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˖࣪ ❛ DÉCIMA PRIMEIRA TEMPORADA
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AVISO DE GATILHO:
Neste capítulo, Helena lidará com o luto e os sentimentos que ele provoca. Se você acha que isso pode ser um gatilho para você, pule para o próximo capítulo.

Esses temas continuarão a ser discutidos em capítulos posteriores, embora com menos intensidade.

——

HELENA PASSOU A noite no hospital onde foram deixadas, esperando Meredith estar pronta para ir embora. Ela montou acampamento na sala de espera, embalando suas meninas para dormir. Então, ela sentou em silêncio, esgotada demais para fazer muito mais. E ela esperou por sua pessoa.

Depois de deixar as crianças em casa, ela voltou ao hospital. Ela sabia que tinha que dar a notícia. Ela simplesmente não conseguia imaginar como poderia fazer uma coisa dessas.

— Derek está morto. — Helena ouviu Meredith murmurar enquanto ela entrava na sala dos médicos.

— O que foi isso? — perguntou Callie.

— Derek está morto. — Meredith repetiu, enquanto os olhos da médica baixinha se encheram de lágrimas novamente.

— Meredith...? — Owen gritou. — Ele não está morto.

— Meredith, o que você quer dizer? Meredith? — Richard gritou.

— O que você quer dizer? Meredith. — Callie tentou.

Com isso, Helena falou, com os olhos marejados. — Derek está morto. Mark está morto. E-eles estão ambos... Mortos.

Ao seu lado, Helena sentiu Meredith desabar, imediatamente caindo de joelhos para ajudá-la.

——

— Lena. — uma voz gritou, no dia seguinte, como se quisesse acordá-la. Ela não tinha dormido. — Lena, bom dia.

Helena tentou fingir que era seu marido. Se ela ignorasse a voz feminina, se ela fingisse que vinha do seu lado esquerdo e não do direito, se ela tentasse bastante, talvez pudesse soar como Mark. Talvez.

Mas essa voz não a chamava de "Lee". Só havia uma pessoa que a chamaria daquele jeito. E, agora, ela nunca mais seria "Lee".

Helena deixou seus olhos se abrirem, embora não estivessem tão arregalados quanto de costume, ainda inchados. Ao ver Arizona parada na porta, ela murmurou. — Oi.

— Bom dia. — a loira sorriu suavemente, sentando-se aos pés de Helena, na cama. — Como vai?

A mulher mais jovem ficou em silêncio por um momento, antes de soltar. — Eu não... Não consigo fazer isso, Arizona. Eu não acho que consigo fazer isso. É só que... É muito difícil. É demais. É demais.

— Nós todos vamos ajudar você a fazer o que não pode, Lena. Eu prometo. — a loira sugeriu. — Vamos te levar para o chuveiro, ok?

——

Helena Campos olhou para si mesma no espelho do banheiro, embaçada, exceto pela parte que ela havia limpado. Bolsas proeminentes nos olhos e bochechas inchadas a encaravam de volta, olhos encapuzados e vermelhos.

Ao fechar os olhos, ela não conseguiu deixar de se lembrar dos momentos que passou com o marido, em frente àquele mesmo espelho.

Desde simples beijos de pasta de dente e abraços pelas costas depois do banho, com o cabelo ainda molhado, até quando ela descobriu que estava grávida de Caroline.

A médica respirou fundo e uma única lágrima caiu de seus olhos fechados.

Cada coisa na vida de Helena estava infestada com a memória de Mark Sloan. Cada peça de mobília em sua casa, cada peça de roupa, cada pedacinho de sua própria pele.

Porque Mark era a peça central da vida dela, junto com seus filhos.

Mark era sua âncora, e Helena era o vento em sua vela. Mark permitiu que ela fosse descuidada, e ela o fez querer ser responsável. Ele a tornou uma mulher melhor, e ela o tornou um homem melhor.

Talvez a história de Helena Campos e Mark Sloan não tenha sido de amor épico. Talvez eles não tenham se apaixonado um pelo outro da forma mais dramática, e certamente não passaram por altos e baixos tão acentuados quanto Meredith e Derek. Porque todos nós sabemos que uma história de amor épica não é uma história de amor épica sem um pouco de toxicidade.

Mas eles eram a grande história de amor. A história que os avós contam aos filhos, fazendo com que seus olhos se arregalem de esperança. A história do tipo de casamento que dura, construído em confiança, companheirismo e comunicação, com sua justa parcela de paixão.

Porque talvez o casamento de Helena e Mark não tenha sido cheio de brigas acaloradas e sexo de reconciliação, mas foi cheio de risadas suaves e dormir nos braços um do outro. De sussurrados "eu te amo" depois de brigas e choro nos braços um do outro. De beijos lentos e chás bobos com suas garotas.

——

No funeral de Mark, Helena não chorou. Ela segurou as mãos das filhas, ela segurou a mão de Callie, e ela não chorou.

Ela não chorou, porque tinha suas filhas. Filhas, que perderam o pai. Filhas, pelos quais ela teve que ser forte. Ela não conseguiu chorar.

——

Helena se sentiu entorpecida. Por dias, tudo o que ela conseguia sentir era entorpecimento. Quase como se estivesse flutuando fora do próprio corpo.

Ela estava dormindo no quarto de hóspedes, porque dormir na própria cama não parecia certo. Ela estava vestindo roupas diferentes, porque usar as que Mark costumava elogiar não parecia certo. Ela até começou a usar um perfume diferente, porque o que ela usava tinha sido um presente do marido.

Ela sentia como se sua vida não fosse mais dela. Quase como se essa realidade não fizesse sentido sem Mark nela.

Helena não sabia como tinha sobrevivido aos últimos dias. Ela realmente não sabia. E, de certa forma, ela realmente não conseguiu passar por eles. Era como se ela não estivesse totalmente presente. Como se ela estivesse apenas à distância de sua própria vida.

Mas ela não tinha o luxo de pensar sobre isso. As necessidades de suas meninas tinham que vir primeiro. Elas tinham acabado de perder o pai. A vida delas tinha acabado de virar de cabeça para baixo. As meninas sempre vinham primeiro, para Helena.

Mas quando ela foi visitar Meredith, uma noite, isso mudou.

Elas faziam visitas frequentes uma à outra, verificavam como uma estava a outra, ajudavam uma à outra em suas perdas.

Mas, naquela noite, quando ela usou suas chaves para entrar na casa de sua melhor amiga, ela a encontrou vazia. Luzes apagadas, pertences pessoais desaparecidos. E então ela encontrou o bilhete que Meredith havia escrito, em cima de sua mesa de jantar.

E algo dentro dela estalou, enquanto um soluço rasgava sua alma. Helena estava se segurando tão forte desde o acidente, quase como se ela fosse perder o controle se se permitisse um momento para chorar. Ela estava se segurando por uma corda, e era como se essa corda tivesse sido arrebentada bem na sua frente.

Porque todos se foram. O pai dela morreu. A mãe e o irmão dela moravam longe. George morreu. Izzie foi embora. Cristina foi embora. Alice Turne morreu. Henry morreu. Lexie morreu. Mark morreu. E, agora, Meredith a deixou também. E ela estava sozinha.

Helena agarrou-se à beirada da mesa da sala enquanto chorava, a única coisa que a impedia de cair de joelhos.

——

A maioria dos amigos de Helena se reuniu na casa de Meredith, convidados por Amelia, algumas semanas depois que ela foi embora. Enquanto todos conversavam e discutiam, Helena ficou em silêncio, sentada ao lado de Alex no sofá, que tinha um braço protetor ao redor dela. Suas meninas atualmente brincavam na varanda, Arizona com elas.

Seus joelhos estavam pressionados contra o peito, as olheiras proeminentes, enquanto ela descansava levemente contra o peito da amiga. Afinal, ela nunca conseguira dormir bem sem o batimento cardíaco de Mark para lembrá-la de que ele estava seguro.

— É estranho que ela tenha ido embora sem avisar. — Owen balançou a cabeça.

— Ela deixou um bilhete. — Amelia destacou.

'As crianças e eu estamos seguros'? Sim, isso é útil. — Callie zombou.

— Liguei para Yang novamente, mas ela não teve notícias de Mer desde o funeral. — Alex contou a eles.

— Você está falando sério? Isso foi há semanas! — Bailey deixou escapar. — Ok, eu simplesmente não entendo. Eu não entendo como... Quer dizer, ela simplesmente largou tudo. Seus pacientes, suas cirurgias.

— Talvez devêssemos contratar um detetive. — Callie sugeriu. — Certifique-se de que ela esteja realmente segura.

— Sim, acho que deveríamos chamar a polícia. — Maggie tentou.

Com isso, Helena falou, sua voz um pouco áspera. — Não. Meredith queria ir embora, ela foi embora. Ela não queria nos contar nada, então não contou. Ela não está em perigo. Ela fez uma escolha. Ela escolheu ir embora, sem nem mesmo um aviso. Ela fez uma escolha.

A sala ficou em silêncio por um momento, Alex puxou a garota, que parecia menor do que nunca, para mais perto dele.

— Ela está fazendo o que sabe fazer. Assim como sua mãe. Ellis Grey deixou Seattle e nunca olhou para trás. — Richard compartilhou.

— Então é isso? — Callie perguntou. — Nós simplesmente a deixamos ir?

Alex pegou o telefone, indo ligar para Meredith. No entanto, Helena avisou. — Eu tentei.

— Mamãe? — gritou a pequena Alice, correndo para o quarto e colocando as mãos nos joelhos de Helena.

Com isso, a cirurgiã pediátrica imediatamente abriu um sorriso. — Sim, pequenina?

— Cara está com sono. Podemos ir para casa? — a garota sugeriu, seus grandes olhos azuis olhando para sua mãe.

— Claro, Ali. Vá dizer adeus à tia Arizona e agradeça por brincar com você. — ela encorajou.

Assim que sua filha desapareceu de vista, o sorriso de Helena desapareceu instantaneamente.

——

Perto do Memorial Day, Helena voltou ao trabalho.

Foi uma primeira manhã tranquila de volta, depois de meses em casa. Ela fez alguns procedimentos de rotina, ela até ficou animada para voltar para a sala de cirurgia e trabalhar com seus pacientes e mães. A excitação era uma raridade ultimamente, e ela se agarrava a cada pedacinho dela que conseguia encontrar.

Ainda assim, havia olhares. Olhares de pena, de curiosidade, quase esperando que ela quebrasse a qualquer momento. Quase como se ela fosse uma exposição. E ela estava acostumada aos olhares, ela estava. Houve olhares em seu ano de internato, depois da bomba. Houve ainda mais olhares depois do tiroteio. E então novamente depois do acidente de avião.

Ela simplesmente não estava acostumada a não ter Mark para ajudá-la a passar por isso.

——

Na hora do almoço, Helena aproveitava a normalidade de rolar sua bandeja pelo posto de serviço do refeitório, de jaleco.

— Ei. Tem alguma coisa hoje? — Maggie perguntou a Alex, Arizona e Helena.

— Nada. — a morena deu de ombros.

— Não. Você? — Alex perguntou enquanto chamava Meredith.

— Ainda não há notícias? Nenhuma? — perguntou a loira.

— Ela não responde e-mails. — explicou Maggie.

— Ou o maldito telefone dela. — Alex acrescentou.

— Ou mensagens de texto. — Helena suspirou.

— Duas horas. Duas. — eles ouviram uma mulher, Dra. Dreyfuss reclamar, perto do fim do posto de atendimento. — Duas horas para uma consulta sobre as queimaduras do meu paciente. Vamos lá, eu entendo que estamos com um cara a menos, mas me desculpe, o conselho precisa sair da frente e contratar um novo cirurgião plástico logo!

Com isso, Helena limpou a garganta silenciosamente, olhando para sua bandeja, e sentiu uma pontada no peito. Mesmo nos escassos momentos em que se sentia normal, logo havia alguém ou algo para lembrá-la da morte de seu marido.

— Você quer que eu...? — Alex perguntou à garotinha, enquanto Arizona lançava um olhar para elas.

— Não. Está tudo bem. — Helena balançou a cabeça, embora suas bochechas estivessem vermelhas de raiva. Ela só não queria ter que lidar com mais olhares. — Só... Não faça uma cena.

— Não vale a pena. — Maggie assentiu.

— Eu sei... — Arizona concordou.

— Bem, é irresponsável, é o que é. — a mulher continuou. — É má gestão. Quão difícil é encontrar...

De repente, Arizona bateu a bandeja no chão. — Sério? Sério? Você acha que precisamos s-simplesmente levantar nossas bundas? Nós deveríamos fazer isso com você porque a perda do nosso colega, amigo, o-ou marido tem tudo a ver com suas necessidades, sua agenda? Você acha que deveríamos ser sensíveis a isso? Que tal você tirar um minuto para pensar sobre a pessoa, o talento, a vida que perdemos?! Que tal você pensar antes de começar a reclamar que a morte de Mark Sloan foi inconveniente para você?! — ela gritou. Enquanto a mulher se afastava, Arizona respirou fundo. — Eu fiz uma cena. Desculpe.

— Ela mereceu... — Helena deu de ombros, com um pequeno sorriso satisfeito nos lábios.

No entanto, quando ela levantou a bandeja para ir até uma mesa, ela sentiu o peso dos olhares de todos mais uma vez, enquanto sentia as bochechas formigarem, um precedente para seu rubor.

——

No dia 4 de julho, as filhas de Helena brincaram com Jo, dentro da casa de Alex, enquanto Helena sentou-se do lado de fora, com Maggie e Alex.

— Deveríamos tentar encontrá-la... Ela não é uma agente desonesta. Ela não está foragida. Ela é uma mãe solteira com dois filhos. Quão difícil pode ser? — Maggie sugeriu, tomando um gole de sua cerveja.

— Realmente muito difícil. — Alex disse a ela. — Ligamos para todos que conseguimos pensar. Cristina, o pai dela... E então pensei que talvez Webber estivesse certo. Talvez ela tenha seguido os passos de Ellis. Então comecei a ligar para hospitais em Boston e pedir pela Dra. Grey, só para ver se alguém atenderia.

Quando os fogos de artifício começaram, Maggie soltou: — Oh, uau.

— Lá vamos nós. — Helena suspirou, olhando para as cores explosivas.

— Não foi por isso que vim para Seattle. — Maggie balançou a cabeça. — Eu não sabia exatamente por que estava vindo, mas... Eu sabia que tinha a ver com descobrir sobre minha família. E eu encontrei Meredith. E então ela... Eu nunca me senti abandonada pela minha mãe biológica. Meus pais nunca me deixaram, nem por um segundo. Nós fomos feitos para ser uma família. Eu acredito nisso. Eu sei disso. Mas... Mas eu acho que é assim que eu teria me sentido. Se eu tivesse.

Com isso, Helena agarrou sua mão em conforto, então soltou. — Eu estou... Eu estou tão brava com ela. — Helena riu, com os olhos marejados. — Eu estou tão brava. Ela simplesmente foi embora. Sem aviso. Sem aviso. E-e às vezes eu fico brava com Mark por me deixar. Mas então eu lembro que ele não teve escolha. Meredith teve, e ela ainda foi embora. Ela nos deixou todos, e ela tirou o sistema de apoio de seus filhos enquanto eles sofriam, e ela tirou os melhores amigos das minhas filhas, e-e... Minha melhor amiga. E eu sei que ela perdeu o marido. Eu sei disso, ela pode ser um pouco egoísta. Mas eu só...

— Você também perdeu o seu. — Alex entendeu.

— Eu perdi. — ela assentiu, fungando. — E eu precisava da minha pessoa.

Com isso, Alex pegou o telefone. — Olha, para com isso. Não é justo com nenhum de nós. Só nos diga que você está bem, que você está segura. Só isso. Só faça isso.

——

Na manhã de Ação de Graças, Helena recebeu uma ligação de emergência da creche. Ela estava no meio de uma cirurgia, pois ligaram para ela para dizer que Alice não estava se sentindo bem, que estava com dificuldade para respirar.

Então, ela pediu para alguém assumir, arrancou a máscara e a touca cirúrgica e correu para o andar da creche.

Ao entrar, ela encontrou sua filhinha hiperventilando fortemente, com lágrimas escorrendo pelo rosto.

— Ma-ma! — a menina soltou um soluço no meio.

— Oh, baby. — ela murmurou, imediatamente pegando sua garotinha e colocando-a em seu colo. — O-o que há de errado?

— E-eu não consigo... Eu não consigo re-respirar, mamãe! — a menina exclamou, quase com ânsia de vômito.

— Ok. Ok, pequenina. — ela assentiu, colocando a mãozinha da criança no peito. — Quero que você tente respirar comigo, ok? — enquanto Alice assentia, ela continuou. — Vamos inspirar profundamente. E agora expirar profundamente. Bom trabalho, querida. — ela sorriu, em encorajamento e segurança. — Agora de novo. Inspire profundamente. Expire profundamente. Essa é minha garota.

Elas continuaram com os exercícios respiratórios de Helena, até que a respiração da pequena Alice começou a se estabilizar.

— Ok, pequenina. Vamos brincar um pouco agora, ok? — Helena sugeriu. — Por que você não me conta 3 coisas que você consegue ver, agora mesmo?

— Você, mamãe. A parede e a cadeira. — Alice disse a ela.

— Bom trabalho. Agora, 3 coisas que você pode sentir. — ela encorajou.

— Você. — Alice olhou para sua mão, ainda apoiada no peito de Helena. — Suas pernas, e seu cabelo.

— É isso. E você pode me dizer três coisas que consegue ouvir? — ela sugeriu.

— Meus amigos brincando, você e a professora.

— Lá vamos nós. — Helena sorriu tranquilizadoramente, enxugando as lágrimas do rosto de sua garotinha. — Você se sente melhor, pequenina?

— Sim, mamãe. — ela assentiu.

— Ótimo. Você quer me contar o que aconteceu?

— Eu estava brincando com Peter, e então ele disse que o pai dele disse que tinha acontecido um acidente. E então... Então eu fiquei com medo de você ter sofrido um acidente, como o papai. — ela explicou, olhando para o colo. — E então eu não conseguia respirar.

— Obrigada por me contar. Mas eu estou segura, ok, querida? Eu estou segura, estou bem aqui, e não vou a lugar nenhum. — ela assentiu, dando um beijo na testa da filha.

— Promete?

— Eu prometo.

— Mamãe? Eu realmente sinto falta do papai. — ela revelou.

— Eu sei. Eu sei, baby. Eu também. — Helena assentiu, pegando sua garotinha num abraço, com lágrimas nos olhos.

——

— Ei. — Helena sorriu, entrando na cozinha de Alex, onde Maggie e Jo observavam o peru no forno. — Caroline está dormindo, e Ali também adormeceu no sofá. Tivemos um dia difícil.

— O que aconteceu? — Maggie franziu as sobrancelhas.

— Ela... Alice tem um ataque de pânico. O primeiro. — a morena assentiu, sentando-se no balcão. — Eu sabia que ela teria uma predisposição genética, eu sabia. A ansiedade corre na família. Ainda assim, para mim nunca piorou até o final da minha infância. — ela deu um sorriso triste, enquanto ia se servir de um pouco de água. — Acabei de ver minha filha ter um ataque de pânico, porque ela pensou que eu tinha sofrido um acidente de carro, como o pai dela. Porque ela estava com medo de que eu pudesse morrer. Não sei como... Fomo vejo minha filha de quatro anos passar por isso?

— Você está fazendo o melhor que pode, Lena. — Jo assegurou.

— Certo. — a mulher deu de ombros, secamente. Ela podia dizer com segurança que não parecia assim.

——

Cerca de uma hora depois, Helena observou com um leve sorriso enquanto Maggie atacava furtivamente a torta que haviam comprado.

Como Jo percebeu, ela reclamou. — Não, não, não, isso é sobremesa!

— Sinto muito, mas o peru está a três horas de distância! — explicou a mulher, protegendo a torta do cozinheiro honorário.

— Eu não sabia que levaria o dia todo... — ela choramingou.

— Sua mãe nunca lhe ensinou a assar um...?

— Não, porque eu nunca tive mãe e não tinha um forno no meu carro. — ela estreitou os olhos brincando.

— Ponto aceito. — Maggie assentiu. — Não ajuda o fato de que estou morrendo de fome.

— Eu tenho comida! — Alex entrou pela porta, com um saco de hambúrgueres.

— Shh, fale baixo. — Helena avisou. — As meninas estão dormindo.

— Droga, Alex... — Jo fez beicinho.

— Ei, foi um bom esforço, mas a única coisa que enche esse pássaro é intoxicação alimentar. — Alex deu um beijo em seus lábios.

— Meu Deus. Estou com uma fome danada. — Jo deu uma grande mordida em seu hambúrguer.

— Acho que vou tentar falar com Mer de novo. — Helena sugeriu, indo para o corredor enquanto tentava falar com sua pessoa pelo FaceTime.

Sem esperar muito, ela mastigou seu hambúrguer enquanto fazia isso.

De repente, o rosto de Meredith apareceu na tela.

Quase engasgando com a comida, Helena soltou. — E-ei! Ei, Mer! Você está bem!

Lena, escuta. Estou bem. — a loira disse a ela, secamente. — As crianças estão bem. Estamos bem. Estou bem. Por favor, pare de ligar.

E, num piscar de olhos, ela desligou.

——

Poucos momentos depois, após um rápido choro no banheiro, Helena entrou na cozinha e viu todos agradecendo.

— Ei. — Helena cumprimentou. — Estamos dizendo obrigado?

— Sim. — Jo assentiu. — Quer ir?

— Eu, uh, você deveria ir primeiro. — Helena balançou a cabeça, enquanto todos os outros faziam sua vez.

Quando todos terminaram, Helena pôde sentir olhares de expectativa sobre ela. — Uh, ok. — ela começou, forçando-se a sorrir levemente. — Veja, eu realmente não estou... Ok. E-eu sou grata pela minha casa. Sou grata por ter um teto sobre minha cabeça... Mesmo que eu mal consiga dormir hoje em dia, já que não tenho Mark ao meu lado. E mesmo que eu mal consiga entrar no meu quarto porque tudo me lembra dele. E-eu sou incrivelmente grata pelos minhas filhas, eu sou. Eu sou apenas... Elas eram felizes. Elas eram duas meninas felizes. Agora Cara tem ataques porque é a única maneira que ela consegue processar a ausência do pai e Alice descobriu a maravilha que são os ataques de pânico. E eu sou grata por todos vocês. Sou grata por vocês terem me apoiado nisso, diferente da minha pessoa, que escolheu ir embora sem um trabalho. E que finalmente atendeu minha ligação hoje, mas nem me perguntou como eu estava, quando estou constantemente preocupada com o bem-estar dela. E-então, me desculpe, mas acho que não posso ser totalmente grata por nada. Não 100%. Não este ano.

——

— Ah, comi muita pizza. — Arizona reclamou, suspirando entre Jackson e Alex no sofá, na véspera de Natal.

— Segundo lote! Enfeitem seus corredores, pessoal. — Maggie levou uma tigela para a sala de estar, Helena olhou para suas meninas, que brincavam juntas, um pouco longe dos adultos.

— Eu sempre odiei gemada. Por que a sua é tão boa? — Alex perguntou, indo pegar mais um pouco.

— O meu é basicamente bebida alcoólica. — a mulher deu de ombros. — Basicamente um milkshake de bourbon.

— Um brinde a isso.

— Karev, essa é definitivamente a árvore mais triste que já vi. — Jackson acenou com a cabeça em direção à árvore de Natal meio decorada e meio nua.

— Diz Robbins. — ele acusou.

— Não, é melhor do que nenhuma árvore. Alex ficou tipo 'por que se incomodar?' — ela explicou. — E eu disse que você tem que ter uma árvore no Natal. Caso contrário, sua alma fica apenas coalhada e você desiste da alegria. Então eu comprei uma árvore. Comecei a decorá-la e então uma mulher entrou em trabalho de parto. Então eu desisti.

Diante disso, Helena sorriu tristemente, brincando com a borda da xícara.

Foi a primeira vez que ela conseguiu lembrar que não tinha ganhado uma árvore de Natal. E, surpreendentemente, nem Alice e Cara pediram uma.

— Para Zola, de Sophia. — Maggie leu o que estava escrito em um presente, debaixo da árvore.

Com um suspiro, Arizona explicou. — Sophia continua perguntando, 'mamãe, talvez no Natal a gente veja Zola. Não deveríamos dar um presente para ela?' E eu não- eu não sei o que dizer. Quer dizer, eu não sei se eles vão voltar. Então eu cedi. Ganhei um presente, só por precaução.

— Esse é o espírito. — Jackson disse a ela.

— Nós escrevemos cartas. Você sabe que nossas meninas, Zola, Alice e Sophia eram inseparáveis. Então escrevemos cartas para Zola, para quando Ali a vir novamente. Mesmo que seja daqui a anos. — ela explicou, com um suspiro. — Parece ajudar. Ali gosta de poder contar à amiga tudo sobre sua semana, mesmo que ela não receba uma resposta.

— Essa é uma boa ideia. — a loira assentiu.

— Feliz Natal! — Webber entrou na sala de estar e todos o cumprimentaram antes de ir cumprimentar as crianças.

——

Helena correu mais uma vez pelos corredores de outro hospital, suas filhas tendo sido deixadas com uma assistente social por enquanto.

Ao entrar no quarto para onde estava indo, ela viu Meredith deitada na cama segurando seu bebê.

— Ei. — Helena deixou escapar, suavemente. — Eu ainda sou seu contato de emergência. Acontece que você pode correr, mas não pode se esconder.

Com um sorriso, Meredith lhe disse: — Eu tive um bebê.

— Ouvi.

— Derek está morto.

— Derek está morto. Mark está morto. Os dois estão mortos. — Helena concordou, com um suspiro. — E você teve um bebê secreto. Tenho muito o que pôr em dia, não tenho?

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