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˖࣪ ❛ DÉCIMA SEGUNDA TEMPORADA
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— BOM DIA. — Helena sorriu, no banco da frente do carro de Alex, enquanto Meredith entrava no banco de trás, com suas irmãs atrás dela.
— Você disse que estava bêbada. Posso ao menos perguntar se você usou camisinha? — Amelia perguntou a Maggie.
— Cale... A boca! — ela pediu.
— Olha, tem uma caixa gigante de preservativos embaixo da pia do banheiro. Eu divido. Eles são para todos.
— Sério? — perguntou Alex.
— Eu estava sendo otimista. — ela deu de ombros.
— P-por que estamos falando de preservativos? — Helena perguntou, quando Meredith percebeu.
— Espera, era você que estava fazendo todo aquele barulho ontem à noite? Pensei que fosse a Amelia! Bem, você não é tímida. E tem uma boca suja. — a loira apontou, fazendo Helena rir.
— Ok, podemos não falar sobre isso? Por favor. Eu estou te implorando. — a mulher tentou.
— Então a estagiária era boa de cama... — Amelia murmurou.
— Estagiária?! — Helena deixou escapar, virando-se para encarar as mulheres no banco de trás. — Que estagiária?
— Maggie, que estagiária? — repetiu Meredith.
— Alex pode nos ouvir. — ela choramingou.
— Alex não se importa, nós estamos fofocando na frente dele há anos. — a morena menor deu de ombros. — Você se importa, Alex?
— Eu me importo com alguma coisa dessa conversa? Não. — ele deixou escapar, fazendo Helena levantar as sobrancelhas, com um sorriso suave.
— Ele visitou Ladytown? — Amelia perguntou. — Porque eu acho que se eles não forem para LadyTown na primeira vez, não deve haver próxima vez.
— Ela está certa sobre isso. — Meredith concordou.
— Oh, deixe Maggie em paz. Alguns de nós temos filtros. — Helena lançou um olhar provocador para sua pessoa e Amelia.
— Obrigada! — Maggie exalou. — Se qualquer um de vocês disser mais uma palavra, eu vou pular deste carro, enquanto ele estiver em movimento. E LadyTown é tão ruim quanto LadyPlace.
— Nossa. Tão sensível. — Meredith murmurou.
— Eu estava tentando ser legal, me interessar. Meu Deus... — Amelia deixou escapar.
— Ei, que horas você quer que a gente vá até sua casa hoje à noite? — Alex mudou de assunto, enquanto Helena cantarolava concordando.
— Por que você está vindo para minha casa hoje à noite?
— O jantar? — Helena perguntou.
— Ah, o jantar. Não, não é hoje à noite. — Amelia balançou a cabeça.
— Não, isso é daqui a semanas. Está na... — Maggie pensou.
— O jantar será no dia 14. — completou Meredith.
— Hoje é dia quatorze. — Alex disse a elas.
— Vocês três são péssimas anfitriãs. — Helena deu uma risadinha.
— Você é a anfitriã, então. — Meredith retrucou imediatamente.
— Ei, tem mais crianças do que adultos na minha casa. Isso não vai acontecer. — ela negou. — Embora eu seja uma boa anfitriã.
——
— Ele não quis dizer isso, certo? — April perguntou, andando entre Arizona e Helena. — Quero dizer, você não joga a palavra divórcio assim! Foi só o calor do momento, certo?
— Talvez ele estivesse apenas bravo... — Helena sugeriu.
— Eu sou o único que está brava! Divórcio? Não, eu me recuso a aceitar. Recuso! — a ruiva disse a elas.
— Você acha que ele vai naquele evento hoje à noite? — perguntou Arizona.
— Oh, Deus... — April exalou, colocando as mãos nos braços das amigas. — Vocês vão? Por favor, me digam que vocês vão.
— Estou indo. — Helena cantarolou. — Sofia pode ficar com a babá na minha casa, se você quiser. Zola, Bailey e Ellis também.
— Eu não sei... — Arizona deu de ombros. — Quero dizer, Callie vai estar lá.
— Desde quando isso é um problema? — April perguntou.
— Não é. É que eu não quero que a nova namorada dela se sinta desconfortável. — ela deu de ombros. — Você sabe, intimidada por mim. Quer dizer, se ela vai mesmo trazê-la. Eu não sei se ela vai trazê-la. Você sabe?
— Bem, ela está logo ali. — Helena ressaltou.
— Você quer que eu pergunte se ela vai levá-la? — April perguntou.
— Sim, por favor! — Arizona mostrou as covinhas.
— Ok. Você pergunta sobre Jackson, eu pergunto sobre Penny. — April concordou.
— 10-4. — Arizona confirmou.
— Isso é triste... — a morena riu.
— Ei, sobre aquela coisa hoje à noite, não tenho certeza se alguma delas cozinha. — Callie perguntou a Helena, se aproximando das mulheres. — Devo levar comida só por precaução para que nenhuma de nós passe fome?
— Eles provavelmente vão pedir um pouco? — Helena sugeriu. — Não sei, pode ser um pouco rude os convidados trazerem, sem um pedido...
— Ei, uh, você sabe se... Se Jackson vai vir hoje à noite? — a loira tentou.
— Ah, não faço ideia. — ela balançou a cabeça.
— Você vai levar Penny? — April perguntou.
— Oh! — Callie deixou escapar. — Eu não tinha... Eu, uh, não sabia se você ficaria bem com isso. — ela se virou para Arizona. — E eu não queria que fosse estranho ou desconfortável para ela. Você sabe.
— Oh? Eu? — a voz de Arizona ficou aguda. — Oh, estou bem! Você tá brincando?! Não, traga ela! Totalmente! Traga ela, porque, quer dizer... Eu quero conhecê-la! Acho que todos nós queremos conhecê-la. É! Não só eu. Bem, principalmente eu, porque eu...
— Nós adoraríamos conhecê-la. — Helena a interrompeu, com um sorriso.
— Vou ver se ela está disponível. — Callie assentiu.
— Legal, legal. — Arizona assentiu, enquanto sua ex-esposa ia embora. — Viu? Eu consigo fazer isso. Eu consigo fazer isso, estou animada. É legal. Eu estou legal.
— É, pessoas legais não dizem que são legais. — April disse a ela, deixando a Dupla de Covinhas para trás.
— Foi realmente tão ruim assim?
— Não... Bem, um pouco. — Helena franziu o nariz.
——
— Com licença, querida! — um homem gritou para Helena, fazendo-a parar no meio do caminho e encontrar um homem mais velho chamando por ela, deitado em uma cama de hospital.
— É a Dra. Campos, mas o que posso fazer por você? — ela sorriu suavemente.
— Bem, minha amiga, Gabby Margraff, eles disseram que a estavam levando para uma fisioterapia ou algo assim ou... Ou uma PP? — ele perguntou.
— Uma tomografia, talvez? — ela sugeriu, estreitando os olhos.
— Essa é a passagem! — ele bateu palmas. — Ah, cara, você sabe, eu não a vejo desde então, mas eu... E eu não quero ser um incômodo, mas ninguém disse nada.
— Ok, deixe-me ver o que posso descobrir para você. — Helena assentiu, procurando o nome em seu tablet. — Tudo bem, de acordo com o que tenho, ela ainda está em CT.
— Ok. — ele sorriu, colocando a mão sobre a dela. — Ok, ok, bom. Bom.
— Ótimo. — Helena sorriu de volta. — Há mais alguma coisa que eu possa fazer por você?
Com uma cara meio travessa, ele se inclinou para sussurrar. — V-você tem gelatina aqui, certo?
Com uma risada, Helena assentiu. — Temos. Temos muita gelatina aqui.
Os olhos do homem brilharam de excitação, fazendo Helena soltar uma risada divertida.
——
Helena sentou-se ao lado da cama de Abe, comendo sua própria gelatina enquanto conversavam.
— Eu pensei que o objetivo de um cruzeiro para solteiros era conhecer outros solteiros? — Helena inclinou a cabeça.
— Exatamente. Onde você acha que eu conheci Gabby? Cinco anos atrás, quase no mesmo dia. — ele sorriu, comendo sua sobremesa.
— Realmente?
— Absolutamente! — ele sorriu, fazendo-a rir. — Eu nem queria ir. Mas minha irmã não me largava. 'Saia, conheça pessoas. Não fique em casa sentado naquela cadeira.'
— Era uma cadeira bonita? — Helena perguntou, num tom de conspiração.
— A melhor! Ah, você aperta um botão e seus pés sobem. E tem um- tem um aquecedor no assento. E- e- e um pequeno cubículo para o controle remoto. — ele descreveu, animado.
— Não posso dizer que tenho uma cadeira tão boa, mas eu amo meu sofá. — Helena assentiu. — Depois de um longo dia de trabalho, é tudo o que consigo sonhar.
— Não. — o homem balançou a cabeça. — Você ainda é uma jovem garota! Quantos anos você tem? 30?
— 31. — ela assentiu.
— Então você deveria estar saindo. — ele assentiu, de forma prática. — Ou você tem um marido?
— Eu... Eu tive. Eu tinha um marido. — o sorriso de Helena caiu um pouco. — Ele faleceu há pouco mais de um ano.
— Ah. — ele soltou, olhando para seu colo.
— É quase um pouco cômico, não é? Uma viúva de 31 anos? — Helena sorriu tristemente, dando de ombros. — Mas, ei, está tudo bem. Tenho duas lindas meninas que amam meu sofá tanto quanto eu, e pude viver meu grande amor.
— Oh, isso não está certo. Um dia, quando você estiver pronta, você vai viver outra. — Abe disse a ela, pegando seu bolso. — Aqui, deixe-me mostrar uma coisa.
— Oh, Abe, estou lisonjeada, mas isso é muito repentino. — Helena balançou a cabeça, provocantemente, para o anel de noivado que ele lhe mostrou. — Acabamos de nos conhecer e tudo!
Com isso, o homem mais velho riu. — Sabe, você é um espertinho. M-mas eu gosto disso.
— É um anel lindo. — Helena sorriu, colocando a mão sobre a caixa para incliná-la em sua direção.
— Gabby é linda. Eu ia pedi-la em casamento no barco. Na terceira noite, tem um grande baile no salão principal. Enormes esculturas de gelo e uma banda de dança e tudo. Foi lá que a vi pela primeira vez. — ele descreveu, aparentemente surpreso. — Uau. O vestido que ela estava usando... Fiquei tão tonto que tive que me sentar. Fechei os olhos por um segundo e quando os abri...
Um sinal sonoro os interrompeu, fazendo Helena olhar para seu pager.
— Ah, Abe, sinto muito, mas o dever chama. — Helena disse a ele, levantando-se num pulo.
— Ah, você tá brincando? Vai. Você tem coisas mais importantes para fazer do que ouvir minhas histórias.
— Ei, você vai contar o resto da história, mesmo que eu tenha que te subornar com mais gelatina! — Helena avisou, apontando para ele de brincadeira.
— Então, só se você trouxer outra gelatina com você. — ele brincou de volta.
— Combinado. Framboesa ou limão?
— Surpreenda-me. — ele sussurrou.
— Ok. — Helena sussurrou de volta.
——
Helena andou pelo corredor com um sorriso, com duas gelatinas. Quando chegou à cama de Abe, ela o viu com os olhos fechados, movendo-se para colocar uma mão em seu ombro.
— Abe? Abraham? — ela gritou. Na falta de resposta, ela soltou um suspiro, verificando o pulso dele. — Q-Quem estava monitorando esse homem?
— Eu o examinei há cinco minutos. — uma enfermeira respondeu. — Ele estava bem.
Com isso, os ombros de Helena caíram, enquanto ela sussurrava. — Oh, Abe... Eu sinto muito, muito mesmo.
——
— Owen. — Helena gritou, encontrando-o no pronto-socorro. — Preciso encontrar um paciente. Gabby Margraff.
— Oh, ela está em cirurgia com Grey e Pierce. — ele disse a ela. — O que você precisa?
— E-eu preciso contar a ela que o namorado dela morreu. — Helena balançou a cabeça. — Eu estava levando gelatina para ele, e ele teve uma codificação no corredor.
— C-como ele...? — o ruivo perguntou.
— Quero dizer, ele tinha 90 anos. — ela deu de ombros, claramente desencorajada. — Pode ter sido um AVC ou um IM. Ele simplesmente adormeceu e...
— Lena, me desculpe. — ele colocou uma mão reconfortante em seu ombro. — Nós cuidaremos disso, ok?
— Obrigada. — ela assentiu.
——
Helena entrou em um armário de suprimentos, apenas mirando em pegar um pouco de gaze. No entanto, ao se ver sozinha, sentiu seu lábio inferior tremendo, fazendo-a respirar fundo. Como não conseguiu segurar, sentou-se em um banco cirúrgico, fungando.
Ao ouvir uma porta se abrindo atrás dela, Helena levou a mão à boca, tentando controlar a respiração.
— Oh, Deus. — April soltou, vendo sua amiga. — O que aconteceu?
— Nada. — Helena balançou a cabeça, balançando a cabeça enquanto forçava um sorriso. — E-eu estou bem.
— O que aconteceu? — ela perguntou suavemente novamente, puxando um banquinho para se sentar.
— Oh, isso é estúpido. — Helena tentou enxugar as lágrimas, ainda chorando. — Eu nem sei por que estou chorando. Ele nem era meu paciente. Ele nem era uma criança. Ele tinha 90 anos, pelo amor de Deus.
— Quem tinha 90 anos? — April perguntou, claramente confusa.
— Abe. — Helena fungou. — Abe era... Ele era viúvo. M-Mas ele estava apaixonado, April. E ele estava tão feliz. Ele conheceu o amor da sua vida quando tinha 85 anos. E ele ia pedi-la em casamento. — ela sorriu suavemente. — Mas ele morreu.
— Ah, desculpe... — a ruiva murmurou.
— Eu levei gelatina para ele, e ele me pediu para surpreendê-lo. E ele estava tão feliz, April. Tão animado com as pequenas coisas. Ele estava animado com a gelatina, e ele estava animado com Gabby e seu vestido, e-e ele saiu da cadeira! — Helena fungou, enxugando suas lágrimas. — Eu senti como se pudesse falar com ele para sempre. Ele me fez sentir... Você sabe, ele encontrou o amor novamente. E isso não é... Eu não quero isso, estou bem em não ter isso de novo, porque Mark era... Ele era tudo. Mas ele estava feliz de novo, April. Ele estava animado com a vida. E isso... Me fez pensar que talvez eu possa ter isso de volta um dia. A excitação e a felicidade pelas pequenas coisas. Os sorrisos fáceis. — ela fungou. — Sabe, às vezes penso que talvez tenhamos uma cota para toda a felicidade que teremos em nossa vida. E eu a-acho que, talvez, eu tenha gasto a minha. Que eu tenha gasto a minha com Mark e com minha família. Porque ele me fez sentir... Com ele, eu estava animada por todas as pequenas coisas. E estou bem agora, estou. Mas não estou feliz, ainda não. Mas Abe... Ele era feliz antes. E ele encontrou a felicidade novamente. E isso é prova de que há mais felicidade lá fora. Talvez ele tenha encontrado em outra mulher, mas eu posso encontrá-la em outras coisas. Mesmo que seja em 60 anos... E agora ele está morto. — Helena balançou a cabeça
De repente, os olhos de April começaram a se encher de lágrimas, enquanto ela gritava. — Não quero encontrar uma nova alma gêmea quando tiver 90! Já conheci a minha e ele quer o divórcio.
— Oh, April. — Helena murmurou, abraçando-a. — Venha aqui.
As duas choraram por um momento, segurando uma na outra, antes de April perguntar. — Lena? C-como você e Mark...? Depois que você perdeu Henry, como você superou isso?
— E-eu... — Helena exalou, balançando a cabeça. — Acho que tivemos sorte. Tivemos sorte que a coisa que precisávamos curar era um ao outro. Que pudemos nos segurar um ao outro como nossa tábua de salvação.
——
— Ei, não, essas são para os convidados. — Amelia avisou, enquanto Alex roubava algumas salsichas da mesa.
— É, chegamos cedo para podermos comer a melhor parte. — ele argumentou, fazendo Helena sorrir, divertida.
— Ei, onde está Maggie? — a pequena morena perguntou enquanto ajudava a arrumar a mesa.
— Sim, ela deveria estar aqui com o gelo e as pessoas já estão aparecendo. — acrescentou Meredith.
— Ela ficou presa no trabalho. Ela disse que está a caminho. — Amelia assentiu.
— Ah, a secadora terminou um pouco mais cedo, mas a toalha de mesa ainda está úmida. — Stephanie disse ao neurocirurgião, que deu de ombros.
— Está tudo bem, é só colocar na mesa, está tudo bem.
——
— Nós vamos morrer de fome. Eu não sei o que... — Amelia deu de ombros, ainda olhando para os ingredientes, e então perguntou. — Onde está Maggie?
— Estou aqui! — ela deixou escapar, entrando com duas caixas, fazendo Helena sorrir, sentada em um banquinho da cozinha. — Estou aqui, estou aqui, estou aqui.
— Onde você estava? Amelia perguntou.
— Eu só... Eu não estava... Estou aqui, ok? — ela deu de ombros.
— Você parece estar tentando esconder atividades ilegais. — Helena riu.
— Eu não estou! Oh, Deus, eu preciso fazer xixi. — Maggie percebeu.
— Escute, as pessoas estão chegando, e tudo isso ainda parece ingredientes. Você tem uma previsão de chegada para o jantar? — Amelia perguntou.
— Você poderia arregaçar as mangas e começar a cortar alguma coisa. — sugeriu Maggie.
— Preparar comida nunca foi meu ponto forte. — ela deu de ombros. — Eu mantenho os convidados felizes. Sou mais sua garota da frente da casa.
— Esse jantar vai ser um desastre. — Alex riu.
— Ei, não dê azar. — Helena bateu no braço dele enquanto comia algumas cenouras.
— Todo mundo pare de falar! — Maggie soltou. — Meredith, você assume. Eu tenho que fazer xixi!
— Mer? — Helena gritou, notando seu olhar ligeiramente alienado, dois copos na mão. — Você vai fazer alguma coisa com eles?
— Uh... Sim. Uh, club soda com limão para Torres e vinho branco para a amiga dela. — a loira entregou seus copos para Amelia.
— Ela está aqui? — a neurocirurgiã arfou. — Ela é legal?
— Uh, essa garrafa está vazia. — Arizona apontou, servindo-se de mais vinho. — Tem mais? Garrafas?
— O lugar parece legal, Mer. — Alex disse a ela. — Gostei do buraco onde estava a parede.
— Muito obrigada. — Meredith sorriu muito largamente, fazendo Helena franzir as sobrancelhas. — Posso pegar uma bebida para vocês duas? Margarita? Vinho? Cerveja?
— Uma margarita seria incrível. — Wilson assentiu.
— Ok. Entendi! — ela deixou escapar, alegremente.
— Mer? — Helena perguntou. — Você está bem?
— É, você está estranha. O que houve? — Alex concordou.
— Uma cerveja e uma margarita estão chegando. — anunciou Meredith.
— Ela está estranha, certo? — Alex perguntou à namorada.
— Ela está sendo legal. Comigo... O que é estranho. — Jo concordou.
— Viu? — perguntou Alex.
— Mer? — Helena perguntou, assim que Callie e Penny entraram na sala.
— Você quer alguma coisa? — perguntou a loira.
— Estou bem. — Helena balançou a cabeça, olhando para sua pessoa mais uma vez antes de se levantar para cumprimentar a nova namorada de Callie, depois de Amelia. — Ei! É tão bom conhecer você, depois de ouvir tantas coisas boas!
— Igualmente. — Penny sorriu. — Achei que já tinha ouvido falar de você antes, sabe, com o Harper Avery. Ouvi dizer que você é meio criança prodígio?
— Ah, bem, um pouquinho. — Helena deu de ombros. — Praticamente me faz o bebê, mesmo que eu tenha que ser mãe de todos eles.
— É verdade. — Callie cantarolou. — Há muita maternidade.
— Bem, por enquanto a casa ainda está um pouco caótica, estou vendo até quando podemos ir antes que me peçam para cozinhar. — Helena sorriu, virando-se para voltar para a cozinha. — Vejo você em um minuto.
— Lena é como família. Passamos por nossas gestações juntas, o marido dela era meu melhor amigo. Ela é a chefe da neonatal e Mark era o chefe da plástica. — Callie explicou, enquanto Helena voltava para a cozinha.
Ao ver Meredith fazendo as margaritas com uma expressão vazia, Helena franziu as sobrancelhas, voltando a se preocupar com ela. — O que há de errado?
— Nada, estou ótima, e você? — ela perguntou.
— Você não está ótima. — Alex concordou. — Você está assustada e sorrindo muito.
— Bem, estou dando um jantar.
— Sim, como se você estivesse em um vídeo de reféns ou algo assim. — Alex argumentou.
— Alguma coisa está errada. Você quer subir um momento, eu vou manter tudo em ordem aqui embaixo? — Helena sugeriu.
Com isso, Meredith abriu e fechou a boca algumas vezes, então escolheu explicar. — A casa está se enchendo de pessoas e eu preciso fazer bebidas para essas pessoas e... Eu possivelmente estou dando um jantar sem jantar.
— Você não se estressa com coisas assim, Mer. — Helena argumentou, balançando a cabeça. — Você não é eu.
— Ok, já volto. Preciso fazer xixi. — Maggie correu para o banheiro.
— Você não acabou de fazer xixi? — Alex gritou atrás dela, enquanto Meredith saía da cozinha para servir alguns pratos.
— Penny parece muito familiar, você não acha? Juro que já a vi antes. — a morena baixa perguntou a Alex, que simplesmente deu de ombros. — Talvez ela só tenha uma dessas caras.
——
— Lena, posso roubar você? — Arizona perguntou, agarrando suavemente seu braço. Com isso, a morena deu de ombros para Amelia, que estava ao lado dela, antes de seguir Arizona para o corredor.
— Oi. — a loira cumprimentou, encontrando Jackson e April conversando. — Oh, posso roubá-la por um minuto? Obrigada. Com licença.
A loira soltou um grito agudo, enquanto as três mulheres se moviam para o pé da escada. — Eu a conheci. Penny!
— Jackson está hospedado na casa de Bailey. — disse a ruiva.
— Mer está estranha. — Helena compartilhou.
— Eu não a odeio. Eu gosto dela. Eu gosto muito dela. — Arizona deu de ombros.
— Então o chefe da cirurgia está ajudando e incentivando a dissolução do meu casamento. Isso é- isso é legal. — April revirou os olhos.
— Ei, não pense assim. Callie e Arizona ficaram comigo durante o divórcio, não significa que eu escolhi lados. — a menina menor deu de ombros, então acrescentou. — Mas estou realmente preocupada com Mer. Ela está muito sorridente e estranha.
— Ela é realmente ótima. E Callie está tão feliz. — Arizona disse a elas. — E eu estou bebendo! — ela tomou outro gole de seu vinho. — Você está comigo?
— Ah, estou bem na sua frente! — April roubou o copo e virou a bebida.
— Ok. Vou levar vocês duas para casa hoje. — Helena deu um tapinha nas costas delas.
——
— Eu nem sei o que Maggie ia fazer com isso. — Amelia desabafou, já que a cozinheira designada tinha ido para o hospital, com uma ITU. — Devemos pedir pizza? Vamos pedir pizza.
— Aconteceu alguma coisa? — Alex perguntou a loira.
— São as crianças? — Helena sugeriu, inclinando a cabeça. — É que Maggie foi embora?
— Não, pare com isso! — Meredith insistiu. — Não vamos pedir pizza. Tem bastante comida aqui.
— Ninguém sabe cozinhar. — Amelia deu de ombros. — Todo mundo ama pizza.
— Quem você está tentando impressionar? — Arizona perguntou, comendo um pouco de granola. — Porque Penny vai rolar com isso, ela é uma delícia. Ela é inteligente, ela é engraçada. Temos uma quantidade louca em comum. — com um suspiro, ela sussurrou. — Oh, Deus. Talvez eu devesse namorar Penny.
— Não. — Alex disse a ela.
— Imprudente. — Amelia balançou a cabeça.
"Ela é bonita. Callie... — Arizona riu. — Callie escolheu uma Penny bonita.
— Você está bêbada, não está? — Helena riu, inclinando-se no balcão. — Quanto você bebeu?
— Muito. — a mulher murmurou.
— E daí? Dez pizzas? — Amelia perguntou.
— Eu cozinho. — April ofereceu. — Preciso fazer alguma coisa de qualquer jeito.
— Oh, obrigada. — Helena exalou. — Acabaria sendo eu quem cozinharia, e eu acabei de sair de uma cirurgia de nove horas.
— Wilson, você vai ajudar. — a ruiva gritou.
— Uh, tudo bem. — a mulher deu de ombros. — Eu só vou pegar mais um pouco...
— Aqui. — April gritou. — Descasque e corte em rodelas de um quarto de polegada.
— Ótimo. — Jo revirou os olhos, enquanto Helena franziu o nariz com simpatia. — Eu não achei que estava no trabalho.
— Eu poderia te ajudar também. — Amelia disse a cirurgiã de trauma.
— Bem, alguém deveria. — ela deu de ombros.
— Eu ajudo. Me dê algo para fazer. — Meredith tentou, a conversa continuou enquanto Helena e Alex se aproximavam da loira, depois de trocarem um olhar.
— Você não cozinha. — Helena ressaltou.
— Sou cirurgiã. Sei usar uma faca. — ela deu de ombros, cortando-se imediatamente. — Ai.
Com isso, Alex envolveu a mão em um pano, enquanto Helena soltava. — Mer...
— Você me distraiu. — ela argumentou.
——
— Ok, quando as batatas estiverem prontas, vamos polvilhar o manchego e depois eu vou temperar a salada. — April pensou em voz alta.
— Sabe, você é incrível. Você acabou de fazer ordem a partir do caos. — Arizona gesticulou com uma faca, sentando-se no balcão. — Você é um partido!
— Ok, talvez não precise mais de faca. — Helena sorriu, pegando o objeto afiado da mulher bêbada.
— Isso cheira bem. Você precisa de ajuda? — Alex ofereceu.
— Sim, você pode picar o alho. — ela instruiu.
— Não sei o que isso significa. — ele deu de ombros e Helena se levantou.
— Eu farei isso.
— Já está se divertindo? — perguntou o homem a Jo.
— Diversão? Não, não estou me divertindo. Stephanie está me ignorando, e eu...
— Meredith mal está falando com alguém, você percebeu? — ele perguntou, Helena também olhando para a mulher.
— É a terceira vez que ela afofa os travesseiros. — ela ressaltou.
— Você não vê a ironia, não é? — Jo zombou.
— Ei, Jo? Por que você não faz uma pausa e vem aqui? Ouvi dizer que você fez cardio esta semana? — Helena tentou incluí-la, e a residente sorriu apreciativamente.
— Ei, Wilson! Fatias mais finas, e- e mais uniformes. — April instruiu, então desistindo. — Quer saber? Esquece. Você foi rebaixado para o dever de lixo.
— Sabe, Jackson é um idiota. Tipo, você cozinha, você é bonita. Você é uma Penny! — Arizona soltou. — Por que eu não tenho uma Penny? Callie tem uma. Jackson tinha uma, mas agora ele está jogando fora...
— Você pode, por favor, parar... — April tentou.
— Sinto muito. — Arizona murmurou, enquanto a ruiva roubava seu vinho.
— Essa festa é uma droga.
Enquanto cozinhava, Helena não conseguiu deixar de olhar para Penny, com as sobrancelhas franzidas. — Ei, Callie já levou Penny para o hospital?
— Acho que não... Por quê? — April perguntou.
— Nada. — Helena balançou a cabeça.
Ainda assim, havia um pensamento no fundo de sua cabeça, como uma coceira que ela não conseguia coçar. Por que Penny parecia tão familiar?
——
— Você está sentada comigo. — Amelia disse a Penny, enquanto elas se sentavam para jantar. — Todo mundo aqui ouviu todas as minhas piadas.
— Kepner, isso parece incrível! — Bailey exclamou.
— Por favor, comam antes que esfrie. — ela encorajou.
Enquanto Cross colocava um pouco de pão, Wilson lhe disse: — Estamos bem, obrigado. Você pode ir para casa.
— Oh, ei, não. — Helena balançou a cabeça, acenando para ele brincar com eles. — Ele ajudou, o mínimo que podemos fazer é alimentá-lo. Puxe uma cadeira.
— Não há cadeiras. — Jo disse a ela.
— Bom, eu posso simplesmente entrar. — ele deu de ombros e pegou uma cadeira infantil.
— Onde está Torres? — Jackson perguntou.
— Ela está no hospital. — Alex disse a ele.
— Espera, ela simplesmente te deixou aqui, sozinha? — Jo perguntou, virando-se para Alex. — Eu te mataria.
— Ela disse que volta logo. — Penny deu de ombros. — Embora todos saibamos como são as ligações noturnas, posso estar pedindo uma carona para um de vocês para casa.
— Ei, eu não vou beber e vou dirigir e levar Arizona e April, você pode se juntar a nós se quiser. — Helena ofereceu, servindo-se de um pouco de salada.
— É, bem, é melhor ela voltar logo, senão eu mesma te levo pra casa. Ache uma Penny, pegue. — Arizona riu, fazendo Helena olhar feio para ela. — O quê? Não, eu estou sendo legal!
— Dra. Robbins, você está bêbada. Acho que nunca vi isso. — Bailey apontou. — Eu gosto do Robbins bêbada.
Com uma risada, Arizona soltou. — Eu também.
— Então, Penny, fiquei acorrentada ao fogão a noite toda. — April disse a ela. — O que você disse que faria?
— Sou médica. Residente em cirurgia, na verdade. — ela assentiu.
— Claro. Penny é médica. Porque Penny é perfeita... perfeita, linda Penny. — Arizona riu, fazendo Helena chutá-la levemente por baixo da mesa.
— Onde você trabalha? — Helena perguntou.
— No momento, tecnicamente, estou entre shows. — ela compartilhou.
— O que isso significa? — Amelia perguntou.
— Bem, ano passado, o hospital onde eu trabalhava foi fechado. E, então, bem antes de eu conhecer Calliope... — a ruiva explicou.
— Aww, Calliope. — Arizona sorriu. — Eu costumava chamá-la assim.
— É meio que uma piada entre nós. Porque meu nome é Penélope. Penélope, Calliope. — ela explicou.
— Penelope Blake! — gritou Bailey.
— Uau, veja quem está bêbada agora! — Arizona apontou.
— É por isso que sei seu nome. Você está na minha agenda. Tenho uma reunião com você na segunda-feira. — a Chefe apontou.
— Por quê? — perguntou Alex.
— Bem, ela é uma nova residente transferida.
— O quê? — Meredith perguntou, finalmente falando.
— Bem, sim. Ela está se juntando ao programa no Grey Sloan Memorial. — Bailey anunciou, e a sala explodiu em felicitações e boas-vindas.
— Você tá brincando? — Meredith perguntou, muito séria. — Ela tá brincando?
— Eu me reencontrei... No Grey Sloan Memorial. — ela assentiu, seu rosto estava muito sério.
— Mer? — Helena sussurrou, claramente preocupada.
— Onde você estava trabalhando antes? — Amelia perguntou. — O, uh, lugar que fechou?
— Era um... Um centro suburbano menor perto do som. — a ruiva contou a eles.
Com isso, Helena tentou pensar se conhecia algum hospital que se encaixasse na descrição. De repente, algo clicou, fazendo o rosto de Helena cair. Seu coração falhou uma batida, enquanto ela deixava cair seus talheres, fazendo todos olharem para ela. — É-é por isso que você é tão familiar. E-eu vi você lá. Você estava- você estava em Dillard. Eu lembro, eu fui tomar um ar lá fora, e você trabalhava lá. Certo? Centro médico Dillard?
— Dillard? Dillard? — Jackson murmurou. — Não é...?
— É... — Helena assentiu, com as mãos trêmulas.
— Foi lá que Derek e Mark morreram. — Meredith deixou escapar. — Não é mesmo, Penny?
— Isso é... — a mulher começou, com os olhos marejados. — Isso mesmo.
— A Penny Perfeita matou meu marido. — Meredith anunciou, a sala ficando em silêncio. — Kepner, a comida está esfriando. Vamos passar essas ervilhas. Com licença.
Enquanto Meredith corria escada acima, a boca de Helena se abriu um pouco e seus olhos se encheram de lágrimas.
— O quê? — Amelia perguntou. — O que ela disse?
— Acho que o que ela quis dizer... O que ela estava tentando dizer... — Penny começou.
— Vou dar uma olhada na Mer. — Alex anunciou, levantando-se, enquanto Helena ainda estava congelada em seu assento, agarrando-se à cadeira até os nós dos dedos ficarem brancos.
— Você era a médico do Derek. — Helena assentiu. — Eu lembro.
— Eu era uma delas, sim. — ela assentiu. — Sim, eu era.
— Espera, desculpa. — Arizona limpou a garganta. — Você vem trabalhar com a gente?
— Você estava lá naquela noite? Você o tratou? — Amelia perguntou.
— Na noite em que o marido dela chegou...
— Meu irmão. — a mulher corrigiu, sua voz embargada. — Derek era meu irmão.
Nesse momento, Callie entrou pela porta, rindo junto com Owen.
— Oh, que bom! — ela sorriu. — Nós não perdemos o jantar. Viu? Eu disse que só ia demorar um minuto.
Eles preencheram os assentos vazios. — Então... Uau. O que está acontecendo?
— Ah, Penny vem trabalhar conosco. — Arizona deixou escapar.
— Ah, essa é a Penny. — Owen deixou escapar.
— Você contou a eles? — Callie perguntou. — Eu pensei que iríamos esperar até...
— Penny matou Derek. — Amelia deixou escapar.
— Por favor, podemos apenas, uh, conversar? — a ruiva tentou.
— O que você acabou de dizer? — Callie franziu as sobrancelhas, a tensão na sala era sufocante.
— Penny... Penny estava lá naquela noite. — Helena contou a eles.
— Ela era a médica dele. — Amelia deixou escapar. — Meredith disse que ela... O matou.
— Ei, ei, espera aí... — Hunt pediu.
— Não, Penny ia apenas me contar o que aconteceu, certo? Como meu irmão morreu? — Amelia perguntou.
——
— Penny, do que ela está falando? — Callie perguntou, quase num sussurro.
— Eu tentei contar a vocês. — Penny disse a eles.
— Quando? Quando você...?
— Quando chegamos aqui.
— Sim, então, nos conte agora. Conte-me o que aconteceu. — Amelia começou.
— Você e eu podemos conversar? — Penny perguntou à namorada.
— S-sim, por que vocês duas não vão lá fora e...? — Helena sugeriu.
— Não, não, não! Ela estava lá! — Amelia gritou. — Eu quero ouvir o que aconteceu. Você cometeu um erro? Você...?
— Amelia... — Callie tentou.
— Ok, então talvez vá lá fora com elas, não precisa... — Helena tentou sugerir. Ela não sabia da história toda, e não achava que expor a situação fosse ajudar alguém.
— Conte-me o que aconteceu! — ela gritou, com lágrimas nos olhos.
— Eu era a residente de plantão naquela noite. Em trauma. — ela começou. — Estávamos com falta de pessoal. Seis vieram com ele. M-Mark Sloan, incluído. — Penny lançou um olhar para Helena, cujo lábio inferior tremia. — E-ele já estava... Ele estava morto. E o mar-seu irmão tinha tórax instável.
— Meu irmão morreu de hemorragia cerebral. — argumentou Amelia.
— Não. Houve uma laceração no couro cabeludo, mas não houve degrau. Ele estava sangrando no peito. — ela explicou. — Foi feita uma escolha para pular a TC. Achei que ele precisava de uma. Eu deveria ter pressionado mais.
— Claro que sim, você deveria ter feito isso. — Amelia murmurou.
— E... E então eu fiquei presa esperando um neurocirurgião que não se incomodou... — ela parou de falar, chorando. — Parece que estou dando desculpas para mim mesma. Sinto muito. Eu deveria ir embora.
— Conte-me o resto. — Amelia se levantou. — Conte-me tudo.
— Amelia... — Helena gritou, levantando-se também, com os olhos marejados.
— Eu não consegui vê-lo. Você o viu, antes de ele entrar em cirurgia, você foi a última a vê-lo. Você viu. — ela explicou.
— Amelia, já chega. — Callie deixou escapar, chorando, enquanto Helena colocava a mão em seu ombro.
— Ele disse alguma coisa para você? Antes de você matá-lo? — ela perguntou, fazendo todos se reajustarem. — Você pode me dizer quais foram as últimas palavras dele?
Callie de repente deu um soco na mesa, implorando suavemente. — Já chega.
— Tire-a da minha casa. — Amelia deixou escapar, saindo da sala.
Houve um momento de silêncio, antes de Helena soltar. — E-eu deveria ir ver como está Meredith.
——
— Ei. — Helena disse a sua pessoa, entrando em seu quarto. — Estou aqui. O que posso fazer?
— O que você quer que eu faça? — Alex perguntou. — Você quer que eu a tire daqui?
— Não sei. — ela balançou a cabeça.
Amelia entrou no quarto, fungando, e sentou-se ao lado de Helena na cama. Com isso, a loira enterrou o rosto nas mãos. — Não vamos deixá-los fazer isso. Não vai acontecer. Vamos convocar uma reunião do conselho, e vamos votar, e vamos demitir aquela vagabunda. Nós- vamos parar com isso. Vamos cuidar disso, certo? Meredith? Por que você não está dizendo nada?
— Porque eu- porque eu realmente não quero falar sobre isso. — ela explicou.
— Sim. Claramente. Você sabia quem ela era a noite toda e nunca se preocupou em me contar?
— Amelia... — a loira avisou.
— Ela matou Derek! Você a convidou para entrar aqui, v-você me deixou sentar e conversar com ela to-eu, bem, eu a abracei. — a mulher explicou. — Por quê?! P-por que você faria isso comigo?!
— Eu fiz isso com você? — Meredith perguntou.
— Você deveria ter me contado. Você deveria ter contado. Eu pensei que você e eu... — Amelia começou.
— Eu... Não fiz... Nada para você! — Meredith se levantou, estalando, enquanto Helena fungava. — Eu perdi meu marido e o pai dos meus filhos, e você está desmoronando. Eu não posso fazer isso, porque eu tenho três filhos, então, por favor, cale a boca e saia do meu quarto! — ela gritou, quando Owen entrou no quarto. — Tire ela daqui! Antes que eu a mate!
——
Helena, Alex e Meredith sentaram-se em círculo, em volta de uma garrafa de tequila. Ficaram em silêncio por um momento, antes que a loira dissesse a eles. — Vocês podem ir.
— Não, não podemos. — Helena negou.
— O que você vai fazer se a gente for embora? — ele perguntou, fazendo Meredith apontar para o álcool. Eles dividiram a garrafa entre eles, até Helena tomando alguns pequenos goles.
— Agora ela é uma pessoa. — Meredith deixou escapar.
Quando alguém bateu na porta, Callie entrou. — Ei. Você está bem?
— Sim. Ótima. — a loira murmurou, fechando a porta com o pé, enquanto Alex murmurava.
— Desculpe.
— E-eu deveria... Vou ver se ela está bem. — Helena se levantou. — E se todos estão bem e têm carona para casa. Eu cuido de tudo. E eu volto. Não beba toda a tequila.
——
— Ok, então você deveria chamar um táxi, porque eu tenho que ficar com Mer. — Helena disse a Arizona e April, que assentiram. — Boa noite.
— Ei. — Helena foi até a sala de estar, cumprimentando Jo. — Você tem carona para casa?
— Sim, sim, estou bem.
— Ótimo. — Helena sorriu. — Tenha uma boa noite.
Então, ela saiu e encontrou Callie. — Callie? Você está bem?
Com um escárnio, ela disse a ela. — Quero dizer, quais são as chances? De que ela seja a única pessoa que eu... Eu não sei como fazer isso. Eu não sei como desligar isso.
— Desligar o quê? — Helena perguntou.
— Como eu me senti... Sobre ela. Eu nem sei se quero. — ela deu de ombros. — E você? Você está bem?
Com isso, Helena ficou em silêncio por um momento, inclinando a cabeça. Então, ela sentiu uma vontade incontrolável de chorar, uma lágrima rolando por sua bochecha antes mesmo que ela conseguisse pará-la.
— Uau. — Helena riu, tristemente. — E-eu sinto muito.
— Ei, ei, não se desculpe. O que há de errado? — Callie colocou uma mão reconfortante em seu antebraço.
— Nada. — ela balançou a cabeça. — Só... Obrigada por perguntar.
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