queria, mas...

— Dirija o maldito carro!

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