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˖࣪ ❛ DÉCIMA SEGUNDA TEMPORADA
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— VOCÊ CONCORDOU COMIGO. Você disse que April deveria contar a Jackson. — Arizona falou ao telefone com Helena, que atualmente a equilibrava em seu ombro, suas mãos ocupadas enquanto ela tentava despejar sopa em um recipiente.
— Bem, sim, eu disse que ela deveria contar a ele. Não que você deveria ir pelas costas dela e contar ao ex-marido dela sobre o filho que ainda não nasceu! — Helena deixou escapar.
— Eu realmente estraguei tudo, Lena. Ela me odeia. — a loira exalou.
— Vamos lá, tenho certeza de que ela não te odeia. Ela provavelmente está louca de raiva e não quer te ver tão cedo, sim, mas ela não te odeia. Ódio é reservado para, tipo, neonazistas ou assassinos. — ela tentou, fechando a tampa do recipiente.
— Então ela me agrupou com assassinos. Ótimo. — Arizona exalou.
— Tudo o que você pode fazer é dar espaço a ela, agora... — Helena deixou escapar. — Olha, eu tenho que ir. Mer precisa de mim. Ah, e se alguém perguntar, eu definitivamente não tirei um dia de folga para ajudar Mer a se sentir melhor o-ou deixei Cara na creche mesmo que eu não esteja trabalhando, ok?
— Claro.
——
— Ok, estou aqui! — Helena invadiu a cozinha de Meredith, para encontrar Amelia e Maggie perto da máquina de café, enquanto colocava tudo o que trouxera com ela na ilha da cozinha. — Eu trouxe sorvete, tequila e sopa. O que aconteceu?
— Eu não sei. — Maggie deu de ombros. — Eu estava escovando os dentes, então de repente Mer estava gritando para Thorpe sair. Ele disse que não fez nada, mas, quer dizer, eu não sei. Agora ela está trancada no quarto...
— Ela não pode ficar trancada lá o dia todo, ela tem que descer em algum momento. — Amelia raciocinou.
— Quero dizer, quando o noivo de Izzie Stevens morreu, ela se trancou no banheiro de cima por mais de 24 horas. — Helena franziu as sobrancelhas, então rapidamente soltou, sua boca se abrindo ligeiramente. — Oh, espero que isso não seja uma situação do tipo deitada-no-chão-do-banheiro-com-um-vestido-de-formatura...
— Desculpe, o quê? — Maggie perguntou.
— Ah, certo. Às vezes eu esqueço que vocês duas são relativamente novas. — a garota baixa percebeu, tentando explicar. — Nossa amiga do ano de estágio, a ex-esposa do Alex? Não? Aquela que amava o Natal e pagou sua faculdade de medicina como modelo?
Ao ver o olhar vazio no rosto de Maggie, Amelia soltou, em compreensão. — Ah, aquela interna que se apaixonou por um paciente e cortou o fio do LVAD dele?
— Talvez? — Helena franziu as sobrancelhas. — Tecnicamente, acho que tudo ainda é alegado.
— Ah, sim, já ouvi falar disso. — Maggie finalmente assentiu.
— Não é verdade? — brincou Amelia, com uma risada seca.
— Você acha que ela quer comida ou só café? — Maggie perguntou, olhando de volta para a máquina de café. — Ou não café? Talvez chá? Chá é mais calmante...
— Eu diria que ela iria para a tequila, mas é um pouco cedo para isso, então eu digo que é meio a meio entre café e bebida. — a garota mais baixa tentou, sentando-se perto da ilha da cozinha.
— Então, o que sabemos sobre esse cara? — Amelia perguntou.
— Bem, Mer saiu com ele algumas vezes, que eu saiba. Ele é um cirurgião militar, nos deu trabalho por causa de um paciente quando fomos ao hospital dele. Além disso, não muito... — a morena deu de ombros.
Quando Meredith entrou na cozinha, todas as três garotas se viraram para encará-la, enquanto Maggie soltou, assustada. — Oi! Como você está?
— Você quer café ou tequila? Ah, ou sopa e sorvete, eu trouxe também. — Helena perguntou, enquanto Meredith procurava freneticamente por algo nos armários da cozinha.
— Também poderíamos fazer chá. — Maggie ofereceu.
— Você está bem? — Amelia tentou.
— Onde guardamos as coisas para as bancadas? — Meredith perguntou, abrindo o armário atrás dela.
— O quê? — Maggie franziu as sobrancelhas.
— Aquele produto azul, sabe, para limpar bancadas, é seguro para as crianças. — a loira explicou.
— Uh, costumava ficar atrás das toalhas de papel. — Amelia disse a ela, fazendo Meredith abrir outro armário.
— Meredith, o que aconteceu? — Maggie perguntou.
— O que podemos fazer? — Helena perguntou.
— Achei! — Meredith exclamou.
— Meredith. — Amelia chamou mais uma vez. Diante do olhar perplexo da loira, ela explicou. — Você está se perguntando por que estou aqui. Eu dormi aqui ontem à noite. E na noite anterior. N-no sofá! Pensei que estaria fora antes de você acordar, mas...
— Você vai ficar aqui? — Helena franziu as sobrancelhas. — Não, você não deveria dormir em um sofá, não quando eu tenho quartos vagos! Você pode ficar na minha casa, se quiser. M-mas o que... O que aconteceu?
— Lena, posso usar isso no fogão? — Meredith se virou para ela, acenando em direção ao líquido.
— Ah, sim, claro.
Imediatamente, Meredith começou a borrifar. — Essa coisa provavelmente está coberta de 10 anos de graxa.
— Desculpe por não ter perguntado antes, eu só precisava de um lugar para ficar por um minuto, mas vou pegar minhas coisas e vou embora. — Amelia deixou escapar, apontando para a sala de estar.
— Não, é o Owen. — Maggie deixou escapar. — Algo aconteceu com o Owen, e isso realmente a abalou, então...
— Maggie! — Amelia soltou.
— Olha, você me disse, e...
— É, e agora eu queria não ter feito isso! — Amelia deixou escapar, insistindo. — Estou indo embora.
— Não, por favor, fique! — Maggie deixou escapar. — Algo aconteceu com você e agora algo aconteceu com Meredith, e acho que deveríamos todos sentar e conversar sobre isso, tudo bem?
— Viu, essa é uma boa ideia. Porque agora estou muito preocupada com vocês duas e preciso saber o que aconteceu, então sei com quem devo ficar brava. — Helena assentiu.
Virando-se para sua pessoa mais uma vez, Meredith abriu o fogão. — Posso usar alvejante aqui?
——
— Ok, Zola e Bailey foram deixados. Bailey foi brincar com a pequena Caroline. — Maggie deixou escapar, enquanto entrava na casa mais uma vez, passando por Helena. — Como estão as coisas aqui?
— Ellis ainda está dormindo, e eu... Bem, estou tomando conta de Amelia e Meredith para que elas não estraguem os móveis no processo de limpeza, então é bom ter outra adulta de volta. — Helena explicou com uma risadinha, enquanto esfregava a mesa de centro, perto do neurocirurgião.
— Ei, com licença, eu não preciso de babá! — Amelia deixou escapar.
— Eu salvei tanto a mesa de centro quanto a estante de livros na última hora. — Helena riu, levantando uma sobrancelha. — Eu diria que você faz.
— Então, estamos limpando aqui agora. — Maggie ressaltou.
— Terminamos na cozinha, então seguimos em frente... — a médica de olhos azuis explicou.
— Ok, então passem o desinfetante. — Maggie concordou, ajoelhando-se perto delas.
— DeLuca saiu daqui às pressas, esta manhã. — Amelia deixou escapar.
— É, ele está em uma miotomia de Heller. Ele está fazendo a dissecção esofágica. — Maggie deixou escapar, quase orgulhosa.
— Estava. — Helena corrigiu. — Ele estava na minha cirurgia, mas eu tive que ligar dizendo que estava doente, porque, bem, você sabe... — a garota olhou de volta para Meredith, que esfregava a mesa de jantar.
— Onde está o polidor de madeira? — perguntou Amelia.
— Aqui está. — Maggie ofereceu, passando-o sobre a mesa, seus braços se cruzando com os de Helena no processo, que estava no meio dos outros duas. — Sabe, é estranho, porque eu disse a ele para me deixar ir como for, e ele não disse nada sobre ser cancelado.
— Talvez ele esteja muito ocupado. — Helena deu de ombros, ainda esfregando a mesa. — Acho que ele foi transferido para Alex na ortopedia.
— Owen não para de mandar mensagens ou ligar. — Amelia deixou escapar, fazendo Helena levantar os olhos da mesa.
— O que você vai fazer? — perguntou a menina baixa.
— Eu não faço ideia.
— Sim, eu também não saberia o que fazer...
— O que aconteceu, Amelia? — Helena perguntou, claramente preocupada.
— Não importa. — ela deu de ombros.
— Você provavelmente conhece Owen melhor do que qualquer um de nós, Lena. Você tem algum conselho? — Maggie perguntou.
Balançando a cabeça, Helena simplesmente deu de ombros. — Não importa. Além disso, realmente não é da minha conta.
Com isso, Amelia franziu as sobrancelhas. — O quê?
— Não, é isso mesmo, é o relacionamento de vocês, o que eu penso ou não penso não importa. — Helena deu de ombros, esfregando a madeira com um pouco mais de força.
— Ah, vamos, Lena. Agora você tem que me dizer. — a neurocirurgiã insistiu. Diante do olhar reticente da cirurgiã fetal, ela a tranquilizou. — Olha, se eu não concordar, não vai mudar nada. E eu confio em você. Eu confio na sua opinião.
— Tudo bem. — Helena suspirou em aceitação, largando a toalha que usava para limpar a superfície de madeira. — Eu acho que... Olha, Owen não é um cara mau. Nós não somos próximos, mas e-ele é... Bem, todos nós somos uma espécie de grande família, não somos? Owen e eu discordamos em muitas coisas, isso com certeza... Desde a maneira de abordar certas cirurgias até algumas questões sociais fundamentais. Mas ele não é um cara mau de jeito nenhum, nem de longe, e ele é um bom chefe e cirurgião. Ele é apenas - e não é isso que eu acho que deveria importar, mas... Bem, pelo que eu vi, ele simplesmente não é um bom namorado, ele não é bom em... Relacionamentos. Eu acho que, bem, como parceiro... Você merece alguém melhor. Ou, bem, pelo menos, diferente. — a garota compartilhou.
Com isso, o silêncio cobriu a sala, Maggie olhando entre as duas mulheres enquanto Helena voltava a esfregar a mesa ansiosamente. Quanto a Amelia, a mulher declarou para a médica mais jovem com as sobrancelhas franzidas, quase considerando o que lhe foi dito.
— Há quanto tempo essa mancha está aí? — Meredith perguntou de repente, fazendo as três cirurgiões olharem para a mancha em um dos tapetes.
——
— Que aspirador de pó é tão complicado de montar? — Maggie reclamou, enquanto as quatro mulheres estavam sentadas no chão, em frente às peças que deveriam compor o equipamento.
— É um vaporizador de carpetes. — corrigiu Meredith.
— E nós somos as donas? — Maggie franziu as sobrancelhas.
— Vamos, estou pronta. — Helena anunciou, enquanto pegava a maçaneta, virando-se para Amelia. — Vai.
— Em vez disso, manuseie na base da máquina. Pressione firmemente. — ela leu as instruções.
Com isso, a cirurgiã mais baixa fez exatamente isso, afastando as mãos por um segundo para avaliar seu trabalho. Então, ela decidiu pressionar um pouco mais forte, só por precaução. Com um aceno determinado, ela anunciou. — Ok.
— Bolts. — Meredith gritou, Amelia passando as peças. — E coisa circular.
— Então, você ainda não nos contou o que aconteceu com Owen... — Helena insistiu.
— Não é nada. — a morena de olhos azuis balançou a cabeça, embora um pouco inconformada, então se virou para sua cunhada. — Uh, círculos pequenos ou círculos grandes?
— Pequeno. — a loira respondeu, então acrescentando. — Você está mentindo. Chave de fenda.
— Eu... Apareci no trailer dele. Ele estava bêbado, então eu fui embora. — Amelia deu de ombros.
Com isso, Helena levantou os olhos do parafuso que estava aparafusando, um pouco de raiva aparecendo em seus olhos. Não muito tempo atrás, Amelia havia recaído, e Owen sabia disso. Era irresponsável e desconsiderado da parte dele ficar bêbado quando sabia que a encontraria. — Quão bêbado?
— Ruim. Fala arrastada, tropeçando... Ele tentou ligar. Não estou pronta. — a neurocirurgiã explicou.
— Então, não é nada. Não é nada mesmo. — Helena murmurou com raiva, apertando vigorosamente o último parafuso, enquanto Alex entrava na casa.
— Eu vou matá-lo. — ele anunciou, virando-se para o loiro. — Ele te machucou? Você está machucada?
— Vá encher isso com água. — Meredith passou a ele o compartimento que guardaria o líquido. — Calma.
— O que está acontecendo? — o homem franziu as sobrancelhas, confuso.
— Tem uma mancha no carpete. — explicou a loira.
— Você disse que isso era uma emergência. — Alex murmurou para Maggie.
— Há. Há uma mancha. — ela assentiu.
— Cancelei minhas duas últimas cirurgias e deixei DeLuca encarregado do meu pós-operatório para isso? — ele ergueu as sobrancelhas.
— Ei, não faça beicinho. — Helena deu um tapa suave na perna dele, do seu lugar no chão. — Tive que cancelar meu dia inteiro.
— Então DeLuca saiu da sala de cirurgia? Ele disse que me mandaria uma mensagem sobre a miotomia de Heller de Lena, então presumi que ele estava preso em alguma outra cirurgia... — ela franziu as sobrancelhas, tirando o telefone do bolso para verificar se não havia recebido nenhuma outra mensagem.
— Ok, eu mesma faço isso. — Meredith se levantou para pegar um pouco de água. — Alguém aspire a mancha.
Quando todas as três mulheres se viraram para olhar para ele, Helena puxando suas covinhas, Alex correu para avisar. — Não olhe para mim.
——
— Então DeLuca provavelmente só ficou ocupado, certo? Quero dizer, ele é um interno. Ele provavelmente só ficou correndo o dia todo e esqueceu de me dizer que a cirurgia foi cancelada. — Maggie tentou argumentar, enquanto Meredith tentava passar vapor no carpete, Amelia ao seu lado.
Nas cadeiras do saguão, Alex comeu um pouco de cereal direto da caixa, Helena segurando uma pequena pilha de cereal em sua própria mão, sua cabeça apoiada no ombro dele enquanto ela comia.
— Você tem certeza de que essa coisa funciona? — perguntou Alex, franzindo as sobrancelhas para a mancha que parecia não sair.
— É novinho em folha! — exclamou a loira.
— Bom, só porque você nunca usou, não significa que funciona. Há quanto tempo você tem? — Helena perguntou, levando um pouco de cereal aos lábios.
— Estamos encarando isso da maneira certa? — Amelia inclinou a cabeça.
— O vapor está virado para o carpete. De quantas outras maneiras existem? — Meredith questionou, passando a máquina para sua cunhada.
— Tem sido difícil para nós fazer com que nossas agendas coincidam. Você sabe, ele sempre está na pediatria ou fetal com Lena e tudo mais. — Maggie lançou um olhar para a garota.
— Ei, com licença, estou ensinando ele! — ela explicou, endireitando-se na cadeira. — Estou fazendo três especialidades ao mesmo tempo, isso vem com longas horas. Isso significa que, se eu for orientar Andrew, isso virá com longas horas para ele também.
— É engraçado, sabia? — a mulher de cabelo cacheado soltou. — Era mais fácil para nós ficarmos juntos antes de tornarmos isso público do que agora. É tão engraçado.
Com isso, as outras três mulheres na casa trocaram olhares, enquanto Alex parecia permanecer muito concentrado em comer seu cereal.
Percebendo a troca, Maggie perguntou. — O quê? Por que vocês estão trocando olhares e não trocando palavras?
— Ele tem sido um pouco reservado e difícil de alcançar, e não é totalmente sincero sobre tudo o que está fazendo... — Amelia destacou.
— Um pouco, eu acho. — a cirurgiã cardíaca balançou a cabeça. — O que você está dizendo?
— Ele está te ignorando.
— Uh, não. Não, ele não vai me dar nada.
— Esse é o problema. — Alex interrompeu, e Helena aproveitou a oportunidade para roubar o cereal em sua mão antes que ele o jogasse na boca.
Quando o homem se virou para encará-la, com um olhar acusador, ela deu de ombros. — Seja grata por não ter levado um tapa no braço por esse comentário.
Em resignação, o cirurgião ortopédico pegou mais um pouco da caixa, enquanto Meredith roubava o vapor de volta de Amelia. — Me dá isso.
— Você acha que ele está me largando? — Maggie franziu as sobrancelhas. — Isso é ridículo!
— A menos que não seja. — Amelia deu de ombros, quase se desculpando.
Quando a chefe da cardio começou a andar em direção à porta, Helena se inclinou para frente na cadeira. — Uh, para onde você está indo?
— Para o hospital. Ninguém me ignora. Eu escovo. Eu sou o escovador.
— Não, não, não, não, não. Essa é uma má ideia. — Amelia alertou.
— Não me deixe! Você deveria ser a outra adulta racional por aqui! — Helena implorou. — E, também, sim. Má ideia. Péssima ideia.
Enquanto Maggie simplesmente saía pela porta, Meredith anunciou. — A mancha não está saindo.
Estreitando os olhos para Amelia, Helena quase fez beicinho. — Ela deveria ser a outra adulta racional. Ela não está sendo racional ou agindo como uma adulta. Você quebrou aqui. Você quebrou Maggie, Amelia.
——
Após encontrar o velho cobertor de Derek, Meredith se acalmou. Enquanto Amelia e Alex foram buscar os filhos de Meredith e Helena, os dois se sentaram em frente à lareira que a loira acendeu.
— Eu sempre odiei essa maldita coisa. Não é macia. Não é quente. Não tem uma cor boa. — Meredith deu de ombros.
— Mas era o cobertor dele. Eu sei. — Helena assentiu, pegando a mão de sua pessoa.
— E agora ele se foi, mas eu ainda tenho a maldita coisa. — a loira suspirou. — Eu surtei, esta manhã.
— Eu ouvi. Você está bem, Mer? O que aconteceu? — Helena perguntou, preocupada. — Foi terrível?
— Não. — ela balançou a cabeça. — Esse é o problema. Ele foi meio incrível. Ele ia embora, e então nós dormimos, e quando acordamos... Eu- ele estava lá e eu só... Eu pensei que eu deveria fazer isso e acabar logo com isso. Mas eu não estava pronta para que fosse...
— Para ser bom. Eu sei. — Helena assentiu. — Sabe, semana passada, eu tive meu terceiro encontro com Vaughn- com Emily. E quando ela me trouxe para casa nós... Bem, nós nos beijamos. Quer dizer, já fazia dois anos, então eu estava- eu estava pronta para que fosse horrível. Para eu odiar, ou para que parecesse errado, o-ou algo assim... E simplesmente... Não pareceu. Foi bom. E isso me fez sentir tão culpada. — a garota baixa riu baixinho, balançando a cabeça. — Quer dizer, ir a um encontro ou beijar outra pessoa era uma coisa... Mas aproveitar? Eu-isso só-isso só parecia que eu estava traindo Mark. Então fui para casa e vesti o moletom idiota dos Yankees dele, que ele trouxe de Nova York. Aquela coisa é tão velha que tive que consertá-la mais vezes do que consigo contar, porque ele se recusou a jogá-la fora. É tudo manchas de diferentes tons de cinza, e foi lavado tantas vezes que mal está fofo, mas era dele. E isso me fez sentir melhor.
— E o que aconteceu com Vaughn? — Meredith perguntou.
— Ignorei as ligações dela por alguns dias, então finalmente tive coragem de ir a outro encontro. — a morena suspirou. — Então, nem lembro como o assunto surgiu, mas ela parecia muito com aqueles médicos do tipo 'sou melhor que enfermeiras porque estudei medicina', então foi... Isso. Então comecei a ignorar as ligações dela para sempre.
— Bom. — Meredith riu. — Temos que lidar com muitos desses no trabalho.
— Verdade. — Helena riu de volta. — Sabe, eu nunca pensei que acabaríamos aqui...
— Ficamos viúvas antes mesmo dos cinquenta? — perguntou a mulher mais velha.
— Não. — a cirurgiã pediátrica balançou a cabeça. — Quer dizer, claro, também não vi exatamente isso chegando, mas não foi isso que eu quis dizer. Eu quis dizer... Ser capaz de seguir em frente, eu acho. Ser capaz de ser feliz novamente.
Com isso, Meredith olhou para sua pessoa, um sorriso crescendo em seu rosto. — É. Estou orgulhosa de nós, Lena.
— Estou orgulhosa de nós também.
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