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˖࣪ ❛ DÉCIMA TERCEIRA TEMPORADA
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— VAMOS, É UMA BOA IDEIA. — Helena insistiu, saltando na ponta dos pés, enquanto estava ao lado de Amelia, no elevador. — O jantar deixa as pessoas felizes, o que significa que é provável que corra bem. Se tem uma coisa que a cultura portuguesa ensina é que boa comida é igual a felicidade.
— Uh, não sei sobre isso. O último jantar que dei foi quando conheci Penny Blake. — Amelia inclinou a cabeça.
— Ok, mas isso foi algo maior. Isso é... Bem, somos só nós duas tendo um jantar agradável na minha casa com Meredith e Maggie para contar a elas sobre nós. Não é grande coisa. Roupas casuais, só nós quatro... Mal é um jantar. — Helena argumentou.
— Tudo bem, você está certa. — a neurocirurgiã concordou, enquanto as portas do elevador se abriam. — Mas, para registro, haverá jantar e outras pessoas. Você está dando um jantar.
Quando Riggs entrou no elevador, ele soltou. — Oh, você vai dar um jantar, Helena?
Com isso, a garotinha abriu e fechou a boca, virando-se para olhar para Amelia, antes de soltar. — B-bem, não é bem um jantar, tanto quanto um... Jantar casual com amigos?
— Eu faço um bolinho que é de outro mundo. — O homem sugeriu. — Eu posso levar um pouco, se você quiser.
Compartilhando um olhar, o casal procurou por uma resposta, antes que Helena soltasse. — Eu- claro! Eu- nós vemos você lá.
— Ótimo. — Riggs sorriu, parecendo incrivelmente satisfeito, quando as portas do elevador se abriram para o andar do pronto-socorro.
As duas mulheres saindo do elevador, Amelia sussurrou para Helena. — Sério? O que aconteceu com a coisa de 'roupas casuais, só nós quatro, nada demais'?!
— O que eu deveria dizer?! — Helena quase gritou. 'Não, cara novo que mal tem amigos, você não pode ir comer seu bolinho sozinho e triste?'
——
— Dra. C, aqui é Zach Thompson. Seis meses após o transplante renal, reclamando de dor abdominal. — Jo se apresentou, enquanto Helena caminhava até um dos leitos do pronto-socorro, ainda calçando as luvas.
— Eu conheço a história. — Helena sorriu para o morador. — Zach e eu temos uma longa história, não é, amigo?
— Dra. Helena. — ele sorriu.
— Ei, Zach, Reena. — ela cumprimentou a mãe e a criança. — Por mais que eu goste da companhia de vocês, não posso dizer que gosto de ter que ver vocês aqui de novo.
— Sim. — a mãe deixou escapar.
— Zach, vou dar uma olhada na sua barriga agora, se estiver tudo bem para você. — Helena anunciou, e o garotinho assentiu.
Não era uma prática comum anunciar um exame abdominal com pacientes, crianças e adultos, mas a médica fez disso um hábito. Ela descobriu que isso não apenas deixava os pacientes mais confortáveis, mas também ajudava a identificar quaisquer sinais de alerta com crianças.
— Quando a dor começou? — ela perguntou enquanto fazia o exame.
— Esta manhã. Surgiu meio que gradualmente. Fiquei assustada, o rim dele é tão novo, e estou preocupada. — a mãe explicou.
— Aí. — a criança soltou, enquanto a médica apalpava seu abdômen.
— Desculpe, amigo. — Helena deixou escapar, franzindo o nariz, desculpando-se.
— Não, estou bem. — ele assentiu, os olhos arregalados de preocupação. — Não me faça devolver meu rim.
— Ok, Zach. Acho que vou ter que fazer alguns testes, então preciso que você seja corajoso. — a médica falou com ele, enquanto colocava sua camisa de volta para baixo. — Lembra do que dizemos? Não importa o quão assustador fique...
— Nada é tão ruim quanto brócolis. — ele terminou, enquanto Jo soltava uma risada, atrás da médica.
— Nada é tão ruim quanto brócolis. — Helena sorriu.
——
— Ei, pensei que vocês tivessem a coisa do Alex esta manhã. — Maggie disse a Meredith e Helena, enquanto caminhavam pelo corredor.
— Ah, sim, sim. — s garota mais baixa disse a ela.
— Estamos mantendo a cabeça erguida. Estamos trabalhando. — Meredith concordou.
— Vocês duas querem vir jantar, por volta das oito? — a cirurgiã pediátrica ofereceu. — Amelia vem e eu vou cozinhar, só uma coisa casual. Posso ter convidado Riggs acidentalmente também, mas, além disso, seremos só nós duas.
— Claro. — Meredith assentiu. — Sua babá na minha casa, para todas as crianças?
— Combinado. — Helena assentiu.
— Uh, sim, estarei lá. Sobre Riggs, aconteceu de novo ontem à noite. — Maggie abaixou o tom. — Riggs me acompanhou até meu carro. E nós dissemos boa noite. E então ele me levou para o estacionamento... Várias e várias vezes.
— É a terceira vez esta semana. — Helena sorriu, divertida.
— No estacionamento? Não. — Meredith disse a ela. Com isso, Helena teve que morder o interior da bochecha para não rir.
— Eu deveria simplesmente chamá-lo para sair. — Maggie sugeriu, quando chegaram ao posto de enfermagem. Enquanto Helena se curvava sobre o balcão para pegar seu tablet, com um sorriso para as enfermeiras, ela continuou. — Eu sei. Eu sou a chefe dele. E se eu chamá-lo e ele disser não, ou se soar como algum assédio sexual grosseiro...?
— Que, e vamos enfatizar, é o único tipo de assédio sexual. — Helena acrescentou, enquanto se conectava ao seu tablet. — Mas prossiga.
— Mas e se eu não perguntar a ele? Vou ficar esperando minha vida acontecer? Só esperar pelo meu grande amor? Vocês duas já tiveram o seu. Eu quero o meu. — a cirurgiã cardíaca soltou, quase fazendo beicinho. — Então estou agindo como uma mulher adulta e estou chamando ele para sair...?
— Isso foi um ponto de interrogação? — Meredith ergueu as sobrancelhas.
— Não. A menos que você ache que isso deveria ser um ponto de interrogação. — balançando a cabeça, Maggie decidiu, antes de ir embora. — Isso está acontecendo. Eu estou fazendo isso. Definitivamente está acontecendo.
Quando se viram sozinhos, Helena soltou, muito divertida. — Você realmente quer julgá-la por sonhar com sexo no estacionamento com Riggs?
Com isso, Meredith estreitou os olhos, antes de soltar um suspiro. — O que você sabe?
— Veja, este é um hospital bem grande, o que significa que há uma quantidade considerável de pessoas entrando e saindo a qualquer momento. — a garota mais baixa explicou, enquanto elas começavam a descer o corredor. — E como sou amiga de boa parte da equipe, sabe, às vezes acontecem imprevistos. Tipo, quem saiu do carro de quem ainda abotoando a camisa na semana passada...
— Não! — Meredith deixou escapar, fazendo Helena rir. — E você não me disse que sabia?!
— Bem, eu não queria pressionar você a compartilhar algo que você não quer compartilhar! — a mulher levantou as mãos, defensivamente. — Quer dizer, eu não sabia se você estava pronta para falar sobre isso, ou...
— Então você me julgou silenciosamente por dormir secretamente com o crush da minha irmã? — a loira sussurrou.
— Não tanto julgado como... Simplesmente observado e tentado abster-se de qualquer tipo de julgamento moral, mesmo que eu possa ser uma pessoa 'moralmente julgadora'. — Helena tentou. — Mas, por favor, me diga que você não está mais dormindo com ele, porque então eu não sei se serei capaz de não julgar.
— Não, não. Assim que Maggie me disse que estava interessada, terminei. — Meredith balançou a cabeça.
— Ótimo. Então esta ainda é uma zona sem julgamentos.
——
— Ei. — Helena cumprimentou, juntando-se a Meredith e Alex na ponte externa do hospital. — Ouvi algo sobre Bailey te expulsando de um caso. O que... O que aconteceu?
— Eu errei feio, Lena. — o homem assentiu.
— Bem, todos nós erramos. Ela não deveria ter tirado esse caso de você. Quero dizer, por que todo mundo aqui está agindo como se nunca tivesse cometido um erro antes? — a loira soltou, frustrado.
— Pare. — Alex tentou. — Meu paciente pode perder a perna porque eu estraguei tudo. E eu continuo errando. Só... Vocês duas precisam abrir os olhos. Vocês estão apostando no cavalo errado.
— Alex, isso não é... — Helena tentou, balançando a cabeça. — Você errou. Você errou. Você espancou um cara que nem merecia. Mas você... Você pensou que ele estava machucando Jo. Você não fez isso porque é uma pessoa má. Essa distinção importa. Agora, você sabe que eu não vou agir como se isso tornasse tudo ok. Eu estava brava com você, e eu disse que ainda estarei lá para Andrew, porque ele precisa. Você errou. Não há como negar isso. Mas isso não faz de você um erro. Ok?
Com um suspiro, ele balançou a cabeça. Com isso, a morena mais baixa insistiu, abrindo os braços. — Vamos. Você precisa de um abraço.
— O que? — ele franziu o rosto e riu.
— Eu não quero ouvir isso. — Helena balançou a cabeça. — Eu vou te dar um abraço.
Com isso, Meredith riu, enquanto a outra cirurgiã envolvia os braços em volta do tronco de Alex, abaixo dos braços dele. A princípio, os braços do homem pareciam um pouco rígidos em volta dos ombros dela, mas ele eventualmente amoleceu com o toque, quase em alívio.
— Viu? — Helena sorriu. — Abraços tornam quase tudo um pouco melhor.
——
— Aqui estão os exames de Zach Thompson, Lena. — Jo entregou um tablet enquanto Helena estudava os exames de outro paciente em uma sala de observação.
— Obrigada. — ela sorriu. Estudando-os por um minuto, ela concluiu. — Parece que pode ser o começo de uma infecção. Ainda é bem cedo, então devemos ser capazes de tratá-la facilmente com medicamentos.
— Avisarei as enfermeiras. — a residente assentiu.
— Só... Espera um segundo, Jo. — Helena pediu. — Como você está? Depois de tudo que aconteceu, eu realmente não tive a chance de checar você direito.
— Está tudo bem, estou bem... — ela balançou a cabeça e então soltou. — Eu... Não tenho onde morar. E o hospital inteiro não para de sussurrar sobre a letra escarlate no meu peito. Então parece que estou presa em uma caixa de vidro e todo mundo está do lado de fora, observando enquanto fico sem ar. Mas, sim, está... — ela riu. — Estou ótima.
— Ok. — Helena assentiu. — Vou dar um jantar na minha casa hoje à noite e você vai. Você precisa esquecer os sussurros e olhares por um tempo. — quando Jo abriu a boca para protestar, a atendente antecipou a pergunta. — Alex não vai estar lá. Na verdade, era para ser um jantar para apenas quatro pessoas no começo, mas então eu meio que convidei alguém, então não será um problema se você for também.
——
— Desculpe. — Maggie deixou escapar, entrando na sala de estar da casa de Helena, seguida por Owen.
Na cozinha, Helena mexeu o jantar, enquanto Amelia tentava cortar alguns vegetais. Perto delas, na ilha da cozinha, Jo serviu-se de um pouco de vinho, enquanto Riggs comia algumas nozes no sofá.
— Tivemos uma cirurgia de emergência que nos atrasou. — l ruivo justificou, então acenando em direção ao seu casaco. — Tem algum lugar onde eu possa...?
— Oh, eu tenho alguns ganchos perto da porta da frente, você pode pendurar lá. — Helena assentiu, tentando fingir que o convidado era esperado. Enquanto ele sorria, andando pelo corredor, a garota mais baixa se aproximou de Amelia, sussurrando. — Você convidou Owen?
— Não. — ela riu confusa. — Eu não convidaria meu ex para isso...
— Eu fiz. — Maggie deixou escapar, aproximando-se deles. — Isso é um problema?
Com isso, Helena e Amelia trocaram um olhar, antes que a neurocirurgiãa soltasse, enquanto a cirurgiã pediátrica dava de ombros. — De jeito nenhum.
— Bom. — a cirurgiã cardíaca sorriu, então soltou, surpreso. — Wilson! Quero dizer... Oi, Wilson.
Enquanto Maggie tirava o casaco, revelando um vestido vermelho chique, Helena se desculpou. — Oh, desculpe, esqueci de dizer que isso é só casual?
— O que? Estou casual. — ela deu de ombros.
— Nós estamos casuais. — Amelia deixou escapar, apontando para ela e Helena. — Você está gostosa.
— Não. Eu estou gostosa?!
— Sua bunda parece uma maçã. — Amelia assentiu, fazendo Helena rir e Maggie sorrir, satisfeita.
— Ok. Vou fazer companhia ao Riggs. — a mulher de cabelos cacheados assentiu.
— Estou logo atrás de você. — Jo deixou escapar, levando seu copo com ela.
— Ah, não precisa. — Maggie tentou evitar sua companhia, educadamente.
— Eu não me importo. — a residente assentiu enquanto caminhavam em direção à sala de estar.
— Então... Seu ex está aqui. No jantar que era para ser a oportunidade perfeita para contar às pessoas sobre nós, durante a comida para que as pessoas fiquem felizes. — Helena exalou, ainda mexendo o jantar.
— Ele está. — Amelia assentiu. — Podemos contar para Maggie e Meredith depois, se você quiser.
— Não, está tudo bem. — ela balançou a cabeça. — Quero dizer, ele vai ouvir sobre isso de qualquer maneira, certo? Nós duas sabemos o quão rápida é a fábrica de fofocas do hospital...
— Verdade. — ela assentiu, enquanto Helena olhava por cima do ombro para verificar como estava o corte dos vegetais.
— Ok, então, talvez tente pedaços menores? Senão vai demorar uma eternidade para cozinhar. — a morena sugeriu.
— Assim? — Amelia tentou, fazendo Helena rir, divertida.
— Você é uma neurocirurgiãa, Dra. Shepherd. Você deveria ser capaz de cortar coisas em pedaços pequenos.
— Ah, cala a boca. — Amelia riu de volta. — Eu sou gostosa, eu sou engraçada... Não seria justo com mais ninguém se eu também fosse uma boa cozinheira.
— Certo. E tão humilde também. — Helena provocou, resistindo à vontade de dar um beijo em sua bochecha, enquanto voltava ao trabalho.
——
Helena tinha acabado de colocar o jantar nas travessas quando o som de um pager ecoou pela sala.
Com isso, ela murmurou, enquanto se movia para pegar seu pager no balcão da cozinha, enquanto todos os outros se moviam para checar os seus também. — Por favor, não seja meu ou da Amelia, por favor, não seja meu ou da Amelia...
Virando o pager para cima, ela anunciou para a sala. — Sou eu.
— Oh. — Amelia deixou escapar, decepcionada.
— Você quer que a gente vá embora, Lena? — Meredith perguntou da sala de estar.
— Não. Não, está tudo bem. Vocês todos fiquem, não precisam desperdiçar um jantar perfeitamente bom. Eu voltarei assim que puder. — ela balançou a cabeça. — Vocês sabem onde tudo está.
— Claro. — a loira assentiu, com um sorriso.
Enquanto Helena pegava sua bolsa e caminhava rapidamente em direção à porta, Amelia a seguiu de perto.
— Esse jantar era para dar certo. — a mulher mais jovem quase fez beicinho. — Era para ser a hora em que contávamos para Mer e Maggie.
— Está tudo bem. Haverá outros, Lena. Outros jantares, outras chances de contar a elas... Haverá outros. — Amelia tranquilizou, quando chegaram à porta da frente.
— Eu só... — Helena pegou seu sobretudo dos ganchos na parede. — Você disse que mentiras colocam sua sobriedade em risco. Eu quero fazer isso direito. Contar às pessoas, quero dizer. Mas, acima disso, eu quero fazer isso logo para que você nem precise se preocupar com isso. Não é justo com você.
— Ei, não. Você não precisa carregar o peso da minha sobriedade, Lena. — Amelia balançou a cabeça.
— Eu sei que não preciso. É o que acontece quando você se importa com alguém. Você quer vê-lo feliz. — Helena deu de ombros, fazendo Amelia sorrir suavemente. Com isso, ela não conseguiu resistir e deu um beijo nos lábios da neurocirurgiã, na privacidade de seu próprio foyer, antes de sair.
——
Quando Helena voltou para casa, ainda sem o casaco quando entrou na sala, viu Meredith e Alex relaxando no sofá, tomando goles de cerveja, enquanto Amelia tinha uma tigela de pipoca no colo.
— Ei. — ela sorriu, pegando um travesseiro para abrir espaço para ela, jogando-se no sofá com ele no colo. — Vocês não precisavam ficar até tão tarde, já é quase meia-noite.
— Liguei para Alex e ele trouxe uma bebida. Estamos bem, não se preocupe. — Meredith brincou. — Como estava o garoto que você teve que ir buscar?
— Era uma estenose hipertrófica do piloro em um bebê de 4 semanas. Teremos que monitorá-lo, mas ele está bem por enquanto. — ela assentiu, então se virou para o cirurgião ortopédico. — Ah, eu também fui verificar seu paciente, Alex. Ele parece bem.
— Ele não é mais meu paciente. — ele tomou um longo gole de sua cerveja. — Bailey está certo, minha cabeça não está no jogo.
— Então entre no jogo. — Amelia encorajou.
Com um suspiro, o homem revelou. — Vou trabalhar na clínica por um tempo.
— Isso é simplesmente... — Meredith começou.
— Está tudo bem, está tudo bem. Não é como se eu não tivesse feito isso comigo mesmo. — ele deu de ombros.
Houve um momento de silêncio, antes de Meredith decidir revelar. — Eu dormi com Riggs.
— Riggs? — Amelia deixou escapar, seus olhos arregalados. — Mas Maggie...
— No estacionamento. No meu carro. — Meredith completou.
— No carro que você me trouxe até aqui? — Alex riu.
— É ruim. — a loira balançou a cabeça.
— Foi ruim...? — Alex parecia perdido.
— Não, é ruim porque... — Helena começou a explicar.
Nesse momento, Maggie entrou na sala de estar e perguntou: — O que estamos bebendo?
A mulher não perdeu tempo, pegou a cerveja de Meredith para tomar um grande gole.
— Ei, Maggie. Pensei que você tivesse ido para casa. — Helena soltou.
— Meu Deus, isso foi humilhante. É pior do que ser abandonada pelo DeLuca. — ela balançou a cabeça, tomando outro grande gole.
— Devagar. — Meredith lançou-lhe um olhar.
— E agora ele sabe o quanto eu gosto dele. — Maggie choramingou. — Por que estou chorando? Por um cara que disse não?
— Quem disse o que? — Alex olhou entre todas as mulheres, novamente parecendo perdido.
— Você vai ouvir coisas de qualquer jeito. — Maggie se recostou. — É Riggs. Eu o chamei para sair. Ele disse não. Tão rápido.
Com isso, os olhos de Alex se arregalaram, olhando entre Meredith e Helena, que ergueu as sobrancelhas com um aceno lento.
— Sabe de uma coisa? Esqueça-o. — Meredith insistiu. — É realmente hora de seguir em frente. Olhe para o lado bom.
— É, ele disse que não estava namorando agora. — a mulher se endireitou no assento. — Vou dar um tempo.
Os cinco médicos passaram algum tempo conversando, Meredith, Alex e Maggie bebendo, enquanto Helena foi reaquecer um pouco do jantar que havia feito e Amelia comeu um pouco de pipoca.
Por fim, Amelia lançou um olhar para Helena, quase pedindo permissão. Entendendo o que ela queria dizer, Helena assentiu enquanto mordia o interior da bochecha, pegando sua mão.
— Então, temos boas notícias. Queríamos contar a você durante o jantar, mas isso certamente não foi bem, então... — Helena começou a explicar.
— Helena e eu estamos nos vendo. — Amelia deixou escapar, enquanto Maggie e Alex pareciam surpresos. — Não é nada sério ainda, e estamos fazendo isso há apenas algumas semanas, mas queríamos contar a vocês.
— Sim, fizemos. Porque vocês são família, e queremos poder compartilhar essas coisas com vocês. E sabemos que algumas coisas podem ser um pouco complicadas, com Amelia e eu sendo próximas de todos vocês... — a mulher mais jovem quase se desculpou.
— Você está brincando, Lena? — Maggie deixou escapar, com um sorriso. — Não, estou tão feliz por vocês.
— Quero dizer, sim, vocês fazem o que sabem fazer. — Alex deu de ombros, despreocupado.
Na falta de reação, Helena estreitou os olhos para sua pessoa. — Você não está reagindo.
— Por que você não está reagindo? — Amelia perguntou nervosamente.
Com um suspiro, Helena bateu repetidamente no braço da neurocirurgiã, em compreensão. — Ela sabia!
— Você sabia? — a mulher de olhos azuis franziu as sobrancelhas.
— Você mora comigo, Amelia. Quando você começa a sair escondida depois do trabalho e quando vocês duas estão de repente mais sorridentes do que o normal, não é muito difícil juntar as peças... — a loira deu de ombros, com um sorriso. — Você não é a única que sabe das coisas, Lena.
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